EXECUÇÃO PENAL E A INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA



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TURMA REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA - TRUJ

Transcrição:

1 EXECUÇÃO PENAL E A INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA Francisco Carlos Giovanetti 1 José Moreira Barbosa Neto 2 Roberto Elias Rodrigues 3 Valquíria Belomo 4 RESUMO Este artigo expõe conceitos básicos e práticas da execução penal, apontando princípios da individualização da pena e o panorama do exame criminológico no contexto da condenação. PALAVRAS- CHAVE: execução penal pena - individualização INTRODUÇÃO Execução Penal é um procedimento jurisdiciariforme que levará a efeito a sentença que atribuiu a pena ao condenado. Jurisdiciariforme porque tem natureza mista (judicial e administrativa) e terá seu trâmite, conjuntamente, sob a égide do Juízo de Execução e da Unidade Prisional. Nos termos da Lei 7.210/84 Lei de Execução Penal, Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. 1 Bacharel em Direito, Advogado, Mestre em Direito e Professor do Curso de Direito do CEUNSP Salto. 2 Bacharel em Direito, Delegado de Polícia, Especialista em Direito Penal e Direito Público e Professor do Curso de Direito do CEUNSP Salto. 3 Bacharel em Direito, Advogado, Mestre em Direito e Professor do Curso de Direito do CEUNSP Salto 4 Bacharel em Direito, Especialista em Direito Penal e Professora do Curso de Direito do CEUNSP Salto.

2 A Constituição Federal estabelece em seu art. 5 o., XLVI, que a lei regulará a individualização da pena. O art. 5 o. da LEP (Lei de Execução Penal) reafirma: Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal. Individualizar a pena é também adaptar a sua execução às características pessoais do condenado, com o objetivo de proporcionar a sua reintegração social. Buscando sempre o fim de readaptar o condenado ao convívio social, a individualização da pena, em matéria de execução, pressupõe que a cada sentenciado, conhecida a sua personalidade e analisado o fato cometido, corresponda tratamento penitenciário adequado (cf. Exposição de Motivos da LEP). I- INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA Instrumento importante para buscar a individualização da pena da execução é a prévia classificação dos criminosos de acordo com seus antecedentes e personalidade. Ela será feita pela Comissão Técnica de Classificação, órgão colegiado que terá a função de elaborar um programa individualizador e acompanhar a execução da pena, podendo propor progressões e regressões de regime (STJ, 6 a. Turma, HC n. 2.832-5/RJ, rel. Min. Anselmo Santiago, Ementário STJ 13/621). As concepções modernas da individualização da pena têm renovado completamente a técnica de aplicação e interpretação das leis penais, tendendo precisamente a distinguir o juízo sobre o fato e o juízo sobre o homem. Deve-se notar que a noção de prevenção se encontra ligada à idéia de individualização e esta conduzia à investigação de novas medidas de defesa social, surgindo inclusive a idéia de substituição das inoperantes penas, curtas, privativas de liberdade, através de meios de reação social adaptados à situação do delinqüente. (COSTA, 1997, p. 14). Para classificar os delinqüentes de acordo com sua personalidade, e necessário recorrer a biotipologia, que é o estudo da personalidade do criminoso.

3 II O EXAME CRIMINOLÓGICO O exame criminológico é uma das espécies de biotipologia. É obrigatório para os condenados à pena privativa de liberdade em regime fechado (art. 8 o. caput da LEP) e facultativo para os condenados a cumprir pena em regime semi-aberto (par. ún. Do art. 8o.). Surge aqui, uma contradição: o art. 35, caput, do CP, determina a brigatoriedade do exame criminológico para os condenados em regime semi-aberto. A LEP coloca como possibilidade para o condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto(art.8º.) Predomina o entendimento jurisprudencial de que a LEP, lei especial, deve prevalecer, sendo portanto, facultativo o exame neste caso. O exame criminológico só poderá ser feito para os réus definitivamente condenados, sob pena de afronta ao princípio da presunção de inocência (art. 5 o., LVII, da CF). Exame criminológico é o estudo da personalidade do criminoso, sua periculosidade, sua disposição para o crime, sua sensibilidade para a pena que irá sofrer, e sua possível correção. O exame criminológico permite um conhecimento integral do homem delinqüente; e está inserido dentro do campo da criminologia clínica, que possui a função prática de tratamento e reinserção social do delinqüente. Segundo Álvaro Maiyrinck da Costa (1997) o exame criminológico compõe-se do princípio básico da criminologia clínica, em que os métodos indicados não variam apenas segundo sua natureza médica, psiquiátrica, sociológica ou social, mas diferem pelo grau de profundidade que possam ter. Compõe-se de uma série de análises para se chegar a uma visão total da personalidade do delinqüente.

