Projeto Pedagógico do curso de Jornalismo



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COORDENADORA: Profa. Herica Maria Castro dos Santos Paixão. Mestre em Letras (Literatura, Artes e Cultura Regional)

Transcrição:

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DIRIGENTES 3 Reitor Prof a. Mcs. Samêla Soraya Gomes de Oliveira Pró-Reitora de Graduação e Ação Comunitária Prof a. Mcs. Sandra Amaral Pró-Reitora de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação Prof. Dr. Aarão Lira

4 APRESENTAÇÃO O projeto pedagógico é um conjunto de diretrizes e estratégias que expressam e orientam a prática pedagógica do curso. Trata-se da própria concepção do Curso de Comunicação Social habilitação em Jornalismo da Universidade Potiguar que descreve a capacidade a ser desenvolvida com seus alunos, seus objetivos, habilidades e competências propostos e a metodologia para se alcançar os objetivos traçados. Através deste documento, o curso expressa a responsabilidade social da Instituição na formação dos profissionais da área de jornalismo, tendo como objeto de estudo e de aplicação a produção de informação relacionada à divulgação dos fatos sociais, culturais e econômicos, sob os princípios da ética e com rigor científico. O projeto pedagógico do curso está divido em quatro partes, sendo a primeira parte referente ao contexto interno da Universidade Potiguar, a segunda, à organização didático-pedagógica do curso; a terceira ao corpo docente, discente e técnico-administrativo, e a última às instalações físicas. Com este documento, construído em consonância com a política pedagógica da Universidade Potiguar e levando em conta a realidade política, econômica e social em que o curso está inserido, pretende-se desenvolver a formação profissional, abrangendo as dimensões humanista, técnico-científica e crítica.

SUMÁRIO 5 PARTE I O CONTEXTO INTERNO DA UNIVERSIDADE POTIGUAR... 8 1.1 VISÃO GERAL... 9 1.2 PRINCÍPIOS E FINALIDADES... 10 1.3 MISSÃO E VISÃO... 11 1.4 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E ACADÊMICA... 12 1.5 ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E AÇÃO COMUNITÁRIA... 13 1.5.1 Atividades de Ensino... 14 1.5.1.1 CAMPUS NATAL... 14 1.5.1.2 CAMPUS MOSSORÓ... 16 1.5.2 Sobre a pesquisa, extensão e ação comunitária... 17 PARTE II ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA... 22 2.1 DADOS DO CURSO... 23 2.1.1 Denominação... 23 2.1.2 Regime acadêmico... 23 2.1.3 Modalidade de oferta... 23 2.1.4 Total de vagas e turno de funcionamento... 23 2.1.5 Carga horária total... 23 2.1.6 Integralização do Curso... 23 2.1.7 Local de Funcionamento... 23 2.1.8 Histórico... 24 2.1.9 Diretoria do Curso... 24 2.2 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA... 25 2.2.1 Da direção de cursos de graduação na UnP... 25 2.2.2 Da Diretoria do Curso de Jornalismo... 25 2.2.3 Conselho de Curso... 26 2.2.3.1 O CONSELHO DO CURSO DE JORNALISMO... 26 2.2.3.2 FERRAMENTAS OPERACIONAIS... 28 2.2.3.3 ORGANIZAÇÃO DO CONTROLE ACADÊMICO... 30 2.3 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO... 34 2.3.1 Necessidade Social... 34

2.3.2 Concepção... 36 2.3.3 Objetivos... 39 2.3.3.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES... 40 2.3.3.2 CAMPO DE ATUAÇÃO DO EGRESSO... 42 2.3.4 Organização curricular... 42 2.3.4.1 ESTRUTURAS CURRICULARES... 43 2.3.4.2 ATIVIDADES COMPLEMENTARES... 52 2.3.4.3 ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS... 54 2.3.4.4 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO... 56 2.3.4.5 EMENTÁRIO E BIBLIOGRAFIAS... 60 2.3.5 Metodologia... 121 2.4 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM... 123 6 PARTE III CORPO DOCENTE, CORPO DISCENTE E CORPO TÉCNICO- ADMINISTRATIVO... 139 3.1 CORPO DOCENTE... 140 3.1.1 Núcleo Docente Estruturante (NDE)... 140 3.1.2 NDE do Curso... 141 3.2 ATENÇÃO AOS DISCENTES... 147 3.3 CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO... 148 3.3.1 Equipe de apoio técnico-administrativo para o Curso... 148 3.3.2 Atividades de capacitação... 148 3.3.3 Equipe de apoio técnico-administrativo para o Curso... 148 3.3.4 Plano de Carreira, Cargos e Salários... 149 3.3.5 Benefícios... 150 PARTE IV INSTALAÇÕES FÍSICAS... 151 4.1 INSTALAÇÕES GERAIS DA UnP... 152 4.2 BIBLIOTECA... 154 4.3 INSTALAÇÕES PARA O CURSO... 159 4.4 LABORATÓRIOS... 160 4.4.1 Laboratórios de informática... 160 4.4.2 Laboratórios específicos do Curso... 161

4.4.2.1 LABORATÓRIO DE FOTOGRAFIA... 161 4.4.2.2 LABORATÓRIO DE MÍDIA/ PESQUISA DE OPINIÃO... 167 4.4.2.3 LABORATÓRIO DE REDAÇÃO... 168 4.4.2.4 LABORATÓRIO DE RÁDIO... 169 4.4.2.5 LABORATÓRIO DE TELEVISÃO... 173 7

