PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE MESTRADO EM DIREITO AMBIENTAL E POLITICAS PÚBLICAS



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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO AMBIENTAL E POLÍTICAS PÚBLICAS PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE MESTRADO EM DIREITO AMBIENTAL E POLITICAS PÚBLICAS ÁREA BÁSICA: INTERDISCIPLINAR: SOCIAL E HUMANIDADE Macapá/AP 2012

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.... 4 2 IDENTIFICAÇÃO... 5 3 PERFIL INSTITUCIONAL... 6 3.1 HISTÓRICO... 6 3.2.1 INSERÇÃO REGIONAL... 9 3.3.2 INSERÇÃO INTERNACIONAL... 10 3.3 MISSÃO... 10 3.4 FINALIDADES... 11 3.5 OBJETIVOS INSTITUCIONAIS... 12 3.6 ÁREA(S) DE ATUAÇÃO ACADÊMICA NA PÓS-GRADUAÇÃO... 13 3.8 POLÍTICAS DE ENSINO... 15 3.9 POLÍTICAS DE EXTENSÃO E PESQUISA... 16 4 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA DO CURSO... 17 4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO.... 17 4.2 MISSÃO CURSO... 20 4.3 OBJETIVOS GERAIS... 20 4.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS... 20 4.5 PERFIL DO EGRESSO... 20 4.6 LINHAS DE PESQUISA... 21 4.7 CURRÍCULO... 24 4.9 MATRIZ CURRICULAR.... 25 4.10 ATIVIDADES COMPLEMENTARES... 27 4.11 PROJETO DE PESQUISA E DISSERTAÇÃO... 27 4.12 SISTEMA DE AVALIAÇÃO... 29 4.17 EMENTÁRIO e BIBLIOGRAFIA... 30

5 INFRAESTRUTURA E CORPO DOCENTE... 67 5.1 ACERVO BIBLIOGRÁFICO... 67 5.2 INFRAESTRUTURA LABORATORIAL...69 5.3 CORPO DOCENTE.... 69 6 REFERÊNCIAS... 73

4 1 INTRODUÇÃO O Projeto Político Pedagógico de Curso (PPC) é um conjunto de diretrizes e estratégias que expressam e orientam a prática pedagógica. Trata-se da própria concepção do Curso que descreve um conjunto de habilidades e competências a serem desenvolvidas no corpo discente, os referenciais que norteiam a construção e implementação do curso e a metodologia a ser adotada. Assim, o PPC não é a mera organização curricular, mas um posicionamento institucional diante da realidade e do desenvolvimento da área de conhecimento, discutido pelos órgãos colegiados a que o curso está submetido e que direciona a prática pedagógica do programa de pós-graduação. O objetivo do Projeto Político Pedagógico do Curso de Mestrado em Direito Ambiental e Politicas Públicas da Universidade Federal do Amapá é possibilitar a reflexão crítica sobre a prática pedagógica, com vistas à melhoria da qualidade do ensino e pesquisa de pós-graduação no nível de mestrado. Além disso, tem como objetivos específicos definir a identidade, a diferenciação e a originalidade do curso, trazendo-lhe novas perspectivas. O PPC exprime, assim, a articulação existente entre o compromisso institucional, a educação no nível de pós-graduação e a pesquisa. Ele articula e integra todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão do curso, evitando a fragmentação de disciplinas. Integra professores e cria conteúdos mais consistentes. O Projeto permite também, avançar na questão da interdisciplinaridade, pois os conteúdos disciplinares passam a refletir não a compartimentalização, mas sim o ensino integrado e sistêmico. Por fim, o projeto pedagógico do curso de mestrado em Direito Ambiental e Políticas Públicas integra-se ao projeto educacional global da Instituição. Ele está, também, organizado de forma atender a legislação específica e as normativas institucionais e permitir formação de qualidade.