4 Para se realizar o exame criminológico, é importante ter a formação específica de cada um, e ter conhecimentos de Criminologia Clínica (que tem por objetivo observar, interpretar e tratar o criminoso). Por ser a Criminologia uma ciência interdisciplinar, tem que ser exercida por uma equipe formada por diversas áreas de conhecimento, onde temos: o advogado, o psicólogo, o médico. Os exames criminológicos são compostos por: -estudo jurídico; -estudo somático; -exames psicológicos; -exame psiquiátricos; -exame sociológico, e no conjunto, visam fornecer um diagnóstico, um prognóstico e se for o caso uma recomendação de tratamento. Deve-se investigar no exame criminológico se o individuo é primário ou reincidente, se já esteve preso, se em seu caso cabe a medida de segurança, quais os estabelecimentos correcionais passou, por quanto tempo, se agiu só ou em bando na prática do delito, se o delito foi simples ou qualificado, se houve agravantes ou atenuantes, se foi infrator antes dos 18 anos e se em caso positivo se foi internado em instituições. Tecnicamente o exame criminológico se subdivide em: Exame morfológico; Exame funcional; Exame psicológico; Exame psiquiátrico; Exame moral; Exame social; Exame histórico. 1. Exame morfológico Avalia o corpo humano de modo geral, determinando sua massa corpórea, massa óssea e muscular, verificando também aspectos neurológicos, patológicos,

5 endocrinológicos, para se fazer um exame individual completo e estabelecer as individualidades. Em 1950 introduziu-se o método de Willian Sheldon, que é o mais preferido hoje em dia para se fazer pesquisas em dados comparativos. Este exame se baseia na existência de 3 componentes (para a constituição física): -o endomórfico: prevalece um acentuado arredondamento de todas as regiões do corpo com prevalência dos órgãos digestivos; -o mesofórfico: predominância das massas musculares, caracteres de um retângulo. -o ectomórfico: predominância dos órgãos de relação, cérebro, sistema nervoso central, órgãos sensoriais. Quanto aos componentes dinâmicos do temperamento: a) viscerotonia tendência á vida cômoda e tranquila, prazer de comer, jovialidade, sociabilidade. Vida digestiva domina todas as outras manifestações da personalidade; b) somatotonia predomínio da atividade muscular e do vigor físico; c) cerebrotonia predomínio das funções cerebrais e psíquicas superiores. Exame da pele cicatrizes, tatuagens, calosidades e outras eventuais anomalias importantes para o estudo antropo-psicológico. 2. Exame funcional. Neste exame é verificado se há sinais de atrofias, síndrome de crescimento, fraqueza vital, onde são feitos principalmente exames endocrinológicos mas, tanto

6 quanto a função digestiva, hepática e contagem do sangue são de grande importância para o criminólogo. Os exames funcionais vão a fundo nos exames das glândulas internas, verificando o metabolismo do delinqüente, a influência das glândulas sobre o estado psíquico. Acredita-se que doenças cardíacas, respiratórias, urogenitais e principalmente doenças do sistema nervoso podem influenciar a indivíduo na sua inclinação para o delito, em razão de exercerem modificações no temperamento e caráter. 3. Exame psicológico Seu objetivo é descrever o perfil psicológico da pessoa examinada, ao contrário da perícia psiquiátrica, que deve ser realizada na existência de uma doença mental, o exame psicológico pode ser realizado em casos dentro de critérios da normalidade mental. É através da avaliação psíquica do delinqüente que se pode conhecer os aspectos particulares, suas estruturas psicológicas, e através disso pode-se traçar o desenvolvimento e a dinâmica do delito. O exame psicológico deve ser o mais abrangente possível e deve reportar-se a pelo menos três requisitos: nível mental do criminoso, traços característicos de sua personalidade, grau de agressividade. 4. Exame psiquiátrico O exame psiquiátrico procura buscar doenças psiquiátricas existentes nos criminosos, antes ou depois da prática delitiva, é o mais importante exame criminológico, pois é ele que dirá se o indivíduo é ou não imputável, também se é

