Segue abaixo a estrutura organizacional da área de Risco da empresa:

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Transcrição:

Política de Gestão de Risco 1. Objetivo Este documento tem por objetivo definir as estratégias e políticas para a mensuração e monitoramento dos riscos inerentes a cada uma das carteiras de valores mobiliários geridos pela AMS Capital Ltda., estabelecendo os procedimentos conforme o conjunto de normas vigentes aplicáveis à estrutura da empresa. A primeira seção deste documento descreve a estrutura organizacional responsável pela gestão de risco e as respectivas atribuições. Na próxima, detalha-se a política de risco que tem por objetivo manter a exposição ao risco em níveis préestabelecidos pela diretoria da empresa. Finalmente, detalha-se as metodologias de Value at Risk, Stress Testing e Stop-Loss que são utilizadas na mensuração e controle do risco. Esta Política deverá ser revisada sempre que necessário e com periodicidade mínima de 1 (um) ano. O diretor responsável pela área de risco é responsável pelo cumprimento desta e deverá supervisionar os procedimentos implementados e os seus resultados através dos relatórios disponibilizados pela área de Risco. Caso haja necessidade de ajustar a exposição a risco das carteiras, o Comitê de Risco deverá comunicar o fato ao Diretor Responsável pela Administração de Carteira de Valores Mobiliários e este deverá proceder com os ajustes necessários. 2. Estrutura Organizacional A área de risco é responsável por calcular, monitorar e controlar o risco de mercado, crédito, contraparte e liquidez, conforme definidos nesta Política, considerando os limites pré-estabelecidos pela diretoria da empresa, por elaborar avaliações comparativas e explicações para possíveis variações relevantes identificadas no controle de risco. O Comitê de Risco que é composto pelo gerente de risco de mercado, o Diretor Financeiro e de Compliance, que é responsável pela área de risco, o Diretor Jurídico, e o Diretor de Contábil responsável pelo BackOffice. A função principal é supervisionar e controlar o risco, bem como as atividades da área. As reuniões acontecem sempre que necessário e não há registro em ata das discussões e decisões tomadas. Segue abaixo a estrutura organizacional da área de Risco da empresa:

Comitê de Risco Diretor Responsável por Risco Gerente de Risco 3. Política de Risco A política de gerenciamento de risco será reavaliada sempre que necessário e, no mínimo, anualmente pela diretoria e pelo gerente de risco. 3.1. Risco de Mercado O gerenciamento de risco de mercado baseia-se no controle diário das seguintes métricas, Value at Risk (VaR), Stress Test, exposição aos diversos Fatores de Risco Primitivos (FRPs) e Stop-Loss, cujo objetivo é identificar, avaliar, monitorar e controlar o risco de cada fundo. Isso é feito através da geração diária de relatórios de risco. Segue abaixo o detalhamento de cada métrica e o procedimento diário para calcular os riscos de cada fundo. 3.1.1. Fundos Multimercado Macro 3.1.1.1. Value at Risk Gera-se um relatório de VaR usando o modelo paramétrico (baseado no Riskmetrics) com 95% de intervalo de confiança e horizonte de 1 dia para os produtos de renda fixa, moeda, ações e seus derivativos. O VAR é calculado levando-se em consideração os diversos produtos e vértices de cada mercado (renda fixa, moeda ou ações). Os fundos não trabalham com limite de VaR explicito. O VaR é gerado diariamente e, quando o valor excede 2% do patrimônio líquido de um fundo, o risco é discutido e analisado pelo Comitê de Risco. O risco de crédito não é - 2 -

levado em consideração no cálculo de VaR, mas é considerado no controle de limites. 3.1.1.2. Stress Test O Stress Testing é uma ferramenta complementar ao VaR. Ela não é uma medida probabilística e, sim, determinística, pois mostra o retorno de uma carteira em um cenário de stress definido. Na ferramenta de Stress Test define-se os retornos dos fatores primários de risco. O valor da perda ou ganho em estresse é dado pela diferença entre as posições calculadas a mercado e calculadas com o cenário de stress definido. Os fundos trabalham com alguns cenários de stress os quais são calculados diariamente. O limite máximo de stress é de 30% do patrimônio líquido do fundo. Existem dois cenários (de baixa e de alta) de stress nos quais são calculadas as perdas/ganhos das carteiras: Para o mercado local utiliza-se os cenários de stress da BM&F. O cenário é feito considerando a maior baixa/alta de todos os ativos; Para o mercado offshore utiliza-se os cenários da CME utilizados para o cálculo da margem de garantia. 3.1.1.3. Fatores de Risco Primitivos (FRPs) Para definir as exposições máximas a cada tipo de fator de risco (descritas em cada um dos itens abaixo), inicialmente calcula-se um cenário de stress variando o preço do ativo para cima ou para baixo. A partir desta variação e do possível impacto no patrimônio de cada fundo é calculada a exposição máxima a este ativo. 3.1.1.3.1. Renda Fixa A exposição a risco nos diversos mercados de juros é calculada em DV01, ou seja, o lucro ou prejuízo da taxa de juros do ativo quando há um movimento 1 bps para cima ou para baixo (utiliza-se o choque para cima de 1bps). Existe um limite de DV01 para cada mercado de juros. Para cada mercado de juros é estabelecido um limite em DV01 na ponta tomada e aplicada. Por exemplo, uma posição aplicada em juros para janeiro 2016 e outra tomada para janeiro 2015 pode ter um DV01 de zero. Neste caso, o risco de variação no shape da curva é - 3 -