5 2 IDENTIFICAÇÃO 2.1 UNIDADE Universidade Federal do Amapá - UNIFAP Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental e Políticas Públicas - PPGDAP. 2.2 CURSO Mestrado Acadêmico em Direito Ambiental e Políticas Públicas. 2.3 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO. Interdisciplinar Direito Ambiental e Políticas Públicas 2.4 LINHAS DE PESQUISA. Politicas Públicas, Desenvolvimento e Meio Ambiente na Amazônia. Direito Ambiental, Competências e Efetividade. 2.5 INGRESSO Processo seletivo anual. 2.6 TITULAÇÃO CONFERIDA Mestre em Direito Ambiental e Políticas Públicas 2.7 SITUAÇÃO LEGAL DO CURSO O curso de Mestrado em Direito Ambiental e Politicas Públicas foi recomendado em 2006, com homologação pelo Conselho Nacional de Educação através da Portaria nº 73 publicada no Diário Oficial da União, no dia 19.01.2007, com conceito 3, obtendo a seguinte avaliação trienal 2007-2009, permanecendo com conceito 3. 2.8 DURAÇÃO O curso tem duração de vinte quatro meses, podendo, em situação extraordinária, ser prorrogado por mais seis meses. 2.9 CARGA HORÁRIA DO CURSO O curso será integralizado com o cumprimento mínimo de 33 créditos. Essa carga horária subdivide-se em: 2.9.1 Disciplinas Obrigatórias: 05 disciplinas, distribuídas da seguinte forma: 03 disciplinas com 04 créditos e 02 disciplinas com 02 créditos, totalizando 16 créditos;

6 2.9.1.1 Disciplinas Optativas: 12 créditos obrigatórios; Elas serão oferecidas ao longo curso, de acordo com a demanda, sendo necessário no mínimo 05 alunos para formar uma turma. As disciplinas optativas serão de livre escolha dos acadêmicos e estarão vinculadas as linhas de pesquisa do curso. 2.9.1.2 Atividades Complementares: 02 obrigatórios O aluno deverá cumprir 2(dois) créditos ou 30(trinta) horas em atividades complementares durante o curso. Serão consideradas atividades complementares participação em eventos científicos institucionais ou externos de relevância para a pesquisa. 2.9.1.3 DEFESA DA DISSERTAÇÃO: 03 CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS A dissertação estará vinculada a uma das linhas de pesquisa do curso, sob a orientação de professor do programa e sua defesa contabilizará 03 créditos para a integralização do curso. O acadêmico obrigatoriamente defenderá sua dissertação até o 24º (vigésimo quarto) mês do curso, podendo ser prorrogado, sob autorização do colegiado e com a concordância do orientador, em até 6(seis) meses. 3 PERFIL INSTITUCIONAL 1 3.1 HISTÓRICO O Estado do Amapá localiza-se no extremo norte do Brasil, fazendo fronteira setentrional com a Guiana Francesa, a oeste, sul e sudeste com o Estado do Pará e Suriname e a leste com o Oceano Atlântico. Em 1943 foi elevado à categoria de Território Federal e, com a promulgação da constituição em 1988, transformado em Estado membro da União. Historicamente estas terras foram objeto de projetos concebidos exogenamente e implantados sem a existência de um processo de envolvimento e participação da sociedade local. Assim foi com a instalação de uma grande empresa de mineração na década de 1940, a qual já se retirou do Estado 1 O texto desse título em suas várias subdivisões foi extraído e adaptado do PDI 2010-2014, ver; UNIFAP. Plano de Desenvolvimento Institucional. Macapá/AP 2012. Disponível em www.unifap.br