7 possível a redução da pena, nos casos do semi-imputável, na aplicação da medida de segurança. É este exame que diz se o criminoso é mentalmente são. 5. Exame moral Há pessoas que não são capazes de sentir ou viver o sentimento moral. É necessário procurar as causas das várias formas de imoralidade que se encontram na estrutura psíquica do delinqüente, dado que é a sensibilidade emotiva que, sob influência da educação, surgem os vários efeitos de fundo altruísta. Resume-se em perguntas de conteúdo moral com o intuito de obter respostas e conseguir elementos para conhecer suas disposições afetivas intimas. 6. Exame social Pesquisa da família e as influências ambientais e sociais que agiram sobre seu ser. Pode-se buscar informações com o próprio criminoso, na família, em escolas, testemunhas, locais em que trabalhou ou esteve preso ou em observações de seu comportamento no ambiente carcerário. III- Classificação E Triagem De Sentenciados Segundo o art. 34 caput do CP (Código Penal), o condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução. De acordo com a LEP Lei de Execuções Penais Lei 7210/84:

8 Art. 6 o A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade. Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do serviço social. Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução. Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semiaberto. Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da personalidade, observando a ética profissional e tendo sempre presentes peças ou informações do processo, poderá: I - entrevistar pessoas; II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a respeito do condenado; III - realizar outras diligências e exames necessários. As PENAS são (art. 32 e seguintes do CP) 1. privativas de liberdade (reclusão- regime fechado, semi-aberto ou aberto e detenção(regime semi-aberto ou aberto, a não ser necessidade de transferência para o fechado) -regime fechado execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; -regime semi-aberto execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; -regime aberto execução da pena em casa do albergado ou estabelecimento adequado. 2. restritivas de direito (prestação pecuniária, perda de bens e valores, prestação de serviços á comunidade ou entidades, interdição temporária de direitos e limitação de fim de semana).

9 3. multa Os inimputáveis (que não recebem pena) são encaminhados ao Manicômio Judiciário do Estado (Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Prof. André Teixeira Lima); Os semi-imputáveis serão encaminhados à Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté. Se considerados imputáveis: -regime fechado superior a 8 anos penitenciárias; -regime semi-aberto Institutos Penais Agrícolas-IPA ou Industriais-IPI. Na Cadeia Pública ou Casa de Detenção Provisória ficam os presos que aguardam a determinação de pena (condenação). Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) 1 o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) 2 o Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) Numa versão anterior, havia a figura do exame criminológico no início da execução da pena e para a concessão de benefícios. Após inúmeras alterações, e com o advento da Lei 10.792/2003, que alterou o art. 112 da Lei de Execução Penal, estabeleceu-se calorosa discussão acerca da admissibilidade do exame criminológico na progressão de regime prisional.

10 IV- PRÁTICA DO EXAME CRIMINOLÓGICO a) Quando o indivíduo é preso por algum fato que cometeu, é recolhido na Cadeia ou Casa de Detenção Provisória, e ainda não foi julgado. Ficará lá temporariamente aguardando o julgamento do fato a ele imputado. b) Enquanto está nessa prisão provisória, já é feita uma triagem, ou seja, já há uma observação do detento. Se ele manifestar sintomas de loucura, já se estuda o recolhimento dele num lugar especial, visando a sua segurança. c) Com a sentença pena condenatória com trânsito em julgado é expedida a Guia de Recolhimento em que consta, por exemplo: cumprimento de 10 anos de reclusão em regime fechado. A Autoridade Administrativa (diretor do estabelecimento prisional) estuda onde há vaga para o cumprimento da pena, e encaminha o preso para lá (geralmente quem decide isso é o coordenador da região). d) Quanto à realização do exame criminológico no decorrer da pena para a progressão e concessão de benefícios, há sérias controvérsias, o que será exposto a seguir; e) Todo esse procedimento irá ao Juízo de Execuções Criminais, que decide se autoriza ou não a mudança de regime e concessão de benefícios. Quanto aos entendimentos da possibilidade do exame criminológico no decorrer da execução penal, assinale-se:

