O Uso de Jogos Matemáticos Através do Raciocínio Lógico

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Transcrição:

O Uso de Jogos Matemáticos Através do Raciocínio Lógico Autora: Aline Anne de Souza Jerônimo (FCSGN) * Coautor: Juliano Ciebre dos Santos (FCSGN) * Resumo: O projeto O uso de jogos matemáticos através do raciocínio lógico, pertence à coletividade e oferece uma programação contendo os mais variados gêneros, dentre os quais destacamos: educativo, entretenimento, mobilização social e movimento cultural. Este projeto tem a intenção de reavivar o intelecto do aluno na vida escolar, mostrando sua importância no processo educativo. Uma vez que este é uma ferramenta importante no processo ensino aprendizagem. Levando em consideração os conhecimentos prévios dos alunos, passando para os mesmos a diferença entre o raciocínio e o lógico. Um dos grandes problemas encontrado em nossos alunos são a timidez excessiva e a dificuldade em raciocinar, sendo que esses problemas estão prejudicando a aprendizagem dos mesmos em todas as disciplinas escolares e através deste projeto pretendemos auxiliar em atividades dos trabalhos realizados em sala. A aprendizagem através de jogos, como dominó, xadrez, dama e trilha permitem ao aluno fazer da aprendizagem um processo interessante e até divertido. O projeto em si terá como ministrante a professora de Matemática Aline Anne de Souza Jerônimo, juntamente com o professor de Educação Física Cledecir Brigo. A Finalização do projeto se dará com a classificação de um aluno por sala em suas respectivas modalidades. Esses alunos farão as finais e receberão premiações pelo mérito de colocação no campeonato. Palavras-chave: Jogos de Raciocínio; Concentração; Desafios Matemáticos. 1. INTRODUÇÃO Observa-se, hoje, um crescente e preocupante desinteresse, por parte dos alunos de escolas de Ensino Fundamental e Médio, com relação ao estudo de Matemática. Como consequência dessa realidade, é comum encontrarmos alunos concluindo seus estudos básicos com certo grau de defasagem e aversão à matéria. A Escola, considerando o espaço físico e a comunidade escolar composta por professores, funcionários, alunos, pais de alunos e equipe diretiva, tem valor fundamental na formação do * Aline Anne de Souza Jerônimo, Licenciada em Matemática pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNICIC, Colíder-MT, 2012), Especialista no Ensino de Ciências e Matemática pela Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte-MT (FCSGN), Rua Jequitibá, nº 40, Jardim Aeroporto. Cep.: 78520-000. Atualmente docente do ensino médio na Escola Estadual 19 de Julho, Rua Crystal, nº 314, Centro. Cep.: 78530-000, Peixoto de Azevedo-MT. E-mail: alineanne_tnn@hotmail.com. Outubro de 2013. * Juliano Ciebre dos Santos, Licenciado em Informática pela Fundação Santo André (FSA, Santo André-SP, 2004), Especialista em Informática aplicada à Educação e Mestre em Educação Desenvolvimento e Tecnologias pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS, São Leopoldo-RS, 2008). Atualmente docente do ensino superior na Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte-MT, Rua Jequitibá, nº 40, Jardim Aeroporto. Cep.: 78520-000. E-mail: jciebres@gmail.com. 1