8 PARTE I O CONTEXTO INTERNO DA UNIVERSIDADE POTIGUAR

9 1.1 VISÃO GERAL Com mais de 25 anos de funcionamento, a Universidade Potiguar (UnP), com sede em Natal, capital do Rio Grande do Norte (RN), iniciou suas atividades em 1981 (Parecer CFE n. 170, de 18 de fevereiro de 1981; Decreto n. 85.828/1981, D.O.U. de 20 de março de 1981), tendo sido transformada em Universidade por meio de Decreto de 19 de dezembro de 1996 (D.O.U. de 20 de dezembro de 1996). A partir de outubro de 2007, passa a integrar a Laureate International Universities, como primeira Instituição de Ensino Superior do Nordeste brasileiro a compor essa Rede. Mantida pela Sociedade Potiguar de Educação e Cultura (APEC) - pessoa jurídica de natureza privada, constituída como sociedade anônima e com finalidade lucrativa 1 -, a UnP é a única Universidade particular do RN, atuando ao lado de três outras instituições públicas, da mesma natureza: as Universidades Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), as duas últimas com sede em Mossoró/RN. Com uma imagem de credibilidade consolidada local e regionalmente, conforme indicado no seu Autoestudo 2010 2, a Universidade Potiguar tem a sua estrutura organizada em dois campi: o Campus Natal, abrangendo quatro Unidades - Floriano Peixoto, Salgado Filho, Nascimento de Castro e Roberto Freire -, e o Campus Mossoró, autorizado nos termos da Portaria/MEC n. 2.849, de 13 de dezembro de 2001, e situado na Zona Oeste do Estado. 1 O Estatuto Social original da APEC foi inscrito no Cartório do 2 Ofício de Notas da Comarca de Natal - Registro Civil das Pessoas Jurídicas - no livro próprio A - n. 10, à fl. 109, sob o número 215, data de 14.09.79. O Estatuto atual tem seu registro no dia 09/10/2007, na Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Norte (JUCERN) - NIRE 24300004494 e CNPJ/MF n. 08.480.071/0001-40. 2 UNIVERSIDADE POTIGUAR. Comissão Própria de Avaliação. Autoestudo 2010. Natal, 2011.

10 1.2 PRINCÍPIOS E FINALIDADES Filosófica e politicamente, a administração da Universidade é regida por diretrizes fundamentadas na ética, em valores culturais, sociais e profissionais, expressos nos seus princípios e finalidade. Os princípios, explicitados no Estatuto, art. 3, indicam a necessidade de uma atuação que expresse 3 : I. a defesa dos direitos humanos; II. a excelência acadêmica; III. a formação cidadã; IV. o exercício pleno da cidadania; V. a liberdade no ensino, na pesquisa e na divulgação da cultura, da arte e do saber; VI. a pluralidade de idéias e concepções pedagógicas; VII. a participação e a descentralização na gestão acadêmica e administrativa; VIII. a igualdade de acesso aos bens culturais e serviços prestados à comunidade; IX. a valorização do profissional da educação; X. a participação integrada e solidária no processo de desenvolvimento sustentável e na preservação do meio-ambiente. Esses princípios, por sua vez, são orientadores da finalidade precípua da Universidade, qual seja, a de promover o bem comum pelo desenvolvimento das ciências, das letras e das artes, pela difusão e preservação da cultura e pelo domínio e cultivo do saber humano em suas diversas áreas. 3 UNIVERSIDADE POTIGUAR. Estatuto. 4. ed. Natal: Edunp, 2011. (Documentos Normativos da UnP. Série azul Normas da Organização Universitária, v. 1).

11 1.3 MISSÃO E VISÃO A Universidade Potiguar tem como missão formar cidadãos comprometidos com os valores éticos, culturais, sociais e profissionais, contribuindo através do ensino, da pesquisa e da extensão de excelência para o desenvolvimento sustentável do Rio Grande do Norte, da Região e do País. No Descritivo Analítico da Declaração de Missão para a Comunidade Interna e Externa 4, ficam claros como principais compromissos da UnP: a excelência dos serviços prestados institucionalmente; a formação para a cidadania, pelo desenvolvimento de processos que propiciem a construção de um determinado perfil profissional e que culminem na inserção do futuro profissional na contemporaneidade; a promoção de condições de integração entre pessoas, cursos, programas, projetos e atividades, na perspectiva da indissociabilidade ensino/pesquisa/extensão; a sintonia com as necessidades sociais. De acordo com a sua visão, a UnP pretende ser uma Universidade de excelência na formação cidadã, pela prática efetivamente integrada do ensino, da pesquisa e da extensão, por uma gestão ética, ágil e inovadora e pela sua participação constante no desenvolvimento sustentável do Rio Grande do Norte, da Região e do País. 4 UNIVERSIDADE POTIGUAR. Declaração de Missão. Declaração de valores. Declaração de Visão de Futuro. Natal, 2006.

1.4 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E ACADÊMICA 12 A Universidade está organizada em duas instâncias, conforme o seu Estatuto, art. 7 : a) a Administração Superior, que engloba a Diretoria Geral, os órgãos de natureza deliberativa - Conselho Superior Universitário (ConSUni) e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (ConEPE) e a Reitoria, como órgão executivo; b) a Administração Acadêmica, com uma estrutura de planejamento (Comitê de Planejamento Institucional e a Avaliação Institucional); órgãos de natureza deliberativa e consultiva Conselho Didático-Pedagógico (CDP) e Conselho de Curso (CC); e órgãos executivos (Diretoria de Campus fora de Sede; Unidades acadêmicas especializadas Escolas; Diretorias de curso; Coordenadorias de Curso de Pós-Graduação; Coordenadoria de Núcleo Avançado e Coordenadorias de Programas). Destaca-se, entre os mecanismos de participação, a dinâmica dos colegiados, principalmente a do Conselho Didático-Pedagógico (CDP), órgão que, tendo a função de articular a interação das diversas áreas no referente ao ensino, à pesquisa e à extensão, conta em sua composição com todos os diretores dos cursos de graduação, além de representações de outros segmentos definidos no Estatuto, art. 32, como os de docentes e de discentes. Com esta organização, a Universidade efetiva um modelo de gestão participativa, já consolidada, salientando-se a sua estrutura de planejamento e os procedimentos de avaliação institucional iniciados na década de 90 e redimensionados a partir de 2005 5 nos termos da Lei n. 10.861/2004, que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). 5 UNIVERSIDADE POTIGUAR. Comissão Própria de Avaliação. Projeto de Autoavaliação Institucional. Natal, mar./2005.

13 1.5 ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E AÇÃO COMUNITÁRIA As atividades de ensino, pesquisa, extensão e ação comunitária da Universidade Potiguar, além de regidas pelo ordenamento jurídico-normativo do ensino superior brasileiro, são desenvolvidas em conformidade com o normativo institucional e políticas e diretrizes estabelecidas no Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2007/2016). Academicamente, nos termos do Estatuto, art. 7, parágrafo único, os cursos estão organizados em 4 (quatro) áreas do conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Humanas, Letras e Artes e Ciências Exatas e Engenharias. No primeiro semestre de 2009, a Universidade instalou unidades acadêmicas especializadas sob a denominação de escolas, em cumprimento a uma das metas do PDI 2007/2016, prevista para a dimensão organização administrativa: implantar uma estrutura gestora por área, visando a integração de cursos, programas e projetos de ensino, pesquisa e extensão. As escolas, correspondendo às áreas do conhecimento estabelecidas no Estatuto da UnP, são em número de sete e objetivam fortalecer a integração entre cursos de graduação e destes com os de pós-graduação, reforçando, dessa forma, iniciativas conjuntas de pesquisa e de extensão e a indissociabilidade ensino/pesquisa/extensão: Comunicação e Artes; Direito; Educação; Engenharias e Ciências Exatas; Gestão e Negócios; Hospitalidade; Saúde.