11 Adotando entendimento diverso ao que defendemos, após reiteradas decisões no sentido de que o juiz da execução penal pode, diante do caso concreto e desde que o faça em decisão fundamentada, determinar a realização do exame criminológico e valorar suas conclusões para efeito de aferir a presença de mérito para a progressão de regime, o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula Vinculante 26, que tem a seguinte redação: Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico. Com redação mais abrangente, porém, sem força vinculante, o Superior Tribunal de Justiça editou a Súmula 439, nos seguintes termos: Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada. (MARCÃO, 2010 EM CONAMP.ORG.BR) Segundo os profissionais dos estabelecimentos prisionais, observa-se que os presos que passam para o regime semi-aberto (que têm oportunidade de trabalhar) reincidem (voltam ao crime) muito menos do que aqueles que ganham a liberdade condicional (saem do regime fechado direto para a liberdade). Isso demonstra que um trabalho de ressocialização e terapias de trabalho (laborterapia) podem modificar o comportamento e caráter do preso, dando-lhe mais consciência do retorno à vida produtiva. Mas há um problema: nem todos os presos podem trabalhar, em razão de falta de espaço e funcionários para fiscalizar nas prisões. Muitas vezes o preso piora em questão de comportamento, o que é normal, em razão das condições em que ele vive. O exame criminológico pode ser feito várias vezes durante o cumprimento da pena, sempre que houver a possibilidade de mudança de um regime para outro. Esquema: CONDENAÇÃO + LAPSO TEMPORAL

12 Possibilidade do EXAME CRIMINOLÓGICO (não obrigatório) PARECER ao Juiz da Execução Criminal - programa individualizador da execução. JUIZ DE EXECUÇÃO CRIMINAL, para progressões de regimes (do fechado para semi-aberto, deste para aberto, para concessão de livramento condicional etc.). Então, após discussões e manifestações, a última versão aceitável é a de que, na progressão, há possibilidade de realização do exame criminológico, isto a critério do juiz da execução penal, devendo ser apreciada especificamente no caso a necessidade do exame, que se fará mediante decisão fundamentada. V- A QUESTÃO DOS INCIDENTES À medida que se desenvolve o processo de execução penal, com a prática de atos jurisdicionais ou administrativos a ela pertinentes, pode ocorrer a inadequação de aludidos atos aos limites do título executivo, o que dá ensejo a incidentes na execução, por excesso ou desvio da execução, nos termos do art. 185 da Lei de Execução Penal. O incidente pode ser desencadeado em ataque a ato do juiz ou de outro órgão da execução penal, apto à determinação de providência executivas capazes de fazer configurar excesso ou desvio. Tanto podem afetar a higidez executória o órgão administrativo negando, em sua órbita de ação, o exercício de um direito ao sentenciado, como o Juiz, indeferindo-lhe uma pretensão ou, um e outro, concedendo-lhe algo em desacordo com o título executório. Daí a espalhar-se a legitimidade para a instauração do incidente entre o sentenciado e todos os demais órgãos da execução (LEP, art. 186).

13 Só se cogita de incidente em caso de ocorrência de prejuízo ou beneficio indevidos ao sentenciado. Não havendo efeitos concretos nesse sentido, não haverá base fática para o incidente, faltando, nesse caso, interesse de agir, caracterizado como imprescindibilidade de invocação da atividade jurisdicional incidental. Há, naturalmente, necessidade de motivação das decisões a respeito de incidentes, já em virtude do sistema processual e, antes de tudo, por direta aplicação do disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal, não bastando, na generalidade dos casos, a decisão lacônica, que se tem por nula, à ausência da motivação jurídica. Anote-se que a matéria dos clássicos incidentes da execução constantes do Código de Processo Penal de 1941, a suspensão condicional da pena (art. 696) e o livramento condicional (art. 710) pode vir ao processo de execução por intermédio de incidente processual, assim como a diversificada gama de questões jurídicas produzidas no curso da execução das diversas modalidades de pena. (BENETTI, 2002). Observe-se que o sursis, tido como espécie de pena, e o livramento condicional, como etapa do cumprimento da pena privativa de liberdade podem vir ao processo de execução penal como matéria de incidente de execução, a exemplo de outras questões, como unificação de penas, remição, progressão e outras inominadas. Pergunta-se, então, que questões podem ser tratadas, ser objeto de INCIDENTE? - O título VII da LEP - arts. 180 a 193 - menciona: -conversões; -excesso ou desvio;