cidadão, influenciando os participantes e o entorno dela para o exercício da cidadania de forma positiva, coerente com o que a sociedade espera em termos de atitudes frente aos mais variados aspectos exigidos para a construção de um mundo melhor. Professores e funcionários veem-se envolvidos em um processo que investe na formação de seres humanos, portanto de grande responsabilidade. Nesta busca de executar sua prática, cada vez melhor, os professores, principalmente, no trabalho direto com o alunado, aplicam metodologias para alcançar a construção de conhecimentos e, portanto, chegar à aprendizagem. Sendo assim, uma maneira de conquistar a atenção na área de exatas e planejando jogos matemáticos como dominó, xadrez, dama e trilha, as quais estejam integradas às propostas pedagógicas da escola. O projeto O uso de jogos matemáticos através do raciocínio lógico, pertence à coletividade e oferece uma programação contendo os mais variados gêneros, dentre os quais destacamos: educativo, entretenimento, mobilização social e movimento cultural. Proporcionando aos alunos a oportunidade de ampliar seus conhecimentos através de atividades lúdicas interativas e de vivência. 2. O USO DE JOGOS MATEMÁTICOS ATRAVÉS DO RACIOCÍNIO LÓGICO Este projeto tem a intenção de reavivar o intelecto do aluno na vida escolar, mostrando sua importância no processo educativo. Uma vez que este é uma ferramenta importante no processo ensino aprendizagem. Levando em consideração os conhecimentos prévios dos alunos, passando para os mesmos a diferença entre o raciocínio e o lógico. Um dos grandes problemas encontrado em nossos alunos são a timidez excessiva e a dificuldade em raciocinar, sendo que esses problemas estão prejudicando a aprendizagem dos mesmos em todas as disciplinas escolares e através deste projeto pretendemos auxiliar em atividades dos trabalhos realizados em sala. Uma coisa é certa que os projetos que desenvolvem a aprendizagem e desinibe os alunos, principalmente para o raciocínio lógico é fundamental, pois através disto os alunos aprendem a resolver questões matemáticas com maior rapidez. Todavia cada dia que passa percebe-se que todas as escolas deveriam ter projetos envolvendo o uso do raciocínio, para que através disso os alunos consigam um lugar de destaque na sociedade e consequentemente uma aprendizagem de qualidade. 2

A aprendizagem através de jogos, como dominó, xadrez, dama e trilha permitem ao aluno fazer do ensino um processo interessante e até divertido. 2.1 A Importância Dos Jogos No Processo Educacional Segundo o Laboratório de Ensino de Matemática- LEMAT, funcionando desde 1987, nos últimos anos, vem promovendo estudos no sentido de desenvolver estratégias didáticas que permitam utilizar o lúdico no ensino de Matemática. Tendo em vista a dificuldade que a maioria dos alunos têm em relacionar a Matemática abordada em sala de aula com a sua prática diária, o LEMAT busca minimizar esta diferença, contribuindo para que os professores possam desenvolver sequências didáticas que auxiliem na exposição de conteúdos matemáticos, empregando materiais que propiciem situaçõesproblema estimulantes e desafiadoras, desenvolvendo o raciocínio lógico-matemático do aluno através de modelos concretos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais PCNs sugerem o recurso aos jogos como um dos caminhos para se fazer Matemática na sala de aula, ora fornecendo contextos dos problemas ora servindo como instrumento para a construção de estratégias de resolução de problemas, neles é observado que: Anais do VIII ENEM Minicurso GT 7 Formação de Professores que Ensinam Matemática 2. Os jogos constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções. Propiciam a simulação de situações - problema que exigem soluções vivas e 1imediatas, o que estimula o planejamento das ações; possibilitam a construção de uma atitude positiva perante os erros, uma vez que as situações sucedem-se rapidamente e podem ser corrigidas de forma natural, no decorrer da ação, sem deixar marcas negativas. (PCNs, 1998, p.46) Neste contexto, o trabalho com Jogos Matemáticos pode vir a se tornar uma alternativa para a elaboração de estratégias didáticas que objetivem a otimização do processo de ensinoaprendizagem de Matemática, no que diz respeito à assimilação de técnicas de criação de algoritmos e utilização do raciocínio lógico-matemático na resolução de problemas. Os Jogos de Estratégia sempre despertaram curiosidade na maioria das pessoas quer pela simplicidade de suas regras quer pelo desafio de descobrir a melhor maneira de vencer o jogo. 3