14 1.5.1 Atividades de Ensino ensino: Numa visão de síntese 2011, é possível se estabelecer, do ponto de vista do de graduação: total de cursos: 58 (cinquenta e oito), sendo 41 (quarenta e um) em Natal e 17 (dezessete) em Mossoró. de pós-graduação: total de cursos lato sensu: 73 (setenta e três), dos quais 62 (sessenta e dois) no Campus Natal e 11 (onze) em Mossoró; total de cursos stricto sensu: 2 (dois) mestrados, Campus Natal. 1.5.1.1 CAMPUS NATAL Ensino de graduação Na sede da UnP, Campus Natal, a oferta presencial em 2011 abrange 41 (quarenta e um) bacharelados, licenciaturas e cursos superiores de tecnologia. A Escola da Saúde compreende o maior número de cursos, 13 (treze), a que se seguem as Escolas de Engenharias e Ciências e Exatas e a de Gestão e Negócios, cada uma com 9 (nove) graduações.

15 ESCOLA Comunicação e Artes Direito Educação Engenharia e Ciências Exatas CURSO bacharelados Comunicação Social Publicidade e Propaganda Comunicação Social Cinema Comunicação Social Jornalismo Comunicação Social Relações Públicas CST Design Gráfico Direito (bacharelado) Licenciaturas História Letras Português Letras Português/Inglês Pedagogia Bacharelados Arquitetura e Urbanismo Engenharia Ambiental Engenharia Civil Engenharia da Computação Engenharia de Petróleo e Gás Sistemas de Informação CSTs Design de Interiores Petróleo e Gás Segurança no Trabalho bacharelados Administração Ciências Contábeis Relações Internacionais Gestão e Negócios Hospitalidade e Gastronomia Saúde CSTs Gestão Ambiental Gestão Comercial Gestão de Recursos Humanos Gestão Financeira Gestão Pública Marketing CST em Gastronomia Turismo (bacharelado) bacharelados e licenciaturas Ciências Biológicas Educação Física bacharelados Enfermagem Farmácia Fisioterapia Fonoaudiologia Medicina Nutrição Odontologia Psicologia Serviço Social Terapia Ocupacional CST Estética

16 Ensino de pós-graduação Nível stricto sensu Na pós-graduação stricto sensu são oferecidos dois (2) mestrados: Acadêmico em Odontologia e Mestrado Profissional em Administração. Em 2011, entrará em funcionamento o Mestrado Profissional em Engenharia de Petróleo e Gás. Nível lato sensu Para 2011 registra-se uma ampla e diversificada oferta de cursos que atendem às diversas áreas de conhecimento, como educação, gestão, saúde, direito. 1.5.1.2 CAMPUS MOSSORÓ Instalado originariamente no Colégio Diocesano Santa Luzia, o Campus tem, desde 2007, arrojados espaços físicos, destacando-se como uma das melhores Instituições de Ensino Superior da região e como uma iniciativa social e educacional que vem influenciando o crescimento econômico e a ampliação da cidade. Ensino de graduação A oferta inicial nesse Campus esteve restrita a apenas duas graduações: Administração e Ciências Contábeis. Gradualmente, assinalam-se a ampliação e a diversificação de cursos, distribuídos entre as Escolas indicadas na sequência:

17 ESCOLA Direito Engenharias e Ciências Exatas Gestão e Negócios Saúde CURSO Direito Bacharelados Arquitetura e Urbanismo Engenharia Civil Engenharia de Produção CSTs Petróleo e Gás (CST) Segurança no Trabalho (CST) Bacharelados Administração Ciências Contábeis CSTs Gestão Ambiental Gestão Pública Gestão de Recursos Humanos Processos Gerenciais Marketing Bacharelados Enfermagem Fisioterapia Nutrição Ensino de pós-graduação A oferta da pós-graduação, em Mossoró, abrange o nível lato sensu, totalizando, 11 (onze) cursos em andamento no ano 2011. 1.5.2 Sobre a pesquisa, extensão e ação comunitária No campo da pesquisa, as políticas institucionais expressas no PPI e no PDI 2007/2016 são viabilizadas por uma estrutura específica, cujo funcionamento é da responsabilidade da Pró-Reitoria de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação (ProPesq), que conta com o apoio de órgãos especiais: Comitê de Pesquisa (ComPesq); Comitê de Ética em Pesquisa (CEP); Comissão Interna de Biossegurança (COINB), conforme o Regimento Geral da Universidade. A pesquisa é implementada com recursos da própria Universidade, tais como, o Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP); Programa de Bolsas de Iniciação Científica (ProBIC); a Gratificação de Incentivo à Pesquisa (GIP). A extensão e a ação comunitária, também desenvolvidas com base nas políticas institucionais e na Política Nacional de Extensão, são levadas a efeito pela Pró-Reitoria de Graduação e Ação Comunitária, por meio do Fundo de Apoio à

Extensão (FAeX); da Gratificação de Incentivo à Extensão (GIEx) e do Programa de Bolsas de Extensão (ProBEx), considerando as demandas sociais e pertinência com os processos formativos da UnP. Os resultados de pesquisa, da extensão e da ação comunitária têm a sua divulgação por iniciativa da própria Universidade, como o congresso científico e mostra de extensão, de periodicidade anual. Destacam-se, ainda, eventos promovidos pelos cursos, e outros meios de disseminação, como a revista eletrônica do Mestrado em Administração RaUnP, os anais do Congresso Científico Natal e Mossoró, portais biblioteca virtual do Natal (http://natal.rn.gov.br/bvn/) e http://bdtd.ibict.br publicação de dissertações e teses e a revista do curso de Direito. 18