14 -anistia e indulto. Mas essa enumeração não é numerus clausus, pois podem ser inúmeros os incidentes argüíveis (conforme RT 687:273 Walter Fanganiello Maierovitch, Apontamentos sobre o direito da execução penal): -reconhecimento da ocorrência da prescrição da pretensão executória, da e retroativa e da intercorrente; -progressões e regressões dos regimes prisionais; -livramento condicional; -unificação de penas em face de crime continuado; -aplicação de nova lei penal mais benéfica etc. O processamento e a decisão de todas as espécies de incidentes são de competência do Juízo da Execução (art. 66, f da LEP). Geralmente são provocados por petição do interessado, mesmo sem manifestação do defensor que, no decorrer do processamento deve fazê-lo, pelas implicações técnicas advindas da matéria. Outra forma de provocação seria a manifestação administrativa do Conselho Penitenciário (art. 186 II da LEP) ou por quaisquer órgãos da execução penal (186 IV), ou provocado pelo Juízo (art. 193). As conversões podem ser provocadas pelo MP, pelo sentenciado e pelos órgãos envolvidos na execução penal (LEP, art. 194). Muito comum é o pedido do sentenciado de concessão de benefícios. A Lei indica que para a concessão deverão ser obedecidos preenchidas duas espécies de requisitos: os requisitos objetivos (a exemplo, o art. 112 da LEP, 1/6 da pena); e os requisitos subjetivos (espécie de merecimento a ser avaliado). Nas últimas atualizações pertinentes a CRIMES HEDIONDOS, nota-se que são insuscetíveis (conforme nova redação da Lei 8072/90) de anistia, graça e indulto, e fiança (art. 2º da Lei 8072/90), a pena será cumprida INICIALMENTE em

15 regime fechado (art. 2º. 1º., o que indica a possibilidade da progressão). Para crimes hediondos a progressão assim se dará (art. 2º. Da Lei de Crimes Hediondos): 2 o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) Anotações extraídas da Cartilha dos Direitos e deveres do preso, acerca de PEDIDOS JUDICIAIS podem ser interessantes: A Lei de Execução penal prevê uma série de benefícios. O preso, entretanto, deverá cumprir alguns requisitos exigidos por esse texto legal. REQUISITO OBJETIVO: a maioria dos benefícios na execução da pena exige lapso temporal, ou seja, o preso deverá cumprir um certo tempo da pena para pedir um benefício. REQUISITO SUBJETIVO: é o mérito, ou seja, é preciso ter boa conduta carcerária; exercer atividade laborterápica (trabalhar) que é, além de todo, um direito; ter controlada a agressividade e a impulsividade etc. Demonstrar, enfim, que está apto a retornar à sociedade. OS BENEFÍCIOS: a) Remição: o preso terá direito de descontar um dia de sua pena com três dias de trabalho. É necessário juntar atestados de atividade laborterápica (atestado do trabalho realizado). b) Pedido de Progressão de Regime: do fechado para o semi-aberto e deste para o aberto. É necessário o cumprimento de um sexto da pena e preencher os requisitos subjetivos.

16 c) Livramento condicional: cumprimento de um terço da pena para primário, metade para reincidente e dois terços para quem comete crime considerado hediondo. Comportamento satisfatório durante a execução da pena e aptidão para o trabalho. d) Indulto e comutação: todo ano o Presidente da República elabora um decreto para indultar (perdoar a pena) ou comutar (reduzir a pena). O decreto exige também o lapso temporal além do mérito, salvo nas hipóteses de indulto humanitário (em que é exigida somente a comprovação de estar o preso acometido de doença grave e incurável, em estado terminal). e) Unificação de Penas: é o caso em que o condenado pratica os crimes de acordo com o previsto no art. 71 CP. Assim, os delitos são da mesma espécie e pelas condições de tempo, lugar e maneira de execução são considerados em continuação um do outro. Não é necessário cumprir lapso temporal ou méritos. f) Detração: o tempo de prisão provisória (flagrante, preventiva, temporária, pronúncia) deverá ser computado como tempo de pena cumprida. Aqui o preso também não precisa comprovar requisito objetivo ou subjetivo. O requisito objetivo, conforme exposto, envolve o lapso temporal. O mérito, na atualidade, e na forma de requisito subjetivo, conforme o art. 112 da LEP, revela-se na expressão bom comportamento carcerário e será comprovado pelo diretor do estabelecimento. Ou seja, nesta parte (mérito) não funciona mais o Exame Criminológico a título de obrigatoriedade. Note-se que, segundo o STF Súm. Vinc. 26, Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico.

