Tib Tribologia: Aula 1: fundamentos

Documentos relacionados
Protecção de Materiais

Materiais resistentes ao desgaste. PMT Ciência dos Materiais Prof. Dr. André Paulo Tschiptschin 2006

TM373 Seleção de Materiais Metálicos

Fundamentos da Lubrificação e Lubrificantes Aula 2 PROF. DENILSON J. VIANA

Engenharia de Superfícies SUPERFÍCIES EM CONTATO

Engenharia de Superfícies SUPERFÍCIES EM CONTATO

Fundamentos da Lubrificação e Lubrificantes Aula 3 PROF. DENILSON J. VIANA

CLASSIFICAÇÃO DE PROCESSOS DE DESGASTE

Lubrificação Industrial. Prof. Matheus Fontanelle Pereira Curso Técnico em Eletromecânica Departamento de Processos Industriais Campus Lages

SEM534 Processos de Fabricação Mecânica. Aula: Materiais e Vida da Ferramenta

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO: INDENTADORES TRONCO DE CONE. Desgastes com predominância de oxidação ocorreram em riscamentos sem lubrificação no

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO: TRANSIÇÃO DE DESGASTE EM RISCAMENTO CIRCULAR E INFLUÊNCIA DE PARÂMETROS DE PROCESSO

Aço 0,4 % C de baixa liga - Influência da umidade relativa do ar

Fundamentos do Atrito

1º TESTE DE TECNOLOGIA MECÂNICA I Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial I. INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE FABRICO

CARGA HORÁRIA TOTAL: 60 TEORIA: 60 PRÁTICA:-x- CÓDIGO: 245 E M E N T A

Principais propriedades mecânicas

PARTE 6: FADIGA POR FRETTING. Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista EEL

2. NOMENCLATURA E GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE

Muitos materiais, quando em serviço, são submetidos a forças ou cargas É necessário conhecer as características do material e projetar o elemento

A10 Para além da elasticidade: plasticidade, cedência e ductilidade

Resolução do 2º Exame Final de Ciência de Materiais. Lisboa, 6 de Fevereiro de Resolução COTAÇÕES

GMEC7301-Materiais de Construção Mecânica Introdução. Módulo II Ensaios Mecânicos

TRIBOLOGIA DE CERÂMICOS DISSIMILARES NO DESLIZAMENTO EM ÁGUA

EM535 USINAGEM DOS MATERIAIS 1 O. SEMESTRE DE Teste 2

TRIBOLOGIA. 1 Introdução

Comportamento Tribológico de Superfícies Metálicas Nanotexturadas com Lasers de Femtosegundo. Engenharia de Materiais

Álvaro José da Luz ESTUDO TRIBOLÓGICO DA CAMADA CEMENTADA DO AÇO SAE 1020

COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS PARTE I

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA II (EM307) 2º Semestre 2005/ Materiais para Ferramentas

Prova escrita de: 2º Exame de Ciência de Materiais. Lisboa, 14 de Julho de Resolução

longitudinal para refrigeração, limpeza e remoção de fragmentos de solos provenientes da perfuração, Figura 10.

Biomateriais II. Aplicações ortopédicas 1 - Próteses de anca, joelho e ombro 2 Dispositivos de fixação 3 - tendões, cartilagens e ligamentos

A Tribologia e a arte do olhar

Mecanismos de Desgaste

Desenvolvimento de um Modelo de Contato de uma Superfície Idealmente Lisa Contra uma Rugosa pelo Método dos Elementos Finitos

RESOLUÇÃO. Universidade Técnica de Lisboa. Instituto Superior Técnico. Ciência de Materiais 1º Teste (21.Abril.2012)

DEFORMAÇÃO DE MONOCRISTAIS 1. ESCORREGAMENTO

Propriedades mecânicas dos materiais

PERFILOMETRIA TRIBOLOGIA TOPOGRAFIA DE SUPERFÍCIES. CARACTERIZAÇÃO DE PAVIMENTOS CERÂMICOS. Prof. Dr. Márcio R. F. Soares

Estudo do desgaste de ferramentas com e sem revestimentos de filmes finos utilizadas em operações de conformação a frio

que significa fricção ou atrito, a ciência do atrito. Em linguagem popular equivale a Ciência do atrito e desgaste ou lubrificação.