1.6. PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 19 As atividades de planejamento são assumidas em sua natureza política, estratégica e de intervenção, viabilizando uma gestão acadêmica e administrativa com foco na qualidade, em sintonia com a missão institucional. Nesse sentido, a ação do planejamento institucional, na perspectiva do aprimoramento dos diversos processos, é efetivada sob os requisitos de: a)flexibilidade; b)apreensão objetiva da realidade social, política, econômica, educacional e cultural, e da própria UnP, identificando-se necessidades a atender; c)avaliação contínua de ações e resultados; d)participação dos vários segmentos acadêmicos. Esse delineamento tem como ponto de partida o fato de que o planejamento é um dos fundamentos da organização, sistematização e qualidade das ações institucionais, sendo desenvolvido à luz de três princípios enunciados no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2007/2016): excelência acadêmica; sustentação econômica dos cursos; educação continuada. Com vistas à viabilização desses princípios, são adotados quatro instrumentos básicos, estruturados em congruência com a missão e a visão da Universidade Potiguar: o Projeto Pedagógico Institucional (PPI); o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI; o Plano Anual de Trabalho (PAT); o Plano de Metas (PM). Ressalta-se ainda o Projeto Pedagógico de Curso (PPC), instrumento por excelência da gestão acadêmica de cursos, constituindo-se no esteio para onde convergem políticas e ações previstas no PPI e no PDI. Fica estabelecida, assim, uma linha de raciocínio em que o planejamento assume níveis diferenciados, mas intercomplementares, partindo de uma visão ampla da política educacional brasileira, para chegar às especificidades da Universidade Potiguar, e, depois, às peculiaridades de unidades acadêmicas especializadas (escolas), cursos, programas e projetos de ensino, pesquisa e extensão. Essencial ao processo de planejamento, no sentido de imprimir-lhe confiabilidade e factibilidade, está a avaliação institucional, da qual fluem informações substanciais à tomada de decisões e ao aperfeiçoamento de todos os processos, quer acadêmicos e pedagógicos, quer gerenciais.

20 Autoavaliação institucional As iniciativas de avaliação institucional interna, promovidas pela Universidade, tiveram início na década de noventa, com continuidade a partir dos anos 2000, quando, então, se adotavam critérios e processos estabelecidos pelo Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB). Com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), instituído pela Lei 10.861/2004, todo o processo avaliativo é redimensionado pela Comissão Própria de Avaliação (CPA/UnP), considerando a experiência acumulada pela UnP no campo da avaliação institucional. Desse redimensionamento, resulta um novo Projeto de Autoavaliação Institucional, em implementação a partir de 2005, focalizando três contextos: o institucional, o acadêmico e o administrativo, aos quais correspondem dimensões, categorias e indicadores. Com vistas ao aperfeiçoamento crescente do modelo de gestão, bem como dos cursos, programas e projetos, o processo avaliativo na UnP tem uma dinâmica em que: a) são envolvidos todos os segmentos acadêmicos: aluno, professor, diretoria de curso de graduação, coordenação de pós-graduação, pessoal técnico-administrativo e dirigentes; b) os instrumentos, revistos continuamente, têm aplicação em meio eletrônico, podendo ser adotadas outros procedimentos de coleta de dados; c) são efetivadas análises comparativas entre os resultados das avaliações externas e internas; d) os resultados são divulgados pelo autoatendimento e em seminários promovidos pela CPA/UnP com a participação de toda a comunidade acadêmica, além do que são emitidos relatórios por curso e disponibilizados às direções de cursos. Os resultados, tratados estatisticamente pela CPA/UnP, são analisados, tanto no âmbito de cada curso, quanto pela Reitoria e setores institucionais. A cada semestre, são liberados relatórios eletrônicos, elaboradas sínteses dos principais dados e, a partir de 2008.1, estruturados relatórios qualitativos.

Ao final, há registro, em documento próprio, da situação geral da Universidade, cujas análises sinalizam fragilidades a superar e aspectos a fortalecer, alimentando, assim, o processo de planejamento e identificando necessidades de correção de rumos ou de transformação (figura 1). 21 Figura 1 Ciclo de Avaliação Institucional

22 PARTE II ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

23 2.1 DADOS DO CURSO 2.1.1 Denominação Curso de Comunicação Social Habilitação em Jornalismo. 2.1.2 Regime acadêmico Seriado semestral. 2.1.3 Modalidade de oferta Presencial. 2.1.4 Total de vagas e turno de funcionamento Para 2011, estão sendo ofertadas 60 vagas, no turno noturno, primeiro semestre e 60 vagas, no turno vespertino, segundo semestre,conforme edital para os processos seletivos/2011. 2.1.5 Carga horária total O Curso tem um total de 3.240 horas, incluídos os estágios e as atividades complementares. 2.1.6 Integralização do Curso A integralização mínima do curso dar-se-á em um mínimo de 8 semestres e em um máximo de 16 semestres letivos. Porém, o aluno que ingressa na Universidade, por meio de processo seletivo agendado durante a primeira série, poderá integralizar o curso em sete períodos letivos. 2.1.7 Local de Funcionamento Campus Natal, Unidade IV Roberto Freire, situada na Av. Roberto Freire, 1694, Capim Macio, Natal/RN.

2.1.8 Histórico O Curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, da Universidade Potiguar (UnP), com sede em Natal, Rio Grande do Norte (RN) e mantido pela Sociedade Potiguar de Educação e Cultura (APEC), foi criado através da Resolução n. 19/1997 ConSUni, de 14 de maio de 1997, sendo reconhecido por meio da Portaria/MEC n. 636, de 28 de março de 2001. O curso com ampla infraestrutura para o atendimento de alunos e professores, projetos de extensão e pesquisa e atividades ligadas à grade curricular, proporcionando o alinhamento entre a teoria e a prática. Todo o trabalho é reconhecido pela sociedade potiguar e por pesquisas externas, como a realizada pela Revista Imprensa, que constatou a importância do curso da UnP, colocando em terceiro lugar em todo o Nordeste, e como o único do Rio Grande do Norte a contar com a qualidade necessária para a formação de novos profissionais do jornalismo. 24 2.1.9 Diretoria do Curso Diretor: Leonardo Bruno Reis Gamberoni Telefone: (84) 3215.8527 E-mail: leogamberoni@hotmail.com