17 O Superior Tribunal de Justiça editou a Súmula 439 que, mesmo sem força vinculante, esclarece o assunto: Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada. VI. CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a condenação criminal entra em ação a Execução Penal, período de cumprimento dos termos da sentença e que terá um misto de procedimento específico - judicial e administrativo - perante o Juízo de Execução Penal e o estabelecimento penitenciário. Como preceito constitucional tem-se a individualização para que possa atingir seu princípio básico - a ressocialização do condenado. A adequação individual da pena depende de vários mecanismos para efetivação, dentre eles, a análise mediante exame criminológico uma análise complexa que revelaria a personalidade, os efeitos da pena, as necessidades peculiares de cada detento. O exame criminológico é obrigatório em alguns casos e facultativo para outros. E funcionaria no início do cumprimento da pena. Entendendo-se já que, mesmo os condenados a crimes hediondos tem direito à progressão de regime, resta saber se haveria lapso temporal diferenciado para alça-la pois, após várias passagens e discussões acerca do exame criminológico para progressão de regime, inclusive mudanças impostas com a Lei n. 10.792/2003, que alterou a redação do art. 112 da Lei de Execução Penal exige-se apenas o cumprimento de um sexto da pena, como requisito objetivo para progressão, e a apresentação de atestado de boa conduta carcerária firmado pelo diretor do estabelecimento prisional, como requisito subjetivo. Há possíveis diversas a respeito. Quanto ao exame criminológico ser obrigatório ou facultativo no curso da execução, o STJ, editando a Súmula 439, expôs ser admissível dentro das especificidades de cada caso, e passível de decisão motivada.

18 VII. REFERÊNCIAS BENETI, Sidnei Agostinho. Execução penal. São Paulo: Saraiva, 1996. BRASIL. LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990. Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8072.htm. Acesso em 19.janeiro.2010 BRASIL. LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm. Acesso em 19.janeiro.2010. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula 439. admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso desde que em decisão motivada. Relator ministro Felix Fischer. Migalhas: pílulas de informação. Disponível em http://www.migalhas.com.br/aspx?cod=106550. Acesso em 19 junho 2010. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula 441. a falta grave não interrompe o prazo para a obtenção do livramento condicional. Relator ministro Arnaldo Esteves Lima. Migalhas: pílulas de informação. Disponível em http://www.migalhas.com.br/aspx?cod=106550. acesso em 19 junho 2010.. CARVALHO, Hilário Veiga de. Compêndio de Criminologia. São Paulo: José Bushatsky, 1973. COSTA, Álvaro Mayrink da. Exame criminológico. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1997. DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Direitos e Deveres das Pessoas Presas. Núcleo Especializado de Situação Carcerária. 2012. Disponível em http://www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/repositorio/30/documentos/cartilha-presos-portal.pdf. Acesso em 2010 KUEHNE. Maurício. Doutrina e prática da Execução Penal. 2ªed. Curitiba: Juruá, 1995. MARCÃO, Renato. O exame criminológico e a equivocada Resolução n. 009/2010 do Conselho Federal de Psicologia. Disponível em http://www.conamp.org.br/lists/artigos/dispform.aspx?id=185. MIRABETE, Julio Fabbrini. Execução Penal. 11 ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. SOUZA, Cícero Christiano de. Fundamentos da Classificação Natural dos delinqüentes, Revista Psicol. Normal e Patológica, 8 (1-4): 21-38, 1962. WHITAKER, Edmur de Aguiar. Manual de Psicologia e Psicopatologia Judiciárias. 2 a. ed. São Paulo: Sugestões Literárias S.A,1969.