3 Medidas, Proporções e Cortes

Documentos relacionados
4 Acessibilidade a Edificações

UNISALESIANO Curso de Arquitetura e Urbanismo Projeto Arquitetônico Interdisciplinar II

3 Medidas, Proporções e Cortes

2 Representação Gráfica na Aquitetura

6.2 ACESSOS - Condições gerais

DESENHO TÉCNICO REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA

3 Medidas, Proporções e Cortes

DESENHO TÉCNICO REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA

QUESTIONÁRIO ACESSIBILIDADE ARQUITEÔNICA EM AMBIENTES ESCOLARES

PROJETO DE ARQUITETURA

- A sinalização com piso tátil não seguia o Projeto de Padronização de Calçadas da Prefeitura de Belo Horizonte, o que deve ser regularizado;

Aula 07 Acessibilidade

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E URBANISMO

NBR 9050:2004 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos

ARQUITETÔNICOS PROJETOS

Ambientes. Acessibilidade ao edifício

DESENHO TÉCNICO CORTES

ANEXO I LISTA DE VERIFICAÇÃO EM ACESSIBILIDADE

FATEC - SP Faculdade de Tecnologia de São Paulo. ACESSOS DE EDIFÍCIOS E CIRCULAÇÕES VERTICAIS - escadas. Prof. Manuel Vitor Curso - Edifícios

MANUAL DE ACESSIBILIDADE

ACESSIBILIDADE Arq. Paula Dias

MEMORIAL DESCRITIVO ACESSIBILIDADE ARQ. CÉSAR LUIZ BASSO

INTRODUÇÃO. Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida SMPED 43

MEMORIAL TÉCNICO DESCRITIVO PROJETO DE ADEQUAÇÃO DE ACESSIBILIDADE

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

Universidade Federal do Oeste da Bahia UFOB CENTRO DAS CIÊNCIAS EXATAS E DAS TECNOLOGIAS CET Desenho Arquitetônico Prof. Dennis Coelho Cruz

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E URBANISMO

PROJETO ARQUITETÔNICO

ROTEIRO BÁSICO PARA VISTORIA

DESENHO TÉCNICO I AULA 06 PLANTAS BAIXAS. Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR Colegiado de Engenharia Civil Prof. Philipe do Prado Santos

DESENHO TÉCNICO 3. Prof. Mariana Gusmão e Gabriel Liberalquino

UNISALESIANO Curso de Arquitetura e Urbanismo Projeto Arquitetônico Interdisciplinar

Visite ANEXO I

DESENHO TÉCNICO. AULA 04 - REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Curso: Engenharia Civil Matéria: Desenho Técnico

ABNT NBR 9050 NORMA BRASILEIRA. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos

Aula 17- ARQ-011 Desenho Técnico 1: Representação de projetos de arquitetura (seg. NBR-6492: 1994) Antonio Pedro Carvalho

Aula 10 Acessibilidade

2 Representação Gráfica na Arquitetura

DESENHO DE ARQUITETURA I

FATEC - SP Faculdade de Tecnologia de São Paulo. ACESSOS DE EDIFÍCIOS E CIRCULAÇÕES VERTICAIS - escadas. Prof. Manuel Vitor Curso - Edifícios

Código da Disciplina CCE0047 AULA 3.

AULA 5 DESENHANDO ESCADAS E RAMPAS. Livro Didático - DA2 Pag 71 a 77

2 Representação Gráfica na Aquitetura

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

Rampas. Fabrícia Mitiko Ikuta e Verônica de Freitas

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

Rampas. Fabrícia Mitiko Ikuta e Verônica de Freitas

Acessibilidade e Desenho Universal

Escadas. Profa Dra Sandra Martins

Checklist de Acessibilidade dos Espaços Internos da UFES

NORMA BRASILEIRA - ABNT NBR 9050 Segunda edição Válida a partir de

Projeto Arquitetônico Conceitos e elementos. Curso técnico em Eletroeletrônica

Leitura e Interpretaçaão de Projetos. Prof. Osvaldo Gomes Terra Junior

CARAVANA DA INCLUSÃO, ACESSIBILIDADE E CIDADANIA

AULA 3 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA. (Continuação) Parte II. Prof. João Santos