Dependendo da habilidade do material em deformar plasticamente antes da fratura, dois tipos de fratura pode ocorrer: Dúctil Frágil.

Resistência a Abrasão de Aços Hadfield

6.3. DESGASTE POR DEFORMAÇÃO PLÁSTICA ACUMULADA. O comportamento de desgaste em riscamento a baixas cargas de materiais metálicos com

AVALIAÇÃO MECÂNICA DE SUPERFÍCIES

ENSAIO DE DESGASTE EM CHAPAS DE AÇO E PINOS DE AÇO FERRAMENTA D2 REVESTIDOS PELO PROCESSO PVD

Universidade de Lisboa

AULA 4 Materiais de Construção II

MATERIAIS PARA ENGENHARIA DE PETRÓLEO - EPET069 - Propriedades Mecânicas dos Materiais

Elementos de Máquinas II. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica

AÇOS E FERROS FUNDIDOS AÇOS E FERROS FUNDIDOS

Tiago Miguel de Almeida Codeço. Análise Tribológica de Materiais para Corrediças de Moldes

PARTE 7: EFEITOS DE ENTALHE E DE TENSÕES RESIDUAIS. Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista EEL

Objetivo do capítulo. O ensaio de tração e compressão

CAPÍTULO INTRODUÇÃO GENERALIDADES

Capítulo 11 - Ligas Não-Ferrosas

ESTUDO DA RESISTÊNCIA AO DESGASTE DE AÇO AISI 422 TRATADO TERMICAMENTE, NITRETADO E COM REVESTIMENTOS ASPERGIDOS DE CARBONETO DE CROMO-NÍQUEL

LUCAS FERREIRA BALDO ESTUDO SOBRE MECÂNICA DO CONTATO NO DESGASTE POR DESLIZAMENTO ALTERNADO EM UM CONTATO CILINDRO PLANO

Exame Final de Ciência de Materiais. Lisboa, 12 de Julho de Resolução COTAÇÕES

Os processos de fabricação mecânica podem ser agrupados em 5 grupos principais.

ENSAIO DE TRAÇÃO EM-641

Materiais / Materiais I

Unidade de Aprendizagem 2. Física I C. Propriedades Elásticas dos Materiais. Professor: Mário Forjaz Secca. Departamento t de Física

Desgaste de Aços AISI H13 recobertos com Filmes Finos Ternários Ti 1-x Al x N com Diferentes Estruturas Cristalinas.

Carboneto de Tungstênio Revestimento Metálico

Desenvolvimento de um modelo de contato de uma superfície idealmente lisa contra uma rugosa pelo método dos elementos finitos

DIAGRAMAS TTT DIAGRAMAS TTT

Universidade de Lisboa

Ciência dos materiais Aula 7. Profª Mª Patrícia Cristina Costa Ladeira

Prova escrita de: 2º Exame Final de Ciência de Materiais (Correcção) Nome:

CIÊNCIA DE MATERIAIS

AULA 4 Materiais de Construção II

Ensaios Mecânicos dos Materiais

Introdução Conteúdo que vai ser abordado:

propriedades comparáveis ao diamante cristalino. Apesar disto, não existem evidências experimentais claras da formação de β C 3

Sistema Ferro - Carbono

Propriedades dos Materiais Fadiga INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA PROGRAMA DE CIÊNCIA DOS MATERIAIS FADIGA

MECÂNICA DOS SÓLIDOS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS. Prof. Dr. Daniel Caetano

PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO

SMM SELEÇÃO DE MATERIAIS PARA PROJETO MECÂNICO Ref.: Materials Selection for Materials Design Michael F. Ashby

CAA Avarias e Desgastes das Ferramentas SUMÁRIO / SUMMARY. Corte por Arranque de Apara (CAA) Cutting or Machining

Capítulo 3: Propriedades mecânicas dos materiais

Aula 20: Transformações Martensíticas. - Transformação Martensítica é uma reação de deslizamento que ocorre sem difusão de matéria.

