AVALIAÇÃO DA IMAGEM CORPORAL EM PRATICANTES DE UMA ACADEMIA EM TERESINA-PI

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DA IMAGEM CORPORAL EM PRATICANTES DE UMA ACADEMIA EM TERESINA-PI B.E.P. Cardoso 1, G.G.S. Cardoso 2, J.C. Passos 3, A. C. A. S. Brandão 4, R.S.R. Moreira- Araújo 5, M. A. M. Araújo 6 1- Departamento de Nutrição- Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Universitário Ministro Petrônio Portela - Bloco 13 - CEP: 64.049/550, Teresina - PI Brasil, Telefone: (86) 998181693 - e-mail: brunaemanuelec@hotmail.com 2- Departamento de Nutrição- Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Universitário Ministro Petrônio Portela - Bloco 13 - CEP: 64.049/550, Teresina - PI Brasil, Telefone: (99) 999339018 - e-mail: guida1975@live.com 3- Departamento de Nutrição- Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Universitário Ministro Petrônio Portela - Bloco 13 - CEP: 64.049/550, Teresina - PI Brasil, Telefone: (86) 999666587 - e-mail: ju_lianapassos@outlook.com 4- Departamento de Nutrição- Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Universitário Ministro Petrônio Portela - Bloco 13 - CEP: 64.049/550, Teresina - PI Brasil, Telefone: (86) 999899306 - e-mail: amandacastronut@yahoo.com 5- Departamento de Nutrição- Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Universitário Ministro Petrônio Portela - Bloco 13, CEP: 64.049/550, Teresina-PI, Brasil. Telefone: (86) 99960-6673 - e-mail: regilda@ufpi.edu.br 6- Fundação Municipal de Saúde(FMS), CEP: 64.002-530, Teresina-PI, Brasil. Telefone: (86) 99991-6897 - e- mail: regmarjoao@hotmail.com RESUMO A imagem corporal (IC) é um conceito multidimensional que engloba a ideia que a pessoa tem em relação a si mesmo, juntamente com o significado emocional que isso possui para ela. O objetivo do presente trabalho foi verificar o nível de (in)satisfação corporal de praticantes de atividade física de uma academia de Teresina-PI. Foi considerada a amostra de 300 usuários, de ambos os sexos. Foi realizado medida de estatura e peso. Em seguida foi aplicado o Questionário Sobre a Imagem Corporal (Body Shape Questionnaire BSQ). Em relação ao questionário 55% dos indivíduos apresentaram ausência de distorção, 23,3% distorção leve, 12,6% distorção moderada e 6,3% distorção grave. Sendo as mulheres com excesso de peso as que apresentaram maior distorção grave (52,9%). Foi possível verificar que a preocupação relacionada a forma física rodeia principalmente o universo feminino, sendo essa preocupação não exclusiva das mulheres que apresentaram excesso de peso. ABSTRACT Body image (CI) is a multidimensional concept that encompasses the idea that the person has in relation to himself, along with the emotional significance that it has for her. The aim of this study was to determine the level of (in) body satisfaction in physical activity of a health Teresina- PI. The sample was considered 300 users of both sexes. It was conducted measuring height and weight. Then it applied the About Body Image Questionnaire (Body Shape Questionnaire - BSQ). Regarding the questionnaire 55% of subjects had no distortion, 23.3% slight distortion, 12.6% moderate and 6.3% severe distortion distortion. Women being overweight showed that the most serious distortion (52.9%). It was possible to verify that the concern related to physical shape mainly around the female universe, and this non-exclusive concern of women who were overweight. PALAVRAS-CHAVE: imagem corporal; distorção corporal; academia.