DECRETO Nº 9.451, DE 26 DE JULHO DE 2018

Laudo técnico de acessibilidade MODELO DATA R00. 0

GUIA PRÁTICO DE ACESSIBILIDADE

PROJETO ARQUITETÔNICO 1 PA1

GUIA SIMPLIFICADO PARA ANÁLISE E VISTORIA DOS SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA BASEADO NA NBR13434 PARTE 1 E PARTE 2

portadoras de necessidades especiais participem de atividades que incluem o usode produtos, serviços e informação, mas a inclusão e extensão do uso

Representação Desenho Arquitetônico. Prof. Dr Rossano Silva CEG012 - Agronomia

DESENHO DE ARQUITETURA - PROJETO ARQUITETÔNICO

PROJETO COMPLEMENTAR DE ACESSIBILIDADE (PCA1 RELATÓRIO DE ACESSIBILIDADE

Arquiteta Silvana Cambiaghi

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

AULA 3. (Continuação) Parte II EDI 64 ARQUITETURA E U. Profa. Dra. Giovanna M. Ronzani Borille

Ministério da Justiça e Cidadania Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência

DEFINIÇÕES INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CONSTRUÇÃO CIVIL IV

INFRA ESTRUTURA URBANA. Acessibilidade Urbana

Projeto arquitetônico Professora Valéria Peixoto Borges

PROJETO COMPLEMENTAR DE ACESSIBILIDADE (PCA) RELATÓRIO DE ACESSIBILIDADE

3. Que esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação;

ANEXO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS ACESSÍVEIS VERSÃO PARA CONSULTA PÚBLICA

Curso Técnico Segurança do Trabalho. Módulo 6 NR 08

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Código da Disciplina CCE0047 AULA 2.

ANEXO I TABELA 1 ÁREAS MÍNIMAS EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

ANÁLISE DE EMPREENDIMENTO PÓLO GERADOR DE TRÁFEGO (PGT) A análise pela SETTRANS dos PGT utiliza-se da seguinte metodologia:

DOBRADURA, ENQUADRAMENTO E LEGENDA

Acessibilidade Física

Data: abril/2012 TRABALHO INTERDISCIPLINAR

PROJETO DE ARQUITETURA

As regras completas para a sinalização de emergência estão contidas na IT-20 Sinalização de Emergência.

Regras de transição SMARU:

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

Prof. Roberto Monteiro de Barros Filho. Prof. Roberto Monteiro de Barros Filho

UNISALESIANO Curso de Arquitetura e Urbanismo Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I

DESENHO ARQUITETÔNICO PROFESSORA MATEUS ARRUDA SUMARA QUERINO

Introdução às Estruturas de Edificações de Concreto Armado

DEFINIÇÕES. Deficiência: redução, limitação ou inexistência

Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná APROVAÇÃO DE PROJETOS - PREFEITURA

NOTA TÉCNICA nº 06/ SEA ACESSIBILIDADE ETAPAS E CARTILHA

UNISALESIANO Curso de Engenharia Civil Desenho Arquitetônico

Modelos de Calculo. Cargas nas Lajes

DESENHO E ARQUITETURA DESENHO ARQUITETÔNICO

As escadas são elementos estruturais que servem para unir, através degraus sucessivos, os diferentes níveis de uma construção.

