ESPECIALIZAÇÃO EM MASTOLOGIA SOGIMA-RJ / IBMR

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Transcrição:

ESPECIALIZAÇÃO EM MASTOLOGIA SOGIMA-RJ / IBMR Coordenação Bartolomeu da Câmara França João Claudio de Souza Caetano Luiz Antonio Vieira MÓDULO I: PROFESSOR: JOÃO CLAUDIO DE SOUZA CAETANO

ANATOMIA DAS MAMAS HISTOLOGIA DAS MAMAS

LIMITES TOPOGRÁFICOS Superior: segunda ou terceira costela Inferior: sexta ou sétima costela Medial: borda do esterno Lateral: linha axilar anterior

SULCOS MAMÁRIOS Sulco Intermamário Sulco Inframamário Sulca Ectomamário

PELE DAS MAMAS Idêntica à do restante do corpo, só se diferenciando em sua porção central, onde se torna mais espessa, escura e desprovida de pêlos (Complexo areolopapilar).

ARÉOLA Forma: circular. Tamanho: 3 a 6 cm. Localização: altura da 4ª costela. Possui glândulas sebáceas que fazem saliência na superfície(tubérculos de Morgani / Tubérculos de Montgomery glândulas mamárias acessórias?).

PAPILA Tamanho: 10 a 12 mm de largura. 9 A 10 mm de altura. Óstios: em número de 10 a 20 óstios, correspondentes à desembocadura dos condutos galactóforos.

MUSCULATURA DO COMPLEXO ARÉOLO PAPILAR O complexo areolopapilar não possui tecido subcultâneo. A pele repousa sobre um fina camada de músculo liso, o músculo areolar. Fibras circulares: músculo de Sappey Fibras radiais: músculo de Meyerholz Sua contração é responsável pela saída da secreção dos seios galactóforos e ereção da papila.

CORPO GLANDULAR Formado pelos sistemas: Lobular Ductal Os sistemas são envoltos por tecido adiposo por onde passam vasos sanguíneos, linfáticos, nervos e tecido conjuntivo.

SISTEMA LOBULAR Alvéolos ou ácinos: 10 a 100 Lóbulos: 10 a 20

SISTEMA DUCTAL Ductos principais ou ductos galactófaros Seios galactóforos

ESTRUTURAS FASCIAIS (TSC) Importância Cirúrgica das Estruturas Fasciais Ligamento de Cooper: aponeurose superficial. Aponeurose do músculo peitoral maior.

VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DAS MAMAS Mamária Interna: ramo da subclávia, irriga a metade interna da mama. Mamária Externa: ramo da axilar, irriga metade externa da mama. Atérias Intercostais: ramos da aorta, irrigam a face profunda da mama.

VASCULARIZAÇÃO VENOSA DA MAMA Sistema superficial: veias superficiais correm por baixo do folheto anterior da fáscia superficial (plexo venoso de Haller) Sistema profundo (importante para disseminação óssea e pulmonar): ramos perfurantes da veia mamária interna, veia axilar, veias intercostais.

MÚSCULOS E PARTES ÓSSEAS Músculos de importância cirúrgica

MÚSCULO GRANDE PEITORAL Origem: Três feixes (clavicular, esternocostale abdominal) Inserção: Através de um tendão único na corredeira ou canal bicipital do úmero. Inervação: n. peitoral maior, ramo do plexo braquial. Ação: adução e rotação interna do úmero.

MÚSCULO PEQUENO PEITORAL Origem: Três feixes que partem da terceira, quarta e quinta costela. Inserção: Por um único tendão na apófise coracóide. Inervação:n. pequeno peitoral, ramo do plexo braquial. Ação: tracionar a escápula para baixo, auxiliando nos movimentos de rotação do ombro.

GRANDE SERREADO Origem: Estende-se da parede torácica à omoplata, sendo dividido em três feixes. Primeiro: primeira costela Segundo: 2ª, 3ª, 4ª Costelas Terceiro: da 5ª a 9ª ou 10ª costelas Inserção:bordo espinhal da omoplata Inervação: nervo torácico longo (nervo de Bell) Ação: Manter a escápula tracionada para baixo.

GRANDE DORSAL ou Latissimus Dorsal Importância: sua borda anterior representa o limite lateral da dissecção, além de proporcionar formação de retalho miocutâneo. Origem: processo espinhoso das cinco ou seis últimas vértebras dorsais e cinco lombares, no sacro, na crista ilíaca e nas quatro últimas costelas.

GRANDE DORSAL ou Latissimus Dorsal Inserção: corredeira bicipital do úmero. Inervação: nervo grande dorsal ou toracodorsal, ramo do plexo braquial.

PARTES ÓSSEAS Clavícula Escápula ou Omoplata Úmero Esterno Costelas

INERVAÇÃO DA MAMA Superfície cutânea: inervava pelos seis primeiros nervos intercostais e por um ramo supraclavicular do plexo cervical superficial. Parte superior e externa: ramos torácicos do plexo braquial.

INERVAÇÃO DA MAMA Mamilo: quarto nervo intercostal Glândula Mamária: 4º, 5º e 6º nervos intercostais, além de fibras simpáticas que acompanham a mamária externa

LINFÁTICOS DA MAMA Plexos superficiais: plexo areolar plexo subareolar ou plexo de Sapey São desprovidos de válvulas e drenam linfa em qualquer direção.

LINFÁTICOS DA MAMA Plexos profundos: Linfáticos Mamários Externos: partindo do plexo areolar, caminham em direção à axila. Linfáticos Mamários Internos: Drenam a parte interna da glândula, desembocam nos gânglios mamários internos.

LINFÁTICOS DA MAMA Plexos profundos: Linfáticos Inferiores ou Submamários: drenam a face profunda da glândula, desembocam nos gânglios subclaviculares. Os linfáticos dos plexos profundos possuem válvulas, drenando da superfície para profundidade.

LINFONODOS AXILARES Nível I Nível II Nível III O gânglio de Rotter está localizado no entre o grande e o pequeno peitoral.

LINFONODOS DA CADEIA MAMÁRIA INTERNA Estão localizados nos espaços intercostais, a 3 cm da borda esternal.

HISTOLOGIA DAS MAMAS A aréola, o mamilo e as desembocaduras dos ductos lactiferos principais estão recobertos por epitélio pavimentoso estratificado, que se transformará em epitélio cilíndrico pseudo-estratificado e em epitélio cúbico (em dupla camada), nos ductos mamários principais. Com a diminuição do calibre dos ductos e a sua ramificação, o epitélio tende a se transformar em uma única camada de células.

HISTOLOGIA DAS MAMAS Nos ductos menores e ocasionalmente nos dúctulos, pode ser identificada uma camada celular baixa ou achatada (células mioepiteliais). Uma membrana basal segue rigorosamente o contorno dos ductos e dúctulos.

HISTOLOGIA DAS MAMAS Os ductos e dúctulos estão envolvidos por um estroma mixomatoso frouxo e delicado, que contém linfócitos espalhados (tecido conjuntivo intralobular) Os lóbulos individuais encontram-se envolvidos por um estroma interlobular mais denso de cólageno, bastante fibroso.