TM229 - Introdução aos Materiais

Aula 9- Usinabilidade dos Materiais

Efeito dos elementos de liga nos aços

RUTHILENE CATARINA LIMA DA SILVA MECANISMOS DE DESGASTE DE POLIURETANO EM ENSAIOS DE MICROABRASÃO

UTILIZAÇÃO DE REVESTIMENTOS TRIBOLÓGICOS EM FERRAMENTAS PARA TRABALHO A FRIO 1

DESGASTE DE NBR POR ESFERAS DE AÇO EM ENSAIOS A SECO E EM REGIME DE LUBRIFICAÇÃO LIMÍTROFE

PROPRIEDADES MECÂNICAS II

Ciência dos Materiais II. Materiais Cerâmicos. Prof. Vera Lúcia Arantes

Ensaio de Fluência. A temperatura tem um papel importantíssimo nesse fenômeno; Ocorre devido à movimentação de falhas (como discordâncias);

INFLUÊNCIA DAS MICROESTRUTURAS BAINÍTICA E MARTENSÍTICA NAS PROPRIEDADES TRIBOLÓGICAS DO PAR AÇO AISI/SAE 4340 E LIGA BRONZE-ALUMÍNIO 630

A Operação de Prensagem: Considerações Técnicas e sua Aplicação Industrial. Parte IV: Extração da Peça e Resistência Mecânica a Verde

AVALIAÇÃO DE ATRITO E INFLUÊNCIA DO LUBRIFICANTE POR MEIO DE ENSAIO DO ANEL EM AÇO MÉDIO CARBONO 1. Evandro Bertoldi 2.

CAP.13 MATERIAIS CERÂMICOS

EFEITO DOS ELEMENTOS DE LIGA NOS AÇOS RSCP/ LABATS/DEMEC/UFPR

AES/XPS ESPECTROSCOPIA DE ELECTRÕES AUGER ESPECTROSCOPIA DE FOTOELECTRÕES X. Doutora M. F. Montemor Instituto Superior Técnico Julho de 2002

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE MATERIAIS JOÃO GUILHERME FARIAS

Transcrição:

Tib Tribologia: i Aula 1: fundamentos O que é a tribologia? Disciplina que lida com três fenómenos interligados: Desgaste Atrito Lubrificação O termo surge em 1966 após o Jost Report (UK): 4% do PIB inglês era desperdiçado devido ao fraco conhecimento dos fenómenos relacionados com atrito, desgaste e lubrificação. Actualmente 2 a 4% do PIB de um país industrializado continua a ser consumido em problemas tribológicos...

As conclusões do Jost Report (UK, 1965)

Algumas questões básicas: O que é o atrito? O que é o desgaste? Qual a origem da força de atrito? O que é o coeficiente de atrito? Como é que desgastam os materiais? Como podemos reduzir o desgaste? O que são lubrificantes? Como actuam os lubrificantes? Como se pode actuar para minimizar o desgaste num determinado sistema?

O que é o atrito, o que é o desgaste e como se relacionam? Atrito Dissipação de energia devido ao movimento relativo de duas superfícies em contacto Desgaste Remoção de massa devido ao movimento relativo de duas superfícies em contacto. Se não houver atrito não há desgaste,mas o recíproco não é verdadeiro... e... Tudo se passa nas superfícies...

Tudo se passa nas superfícies... Como é constituída uma superfície de engenharia?

Como é constituída uma superfície de engenharia? Topografia/rugosidade Parâmetros de Rugosidade, ex: Mas existem outros...

Atenção: a topografia superficial tem um comportamento fractal Qual a escala que nos interessa????

Como contactam as superfícies? Área nominal e área real de contacto Em geral: A r << A n

Leis de atrito: as leis de Amontons e Coulomb Leis de atrito: as leis de Amontons e Coulomb: A força de atrito é proporcional à força normal aplicada (definição do coeficiente de atrito); A força de atrito é independente da área nominal de contacto (polémica); A força de atrito é independente da velocidade (a realidade é bastante diferente em muitos sistemas) Coulomb

Contactos singulares plásticos Contactos singulares plásticos: modelo de Tabor Contactos singulares plásticos: modelo de Tabor

Coeficiente de atrito μ = F at = τa r = τ HA r H F N μ é independente da força e da área real de contacto (2ª Lei de Amontons). Ou seja só depende do par em contacto, mas só se Ar for directamente proporcional p a FN. Será que é sempre???