SUMARIO SINALIZAÇÃO TÁTIL DE PISO NORMA NBR PISO TÁTIL PISO TÁTIL DE ALERTA... 02

Transcrição:

3 Medidas, Proporções e Cortes 3.1 Garagens A Figura 3.1 apresenta algumas dimensões que podem ser usadas para projetos de garagens. Em geral, para projetos residenciais, pode-se usar as dimensões de um carro de tamanho grande como o Mercedes 300, 1956. Figura 3.1 Medidas usuais em mm para automóveis (NEUFERT, 2004) 3.2 Áreas de Serviço A Figura 3.2 apresenta algumas dimensões de alguns equipamentos e instalações comuns em áreas de serviço. Podem ser usadas medidas comerciais caso se conheça o fabricante de determinado equipamento (eletrodomésticos, tanques, etc.). Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 38

Figura 3.2 Medidas usuais em m equipamentos e instalações em áreas de serviço (MONTENEGRO, 2001) 3.3 Peças Sanitárias A Figura 3.3 apresenta algumas dimensões das principais peças encontradas em lavabos e banheiros. Figura 3.3 Medidas usuais em m de peças sanitárias (MONTENEGRO, 2001) Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 39

3.4 Cozinhas A Figura 3.4 apresenta algumas dimensões usuais para cozinhas. Figura 3.4 Medidas usuais em m para cozinhas (MONTENEGRO, 2001) 3.5 Móveis A Figura 3.5 apresenta algumas dimensões usuais de alguns móveis. Outras informações consultar Neufert, 2004. Figura 3.5 Medidas usuais em m de alguns tipos de móveis (MONTENEGRO, 2001) Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 40

3.6 Cortes: Princípios Gerais Os cortes são representações de vistas ortográficas seccionais do tipo corte, obtidas quando passamos por uma construção um plano de corte e projeção VERTICAL, normalmente paralelo às paredes, e retiramos a parte frontal, mais um conjunto de informações escritas que o complementam. Assim, neles encontramos o resultado da interseção do plano vertical com o volume. Os cortes são os desenhos em que são indicadas as dimensões verticais. O objetivo dos cortes em um projeto de edificação é ilustrar o maior número de relações entre espaços interiores e significantes, que se desenvolvem em altura, e que, por conseqüência, não são devidamente esclarecidos em planta baixa. A sua orientação é feita na direção dos extremos mais significantes deste espaço. Normalmente se faz no mínimo dois cortes, um transversal e outro longitudinal ao objeto cortado, para melhor entendimento. Podem sofrer desvios, sempre dentro do mesmo compartimento, para possibilitar a apresentação de informações mais pertinentes. Os cortes podem ser transversais (plano de corte na menor dimensão da edificação) ou longitudinais (na maior dimensão). A quantidade de cortes necessários em um projeto, porém, é de exclusiva determinação do projetista, em função das necessidades do projeto. São fatores que influenciam a quantidade de cortes:irregularidades das paredes internas; b) sofisticação de acabamentos internos; c) formato poligonal da construção; d) diferenças de níveis nos pisos; e) existência de detalhamentos internos. A Figura 3.6 ilustra um esquema, em perspectiva, da composição dos cortes longitudinais e transversais em projetos arquitetônicos. Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 41

PLANO QUE GERA O CORTE TRANSVERSAL: PLANO QUE GERA O CORTE LONGITUDINAL: Figura 3.6 Representação de cortes transversais e longitudinais Os planos normalmente são paralelos às paredes, e posicionados pela presença de: pésdireitos variáveis, esquadrias especiais, barreiras impermeáveis, equipamentos de construção, escadas, elevadores, dentre outros. A posição do plano de corte e o sentido de observação depende do interesse de visualização. Recomenda-se sempre passá-lo pelas áreas molhadas (banheiro e cozinha), pelas escadas e poço dos elevadores. Os cortes devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar sua visualização e interpretação indicar a sua posição e o sentido de visualização. Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 42

A indicação dos cortes em planta baixa tem uma simbologia específica conforme visto na Figura 3.7. Figura 3.7 Simbologia para os cortes em planta A orientação dos cortes é feita na direção dos extremos mais significantes do espaço cortado. O sentido de visualização dos cortes deve ser indicado em planta, bem como a sua localização (Figuras 3.8 e 3.9). Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 43