KEYWORDS: body image; body distortion; academy. 1. INTRODUÇÃO A imagem corporal (IC) é um conceito multidimensional que engloba a percepção corporal, a ideia que a pessoa tem em relação a si mesmo, aparência e formas corporais, juntamente com o significado emocional que isso possui para ela (SCHERER, et. al., 2010). Está intrinsecamente associada com o conceito de si próprio e é influenciável pelas dinâmicas interações entre o ser e o meio em que vive. Diversos estudos avaliam a percepção da imagem corporal entre adolescentes e idosos, porem existe ainda uma carência de estudos referentes a adultos jovens e de meia idade (MAIA, et. al., 2011). A distorção da imagem corporal é entendida como a percepção do corpo maior do que ele realmente é, sobretudo após a comparação com modelo padrão de beleza (SECCHI, 2009). Essa percepção errada é mais comum entre mulheres adultas jovens, pois estas sofrem grande pressão psicossocial (MARTINS, et. al., 2010). Fatores como esses podem levar a baixa autoestima e distorção da imagem corporal, reforçando a busca por emagrecimento incessante, que leva ao aumento de frequentadores em academias por todo o Brasil (SOUZA, et. al., 2013). Apesar da atual valorização do corpo magro, esta não corresponde à realidade do padrão corporal das mulheres brasileiras (VILHENA, 2012). Nesse sentido, a pesquisa realizada em 2008 pelo Ministério da Saúde nas capitais brasileiras (VIGITEL, 2014), estabeleceu a frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas, revelando que: 44,1% das mulheres da cidade de Teresina estão acima do peso, com índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 25 kg. A investigação ainda apontou percentuais altos de excesso de peso em homens, em torno de 52,7%. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi verificar o nível de (in)satisfação corporal de praticantes de atividade física em uma academia de Teresina-PI. 2. MATERIAL E MÉTODOS A amostra foi constituída por 300 usuários de uma academia localizada na cidade de Teresina- PI, escolhida por conveniência por semelhança a outros estudos (Zenith, 2012). Todos os envolvidos foram convidados a participar da pesquisa durante o horário de suas respectivas atividades e a esses foram solicitados que assinassem o termo de consentimento livre esclarecido, que encontrava-se segundo as normas da Resolução nº 196, de 10 de Outubro de 1996 do Conselho Nacional de Saúde. Primeiramente foi realizado medida da estatura e do peso de cada usuário. Tais valores foram obtidos utilizando uma balança da marca Camry, modelo EB9013/ máx.150kg, com precisão de 100g devidamente aferida e com selo do Inmetro. Já a medida da estatura foi feita por meio de uma fita inelástica de 1,5 metros, fixada na parede há um metro do piso. Posteriormente, os valores de massa corporal e estatur foram utilizados para o cálculo do IMC (WHO, 2012). Em seguida foi aplicado um questionário específico, o Questionário Sobre a Imagem Corporal (Body Shape Questionnaire - BSQ), Di Pietro (2009) que é um teste de auto-preenchimento com 34 perguntas para serem respondidas segundo a escala LIKERT de 1 a 6 (1 - nunca, 2 - raramente, 3 - às vezes, 4 - frequentemente, 5 - muito frequentemente, 6 sempre). De acordo com a resposta marcada, o valor do número correspondente à opção feita é computado como ponto para a questão (por exemplo: nunca vale um ponto).

O total de pontos obtidos no instrumento é a soma de cada resposta marcada e reflete os níveis de preocupação com a imagem corporal. Obtendo resultado menor ou igual a 110 pontos, é constatado um padrão de normalidade e tido como ausência de distorção da imagem corporal. Resultado entre 110 e 138 pontos é classificado como leve distorção da imagem corporal; entre 138 e 167 é classificado como moderada distorção da imagem corporal; e acima de 167 pontos a classificação é de presença de grave distorção da imagem corporal. Para análise estatística, foi criado um banco de dados no Programa Statistical Package for the Social Sciences SPSS, versão 17.0 (SPSS, 2013). As médias foram comparadas pelo teste de t de Student o teste 2 (qui-quadrado). O nível de significância adotado foi de p 0,05 (5 %) para todos os testes (Andrade, 2010). 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Dos 300 questionários preenchidos, considerou-se apenas 90% da amostra, sendo 130 mulheres e 140 homens com idade entre 18 a 59. A principal atividade física realizada entre os voluntários foi musculação, tanto entre homens (74,3%) quanto entre as mulheres (80%). A idade média dos praticantes de atividade foi de 28,9 (±1,1) para homens e 30,3(±1,3), sendo que não verificou-se diferença estatisticamente significativa da idade em relação ao sexo, segundo o teste t de Student (p = 0,583). Na classificação do IMC, observou-se diferença significativa (p = 0,009) entre os índices em relação ao sexo (Figura 1). Figura 1. Classificação do IMC, segundo o sexo No tocante a distorção da imagem corporal e o Índice de Massa Corporal comparados com o sexo, houve diferença significativa entre as variáveis estudas: Ausência (p = 0,001); Leve (p = 0,0200); Moderada (p = 0,001), no entanto não houve diferença significativa (p = 0,867) no IMC na Distorção grave, respectivamente (Tabela 2). Tabela 2. Distorção da imagem corporal, segundo o sexo. Distorção Sexo Da Imagem Masculino Feminino Total Corporal/IMC No % No % No % Ausência Baixo 04 3,9 03 5,4 07 4,5