25 2.2 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA 2.2.1 Da direção de cursos de graduação na UnP Os cursos de graduação da Universidade Potiguar têm sua administração sob a responsabilidade de uma direção executiva que poderá contar, quando necessário, com uma direção adjunta. De acordo com o Regimento Geral da Universidade, a Diretoria de Curso, órgão executivo da Administração Acadêmica da Universidade, é exercida pelo Diretor e, quando necessário, auxiliado por Diretor-Adjunto, ambos designados pelo Reitor para mandato de dois anos, sendo permitida a recondução. A direção atua com base no Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2007/2016), implementando e avaliando o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de acordo com as políticas aí definidas. Na estrutura da Diretoria de Curso, existe também um Assistente Executivo para apoio acadêmico-administrativo ao Diretor 6, bem como ao Diretor adjunto, e atendimento ao aluno. 2.2.2 Da Diretoria do Curso de Jornalismo A direção do Curso de Jornalismo está, atualmente, sob a responsabilidade do professor Leonardo Bruno Reis Gamberoni, graduado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no ano de 2003. Durante a sua trajetória profissional, atuou como repórter do jornal Diário de Natal, assessor de imprensa em diversas empresas e tem larga experiência como diagramador de jornais e revistas jornalísticas. Sua experiência profissional no magistério é de três anos. Possui especialização em Jornalismo Econômico; Artes Visuais; Marketing de Varejo e é aluno do curso de Especialização em Docência do Ensino Superior pela Universidade Potiguar, além de estar terminando o mestrado em Administração, com a ênfase de sua pesquisa na área de marketing e comunicação. Os dois cursos em andamento. 6 As atribuições de diretor de curso encontram-se no Regimento Geral da Universidade. 4. ed. Natal: Edunp, 2011. (Documentos Normativos da UnP. Série Normas da Organização Universitária, v. 2).

2.2.3 Conselho de Curso O Conselho de Curso de Graduação (CC), nos termos do art. 36 do Estatuto 7, é um órgão de natureza consultiva e auxiliar, com função de analisar e propor medidas didático-pedagógicas, administrativas e disciplinares para o funcionamento do curso e para a sua integração nos diversos programas de pesquisa e de extensão e de Pós-graduação. Ainda de acordo com o referido artigo, o CC tem em sua composição: I. o Diretor do Curso ( seu Presidente ); II. três representantes do corpo docente; III. um representante do corpo discente; IV. um representante de entidade profissional afeta ao curso. 26 2.2.3.1 O CONSELHO DO CURSO DE JORNALISMO O Conselho de Curso de Graduação (CC), nos termos do art. 36 do Estatuto 8, é um órgão de natureza consultiva e auxiliar, com função de analisar e propor medidas didático-pedagógicas, administrativas e disciplinares para o funcionamento do curso e para a sua integração nos diversos programas de pesquisa e de extensão e de Pós-graduação. Ainda de acordo com o referido artigo, o CC tem em sua composição: V. o Diretor do Curso ( seu Presidente ); VI. três representantes do corpo docente; VII. um representante do corpo discente; VIII. um representante de entidade profissional afeta ao curso. O Conselho do Curso de Jornalismo teve sua designação conforme Portaria nº 050/2009-Reitoria/UNP de 02/03/2009. 7 UNIVERSIDADE POTIGUAR. Estatuto. (Documentos Normativos da UnP. Série Normas da Organização Universitária. V. 1). Natal, mar./2009. 8 UNIVERSIDADE POTIGUAR. Estatuto. Natal, 2010. (Aprovado pela Resolução nº 062/2010- ConSUni/UnP, de 29/10/2010.

27 TITULARES SUPLENTES Presidente Profº Leonardo Bruno Reis Gamberoni. Representação docente Titulares: Professores Manoel Pereira da Rocha Neto, Isabel Cristine Machado de Carvalho e José Iranilson da Silva. Suplentes: Professora Cíntia dos Reis Barreto, Erika dos Santos Zuza e Thiago Fernandes Garcia. Representação discente Thiago Emannoel Goes e Silva, mat. 200997352; Thiago Lucas de Mello Martins, mat. 201013252; Alanny Raianny Fernandes de Brito 200856581. Pedro Henrique Revoredo Serafim, mat.201154670. Representação de entidade profissional afeta ao Curso Maria Nelly Carlos Maia de Amorim, Presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte SINDJORN. 2.2.4 Articulação da gestão do curso com a gestão institucional O Curso tem o seu gerenciamento efetivado em conformidade com as linhas e diretrizes estabelecidas pela Universidade Potiguar mediante adoção de estratégias que incluem: a) participação da direção do Curso em reuniões do Conselho Didáticopedagógico (CDP), órgão colegiado da administração acadêmica de cursos e programas que tem como membros todos os diretores de cursos de graduação, todos os pró-reitores e representantes de programas de pesquisa, extensão e ação comunitária, e de docentes e de discentes; b) implementação do plano de metas, elaborado anualmente pelo curso a partir do Plano Anual de Trabalho da Universidade Potiguar (PAT), ambos referenciados por: i) Projeto Pedagógico Institucional e PDI 2007/2016) e

ii) resultados da avaliação institucional interna, realizada pela CPA/UnP, e externa (Exame Nacional de Desempenho do Estudante - ENADE; Nesse processo, e na medida em que o plano de metas do curso é estruturado e executado em função da materialização do projeto pedagógico, são colocadas em prática políticas, objetivos e metas do PDI. Indicam-se como exemplos a prestação de serviços à comunidade; o regular funcionamento do Conselho do Curso; a autoavaliação do Curso; a participação de alunos e docentes no congresso científico/mostra de extensão/unp; realização de reuniões periódicas de planejamento didático-pedagógico com docentes. 28 2.2.3.2 FERRAMENTAS OPERACIONAIS Do ponto de vista operacional e gerencial, a Universidade adota diversas ferramentas da gestão utilizadas no âmbito de toda a Instituição: a) Sistema Acadêmico e Financeiro (SAF) O sistema, através dos módulos gestor, secretaria, matrícula, tesouraria, caixa, caixa gerencial, biblioteca, reitoria, financeiro, financeiro custos, concurso (tradicional e agendado), banco de questões, fiscal vestibular, prova vestibular agendado e servin (CRM), auxilia os diversos tipos de usuários da Instituição, desde funcionários de secretaria e financeiro, até os Pró-reitores e Reitoria. O SAF auxilia o Diretor de Curso em várias atividades do dia-a-dia, gerando informações necessárias à tomada de decisão. Ele consegue ter acesso às seguintes informações: indicadores de curso (visão geral do curso), situação de matrícula dos alunos, estrutura curricular, relatórios de turma, aluno por disciplina, alunos em situação de trancamento, horários das disciplinas, desempenho do professor na turma, acompanhamento de digitação de notas por parte do professor, situação de reprovações dos alunos, dados dos professores, situação de reserva de vagas, despacho de serviços solicitados pela internet.