7 deixando um passivo sócio-ambiental ainda não dimensionado em sua totalidade. Também com a criação da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana - ALCMS, projeto que fazia parte da política neoliberal do início da década de 1990, mas foi sepultado com a criação do Plano Real e uma política de restrição de importações acrescida de uma forte desvalorização cambial ocorrida em janeiro de 1999. A criação da ALCMS é responsável, em parte, por um importante movimento migratório ocorrido no Amapá na década passada. E mais recentemente em 2002, a constituição da maior unidade de conservação de proteção integral do planeta, o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, criado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, às vésperas da realização da 3ª Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, ocorrida em Johanesburgo/ África do Sul. O Amapá possui uma população estimada em 668.689 habitantes, distribuída em 16 municípios, sendo os mais populosos Macapá (397.913 hab), Santana (101.203 hab) e Laranjal do Jarí (39.805 hab), de acordo com dados do IBGE-2010. A Universidade Federal do Amapá - UNIFAP iniciou suas atividades como Núcleo Avançado de Ensino (NEM), vinculado à Universidade Federal do Pará/ UFPA. Foi autorizada pela Lei Federal nº 7.530, de 29 de agosto de 1986 e criada pelo Decreto n.º 98.997-90, de 02 de março de 1990, concretizando uma importante demanda da sociedade amapaense. Sua implantação também veio na tentativa de contribuir para o desenvolvimento econômico, cultural e social do recém-criado Estado do Amapá. Começou a funcionar efetivamente em 1991, com a nomeação de uma Reitoria prótempore e com a realização de exames vestibulares, inicialmente para nove cursos de graduação. Atualmente a UNIFAP conta com 21 cursos de graduação, são esses: Arquitetura e Urbanismo(Bacharelado); Artes Visuais(Licenciatura); Ciências Ambientais(Bacharelado); Ciências Biológicas(Bacharelado e Licenciatura); Ciências Farmacêuticas(Bacharelado); Ciências Sociais(Licenciatura e Bacharelado); Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo(Bacharelado); Direito(Licenciatura); Educação Física(Licenciatura); Enfermagem(Licenciatura e Bacharelado); Engenharia Elétrica(Bacharelado); Física(Licenciatura); Geografia(Licenciatura e Bacharelado); História(Licenciatura e Bacharelado); Língua Portuguesa e Língua Francesa (Licenciatura); Língua Portuguesa e Língua

8 Inglesa(Licenciatura); Matemática(Licenciatura); Medicina(Bacharelado); Pedagogia(Licenciatura); Relações Internacionais(Bacharelado); Secretariado Executivo (Bacharelado). A UNIFAP desenvolve suas atividades em quatro campi: a sede localizada na cidade de Macapá, capital do Estado, denominada campus Marco Zero, o qual dispõe de uma área com 906.722,45 m2, dos quais 38.000,00m2 de área construída, distribuídos em blocos de salas de aulas, laboratórios, prédios administrativos, ginásio de esportes, biblioteca central, unidade de saúde, espaço de múltiplo uso e almoxarifado; o campus Santana, onde funciona o curso de Arquitetura e Urbanismo, localizado no município de Santana; o campus Norte localizado no município de Oiapoque, e o campus Sul, localizado no município de Laranjal do Jarí, estes dois últimos campi funcionam em regime modular. Possui também um núcleo de extensão em Serra do Navio onde são desenvolvidos cursos de qualificação para professores do Ensino Médio nas áreas de Biologia, Química, Física e Matemática. A estrutura organizacional está regida pela Lei nº 8.626, de 17 de fevereiro de 1993, que criou o quadro de pessoal da Universidade, a qual determinou a existência de uma estrutura pequena. Os órgãos executivos da UNIFAP são: Reitoria, Vice-Reitoria, Pró-Reitoria de Administração e Planejamento, Pró- Reitoria de Ensino da Graduação, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Pró-Reitoria de Extensão e Ações Comunitárias, Procuradoria Geral, Auditoria, Assessoria Especial de Reitoria, Assessoria de Engenharia e Departamentos. O Conselho Superior Universitário é o órgão deliberativo máximo. Possui outras instâncias em nível acadêmico como os Departamentos e Colegiados de Cursos. A instituição organiza-se e estrutura-se com base nos seguintes princípios: I Unidade de patrimônio e administração; II Indissociabilidade do Ensino, Pesquisa e Extensão, vedada a duplicação de meios para fins idênticos ou equivalentes; III Universalidade de campo, pelo cultivo das áreas do conhecimento humano e das áreas técnico-profissionais; IV Pluralismo de ideias e de concepções; e V Racionalidade de organização com utilização plena de recursos humanos e materiais.