O modelo Greenwood e Williamson e a teoria contacto Mas será que todas as superfícies estão sempre totalmente plastificadas quando em contacto? Contactos singulares elásticos: modelo de Hertz; Contactos múltiplos: modelo de Greenwood e Williamson

Contactos singulares elásticos Modelo de Hertz: contacto esfera-plano (não verifica a constância do coeficiente de atrito)

O modelo Greenwood e Williamson contactos múltiplos No modelo de Greenwood e Williamson (GW) independentemente do contacto ser elástico, plástico ou misto a área real de contacto varia sempre linearmente com a força normal. Permite encaixar as observações de Amontons!!

Mecanismos topográficos de desgaste O índice de plasticidade: Com E* o módulo de Young reduzido, H a dureza R p =1.25Ra e ρ o raio de curvatura das asperezas. Ψ<0.6 o contacto é elástico Ψ>0.6 o contacto é plástico: a probabilidade de ocorrer desgaste é maior. => Superfícies polidas têm tendência para desgastar menos...

Em geral os contactos são Em geral os contactos são predominantemente elásticos ou predominantemente plásticos??

Tipos de desgaste (mecanismos) Adesivo ++ Erosivo Fretting Abrasivo ++

O que é o desgaste adesivo? Dureza dos corpos em contacto é semelhante. Adesão e formação de junções entre as asperezas em contacto. Deformação das junções e rotura por zonas diferentes da interface original. Mecanismos associados ao desgaste adesivo Delaminação Oxidação Fadiga Gripagem

Modelo de Archard Taxa de desgaste - Q: volume removido por unidade de comprimento de deslizamento. Se considerarmos que a taxa de desgaste é proporcional p à área real de contacto (hipótese razoável) então: F Q = K N ad H

Delaminação I II III IV V VI

Delaminação Liga Al-Mo tratada por laser: os intermetálicos deformam-se junto à superfície no sentido do movimento

Formação de agregados (amálgamas) de partículas na zona de contacto

Transferência de material de uma superfície para outra Ex. 1: PE alta densidade vs. Aço316L Ex. 2: Aço vs. WC Ex. 3: Stellite 1 (CoCrC) vs. aço Mapas de composição

Oxidação e fadiga Ex. 3: Formação de filmes de Óxido (aço/aço) Ex. 3: oxidação, fractura frágil do óxido e fadiga (aço/aço)

Deslizamento em polímeros (alinhamento das cadeias, fluência das junções) Ex. 3: PE alta densidade vs. aço

Mapas de desgaste (Lim e Ashby, 1987)

Mapas de desgaste (Lim e Ashby, 1987) Ensaios tipo pino-sobre-disco Definição ç de forças e velocidades normalizadas F = F N A n H n v = v.r o α

Mapas de desgaste

Mapas de desgaste Exemplo: mapa de desgaste de um par tribológico aço/aço ç

Erosão Impacto de partículas sobre a superfície

Fretting Contacto com amplitudes de movimento baixas (1-100 100 μm) e frequências que podem ser elevadas stick-slip, fadiga das superfícies Ocorrência: juntas rebitadas, parafusos roscados

O que é o desgaste abrasivo? Os corpos em contacto tem durezas diferentes (diferença de durezas é superior a 20%) Assim sendo, o mais duro indentará o mais macio O movimento relativo das superfícies em contacto originará a formação de apara e, consequentemente, o desgaste (perda de massa) do material mais macio. Em geral formam-se aparas. Se a abrasão for simples ( a dois corpos) a superfície desgastada apresenta sulcos paralelos.

Primeiro modelo de desgaste abrasivo (Rabinowicz, 1964) Taxa de desgaste - Q: volume removido por unidade de comprimento de deslizamento Q = dv dx = r.h= h2.tgθ F N = H π.r 2 2 = 1 2 H.π.h 2.tg 2 θ 2 F Q = N π.tgθ H F Q = K ab F N H Resistência ao desgaste R = Q 11 H

Modelo de Rabinowicz (validação experimental) O modelo só funciona para metais puros?