Assim sendo, além de tornar o raciocínio lógico-matemático familiar ao estudante, à utilização de jogos no ensino de Matemática pode vir a ser uma ferramenta poderosa na interação social onde o aluno deve expressar para os outros participantes do jogo como chegou à determinada solução e confrontando com as maneira diferentes e questionamentos de seus colegas para a solução de um mesmo problema. Como iremos trabalhar com Jogos Matemáticos, é conveniente destacar que eles podem ser definidos de acordo a visão de cada autor. Uma delas é a seguinte: Jogo é um fenômeno cultural com múltiplas manifestações e significados, que variam conforme a época, a cultura e o contexto. O que caracteriza uma situação de jogo são a iniciativa da criança, sua intenção e curiosidade. (Educação Matemática em Revista nº 11 de Dezembro de 2001). 2.2 - A Realidade Dos Jogos No Ensino Da Matemática Um bom jogo deve ser interessante e desafiador, proporcionando a participação ativa dos jogadores durante todo o processo. Tal participação deve levar em conta o estágio de desenvolvimento do aluno, referente à atividade mental e física de cada um. Não podendo cobrar igualmente a participação de um aluno que tem um comportamento mais retraído de um que é ativo e mais participativo, em algumas situações, a participação ativa restringi-se a uma atividade física, porque o pensamento do aluno ainda não foi completamente diferenciado da ação. É recomendável a utilização de jogos em grupos, pois existem alguns procedimentos que os professores, em sua maioria, desejam mobilizar no processo de ensino-aprendizagem, como o desenvolvimento da autonomia, onde o poder de interferência do professor seja reduzido ao máximo; e da habilidade de descentrar e coordenar diferentes pontos de vista cooperando desta forma na construção de valores morais de maneira mais livre; no tocante ao aprendizado, é desejado que a criança torne-se alerta, curiosa, criativo e confiante em suas capacidades e em suas ideias, propiciando que o aluno relacione diversos fatos, elaborando ideias, perguntas e problemas. A utilização de alguns tipos de jogos pode vir a ser uma poderosa ferramenta visto que o homem gosta de jogar e aprende-se melhor o que se quer aprender. 4

A aprendizagem está subordinada ao desenvolvimento, nesta concepção, de acordo com Moura (1994) o jogo é elemento do ensino apenas como possibilitador de colocar o pensamento do sujeito como ação. O jogo é o elemento externo que irá atuar internamente no sujeito, possibilitando-o a chegar a uma nova estrutura de pensamento. Dependendo do papel que o jogo exerce na construção dos conceitos matemáticos, seja como material de ensino, seja como o de conhecimento feito ou se fazendo, tem as polêmicas teóricas entre os autores. Na concepção Piagetiana (1946), o jogo assume a característica de promotor da aprendizagem da criança. Ao ser colocado diante de situações de brincadeira, a criança compreende a estrutura lógica do jogo e, consequentemente, a estrutura matemática presente neste jogo. Para Vygotsky (1984), o jogo é visto como um conhecimento feito ou se fazendo, que se encontra impregnado do conteúdo cultural que emana da própria atividade. Seu uso requer um planejamento que permite a aprendizagem dos elementos sociais em que está inserido (conceitos matemáticos e culturais). Para isso, eles devem ser utilizados ocasionalmente para sanar as lacunas que se produzem na atividade escolar diária. Neste sentido verificamos que há três aspectos que por si só justificam a incorporação do jogo nas aulas. São estes: o caráter lúdico, o desenvolvimento de técnicas intelectuais e a formação de relações sociais. Jogar não é estudar nem trabalhar, porque jogando, a aluno aprende, sobretudo, a conhecer e compreender o mundo social que o rodeia. 2.3 Vivenciando Uma Nova Perspectiva De Aprendizagem Ensinar matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Nós como educadores matemáticos, devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração, atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, desenvolvendo a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas. Os jogos, se convenientemente planejados, são um recurso pedagógico eficaz para a construção do conhecimento matemático. Os jogos são educativos, sendo assim, requerem um plano de ação que permita a aprendizagem de conceitos matemáticos e culturais de uma maneira geral. Já que os jogos em sala de aula são importantes, devemos ocupar um horário 5