Normal 45 44,5 40 72,8 85 54,6 Excesso de peso 46 45,6 10 18,2 56 35,8 Obesidade 06 5,9 02 3,6 08 5,1 Total 101 100,0 55 100,0 156 100,0 Leve Baixo - - - - - - Normal 05 18,5 19 52,8 24 38,1 Excesso de peso 16 59,3 13 36,1 29 46,1 Obesidade 06 22,2 04 11,1 10 15,8 Total 27 100,0 36 100,0 63 100,0 Moderada Baixo - - - - - - Normal 01 10,0 12 50,0 13 38,3 Excesso de peso 02 20,0 08 33,3 10 29,4 Obesidade 07 70,0 04 16,7 11 32,3 Total 10 100,0 24 100,0 34 100,0 Grave Baixo - - - - - - Normal - - 03 20,0 03 17,6 Excesso de peso 02 100,0 07 46,7 09 52,9 Obesidade - - 05 33,3 05 29,5 Total 02 100,0 15 100,0 17 100,0 Total Geral 140 100,0 130 100,0 270 100,0 Teste 2 (qui-quadrado): Ausência: p = 0,001; Leve: p = 0,020; Moderada: p = 0,001; Grave: p = 0,876 A média de idade observada foi de 29,8 anos para os homens e 30,3 anos para as mulheres, o que era esperado pela faixa etária que prevalece entre praticantes de musculação, que foi a principal atividade física realizada na academia pesquisada, esses valores foram próximos aos obtidos em um estudo realizado em Fortaleza com frequentadores de academia por Sousa e Sampaio (2002), com média de idade de 26,8 anos, outro autor (PEREIRA e CABRAL, 2007) obteve valores médios para a população feminina praticante de musculação em uma academia em recife de 30,5 anos, evidenciando que a musculação é mais praticada por adultos jovens. A faixa de IMC mais encontrada foi eutrofia pra o sexo feminino (27%) e sobrepeso para o sexo masculino (24%), esses dados são compatíveis com dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL, 2014), que apontou porcentagens altas de excesso de peso em homens na mesma capital, em torno de 52,7%. Porém devese considerar que o IMC não mostra-se um bom marcador de obesidade e excesso de peso para atletas, devido a não diferenciação de massa gorda e massa magra no indivíduo. Em relação a distorção da imagem corporal, em que 58% dos voluntários (72% dos homens e 42% das mulheres) apresentaram ausência de distorção da imagem corporal e 42% apresentaram distorção nos três níveis (28% dos homens e 58% das mulheres), um estudo realizado por Batista (2012), que analisa a prevalência de distúrbios da imagem corporal em praticantes de atividade física observou resultados diferentes, em que 73,52% das mulheres que participaram do estudo apresentam ausência de insatisfação corporal, e 100% dos homens apresentam ausência de insatisfação corporal.

No presente estudo, os níveis de insatisfação da imagem corporal foram altos para ambos os sexos, porem entre as mulheres a preocupação com o físico se mostrou mais presente. Sendo os valores de insatisfação entre as mulheres próximos aos encontrados por Maia, et. al. (2011), que foram de 31,6% para insatisfação leve, 4,1% com insatisfação moderada para mulheres adultas jovens. Isso pode ser explicado a pressão feita pela mídia principalmente em sobre a mulheres em relação ao culto de um corpo magro e esbelto, tornando as mulheres cada vez mais insatisfeitas com as suas formas físicas (MARTINS, et.al., 2010). De acordo com Fermino, Pezzini e Reis (2010), os indivíduos que apresentam maior insatisfação corporal (IC), entre frequentadores de academias de ginástica, foram mulheres, não somente as que foram classificadas com excesso de peso, e indivíduos que apresentavam excesso de peso. Estes resultados confirmam os encontrados no presente estudo. Porem diferem dos verificados por Oliveira et al., (2003) cujo valor médio para os resultados do questionário BSQ foi de 77,8 ± 28,7, que indica ausência de distorção da imagem corporal. Foi possível observar que as questões abordadas no questionário BSQ, mostram-se mais sensíveis as distorções e preocupações relacionadas a percepção corporal feminina, se comparada ao público masculino, tal conclusão também foi feita por Vilhena et. al. (2012). 4. CONCLUSÃO Por meio do presente estudo foi possível verificar que a preocupação relacionada a forma físicas rodeia principalmente o universo feminino, e que as mesmas estão mais insatisfeitas com seus corpos, sendo que essa preocupação não é exclusividade apenas das mulheres que apresentaram excesso de peso, mas até mesmo de mulheres estróficas, isso tudo é decorrente da grande cobrança social e pessoal, principalmente das mulheres, em obterem as formas físicas ideais, que correspondem a corpos extremamente magros. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Vigitel Brasil 2014: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. BATISTA, A. P. Prevalência de Distúrbio da Imagem Corporal em Praticantes de Atividade Física. Ijuí-RS, 2012. DI PIETRO, M. C. Validade interna, dimensionalidade e desempenho da escala BSQ - Body Shape Questionnaire em uma população de estudantes universitários. 2001. 39 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2001. FERMINO, R. C.; PEZZINI, M. R.; REIS, R. S. Motivos para a prática de atividade física e imagem corporal entre frequentadores de academias. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói, v. 16, n. 1, p. 18-23, jan./fev. 2010.

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