considerável. É, então, calculada a soma de DV01 para a parte aplicada (DV01 Long) e, separadamente, a soma do DV01 para a parte tomada (DV01 Short). Para limitar o risco, mesmo com o DV01 global em zero, é estabelecido um limite de DV01 para a parte tomada e aplicada. Há um limite de valor presente no caso de um investimento como o descrito acima, pois é possível estar com DV01 global zerado e DV01 da parte aplicada, enquanto o DV01 da parte tomada se mantém dentro dos limites, porém, com um risco considerável. Por exemplo, uma posição de juros aplicada em 10 anos com o equivalente em DV01 tomado nos juros, porém no vértice de 1 mês. Neste caso o risco é considerável: 10 anos contra 1 mês. Para isto, foi estabelecido um limite de valor presente na ponta tomada e aplicada, o que chamamos de PV Short e PV Long. 3.1.1.3.2. Moedas Os limites por moedas são estabelecidos em porcentagem do valor patrimonial de cada fundo levando em consideração todos os produtos que possam gerar uma exposição em moedas tal como opções, futuros, forwards e cupom cambial. Nos casos de estratégia que envolva opções, a exposição em moedas é calculada usando o notional e o delta das opções. 3.1.1.3.3. Ações O limite de renda variável é calculado em percentual do valor patrimonial de cada fundo. No caso de operações long/short existe um limite no valor absoluto que cada fundo pode estar comprado e no valor absoluto que cada fundo pode estar vendido. Este valor inclui as posições sintéticas via opções e futuros. A exposição é calculada levando em consideração o delta e o notional das opções. 3.1.2. Fundos de Ações 3.1.2.1. Value at Risk Gera-se um relatório de VaR usando o modelo paramétrico (baseado no Riskmetrics) com 95% de intervalo de confiança e horizonte de 1 dia considerando todas as posições do fundo. Para esses fundos não há monitoramento de limite para o VaR. 3.1.2.2. Stress Test Os fundos trabalham com dois cenários de stress, um cenário de baixa (absoluto) e um outro cenário chamado de Over-Ibov que tem como - 4 -

base o Ibovespa (benchmark dos fundos). Os cálculos são feitos diariamente. Para esses fundos não há monitoramento de limite para Stress Test. Cenários de stress: Absoluto: para criar esse cenário, utiliza-se como base os preços dos últimos 5 anos de cada ação e para uma janela de 5 dias seleciona-se o menor preço e o maior preço e calcula-se o retorno. Uma vez que todos esses retornos foram calculados, seleciona-se o pior retorno de cada ação nesses últimos 5 anos como sendo o cenário de stress. Over-Ibov: considerando o stress do índice Ibovespa (pior cenário da BM&F) como base, calcula-se a diferença entre o stress de cada ação (considerado no cenário Absoluto) e o stress do índice Ibovespa. Por exemplo, se o stress da PETR4 for de -40% e do índice for - 30%, considera-se, neste cenário, um stress de -10% para a PETR4. 3.1.2.3. Tracking Error (ex-post) O Tracking Error é uma medida de risco de um portfólio que está relacionada à gestão ativa do mesmo, ou seja, ela indica o quão próximo os retornos do portfólio seguem os do seu benchmark. A medida é feita calculando-se o desvio-padrão das diferenças entre os retornos do fundo e os retornos do seu benchmark (Ibovespa) considerando um período de 1 ano. Quanto mais volátil forem estas diferenças, maior será o Tracking Error. 3.2. Risco de Crédito Define-se o risco de crédito como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. O Risco de Crédito está associado à capacidade de solvência do Tesouro Nacional, nos casos de títulos públicos federais, e ao da empresa emissora dos títulos privados. Existe um Comitê de Crédito que é composto pelo Diretor Presidente e o Diretor Responsável pela Administração de Carteiras. As operações de crédito são apresentadas pelo portfolio manager responsável pela área que, depois de investigar cada operação junto à área de research da - 5 -