CORTE AB SENTIDO INDICADO CORTE AB SENTIDO INDICADO CORTE CD INDICADO Figura 3.8 Representação de cortes CORTE CD INDICADO Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 44

400 885 0 70 5 275 A 01 10 70 120 30 170 160 200 200 160 200 C 01 D 01 160 30 400 370 25 100x60/140 100 25 0 90x210 275 275 120x100/90 560 30 500 30 340 60 100 60x60/140 70x210 +0.50 SALA 13.75 M² BANHO 5.70 M² +0.50 +0.48 B 01 120 380 VARANDA 21.20 M² +0.35 PROJ. COBERTURA 00 +0.20 Figura 3.9 Representação dos cortes A-B e C-D em planta Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 45

3.7 Cortes: Elementos Construtivos - Fundações: São desenhadas em função dos materiais utilizados e de sua disposição geral, com dimensões aproximadas, se houver, pois seu detalhamento é função do projeto estrutural. A Figura 3.10 ilustra alguns exemplos de fundações mais utilizadas: VIGA BALDRAME BLOCOS DE CONCRETO VIGA BALDRAME SAPATA DE CONCRETO Figura 3.10 Representação de elementos de fundação em cortes - Pisos e Contrapisos: Normalmente identifica-se apenas a espesssura do contrapiso + piso com espessura aproximada de 10cm, através de duas linhas paralelas, cortadas espessura de linha média (0,6mm). O solo ou aterro são indicados através de hachura inclinada. O contrapiso-piso ocorre alinhado com a viga baldrame das paredes. PISO- CONTRAPISO VIGA BALDRAME HACHURA SOLO Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 46

210 70 10 - Paredes: Figura 3.11 Representação de pisos e contra-pisos em cortes Nos cortes, as paredes podem aparecer seccionadas ou em vista. No caso de paredes seccionadas, a representação é semelhante ao desenho em planta baixa. Existindo paredes em vista (que não são cortadas pelo plano de corte) a representação é similar aos pisos em planta conforme a Figura 3.12. Parede convencional Parede totalmente impermeabilizada Figura 3.12 Representação de paredes em cortes Parede parcialmente impermeabilizada - Louças Sanitárias: As louças sanitárias podem aparecer em corte ou em vista na representação dos cortes verticais. Tanto numa situação como em outra, basta representá-los com suas linhas básicas, que identificam o aparelho ou equipamento. Abaixo, na Figura 3.13, algumas representações: Figura 3.13 Representação de louças sanitárias em cortes Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 47

- Forros e Lajes: Geralmente os forros são constituídos de lajes de concreto, representadas de maneira similar ao contrapiso, com espessura de 10cm. Sobre as paredes, representa-se as vigas em concreto. Pode haver forro de madeira ou gesso, por exemplo, abaixo da laje ou sem a presença desta. Estes forros serão representados por duas linhas finas paralelas com a espessura do forro conforme a Figura 3.14. VIGA LAJE FORRO Figura 3.14 Representação de forros e lajes em cortes - Esquadrias: Portas: em vista são indicadas apenas pelo seu contorno. Em corte, indica-se apenas o vão, com a visão da parede do fundo em vista. Janelas: em vista seguem as mesmas diretrizes das portas. Em corte têm representação similar à planta baixa, marcando-se o peitoril como parede (traço cheio e grosso) e a altura da janela (quatro linhas em traço cheio e médio). A Figura 3. ilustra essas informações. PORTA VISTA JANELA VISTA PORTA CORTE JANELA CORTE Figura 3. Representação de esquadrias em cortes Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 48