9 3.2 INSERÇÃO REGIONAL A Universidade Federal do Amapá se insere nas questões regionais intrínsecas à sua realidade amazônica o que exige ter como foco as preocupações socioambientais. A localização geográfica e organização populacional (negros, índios e caboclos) impõe à UNIFAP um olhar para as possibilidades de diminuir as desigualdades sociais, regionais e econômicas. No âmbito dos cursos de Graduação, entre as atividades desenvolvidas merecem destaque, as que são frutos de parcerias com as instituições estaduais e municipais, responsáveis pelas políticas públicas de educação e saúde, como: Programas pedagógicos voltados para o desenvolvimento das comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas; Ação comunitária do curso de enfermagem na prevenção da hipertensão, diabetes, verminoses; Programa de saúde comunitária da Unidade Básica de Saúde UBS; Programa de prevenção de saúde bucal à comunidade na UBS; Programa de saúde da mulher da UBS; Programa de Alfabetização Solidária; Coleta, sistematização e tabulação de material arqueológico dos sítios arqueológicos do estado do Amapá; Projetos de intervenção na realidade escolar; Oficinas pedagógicas e de capacitação aos docentes do ensino fundamental, sobretudo os que atuam no interior do estado; Olimpíadas de Matemática e Química; Seminários com temáticas inerentes ao desenvolvimento regional; Eventos dos cursos de graduação; Projetos de capacitação em diversas áreas, por exemplo, a Universidade da Maturidade UMAP, Curso Pré-Vestibular CPV Negros, NUSA, Univercinema, OBMEP e o Ciclo de Seminários em Tópicos da Matemática, dentre outros. Criação de grupo inter-setorial de estudo para avaliação e acompanhamento da evasão. Em termos de Pesquisa e Pós-Graduação, a UNIFAP tem buscado o aprimoramento institucional, por meio de parceiras com várias Instituições, na

10 execução de programas de Pós-Graduação, de projetos de pesquisa e estimulado a iniciação científica. Tem participado com êxito também, na aprovação de projetos em editais nacionais, podendo dessa forma, formar e fortalecer grupos de pesquisa interinstitucionais em várias áreas do conhecimento. A Pró-Reitoria de Extensão e Ações Comunitárias - PROEAC, por intermédio do Departamento de Ações Comunitárias e Estudantis DACE e do Departamento de Extensão - DEX, assume também a tarefa de gerir a política de ações e projetos de assistência estudantil na Universidade Federal do Amapá UNIFAP. Além disso, vem construindo uma política de extensão universitária de acordo com as novas demandas sociais. O escopo dessa tarefa concretiza-se na oferta de um conjunto de ações voltadas à emancipação e promoção dos universitários em situação de hipossuficiência financeira, com dificuldades de acesso, permanência e êxito em sua graduação. Em que pese esse dado positivo, para se constituir em uma dimensão importante no âmbito da UNIFAP, a Política de Assistência Estudantil deverá converter-se em um conjunto de ações que tenham em vista a integração acadêmica, científica e social do estudante, incentivando-o ao exercício pleno da cidadania e promovendo seu êxito acadêmico. O contexto ora apresentado evidencia que a UNIFAP vislumbra a inserção regional, quando se propõe a implantar projetos e programas que visam estender e ampliar benefícios à sociedade amapaense e a produzir conhecimentos sobre questões inerentes ao desenvolvimento do Estado do Amapá, enquanto estado da Amazônia. 3.3 INSERÇÃO INTERNACIONAL Partindo da localização geográfica do estado do Amapá surge a necessidade de se projetar parcerias, intercâmbios, cooperações, mobilidades acadêmicas, com diversas instituições de outros países. Desse modo, contribuído para ampliação e qualidade do ensino, pesquisa e extensão. 3.4 MISSÃO

11 Ser uma fonte geradora de saberes e práticas nas diversas áreas do conhecimento por meio da indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão, contribuindo para o desenvolvimento regional amapaense e amazônico. 3.5 FINALIDADES Conforme disposto em seu Estatuto, artigo 3 o, a Universidade Federal do Amapá tem as seguintes finalidades: I estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; II formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade amapaense e brasileira, e colaborar na sua formação contínua; III incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência, tecnologia, criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; IV promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber por meio do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; V suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente caracterização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; VI estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os do Estado, da região e da nação, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; VII promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na Universidade; VIII incentivar, promover e estimular o intercâmbio com outras instituições e organizações científicas e técnicas, nacionais e estrangeiras, visando ao desenvolvimento das ciências e das artes, preservando a natureza e interagindo com o ecossistema amazônico;

