Assunto: Apresentação do jornal Brasil de Fato

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Transcrição:

Assunto: Apresentação do jornal Brasil de Fato

Apresentação O ano de 2002 foi marcado pela realização do Plebiscito Popular da Campanha Contra a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), assim como pelas milionárias campanhas eleitorais. O Brasil já completava mais de uma década de política neoliberal, e os movimentos sociais enfrentavam um grande e difícil obstáculo: o bloqueio da imprensa empresarial que busca incriminar e criminalizar suas ações, além de minimizar suas reivindicações. Nesse contexto, as forças de esquerda, juntamente com os movimentos sociais, articulavam a urgente criação de um jornal de esquerda, popular, que fosse pautado pela luta por uma sociedade justa e fraterna. Assim nasceu o Brasil de Fato, um jornal semanal de circulação nacional, com uma proposta editorial que rompesse com o eixo Rio-São Paulo-Brasília da mídia empresarial, elaborado em linguagem simples, acessível, composto majoritariamente de reportagens, informativo e analítico, com a união de profissionalismo/militância, competência/compromisso social, beleza/luta subsidiando o debate de idéias e na análise dos fatos do ponto de vista da esquerda, daqueles que buscam profundas mudanças sociais em nosso país. O lançamento oficial ocorreu em janeiro de 2003 no III Fórum Social Mundial, em um ato político cultural que contou com a presença de milhares de militantes sociais de todo mundo, e também de grandes referências da esquerda mundial, e em especial da latinoamericana, como o uruguaio Eduardo Galeano, a argentina Hebe de Bonafini (das Mães da Praça de Maio), os brasileiros Sebastião Salgado e Augusto Boal, entre outros. Da noite do lançamento até hoje muitos desafios foram superados, o jornal amadureceu, evoluiu na sua estrutura e avançou como referência política para os lutadores e lutadoras do povo. Mas ainda há muito o que fazer. Monopólio da Mídia O monopólio da mídia se dá ao domínio quase absoluto do campo social da comunicação por parte das grandes empresas produtoras de informação e entretenimento espalhadas pelo planeta. Esse domínio se dá desde a pequena cidade do interior do país, onde os políticos locais controlam rádios, jornais e TVs, exercendo grande influência na formação da opinião pública, até os grandes grupos comerciais que controlam o fluxo de informação em escala mundial. No mundo a realidade de concentração e monopólio dos meios de comunicação exercida pelas grandes empresas de mídia se repete em praticamente todos os países. Trata-se de gigantes a serviço do pensamento único, difundindo seus valores comerciais e ideológicos disfarçados de jornalismo. No Brasil, apenas sete grupos controlam mais de 80% de tudo que é visto, lido ou escutado através dos meios de comunicação. Esses grupos são controlados pelas famílias: Marinho (TV Globo, CBN, jornal O Globo, NET - TV por assinatura, portal globo.com); Frias (jornais: Folha de S. Paulo, Agora, Valor Econômico, e portal UOL); Civita (editora Abril, Abril Vídeo, MTV Brasil, DirecTV); Abravanel (SBT), Mesquita (jornal Estado de S. Paulo, rádio Eldorado, agência Estado); Saad (TV Bandeirantes, emissoras de rádio AM e FM) e Igreja Universal (TV Record e jornal Folha Universal). Uma das principais fontes de renda dessas empresas é a venda de anúncios, ou seja, como precisam de muito dinheiro para se manter funcionando, os interesses comerciais são responsáveis por pautar a programação, opiniões e tudo o que for veiculado, para atraírem

anunciantes. Além disso, sabendo que os meios de comunicação exercem grande poder na formação das pessoas, tornam-se uma excelente maneira de difundir visões de mundo próprias, travestidas de jornalismo isento e comprometido com a verdade. Essa situação de monopólio midiático acontece porque as leis que regulamentam - ou deveriam regulamentar - o sistema de comunicação no Brasil são falhas e obsoletas. As concessões de TV, por exemplo, são públicas e concedidas pelo Estado, teoricamente, em nome da sociedade. Ou seja, quem recebe a concessão deveria zelar acima de tudo pela liberdade de expressão e pelo direito à comunicação de todos os grupos sociais que compõe a sociedade brasileira, o que nem de longe acontece. O jornalismo sempre escolhe um lado, um olhar para apresentar os fatos. A idéia de que o jornalista é capaz de reproduzir, por meio de palavras, uma verdade, é uma das armas utilizadas pela grande imprensa para tornar mais eficaz o objetivo de incutir valores na sociedade. Entretanto, percebemos que uma simples escolha de palavras, por exemplo, pode trazer toda uma posição política. Brasil de Fato O Brasil de Fato declara abertamente sua posição. Está ao lado das forças sociais que buscam transformações profundas na sociedade, apoiando os movimentos sociais, constantemente criminalizados - ou apenas omitidos - nas coberturas dos veículos da imprensa empresarial. Além de desmascarar o que há por trás da suposta imparcialidade que a imprensa empresarial tanto declara como um valor, é necessário produzir contra-informação, criar fontes alternativas de informação que dêem visibilidade às lutas sociais e tratem as reivindicações dos movimentos com seriedade. Construído coletivamente, somos um instrumento político, que só faz sentido se atingir continuamente o maior número possível de pessoas, organizações sociais, localidades e municípios. Com pouco tempo de existência, temos conseguido furar os cercos da grande mídia, sempre resistindo a boicotes e lutando contra condições extremamente adversas, a começar pela ofensiva ideológica dos oligopólios da informação em nosso país. Mesmo com todas as adversidades, o Brasil de Fato vem atingindo parcela cada vez maior da população, já estando presente em todos os Estados do Brasil. Ao longo de nossa caminhada uma difícil tarefa é garantir a viabilidade financeira do jornal. Embora não exclusivamente, o Brasil de Fato é sustentado basicamente pelas assinaturas. Não se trata de demérito algum. Muito ao contrário, as experiências anteriores e nossa própria experiência nos ensinaram que, diferentemente daqueles jornais que dependem dos grandes grupos econômicos, a viabilidade financeira do Brasil de Fato pode e deve ser alcançada através principalmente pelas assinaturas. Desde seu lançamento, em 2003, a equipe do jornal Brasil de Fato e, de um modo geral, todos os seus apoiadores vêm se esforçando muito para consolidá-lo como instrumento de luta ideológica na sociedade brasileira. As condições para que atinjamos este objetivo já estão dadas: temos hoje um jornal de excelente qualidade editorial e gráfica. Agora, é fundamental dirigirmos nossos esforços para a divulgação do Brasil de Fato,

com vistas à elevação do número de assinaturas. Não basta termos um bom jornal; é preciso que ele atinja o máximo de pessoas. Este é um grande desafio. Assim sendo, dentre um conjunto de ações que vem sendo desenvolvidas com o objetivo de massificar o jornal na sociedade, e pensando em particular na necessidade de envolver cada vez mais entidades da classe trabalhadora, é que delineamos a seguinte política: com vistas a ampliar o número de assinaturas e garantir a independência financeira do jornal, decidimos lhe apresentar o Brasil de Fato, para que possa conhecer melhor a linha editorial do jornal. Estamos confiantes que após conhecê-lo, assinará, pois nosso jornal é feito para o conhecimento e o trabalho de todos aqueles que almejam um Brasil com justiça social e soberania popular. SE VOCÊ QUER UMA MÍDIA INDEPENDENTE: ASSINE O JORNAL BRASIL DE FATO URGENTE!!!