empresa (potencial devedor, indústria e outros aspectos relevantes determinados caso a caso), submete a operação ao departamento jurídico, o qual faz a análise da estrutura legal da operação. Depois dessas análises, a operação é apresentada ao comitê de crédito que, em conjunto com o portfólio manager e o departamento jurídico define o grau de risco da operação. O Comitê de Crédito decide pela aprovação (ou não) da operação. No caso da iminência ou ocorrência de eventos de inadimplência, o Comitê de Crédito se reúne para definir a estratégia a ser adotada, que pode ser a manutenção, alienação ou renegociação do ativo em questão. O limite de crédito privado é calculado em percentual do patrimônio do fundo. Todos os dias a área de risco emite relatório dos limites da posição atual para verificar se esta está dentro dos limites estabelecidos pelo Comitê de Risco. Caso o limite tenha sido excedido, a área de risco informa o Comitê de Risco que se reúne para decidir as medidas a serem tomadas. 3.3. Risco de Liquidez Para fins dessa política, risco de liquidez é a possibilidade de os fundos não serem capazes de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas, bem como é a possibilidade de os fundos não conseguirem negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado. 3.3.1. Fundos Multimercado Macro A verificação dos critérios abaixo detalhados é feita semanalmente pela área de risco e no caso de desenquadramento o gestor do fundo será notificado e deverá proceder ao enquadramento do fundo no prazo máximo de 2 (dois) dias da data que se verificou o desenquadramento. 3.3.1.1. Caixa A empresa mantém um volume de recursos em caixa ou em títulos de alta liquidez adequado ao fluxo de aplicações e resgates históricos registrados pelo fundo. 3.3.1.2. Renda Variável Para fins de política de liquidez de renda variável, será considerada a seguinte equação para determinação quanto à liquidez de um papel: - 6 -

Líquidos: quando 25% do volume total dos papeis negociados na bolsa durante os últimos 30 dias representem mais que 5% do patrimônio líquido do fundo. Ilíquidos: Aqueles que o resultado da equação acima, for inferior a 5%. Os papéis considerados ilíquidos estão limitados a 1,5% do patrimônio líquido do fundo e os líquidos estão limitados aos limites estabelecidos na política de investimento do regulamento do fundo. 3.3.2. Fundos de Ações A verificação dos critérios abaixo detalhados é feita diariamente pela área de risco e no caso de desenquadramento o gestor dos fundos será notificado e deverá proceder ao enquadramento dos fundos no prazo máximo de 2 dias da data que se verificou o desenquadramento. Baseado no volume diário negociado em bolsa, durante os últimos 30 dias, das ações pertencentes ao portfólio e, considerando negociar 20% deste volume, o fundo poderá liquidar 30% do patrimônio em um período máximo de 30 dias. Também se faz um controle parecido com o citado acima, mas considerando que o fundo poderá liquidar 50% do patrimônio em um período máximo de 60 dias. 3.4. Risco de Contraparte Nas operações compromissadas é estabelecido um limite por banco baseado em uma análise de balanço da instituição como um todo. Nas operações de BM&F o risco de contraparte é o Itaú BBA e a BM&F, em função do contrato de clearing que a empresa tem com o Itaú. A análise de risco da BM&F é feita por meio de análise do fundo garantidor e das garantias depositadas na própria BM&F. Em renda variável são selecionadas corretoras de primeira linha, na sua maioria, ligadas a grandes conglomerados financeiros, e as operações com corretoras independentes é feita após análise de balanço de cada corretora, desta maneira o risco de contraparte é minimizado. 3.5. Stop-Loss Os fundos trabalham com stop-loss para todos os seus portfolios. Existe um limite máximo de perda para cada portfólio. Quando a diferença do valor do PnL atual e a média móvel (janela de 5 dias) máxima do PnL durante o ano corrente for - 7 -

igual ao limite, o limite de stop-loss é atingido. Todo início de ano o máximo da média móvel é zerado. O relatório gerado acima é enviado para análise para o Diretor Presidente, Diretor Responsável pela Administração de Carteiras e para o Diretor Financeiro e de Compliance que é o responsável pela área de risco; Caso o valor de VaR ou Stress Testing não supere o limite, mas atinja mais do que 80%, a área de risco envia uma notificação por e-mail para os diretores (que recebem o relatório) visando uma ação preventiva por parte do Diretor pela Administração de Carteiras; Se alguma métrica de risco supere seu limite estabelecido, a área de Risco de Mercado notifica imediatamente os diretores responsáveis. O Diretor Presidente reúne o Comitê de Risco de Mercado para determinar a estratégia para o reenquadramento do fundo em questão, sendo que o diretor responsável pela área de risco toma a decisão final para o devido reenquadramento. *****//**** - 8 -