35 35 45 45 2 210 250 210 280 265 267 60 475 25 70 55 30 30 10 10 10 10 10 0 0 0 0 - Níveis: São identificados todos os níveis, sempre que se visualize a diferença de nível, evitando a repetição desnecessária e não fazendo a especificação no caso de uma sucessão de desníveis iguais (escada). A simbologia para indicação de níveis nos cortes é diferenciada da simbologia para indicação em planta, porém, os níveis constantes em planta baixa devem ser os mesmos indicados nos cortes. A simbologia utilizada para indicação dos níveis em cortes está representada na Figura 3.16. 00 +0,30-0, Figura 3.16 Representação de níveis em cortes Os níveis devem ser sempre indicados em metros e acompanhados do sinal, conforme localizarem-se acima ou abaixo do nível de referência (00). 3.8 Exemplos de Cortes 00 +0,35 VARANDA +0,50 +0,48 WC CORTE AB SEM ESCALA Figura 3.17 Representação do corte A-B Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 49

Figura 3.18 Esquema de concepção de cortes Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 50

20 35 250 280 50 30 200 5 30 10 60 475 30 10 10 60 0 10 10 80 80 00 +0,20 +0,35 +0,50 +0,50 50 265 10 0 CORTE CD SEM ESCALA 75 100 90 50 2 Figura 3.19 Representação do corte C-D Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 51

Projeto 05: Considerando as plantas e elevações segundo o Projeto 04 (Sobrado), construa dois cortes, um longitudinal e outro transversal, que passem necessariamente pela escada e pelo(s) banheiro(s). Humanizar as projeções em planta. Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 52

4 Acessibilidade a Edificações 4.1 Introdução A norma brasileira NBR 9050 (2004) fixa critérios exigíveis para o projeto e detalhamento de espaços físicos destinados a portadores de necessidades especiais. Segundo a NBR 9050 (2004) todos os espaços, edificações, mobiliário e equipamentos urbanos que vierem a ser projetados, construídos, montados ou implantados, bem como as reformas e ampliações de edificações e equipamentos urbanos, devem atender ao disposto nesta Norma para serem considerados acessíveis. Seguem abaixo outras colocações da referida norma: Edificações e equipamentos urbanos que venham a ser reformados devem ser tornados acessíveis. Em reformas parciais, a parte reformada deve ser tornada acessível. As edificações residenciais multifamiliares, condomínios e conjuntos habitacionais devem ser acessíveis em suas áreas de uso comum, sendo facultativa a aplicação do disposto nesta Norma em edificações unifamiliares. As unidades autônomas acessíveis devem ser localizadas em rota acessível. As entradas e áreas de serviço ou de acesso restrito, tais como casas de máquinas, barriletes, passagem de uso técnico etc., não necessitam ser acessíveis. 4.2 Pessoas em Pé A Figura 4.1 apresenta as dimensões físicas mínimas a serem consideradas para pessoas se deslocando em pé com ou sem o uso de algum equipamento de auxílio de deslocamento (órtese). Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 53

Figura 4.1 Dimensões de referência para pessoas se deslocando em pé (NBR 9050, 2004) 4.3 Pessoas em Cadeira de Rodas Neste caso várias dimensões mínimas devem ser levadas em consideração tomando-se o caso de deslocamentos em linha reta (Figura 4.2), transposição de obstáculos (Figura 4.3), área de manobra sem deslocamento (Figura 4.4) e área de manobra com deslocamento (Figura 4.5). Figura 4.2 Dimensões de referência para cadeiras de rodas em linha reta (NBR 9050, 2004) Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 54

Figura 4.3 Dimensões de referência para transposição de obstáculos (NBR 9050, 2004) Figura 4.4 Dimensões de referência para áreas de manobra sem deslocamento (NBR 9050, 2004) Figura 4.5 Dimensões de referência para áreas de manobra com deslocamento (NBR 9050, 2004) Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 55

