TD VÉSPERA - ENEM 2016 HISTÓRIA PROF. ISAAC

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TD VÉSPERA - ENEM 2016 HISTÓRIA PROF. ISAAC SEGURA OS SPOILERS!!! 1- Os textos referem-se à integração do índio à chamada civilização brasileira. I. Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que separa e que tenta nos eliminar cultural, social e até fisicamente.a justificativa é a de que somos apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus.( ) É preciso congelar essas idéias colonizadoras, porque elas são irreais e hipócritas e também genocidas.( ) Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes. Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994. II. O Brasil não terá índios no final do século XXI ( ) E por que isso? Pela razão muito simples que consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das demais comunidades primitivas que existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório. Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994. Pode-se afirmar, segundo os textos, que a) Tanto Terena quanto Jaguaribe propõem idéias inadequadas, pois o primeiro deseja a aculturação feita pela civilização branca, e o segundo, o confinamento de tribos. b) Terena quer transformar o Brasil numa terra só de índios, pois pretende mudar até mesmo a língua do país, enquanto a idéia de Jaguaribe é anticonstitucional, pois fere o direito à identidade cultural dos índios. c) Terena compreende que a melhor solução é que os brancos aprendam a língua tupi para entender melhor o que dizem os índios. Jaguaribe é de opinião que, até o final do século XXI, seja feita uma limpeza étnica no Brasil. d) Terena defende que a sociedade brasileira deve respeitar a cultura dos índios e Jaguaribe acredita na inevitabilidade do processo de aculturação dos índios e de sua incorporação à sociedade brasileira. e) Terena propõe que a integração indígena deve ser lenta, gradativa e progressiva, e Jaguaribe propõe que essa integração resulte de decisão autônoma das comunidades indígenas. 2- A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade. (NABUCO, J. O abolicionismo (1883). Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha, 2000 (adaptado).) No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim da escravidão no Brasil, no qual

A) copiava o modelo haitiano de emancipação negra. B) incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais.. C) optava pela via legalista de libertação. D) priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores. E) antecipava a libertação paternalista dos cativos. 3- No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes populares do Recife trovas que faziam alusão à revolta escrava do Haiti: Marinheiros e caiados Todos devem se acabar, Porque só pardos e pretos O país hão de habitar. (AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos pernambucanos. Recife: Cultura Acadêmica, 1907.) O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende A - dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que circulavam entre a população escrava e entre os mestiços pobres, alimentando seu desejo por mudanças. B - da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a rejeição à opressão da Metrópole, como ocorreu na Noite das Garrafadas. C - do apoio que escravos e negros forros deram à monarquia, com a perspectiva de receber sua proteção contra as injustiças do sistema escravista. D - do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos demonstravam contra os marinheiros, porque estes representavam a elite branca opressora. E - da expulsão de vários líderes negros independentistas, que defendiam a implantação de uma república negra, a exemplo do Haiti. 4- MOREAUX F. R FERREZ M. D. PEDRO II

As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas representações políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que cada imagem evoca é, respectivamente: A - Habilidade militar riqueza pessoal. B - Liderança popular estabilidade política. C - Instabilidade econômica herança europeia. D - Isolamento político centralização do poder. E - Nacionalismo exacerbado inovação administrativa. 5- Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, as quais se limita em ver as figuras, o trabalhador rural, não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o coronel e pelo coronel. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural. (LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado).) O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social A - igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda. B - estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes. C - tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva típica. D ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia. E - agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional. 6-

Cartaz da Revolução Constitucionalista. Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 29 jun. 2012 Elaborado pelos partidários da Revolução Constitucionalista de 1932, o cartaz apresentado pretendia mobilizar a população paulista contra o governo federal. Essa mobilização utilizou-se de uma referência histórica, associando o processo revolucionário A - à experiência francesa, expressa no chamado à luta contra a ditadura. B - aos ideais republicanos, indicados no destaque à bandeira paulista. C - ao protagonismo das Forças Armadas, representadas pelo militar que empunha a bandeira. D - ao bandeirantismo, símbolo paulista apresentado em primeiro plano. E - ao papel figurativo de Vargas na política, enfatizado pela pequenez de sua figura no cartaz. 7- Diante dessas inconsistências e de outras que ainda preocupam a opinião pública, nós, jornalistas, estamos encaminhando este documento ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, para que o entregue à Justiça; e da Justiça esperamos a realização de novas diligências capazes de levar à completa elucidação desses fatos e de outros que porventura vierem a ser levantados. (Em nome da verdade. In: O Estado de São Paulo, 3 fev. 1976. Apud. FILHO, I. A. Brasil, 500 anos em documentos. Rio de Janeiro: Mauad, 1999.) A morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida durante o regime militar, em 1975, levou a medidas como o abaixoassinado feito por profissionais da imprensa de São Paulo. A análise dessa medida tomada indica a A - certeza do cumprimento das leis. B - superação do governo de exceção. C - violência dos terroristas de esquerda. D - punição dos torturadores da polícia. E - expectativa da investigação dos culpados. 8- O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político. (VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado).)