12 IX colaborar com entidades públicas e privadas através de estudos, projetos, pesquisas e serviços com vistas à solução de problemas regionais e nacionais sem perder de vista os valores étnicos, ecológicos, em consonância com os anseios e tradições dos povos da região; X contribuir para a formação da consciência cívica nacional, com base em princípios da ética e do respeito à dignidade da pessoa humana, considerando o caráter universal do saber. 3.6 OBJETIVOS INSTITUCIONAIS Pautada na perspectiva da busca constante de um trabalho no campo de ensino pesquisa e extensão com qualidade a UNIFAP lançou-se com a (re)estruturação universitária ratificando seus objetivos conforme seguem: Implantar programa institucional de qualificação/capacitação docente, sobretudo através dos programas de mestrado e doutorado Interinstitucionais (MINTER e DINTER) para acelerar a titulação docente; Elaborar plano de qualificação do corpo técnico-administrativo; Participar institucionalmente em sociedades nacionais e internacionais de pesquisa com organização de eventos; Estimular a atuação e produção científica em grupos de pesquisa; Organizar institucionalmente projetos de extensão vinculados às atividades de ensino; Ampliar a infraestrutura para atividades acadêmicas de pesquisa, ensino e extensão; Realizar contratos, convênios, nos termos do inciso XII do art. 24 da Lei 8.666/93 com fundação ou empresas congêneres com a finalidade de dar apoio a projetos de ensino, pesquisa e extensão e de desenvolvimento institucional, cientifico e tecnológico, inclusive na gestão administrativa e financeira. Criar novos cursos de graduação e pós-graduação para atendimento da sociedade, sobretudo a amapaense e expansão do número de vagas nos cursos existentes. Os cursos de Graduação da UNIFAP, tacitamente alinhados à missão e aos objetivos institucionais que formam profissionais nas mais diversas áreas do

13 conhecimento, devem estar atentos às demandas sociais e econômicas da região pautados nas seguintes diretrizes: Possibilitar o suporte ao desenvolvimento das atividades acadêmicocientíficas; Promover ações científicas articuladas, que contenham relevância social, artística ou tecnológica para o desenvolvimento sustentável da Região; Promover Pesquisa e extensão como elementos constitutivos e essenciais do desenvolvimento profissional do graduando; Promover formação teórico-metodológica interdisciplinar, transdisciplinar e multicultural: o processo desenvolvido na graduação não pode estar restrito à dimensão instrumental e técnico. Como processo plural, a formação do aluno deve envolver análise de fenômenos complexos e suas implicações, proporcionando condições para crítica e intervenção no campo de atuação profissional. 3.7 ÁREA(S) DE ATUAÇÃO ACADÊMICA NA PÓS-GRADUAÇÃO A universidade visa à consolidação e ampliação da pós-graduação. Desse modo, a UNIFAP se estruturou no sentido de atender a crescente demanda de formação de profissionais qualificados para tratar da institucionalização e implementação de novas alternativas de desenvolvimento regional, com ênfase na discussão das condicionantes ambientais gerais, e particularmente na gestão, proteção e utilização sustentável da biodiversidade amazônica. Por outro lado, a demanda amapaense por cursos de Pós-graduação cresceu abruptamente, devido também à expansão do ensino privado e a criação da Universidade Estadual do Amapá, que ampliou a formação superior nas diversas áreas do conhecimento. O Estado do Amapá, parte integrante da Amazônia Legal, retrata um déficit histórico de programas de Pós-graduação. Quando se observam os dados deste Estado referentes à Pós-graduação, fica evidente a imensa lacuna existente dos índices do Amapá no contexto regional. Em grande parte, isto se deve à falta de investimentos na infraestrutura institucional; o reduzido número de professores doutores; à pulverização das suas formações acadêmicas e ao excessivo envolvimento daqueles titulados somente na graduação.

14 Assim, como alternativas para atingir um nivelamento, destacam-se as seguintes atividades com seus respectivos resultados: STRICTO SENSU Curso Ano de Conceito Alunos Dissertações/ Instalação CAPES Matriculados/12 Teses Defendidas Doutorado Biodiversidade Tropical em 2006 4 17 2 Mestrado em Ciências da saúde 2009 3 36 24(Dados atualizados até dez/12 Mestrado Biodiversidade Tropical em 2006 4 29 26 Mestrado em Direito Ambiental e Políticas Públicas 2006 3 77 80(Dados atualizados até dez/2012. Mestrado Integrado em Desenvolvimento Regional 2005 3 41 35 Além dos citados programas, esta Instituição, por meio do Ministério da Educação (CAPES), firmou convênios com outras universidades proporcionando ampliação da qualificação de seu quadro docente, através de doutorado interinstitucional(dinter). Atualmente, estão em vigência na Unifap, os seguintes Programas: Doutorado em Educação em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia, Doutorado em Sociologia com a Universidade Federal do Ceará, e o