b) Sistema Integrado de Suprimentos (SIS) Funcionando em ambiente de intranet, o SIS é utilizado por todos os setores e diretorias de cursos quando das solicitações e acompanhamento da aquisição de materiais, compras, reprografia. O sistema também deve ser utilizado nos casos de autorização de viagens. 29 c) Sistema Integrado de Metas (SIM) O SIM permite aos diretores e aos demais órgãos institucionais a elaboração dos respectivos Planos de Metas, um dos principais instrumentos de gestão. O Plano de Metas propicia condições para que as decisões, atividades e tarefas do quotidiano sejam desenvolvidas em sintonia com o Plano Anual de Trabalho (PAT) que, por sua vez, está alinhado com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). d) Plano de ensino e cronograma O Diretor tem acesso a todos os planos de ensino e respectivos cronogramas os quais, após avaliação, podem ser acessados pelos alunos. e) Gestor de carga horária (GestorRH) O GestorRH oferece informações para que os diretores de curso possam definir previamente todos os professores para um determinado semestre. Também por meio desta ferramenta são definidos a oferta de disciplinas, horário, locais de aula, etc. f) Integração dos Sistemas Acadêmico Financeiro, Sistema de Metas, Sistema de Suprimentos e ERP A Universidade dispõe hoje de uma avançada integração entre os seus principais sistemas de gestão e o ERP da RM Sistemas, em que se encontram implantados os módulos: folha de pagamento (pessoal), conta a pagar, recursos humanos, contabilidade, patrimônio, contas a receber (integrado SAF), compras, almoxarifado e RM BIS (cubos).

2.2.3.3 ORGANIZAÇÃO DO CONTROLE ACADÊMICO A Universidade tem seu controle acadêmico sob a responsabilidade da Secretaria Geral. Em cada unidade do Campus Natal e no Campus Mossoró existem Secretarias Setoriais e Centrais de Atendimento. O controle acadêmico, no conjunto da Universidade, está organizado nos termos a seguir enunciados: Matrícula. Definida a vaga e a forma de ingresso, a matrícula inicial do aluno é feita no curso/turno e o aluno é vinculado a uma estrutura curricular, previamente discutida pelo conselho de curso, definida pela Direção do Curso com a Pró-Reitoria de Graduação e devidamente aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão ConEPE. Visto que a Instituição adota o regime seriado semestral, o aluno tem sua matrícula inicial efetivada na série regular mais adequada à sua situação ou é matriculado apenas em disciplinas, caso se trate de aluno em adaptação curricular. Documentação. Os documentos do aluno são acomodados em pasta suspensa e reunidos em arquivo central. Antes de arquivar a pasta, é feita no Sistema a ficha cadastral, bem como o controle de documentos entregues. A atualização de endereço é feita pelo aluno através do auto-atendimento, de modo especial, na renovação de matrícula. Rematrícula. A cada semestre letivo o aluno renova sua matrícula, conforme previsto no Regimento Geral e no Calendário Acadêmico. Um mês antes do encerramento do semestre letivo em vigor, a Secretaria e a Direção do Curso comunicam aos alunos os prazos e procedimentos para a Renovação de Matrícula mediante entrega de Comunicado oficial da Secretaria Geral a cada aluno, em sala de aula. Igualmente é enviado um e-mail a cada aluno informando sobre os prazos e procedimentos para a renovação de matrícula. O processo se dá totalmente pela internet, através de ferramenta específica, que o aluno acessa através de seu email@unp. Acessada a página da UnP, o aluno, pelo link renovação de matrícula, encontra descritos os passos que deverá seguir para efetuar a sua renovação de matrícula. Caso tenha pendências acadêmicas ou financeiras, encontra as orientações necessárias à solução dessas pendências. O aluno que necessita de orientação específica para efetuar sua matrícula, em função de desnivelamento curricular, agenda com o Diretor de seu curso esse atendimento, através da 30

ferramenta Autoatendimento. Reprovação. Considerando que as notas e faltas são lançadas pelo professor da disciplina, através da internet, no período previsto no Calendário Acadêmico, regra geral todos os dados acadêmicos do aluno se encontram no banco de dados do sistema quando se inicia o período de renovação de matrícula. O sistema critica a situação acadêmica do aluno verificando o cumprimento das condições necessárias para a promoção para a série regular subseqüente. Em caso de reprovação, o aluno será orientado a agendar atendimento junto ao Diretor de seu Curso. Sistema de Controle Acadêmico e Financeiro. A UnP faz uso de uma ferramenta desenvolvida por equipe da própria Universidade e implantada em 1999. Esse sistema de informática, desenvolvido em diversos módulos, vem sendo adequado constantemente face às mudanças e adaptações da realidade acadêmica e administrativa da Instituição, buscando o atendimento de qualidade a sua clientela. A integração de todos os módulos entre si e a conexão ampla com os caminhos da internet facilitam o serviço dos usuários, proporcionam satisfação ao cliente e permitem o gerenciamento imediato por parte dos responsáveis. Trancamento de matrícula. Segundo o Regimento, o aluno pode solicitar trancamento de sua matrícula por períodos de 6, 12 ou 24 meses. O aluno requer o serviço pelo Auto-Atendimento ou na Central de Atendimento, providencia a regularização junto à Biblioteca e ao Setor Financeiro, e a Secretaria registra o trancamento, após deferimento da Diretoria do Curso. Ao retornar ao curso, a situação do aluno é avaliada pela Diretoria do Curso, a qual define o ajuste acadêmico e curricular em relação ao curso, bem como a matrícula do aluno em relação ao semestre letivo. Fluxo curricular. Na matrícula inicial, o aluno é vinculado à última grade curricular implantada. Nessa grade estão definidas, por série e semestre, as disciplinas que ele deverá cumprir. O Sistema informatizado permite que se vincule o aluno somente à disciplina que integre sua grade curricular ou disciplina equivalente. Para controle do fluxo de integralização curricular, há um relatório denominado Situação Acadêmica no qual se relacionam as disciplinas cursadas e a cursar. Notas e freqüências. Em 2003, foi implementado o lançamento de notas e faltas pela internet, procedimento que permite ao aluno acompanhar também pela internet, por unidade avaliativa, a entrada de dados no banco da Instituição, de modo que 31