Segundo a NBR 9050 (2004) objetos tais como corrimãos e barras de apoio, entre outros, devem ter seção circular com diâmetro entre 3,0 cm e 4,5 cm e devem estar afastados no mínimo 4,0 cm da parede ou outro obstáculo. A Figura 4.6 ilustra esta situação. Figura 4.6 Dimensões de referência para corrimãos (NBR 9050, 2004) 4.4 Simbologia e Sinalizações Segundo a NBR 9050 (2004) os símbolos são representações gráficas que, através de uma figura ou de uma forma convencionada, estabelecem a analogia entre o objeto ou a informação e sua representação. Todos os símbolos podem ser associados a uma sinalização direcional. A Figura 4.7 ilustra os símbolos internacionais de acessibilidade que podem ser usados em edificações. Existe a obrigatoriedade da orientação à direita dos símbolos. Figura 4.7 Símbolos internacionais de acessibilidade (NBR 9050, 2004) Esta sinalização, segundo a norma, devem ser usadas nos seguintes locais quando acessíveis, ou seja, salvo as recomendações facultativas para as áreas de acesso restrito (casa de máquinas, barriletes, dentre outros). Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 56

a) entradas; b) áreas e vagas de estacionamento de veículos; c) áreas acessíveis de embarque/desembarque; d) sanitários; e) áreas de assistência para resgate, áreas de refúgio, saídas de emergência; f) áreas reservadas para pessoas em cadeira de rodas; g) equipamentos exclusivos para o uso de pessoas portadoras de deficiência. Nas portas deve haver informação visual (número da sala, função etc.) ocupando área entre 1,40 m e 1,60 m do piso, localizada no centro da porta ou na parede adjacente, ocupando área a uma distância do batente entre cm e 45 cm. A sinalização tátil (em Braille ou texto em relevo) deve ser instalada nos batentes ou vedo adjacente (parede, divisória ou painel), no lado onde estiver a maçaneta, a uma altura entre 0,90 m e 1,10 m (NBR 9050, 2004), conforme as Figuras 4.8 e 4.9. Figura 4.8 Sinalização visual e tátil nas portas (NBR 9050, 2004) Figura 4.9 Detalhe da sinalização tátil em mm (NBR 9050, 2004) Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 57

Segundo a norma é facultativo porém desejável a colocação de sinalização tátil em corrimãos que atendam as seguintes diretrizes: a) anel com textura contrastante com a superfície do corrimão, instalado 1,00 m antes das extremidades, conforme Figura 4.10; b) sinalização em Braille, informando sobre os pavimentos no início e no final das escadas fixas e rampas, instalada na geratriz superior do prolongamento horizontal do corrimão. Figura 4.10 Detalhe da sinalização tátil (NBR 9050, 2004) Os degraus e escadas devem ter sinalização visual na borda do piso, em cor contrastante com a do acabamento, medindo entre 0,02 m e 0,03 m de largura. Essa sinalização pode estar restrita à projeção dos corrimãos laterais, com no mínimo 0,20 m de extensão (NBR 9050, 2004), localizada conforme Figura 4.11. Figura 4.11 Sinalização em escadas (NBR 9050, 2004) Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 58

A sinalização tátil deve obedecer as dimensões indicadas na Figura 4.12. Figura 4.12 Detalhe da sinalização em escadas em mm (NBR 9050, 2004) Para o rebaixamento de calçadas, escadas e alerta junto à porta do elevador devem ser usadas as especificações respectivamente das Figuras 4.13, 4.14 e 4.. Figura 4.13 Detalhe da sinalização em rampas (NBR 9050, 2004) Figura 4.14 Detalhe da sinalização em escadas (NBR 9050, 2004) Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 59

Figura 4. Detalhe da sinalização em elevadores (NBR 9050, 2004) A porta de acesso às áreas de resgate deve ser identificada com sinalização em material fotoluminescente ou ser retroiluminada conforme indica a Figura 4.16. Figura 4.16 Área de resgate para pessoas com deficiência (NBR 9050, 2004) 4.5 Rampas A inclinação de rampas deve ser calculada da seguinte forma: Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 60

onde: i é a inclinação em percentual h é a altura do desnível c é o comprimento da projeção horizontal, conforme a Figura 4.17. Figura 4.17 Exemplo de dimensionamento de rampas As rampas devem ter inclinação segundo o disposto na Tabela 1. Tabela 1 Níveis de inclinação para rampas (NBR 9050, 2004) Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 61