15 Doutorado Interinstitucional em Direito com a Universidade Federal de Minas Gerais. Tais programas tendem a repercutir no fortalecimento do PPGDAPP. 3.8 POLÍTICAS DE ENSINO A política educativa norteadora das diversas atividades acadêmicas da UNIFAP pauta-se nos eixos da transdisciplinaridade: integração, autonomia, trabalho coletivo, cooperação, solidariedade e democracia, com base de sustentação de seu currículo pleno, reduzindo o isolamento entre os diferentes componentes curriculares, a fim de enriquecer a formação dos alunos. A proposta acadêmica traduz a missão da instituição, comprometida com a democratização do acesso ao ensino superior, no contexto sócio/ econômico/cultural dinâmico, plural complexo, e em constante transformação, concebida para além das atividades isoladas de ensino. A aprendizagem dialógica organiza-se e estrutura-se nos seguintes princípios: I- Inteligência Cultural, conceito amplo que envolve não só a inteligência acadêmica, mas também a prática e as demais capacidades de linguagem e códigos diversos; II- Transformação, prima pela transformação entre as pessoas e seu objetivo visa superação criativa e igualitária; III- Dimensão instrumental, capacidade de abranger os aspectos e dimensões que construam habilidades de aprender a aprender; IV- Criação dos sentidos supera a lógica utilitarista que reafirma a si mesma sem considerar as identidades e as individualidades; V- Solidariedade, relação de responsabilidades de um grupo social, de uma nação e da própria humanidade. Em relação à pós-graduação, considerando que a UNIFAP é a única instituição federal de ensino superior no Amapá que oferece a formação de mestres e doutores, os programas institucionais anteriormente elencados têm reforçado não só a qualificação de docentes e técnicos desta Universidade, bem como tem atendido à demanda existente nos quadros técnicos do Estado. Desta forma, as novas ações na área da pós-graduação e da pesquisa destinam-se a atender a crescente demanda e superar as assimetrias de conhecimento, em consonância com a previsão de expansão da graduação nesta Universidade.

16 3.9 POLÍTICAS DE EXTENSÃO E PESQUISA A Pró-Reitoria de Extensão e Ações Comunitárias vem gerenciando no decorrer dos anos projetos de extensão desenvolvidos pelos diversos cursos desta IFES, com vista ao cumprimento de uma de suas atribuições. Quanto às atividades de pesquisa, a UNIFAP possui 43 grupos de pesquisa cadastrados no Diretório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, nas áreas de Ciências Exatas, Biológicas, Humanas, Sociais, Saúde, Letras e Artes. Estes grupos atuam nas mais diversas linhas de conhecimento, perfazendo um total de 93 linhas de pesquisa. Parte considerável dos grupos encontra-se nas áreas de Ciências Biológicas e Ciências Humanas, o que se justifica em função dos cursos de pósgraduação ofertados pela Instituição estarem concentrados nestas áreas (Biodiversidade, Desenvolvimento Regional e Direito Ambiental e Políticas Públicas). Apesar dos grupos não possuírem um status de consolidados junto ao CNPq, este quadro tende a mudar nos próximos anos, em virtude da criação da Rede de Pesquisa do Estado do Amapá, que tem como um dos principais objetivos integrar as instituições de C&T do Estado. A integração por meio da rede subsidiará o aumento na produção científica e consequentemente fortalecerá os grupos de pesquisa da Instituição. As novas ações na área da pesquisa se darão em consonância com a contratação de docentes titulados e a implantação de novos cursos de pósgraduação, gerando a ampliação das linhas de pesquisa, favorecendo a captação de recursos externos para execução dos projetos. A construção de espaço destinado aos pesquisadores, como o Centro de Estudos da Amazônia que abriga os laboratórios de tratamentos de dados e geoprocessamento, além do Centro de Pesquisa que acolhe os grupos de pesquisa da Instituição são fundamentais para o fortalecimento e a consolidação da pesquisa na UNIFAP. No contexto do Programa de Apoio à Pós-Graduação das Instituições Federais de Ensino Superior (PAPG-IFES), pretende-se criar uma nova linha de pesquisa. Tal linha terá como título Cidadania Ambiental e Direito às Tecnologias Alternativas para a Amazônia, que possibilitará a consolidação do curso de