sabe se o professor lançou ou não os resultados de sua disciplina. Através de relatórios, a Diretoria do Curso, a Secretaria e a administração superior têm como acompanhar o cumprimento dos prazos por parte do corpo docente. Esse procedimento de coleta de informações tem reflexo imediato no controle acadêmico e, principalmente, no processo de renovação de matrícula a cada semestre. Alterações de registro. Quando se constata a necessidade de correção de nota já lançada no banco de dados, é preenchido formulário próprio rubricado pelo professor da disciplina e pelo Diretor do Curso e encaminhado paea alteração pela Secretaria Setorial. Concluídos os lançamentos, a Secretaria emite relatório e confronta os dados do banco com os registros do diário de classe. Atendimento ao Aluno. No primeiro semestre de 2002, a Instituição implantou em cada Unidade uma Central de Atendimento, supervisionada por Gerente específico, visando proporcionar ao cliente, aluno ou não, um atendimento completo no mesmo local. O dimensionamento físico de cada Central foi feito a partir de análise da demanda. O horário de atendimento, plenamente adequado aos clientes, ocorre, das 9h às 21h, de segunda a sexta, e aos sábados, das 8h às 12h. Na Central de Atendimento, o aluno tem informações e soluções acadêmicas e financeiras no mesmo local, sempre que as suas necessidades se configurem nos parâmetros acadêmicos e financeiros de competência da Secretaria/Central de Atendimento. Documentos. Regra geral, o aluno recebe no ato da solicitação todo documento que não necessite de trâmite processual; basta que solicite e pague a taxa correspondente, se houver. Para possibilitar isso, a Reitoria baixou portaria delegando para os Gerentes Acadêmicos e/ou Chefes de Setor a responsabilidade de assinar documentos acadêmicos na ausência e/ou impedimento do Secretário Geral. Software. O atendimento ao aluno tornou-se mais rápido e eficiente a partir da implantação, ainda no primeiro semestre de 2002, de software específico para o serviço. Em uma única tela do Sistema foram reunidos quase todos os serviços. O Sistema faz protocolo específico com dia e hora de atendimento e serviço solicitado. A partir de 2003, essa ferramenta permite solicitação e acompanhamento de serviço via internet. Central de Informações. Visando maior qualidade no atendimento ao cliente que se relaciona com a Instituição através de telefone, foi implantado no final do primeiro 32

semestre de 2002 uma Central de Informações, que funciona com grupos de atendentes em horário ininterrupto das 7h às 21 horas, de segunda a sexta-feira. Diploma. Desde 1997, no primeiro ano de credenciamento como Universidade, a Instituição entrega o diploma a todos os alunos concluintes na solenidade de concessão de grau, exceto quando o aluno não tenha cumprido a exigência de comparecimento ao ENADE. Atendimento aos Docentes e Diretores. O atendimento aos professores acontece principalmente na Direção de Curso, onde a Assistente de Direção desenvolve atividades integradas aos serviços da Secretaria e da Central de Atendimento. Complementarmente, os docentes recebem atendimento específico nas Secretarias Setoriais pelos funcionários responsáveis pelo Setor. Os Diretores de Curso regra geral são atendidos diretamente pelo Gerente de Supervisão ou, conforme o caso, por Gerente de Apoio Acadêmico. Pessoal. A implementação e supervisão das atividades de organização e controle acadêmico na Universidade Potiguar são da responsabilidade da Secretaria Geral, a que estão vinculadas as equipes das secretarias setoriais cada Unidade. 33

2.3 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO 34 2.3.1 Necessidade Social As transformações no cenário nacional e internacional e a dinâmica imposta por elas são impulsionadores da necessidade de profissionais cada vez melhor qualificados para atuarem em suas áreas, de forma ética, competente e com formação multidisciplinar. No Nordeste, e mais especificamente, no Rio Grande do Norte esta necessidade não é diferente, sendo esta uma das regiões que mais recebem incentivos para o crescimento nos últimos anos. Atualmente, o Rio Grande do Norte tem mais de três milhões de habitantes, espalhados em seus 167 municípios, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE -2006). Em suas áreas de desenvolvimento, destacam-se a indústria têxtil, a agroindústria e o turismo, entre outros, observando-se também avanços no campo da saúde. Atualmente, o Instituto Internacional de Neurociência de Natal, está em processo de instalação, já desenvolvendo atividades científicas na região, com a participação de cientistas de renome internacional, vindos de diversos estados do Brasil e do mundo. Nesse cenário, e considerando as inúmeras e rápidas transformações políticas, econômicas, sociais e culturais observadas mundialmente, faz-se necessária a formação de um jornalista, cada vez mais, consciente de seu papel de comunicador perante a sociedade, principalmente como interlocutor entre as classes, e até mesmo, como voz ativa das classes menos favorecidas. Ao mesmo tempo, observa-se a abertura do mercado, com o surgimento de novos veículos de comunicação, como as TVs públicas TV Assembléia, TV Câmara e a TV Universitária, integrante da Rede Brasil de Comunicação três canais com programação local sites e blogs de notícias, emissoras de rádios comunitárias e comerciais, jornais e revistas segmentadas. Outro nicho de importância relevante, talvez o de maior destaque, é o segmento de assessoria de imprensa, tendo em vista o crescimento econômico e cultural do Estado, com diversos campos de atuação para o jornalista exercer a função de assessor, além do trabalho possível de ser realizado junto ao terceiro setor, e o jornalismo empresarial.

Há também o jornalismo científico, iniciando suas atividades no Estado após a instalação efetiva da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Norte (FAPERN), mantida pelo Governo do Estado, com repasses de recursos federais e estaduais para o desenvolvimento da pesquisa entre as diversas áreas do conhecimento, e o Instituto Internacional de Neurociência de Natal. Toda essa configuração do mercado jornalístico sofreu uma importante alteração com a decisão do Supremo Tribunal Federal STF no que diz respeito a desregulamentação da profissão e a não obrigatoriedade da formação de nível superior para a atuação profissional. Mesmo com essa perda significativa, percebese no mercado, a procura pela formação profissional em jornalismo, tendo em vista as novas vertentes da comunicação como a TV digital e a interatividade com o leitor, telespectador e a necessidade do mercado de absorver profissionais com formação teórica e prática. Do ponto de vista da formação para esse mercado, existem apenas três cursos de Comunicação Social habilitação em jornalismo ofertados pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade Estadual do Rio Grande do Norte e a Universidade Potiguar e uma demanda de mais de 167 mil estudantes matriculados no ensino médio de acordo com dados do Censo Educacional realizado pelo Ministério da Educação (MEC) em 2006. Todos esses dados indicam que as possibilidades para a formação do futuro jornalista são bastante amplas. O curso da Universidade Potiguar se diferencia dos demais por oferecer ao corpo docente e discente um complexo laboratorial organizado e com equipamentos de ponta, elevando a qualidade da formação acadêmica e, conseqüentemente, dos trabalhos produzidos por alunos e professores no decorrer das disciplinas. A estrutura curricular vigente, resultante de uma ampla reforma realizada com a participação da direção do curso e do corpo docente ocorrida durante o ano passado e implantada este ano, é a mais nova entre as Instituições de Ensino Superior do Rio Grande do Norte, apontando para a atualidade das discussões e da formação do profissional em jornalismo. Todo o trabalho desenvolvido pelo curso na formação do jornalista tem como base ações que aliam competências e habilidades profissionais, situadas nos campos da comunicação, abrangendo a capacidade de pensar, escrever e falar com 35