Quais as razões dos afastamentos ao modelo de Rabinowicz? Nem todo o material do sulco é removido

Quais as razões dos afastamentos t ao modelo de Rabinowicz? Ou seja: a eficiência de corte pode não ser total (K.Hokirigawa and K.Kato, Kato 1985) corte puro lavragem pura Factor de eficiência ao corte A1 A2 Av f ab = A v A 1 + A 2 ( ) A v

Tib Tribologia: i Aula 1: fundamentos O que é a tribologia?

Mecanismos de desgaste abrasivo (Zum-Gahr 1986)

Influência da microestrutura na resposta do material Aço AISI 420: Fe-0.5%C-13%Cr Martensíte e carbonetos Austenite residual Força normal (N)

Variação da dureza após desgaste (Zum-Gahr, Wear 1988) Dureza das partículas de debris

abrasão a 2 corpos/ abrasão a 3 corpos Abrasão a 2 corpos Abrasão a 3 corpos

abrasão a 2 corpos/ abrasão a 3 corpos 2 corpos Transição 3corpos Microestrutura monofásica Microestrutura bifásica

Identificação dos mecanismos de desgaste (Ex. Material bifásico, matriz tenaz + particulas duras) cratera Riscagem da matriz e do reforço remoção sem fractura das partículas de reforço fractura das partículas de reforço (normalmente por rotura na interface entre a partícula e a matriz)

Efeitos de escala na medição de dureza Nanodureza F N = 70 μn Microdureza F N = 1 N Ni 2424 MPa 1198 MPa Co 3777 MPa 2276 MPa Ni+30%Co 2527 MPa 1376 MPa A dureza tende a aumentar quando as cargas aplicadas são menores Porquê? -Indentation size effect -Efeito da energia de superfície -Filmes de óxidos superficiais

Exemplo 3: Efeitos de escala na medição de dureza 1) Strain hardening Nix and Gao model (W. D. Nix, H. Gao, J. Mech Phys. Solids, 46(3), 411-425, 1998) H = H o 1+ h* h 1/2 h * = 3tg2 θ 2bρ s Àmedidaqueaescaladadeformação diminui poderão não existir deslocações em quantidade suficiente no volume deformado para acomodar a deformação Daí resultará uma maior resistência à deformação e um aumento da dureza. Nanodurezas AFM h* Ni =62nm Ni h* Co =52nm h Co Microdurezas Vickers

Exemplo 3: Efeitos de escala na medição de dureza 2) Surface Free Energy (SFE) - Samples: Ni; Co; Ni-30% Co - Property data: H (Ni) = 1198 MPa H (Ni-30%Co) = 1376 MPa H (Co) = 2276 MPa F s 2,2 J/m 2 Φ= H sfe H Jäger s model (I. L. Jäger: Surf. Sci. Vol. 565 (2004), p. 173) extended to the DNISP nanoindentation tip: 2.569 F s H 1 h Φ Effect of SFE on the measured hardness H Bulk hardness F s Surface free energy h Indentation depth Ni Ni-30%Co Co? = 10% 1000? (%) 100 10 1 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 h (nm)

Exemplo 3: Efeitos de escala na medição de dureza 2) Native oxide layer -Samples:Ni;Co - Auger depth profile chemical analysis: Ar + beam Diameter = 700 μm V=3keV J=0,4 0,5 μa.cm -2 θ inc =30º P=5x10-8 mbar Sputter rate (FeO) = 0,33 nm/s % at. 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Oxigen Nickel 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Depth (nm)

Lubrificação A curva de Stribeck: μ vs. Parâmetro de Sommerfeld S ηv = F N Os regimes de lubrificação: Boundary (camada limite) Mixed (mista) / Elasto-hidrodinâmica Hidrodinâmica η V S = F N

(K. Kato, 2000) A visão integrada do desgaste e lubrificação proposta por Koji Kato

Conclusões O atrito e o desgaste não são propriedades dos materiais: são propriedades do sistema. Dependem de: Par tribológico; Força; e das... propriedades p dos materiais Velocidade; Meio; Topografia da superfície