17 Mestrado em Direito Ambiental e Políticas Públicas, o fortalecimento para implantação do Doutorado e ainda propiciará o intercâmbio de pesquisadores da região com pesquisadores de outros estados e países. Na área da pesquisa destaca-se ainda, a criação do Centro Franco- Brasileiro para a Biodiversidade da Amazônia, visto que a UNIFAP, enquanto a única IFES localizada no Amapá, que é o Estado fronteiriço com a Guiana Francesa, deverá ter um papel importante na viabilização da cooperação acadêmica proposta com a criação desse Centro. Para tanto, será necessário investimentos do Governo Federal para o fortalecimento acadêmico, principalmente dos Campi localizados nas áreas estratégicas para o projeto, que são o Campus Norte, localizado no município de Oiapoque, e o Campus Sul, no município de Laranjal do Jari. O fortalecimento da pós-graduação da UNIFAP no âmbito dos objetivos diretos do Centro Franco-Brasileiro dar-se-á no sentido do fortalecimento da infraestrutura de pesquisa, através da construção de novos laboratórios e ampliação dos laboratórios existentes, e na contratação de professores e servidores técnico-administrativos para atender tanto as necessidades da graduação como da pós-graduação e pesquisa. Com essas ações, espera-se instituir uma competência local em melhores condições para receber e cooperar com pesquisadores das instituições nacionais e francesas interessadas no avanço do desenvolvimento de pesquisas sobre a biodiversidade amazônica, gerando os conhecimentos necessários para o uso sustentável e conservação desse importante recurso. Quanto à infraestrutura laboratorial, pretende-se implantá-la com a seguinte característica: os laboratórios para pesquisas de grande complexidade, que estarão vinculados diretamente aos cursos de pós-graduação, que atenderão as atividades de cooperação local, nacional e internacional, localizar-se-ão no Campus Universitário Marco Zero em Macapá, enquanto os laboratórios básicos localizado nos Campus Norte e Sul servirão para atender tanto aos cursos de graduação quanto as pesquisas de menor complexidade da cooperação. 4 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA DO CURSO 4.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO

18 Previsto no PDI (2010/2014) da Unifap, o curso de Mestrado em Direito Ambiental e Politicas Públicas está em consonância com os objetivos da universidade e tem papel importante no enfrentamento do desafio colocado à sociedade amapaense para seu desenvolvimento. Esse desafio vincula-se, entre outros elementos, a condição amazônica e de proteção ambiental do Estado do Amapá, destacado no PDI/Unifap e que reforça o compromisso socioambiental desta IFES. Considerando a inserção local e regional da instituição, esse desafio assume papel norteador de sua atuação no ensino de pós- graduação. O curso de mestrado em Direito Ambiental e Políticas Públicas é uma de suas dimensões que tem grandes contribuições a oferecer na formação de recursos humanos de alto nível, capazes, de maneira contextualizada, da produção de conhecimentos e tecnologias inovadoras para o enfrentamento da questão ambiental e de formulação e avaliação de políticas públicas. Com o Mestrado em Direito Ambiental e Políticas Publicas, as pesquisas que reúnam as dimensões do direito ambiental, do desenvolvimento sustentável e das políticas públicas ganham impulso relevante e consolidam a atuação do corpo de pesquisadores e docentes, bem como estimula a sua ampliação, com a formação de novos profissionais qualificados através do programa. Essa questão é estratégica para a região e para o Estado do Amapá. Primeiro porque o estado é novo, já que alçado a essa condição através da Constituição de 1988, e por isso tem condição de possibilidade de formular leis e políticas públicas ambientais e de desenvolvimento sustentável mais progressivas em razão da estruturação de suas instituições. Segundo, mas nem por isso menos importante, o Estado conta com 55% de seu território constituído de reservas florestais e indígenas, sendo o Estado com o maior índice de proteção ambiental do país com 72% de sua área com alguma restrição de uso. Associado a isso, a proposta de desenvolvimento do Amapá como província mineral, suscita, simultaneamente, uma aparente contradição entre direito ambiental e direito ao desenvolvimento, que torna mais urgente ainda, dentro de uma ótica de sustentabilidade ambiental, integrar essas duas dimensões nos planos jurídicos e das políticas públicas. Outro elemento importante dessa questão estratégia é a proliferação de organizações ambientais não governamentais, e instituições governamentais de