clareza, sempre sob o signo da ética, da solidariedade, da responsabilidade e senso de justiça social, de modo coerente com o Projeto Pedagógico Institucional (PPI/UnP). 36 2.3.2 Concepção O Curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, em sintonia com o Projeto Pedagógico Institucional (PPI), concentra-se na formação de um profissional generalista, com formação técnico-científica e consciência ética, proporcionando ao aluno o entendimento da comunicação social em geral, e das condições sócio-históricas do exercício do jornalismo, em particular. Para tanto, o curso adota estratégias por meio das quais os discentes compreendem a informação/notícia como matéria-prima do processo do trabalho jornalístico e entra em contato com o público, identificando suas necessidades, percepções, sentimentos e sensações, com vistas a um exercício profissional ético, crítico e compatível com as demandas sociais. Entre os mecanismos para se obter os resultados esperados, estão os projetos interdisciplinares, desenvolvidos nas duas primeiras séries do curso, sendo o Dialogando desenvolvido na primeira série e o Comunicação Alternativa na segunda série. Os dois projetos têm como principal objetivo fazer com que o discente construa o conhecimento global, refletindo sobre um mesmo tema, através dos diversos olhares propostos nas disciplinas trabalhadas. Sob essa lógica, o projeto pedagógico contempla conteúdos básicos, que se caracterizam pela formação em comunicação social, e conteúdos específicos, incidindo na habilitação em Jornalismo, mas situando-a e fortalecendo-a no contexto da comunicação. Os estudos e atividades práticas garantem a identidade do processo formativo em comunicação social, sendo trabalhados, teórica e metodologicamente, conteúdos relacionados à criação, produção, distribuição, recepção e análise crítica referentes às mídias, às práticas profissionais e sociais que lhes sejam relacionadas e às articulações que existem entre tais práticas e os diferentes contextos político, econômico, cultural e social. Para tanto, o curso conta com um conjunto de disciplinas que possibilitam ao aluno uma reflexão crítica sobre a realidade e a inserção da profissão nessa

realidade, com vistas à constituição de um jornalista que seja interlocutor na interpretação dos fatos e na contextualização das informações. Tal perspectiva pressupõe a compreensão de que o acadêmico deve construir um corpo de conhecimentos essenciais ao entendimento das diferentes concepções da comunicação, pressupondo o reconhecimento da identidade cultural de determinados segmentos sociais e da conseqüente forma como recebem as notícias e, também, dos impactos sociais e profissionais resultantes do uso das novas tecnologias, particularmente no exercício do jornalismo. Além de reger-se por esses princípios, o Curso de Jornalismo da UnP desenvolve suas atividades de acordo com aqueles formulados no PPI e que enfatizam a articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão como alicerce da qualidade da atividade acadêmica. Esse direcionamento leva em conta as demandas contemporâneas da sociedade, que requerem um profissional capacitado, tanto na produção de conhecimentos, quanto na sua função política, ética e pró-ativa. Nesse sentido, o processo formativo tanto mobiliza o aluno para questões inerentes ao jornalismo, em todos os âmbitos de atuação, quanto contribui para a construção de uma identidade profissional articulada com o indivíduo e com a comunidade, de modo coerente e ético. Dada a amplitude das discussões a respeito da comunicação, o profissional munido deste olhar estará atuando também para a garantia dos direitos humanos e contribuindo para a construção da cidadania. Sob esse direcionamento, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução CNE/CES n. 8/2004) e com as diretrizes da Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (ABEP), o Curso promove um conjunto de estudos e de atividades relacionados aos fundamentos epistemológicos, históricos e teóricometodológicos do Jornalismo; a estratégias de investigação científica e procedimentos de avaliação; às interfaces do Jornalismo com outros campos do conhecimento, sendo também, de significativa importância, as práticas profissionais que oportunizam ao discente o contato com os diferentes contextos sociais e institucionais e distintos segmentos populacionais. 37

O propósito é que, em sua trajetória acadêmica, o discente estude e vivencie elementos conceituais e práticos necessários à compreensão contextualizada da natureza dos fenômenos e processos da comunicação social. 38

2.3.3 Objetivos Geral Preparar jornalistas críticos e éticos, qualificados para atuar com clareza e objetividade nos diversos veículos de comunicação, no domínio das técnicas jornalísticas da comunicação de massa, no planejamento, execução, interpretação e avaliação de projetos jornalísticos, e na divulgação dos fatos sociais, de forma, tendo como foco o interesse global da sociedade sobre os fatos. 39 Específicos Preparar profissionais com competências técnicas para atuarem em todos os meios de comunicação; Formar jornalistas com conhecimento ético, científico e filosófico, capaz de analisar criticamente as diversas situações colocadas em seu cotidiano profissional; Promover estudos e práticas que propiciem ao aluno uma compreensão crítica da realidade política, econômica, social e cultural do país, com destaque para o estado do Rio Grande do Norte; Criar oportunidades didático-pedagógicas em que os alunos possam analisar os impactos das novas tecnologias, sobretudo no campo da comunicação social, observando-se a informação jornalística e o processo de globalização; Promover a articulação teoria-prática, mediante a realização de atividades laboratoriais e do contato do aluno com a comunidade local, através das atividades de ensino, pesquisa e extensão; Produzir informações relacionadas a fatos, circunstâncias e contextos do momento presente, agindo com objetividade na apuração, interpretação, registro e divulgação dos fatos sociais; Criar oportunidades didático-pedagógicas em que os alunos possam analisar os impactos das novas tecnologias, sobretudo no campo da comunicação social, observando-se a informação jornalística e o processo de globalização.