Ainda segundo a norma No início e no término da rampa devem ser previstos patamares com dimensão longitudinal mínima recomendável de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m, além da área de circulação adjacente, conforme Figura 4.18. Figura 4.18 Patamares para rampas (NBR 9050, 2004) Para os corrimãos devem ser usadas as dimensões especificadas na Figura 4.19. Figura 4.19 Dimensões de corrimãos para rampas (NBR 9050, 2004) 4.6 Circulação Interna: Corredores e Portas Segundo a NBR 9050 (2004) os corredores devem ser dimensionados de acordo com o Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 62

fluxo de pessoas, assegurando uma faixa livre de barreiras ou obstáculos. As larguras mínimas para corredores em edificações e equipamentos urbanos são: a) 0,90 m para corredores de uso comum com extensão até 4,00 m; b) 1,20 m para corredores de uso comum com extensão até 10,00 m; e 1,50 m para corredores com extensão superior a 10,00 m; c) 1,50 m para corredores de uso público; d) maior que 1,50 m para grandes fluxos de pessoas, conforme aplicação da fórmula apresentada adiante. As portas, inclusive de elevadores, devem ter um vão livre mínimo de 0,80 m e altura mínima de 2,10 m conforme a Figura 4.20. Figura 4.20 Dimensões mínimas para portas (NBR 9050, 2004) Ainda segundo a NBR 9050 (2004) As portas de sanitários, vestiários e quartos acessíveis em locais de hospedagem e de saúde devem ter um puxador horizontal, associado à maçaneta. Deve estar localizado a uma distância de 10 cm da face onde se encontra a dobradiça e com comprimento igual à metade da largura da porta conforme ilustra a Figura 4.21. Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 63

Figura 4.21 Dimensões para portas com revestimento (NBR 9050, 2004) 4.7 Sanitários A NBR 9050 (2004) permite a utilização de uma série de disposições para as bacias sanitárias conforme a Figura 4.22. Figura 4.22 Disposições para as bacias sanitárias (NBR 9050, 2004) Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 64

Devem ser previstas barras de apoio lateral segundo as dimensões ilustradas na Figura 4.23. Figura 4.22 Disposições para barras de apoio lateral (NBR 9050, 2004) A altura da bacia deve ser de 0,45m, o acionamento da descarga deverá estar a 1,0m e a papeleira a 0,50m do piso acabado. As dimensões mínimas para o sanitário podem ser vistas na Figura 4.23. Para os lavatórios devem ser atendidas as especificações constantes na Figura 4.24. Figura 4.23 Dimensões mínimas para o sanitário (NBR 9050, 2004) Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 65

Figura 4.23 Dimensões mínimas para lavatórios (NBR 9050, 2004) Projeto 06: Realizar um projeto completo (plantas, elevações e cortes) de uma clínica odontológica contendo dois gabinetes odontológicos com área mínima de 16m 2 cada um, uma sala de esterilização, copa, dois sanitários (masculino e feminino) para público em geral, dois sanitários para portadores de necessidades especiais (masculino e feminino), recepção e sala de espera. Prever uma região coberta para instalação de compressor com dimensão mínima de 1,5m x 2,0m. Considerar um terreno retangular de dimensões m x 25m para implantação da edificação. Levar em consideração o atendimento a TODAS as disposições normativas de acessibilidade relacionadas à NBR 9050 (2004). Prever uma calçada de 3,0m de largura com rebaixamento (rampa) e sinalização de acordo com o previsto em norma. Utilizar uma diferença de nível de 0,60m entre a guia e a recepção/espera. Desenho Arquitetônico data:out/2013 fl. 66