19 caráter ambiental (secretarias, conselhos etc.). Juntamente com uma progressiva legislação protecionista ambiental que pode ser evidenciada através da lei de preservação e conservação ambiental das florestas - Lei Estadual n. 702/2002; a dos recursos hídricos - Lei Estadual n. 686/2002; e a de acesso à biodiversidade com a repartição de benefícios à população local Lei 388/97, o que a par de uma legislação protetora exige a contrapartida de implementação de políticas públicas ambientalmente contextualizada e o recente acordo com uma empresa britânica, assinado em 2012 pelo governo do Estado para pagamento de serviços ambientais. A qualificação de profissionais, nesse contexto, com dupla habilidade político-formulativa e legislativa-elaborativa, somado a produção científica e tecnológica interdisciplinar na área do direito ambiental e das políticas públicas é de vital significado para o Estado. O Mestrado em Direito Ambiental e Políticas Públicas vincula-se a esta questão estratégica, porém, sua proposta não é reducionista. Pelo contrário, busca conexão com a múltipla conjugação de outros saberes e metodologias investigativas: educação, planejamento, economia, saúde, biologia, geografia, engenharia etc. Daí sua perspectiva interdisciplinar que pressupõe uma nova forma de produção do conhecimento, porque ela implica trocas teóricas e metodológicas, geração de novos conceitos e metodologias com o objetivo de abordar a natureza múltipla dos fenômenos a ser investigados. Entende-se por Interdisciplinaridade a convergência de duas ou mais áreas do conhecimento, não pertencentes à mesma classe, que contribua para o avanço das fronteiras da ciência e tecnologia, transfira métodos de uma área para outra, gerando novos conhecimentos ou disciplinas e faça surgir um novo profissional com um perfil distinto dos existentes, com formação básica sólida e integradora (CAPES, 2009). Os diversos saberes dão a sua contribuição, no campo de seu respectivo conhecimento, ao saber jurídico e político, tanto no âmbito da normatividade ambiental como na formulação de políticas públicas. Por sua vez, direito e política, se voltam também aos demais saberes, tanto na previsão normativa, quanto na efetividade e eficácia das normas ambientais e das decisões políticas fundamentais. Dessa forma, a interdisciplinaridade entre direito ambiental e políticas públicas é adensada e enriquecida com o influxo dos demais saberes.

20 4.2 MISSÃO CURSO O curso de Mestrado em Direito Ambiental e Políticas Públicas da Universidade Federal do Amapá tem como missão formar recursos humanos de alto nível de qualificação para a pesquisa e docência no ensino superior na área multidisciplinar do direito ambiental e das políticas publicas. 4.3 OBJETIVOS GERAIS Condizente com sua missão, o curso de mestrado em Direito Ambiental e Políticas Públicas, objetiva qualificar recursos humanos com conhecimentos teóricos/práticos sólidos e interdisciplinares sobre o meio ambiente por meio de discussão em sua área de concentração. A formação se dará de forma a atender as necessidades da realidade amazônica em sua expressiva diversidade, sem abandonar o contexto nacional e internacional. A identidade do curso, vinculada à realidade amazônica, tem por intenção promover um maior conhecimento das necessidades locais e regionais, além de uma formação humanística, cultural e crítico-valorativo com a finalidade de permitir ao egresso contribuir para a melhoria da qualidade da vida, do desenvolvimento humano com o uso racional dos recursos naturais sob a ótica da sustentabilidade da relação do homem com a natureza. 4.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Qualificar profissionais com capacidade investigativa na área do Direito Ambiental e de Políticas Públicas, na sua recíproca relação dialética: tensãoconexão-complementaridade. Formar docentes com conhecimentos consistentes sobre o meio ambiente e sobre os principais desafios de sustentabilidade e desenvolvimento vinculados à realidade amazônica. Contribuir para a solidificação e ampliação dos valores ambientais e para a reflexão do modelo de desenvolvimento e da sustentabilidade. 4.5 PERFIL DO EGRESSO O egresso do Programa de Mestrado em Direito Ambiental e Políticas Públicas tem como perfil a competência técnica investigativa e de ensino sobre meio