dentro de nosso planejamento, de modo a permitir que o professor possa explorar todo o potencial dos jogos, processos de solução, registros e discussões sobre possíveis caminhos que poderão surgir. Devem ser escolhidos e preparados com cuidado para levar o estudante a adquirir conceitos matemáticos de importância. Devemos utilizá-los não como instrumentos recreativos na aprendizagem, mas como facilitadores, colaborando para trabalhar os bloqueios que os alunos apresentam em relação a alguns conteúdos matemáticos. Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem. (BORIN,1996, p.9). Segundo Malba Tahan (1968), 'para que os jogos produzam os efeitos desejados é preciso que sejam de certa forma, dirigidos pelos educadores. Partindo do princípio que as crianças pensam de maneira diferente dos adultos e de que nosso objetivo não é ensiná-las a jogar, devemos acompanhar a maneira como as crianças jogam, sendo observadores atentos, interferindo para colocar questões interessantes (sem perturbar a dinâmica dos grupos) para, a partir disso, auxiliá-las a construir regras e a pensar de modo que elas entendam. Podemos afirmar que o jogo aproxima-se da Matemática via desenvolvimento de habilidades de resoluções de problemas. Entre os recursos didáticos citados nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) destacam-se os ''jogos''. Segundo os PCN, volume 3, não existe um caminho único e melhor para o ensino da Matemática, no entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental para que o professor construa sua prática. Finalmente, um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver. (PCN, 1997,48-49). 6

Entendemos, portanto, que a aprendizagem deve acontecer de forma interessante e prazerosa e um recurso que possibilita isso são os jogos. Miguel de Guzmán (1986), expressa muito bem o sentido que essa atividade tem na educação matemática: O interesse dos jogos na educação não é apenas divertir, mas sim extrair dessa atividade matérias suficientes para gerar um conhecimento, interessar e fazer com que os estudantes pensem com certa motivação. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pode-se concluir que para a aprendizagem é necessário que o aprendiz tenha um determinado nível de desenvolvimento. As situações de jogo são consideradas parte das atividades pedagógicas, justamente por serem elementos estimuladores do desenvolvimento. É esse raciocínio de que os sujeitos aprendem através dos jogos que nos leva a utilizá-los em sala de aula. Muitos ouvimos falar e falamos em vincular teoria à prática, mas quase não o fazemos. Utilizar jogos como recurso didático é uma chance que temos de fazê-lo. Este trabalho recomenda-se para os profissionais docentes. Visto que proporciona aos alunos a oportunidade de ampliar seus conhecimentos e desenvolver o raciocínio de forma lúdica. REFERÊNCIAS MULLER, Iraci. Tendências atuais de Educação Matemática. Disponível em: http://www.unopar.br/portugues/revista_cientificah/art_rev_133/body_art_rev_133.htm. Acesso em: 23 ago. 2011. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio Ministério da Educação e Secretaria de Educação Média e Tecnológica _ Brasília: Ministério da Educação, 1999. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais; Matemática Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental / Secretaria de Educação Fundamental Brasília: MEC / SEF, 1998. SANTOS, Maria Solange dos. A Utilização de Jogos no Ensino da Matemática, monografia de conclusão de curso. Recife: UFPE, dezembro de 1999. SANTOS, Juliano Ciebre dos. Diretrizes para Elaboração de Artigos Científicos. Guarantã do Norte-MT. FCSGN, 2013. 7

PESSOA, Gracivane; Paredes, Tânia. Uma proposta para o uso de jogos nas aulas de matemática: da fundamentação a confecção de jogos de estratégias. Disponível em: http://www.sbem.com.br/files/viii/pdf/07/mc01923995430.pdf Acesso em: 23 ago. 2011 8