Na configuração política da democracia grega, especial a ateniense, a ágora tinha por função A - agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade. B - permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados. C - constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da comunidade. D - reunir os exércitos para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados em caso de guerra. E - congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembleias. 9- Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um profundo sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha. (DUBY, G. et al. Séculos XIV-XV. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).) As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média, quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está diretamente relacionado com A o crescimento das atividades comerciais e urbanas. B a migração de camponeses e artesãos. C a expansão dos parques industriais e fabris. D o aumento do número de castelos e feudos. E a contenção das epidemias e doenças. 10- Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livrearbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade. (MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).) Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao

A - valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo. B - rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. C - afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana. D - romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem. E - redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão 11- O canto triste dos conquistados: os últimos dias de Tenochtitlán Nos caminhos jazem dardos quebrados; os cabelos estão espalhados. Destelhadas estão as casas, Vermelhas estão as águas, os rios, como se alguém as tivesse tingido, Nos escudos esteve nosso resguardo, mas os escudos não detêm a desolação... (PINSKY, J. et al. História da América através de textos. São Paulo: Contexto, 2007 (fragmento).) O texto é um registro asteca, cujo sentido está relacionado ao(à) A- tragédia causada pela destruição da cultura desse povo. B- tentativa frustrada de resistência a um poder considerado superior. C - extermínio das populações indígenas pelo Exército espanhol. D - dissolução da memória sobre os feitos de seus antepassados. E - profetização das consequências da colonização da América. 12- Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis ou seu cumprimento. Que é ilegal toda cobrança de impostos para a Coroa sem o concurso do Parlamento, sob pretexto de prerrogativa, ou em época e modo diferentes dos designados por ele próprio. Que é indispensável convocar com frequência os Parlamentos para satisfazer os agravos, assim como para corrigir, afirmar e conservar leis. (Declaração de Direitos. Disponível em: http://disciplinas.stoa.usp.br. Acesso em: 20 dez. 2011 (adaptado).) No documento de 1689, identifica-se uma particularidade da Inglaterra diante dos demais Estados europeus na Época Moderna. A peculiaridade inglesa e o regime político que predominavam na Europa continental estão indicados, respectivamente, em: A - Redução da influência do papa Teocracia. B - Limitação do poder do soberano Absolutismo.

C - Ampliação da dominação da nobreza República. D - Expansão da força do presidente Parlamentarismo. E - Restrição da competência do congresso Presidencialismo. 13- A participação da África na Segunda Guerra Mundial deve ser apreciada sob a ótica da escolha entre vários demônios. O seu engajamento não foi um processo de colaboração com o imperialismo, mas uma luta contra uma forma de hegemonia ainda mais perigosa. (MAZRUI, A. Procurai primeiramente o reino do político.... In: MAZRUI, A.; WONDJI, C. (Org.). História geral da África: África desde 1925. Brasília: Unesco, 2010.) Para o autor, a forma de hegemonia e uma de suas características que explicam o engajamento dos africanos no processo analisado foram: A - Comunismo / rejeição da democracia liberal. B - Capitalismo / devastação do ambiente natural. C - Fascismo / adoção do determinismo biológico. D - Socialismo / planificação da economia nacional. E - Colonialismo / imposição da missão civilizatória. 14- Texto do Cartaz: Amor e não guerra Nos anos que se seguiram à Segunda Guerra, movimentos como o Maio de 1968 ou a campanha contra a Guerra do Vietnã culminaram no estabelecimento de diferentes formas de participação política. Seus slogans, tais como Quando penso em revolução quero fazer amor, se tornaram símbolos da agitação cultural nos anos 1960, cuja inovação relacionava-se A- à contestação da crise econômica europeia, que fora provocada pela manutenção das guerras coloniais. B- à organização partidária da juventude comunista, visando o estabelecimento da ditadura do proletariado.

C- à unificação das noções de libertação social e libertação individual, fornecendo um significado político ao uso do corpo. D - à defesa do amor cristão e monogâmico, com fins à reprodução, que era tomado como solução para os conflitos sociais. E- ao reconhecimento da cultura das gerações passadas, que conviveram com a emergência do rock e outras mudanças nos costumes. GABARITO 1-D 2-C 3-A 4-B 5-E 6-D 7-E 8-C 9-A 10-C 11-B 12-B 13-C 14-C