Aspectos Gerais do Controle Químico de Plantas Daninhas

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Transcrição:

Aspectos Gerais do Controle Químico de Plantas Daninhas Prof. Dr. Saul Carvalho Prof. Dr. Pedro Jacob Christoffoleti 30/08/2012 1 Período de matocompetição das plantas daninhas sobre a cultura do milho Modalidade Parâmetro PAI PTPI PCPI Dias* 15-20 40-45 15-45 Safra Fenologia V2-V3 V6-V8 V2-V7 Graus dias 120-250 250-420 150-400 Safrinha Graus dias 130-300 350-500 200-400 * dias contados a partir da emergência da cultura. 30/08/2012 2 1

Período de matocompetição das plantas daninhas sobre as culturas Períodos de Interferência das Plantas Daninhas Cultura PAI PTPI PCPI Algodão dias* 10-30 20-60 15-60 Arroz Cana-de-açúcar Feijão Milho Soja sequeiro (dias) 20-40 40-60 30-50 irrigado (dias) 10-15 30-45 10-45 plantio de ano 20-40 90-120 20-120 plantio de ano e meio 20-50 90-150 20-150 soqueiras 20-40 70-100 25-100 dias 15-35 30-50 15-45 fenologia V2-V4 R5-R6 V2-R6 safra dias 15-20 40-45 15-45 safra fenologia V2-V3 V6-V8 V2-V7 safra graus-dia (GD) 120-250 250-420 150-400 safrinha graus-dia (GD) 130-300 350-500 200-400 dias 10-20 35-45 15-45 fenologia V2-V4 R3-R4 V2-R3 Trigo dias 10-15 40-50 10-45 30/08/2012 3 * dias contados a partir da emergência da cultura. Base inicial do Manejo Integrado de Plantas Daninhas manejo do Banco de Sementes (BS) em pré-semeadura BS - alta diversidade, porém poucas espécies dominam 70 a 90% das comunidades de pl. daninhas (Wilson, 1988) Forma principal de redução do BS - evitar adições de novos propágulos - chuva de sementes (Braccini, 2001) 30/08/2012 4 2

Capim-colchão Capim-arroz Capim-massambará CHUVA DE SEMENTES BS 300 milhões a 3 bilhões sem ha -1 30/08/2012 5 Estratégias de controle (soja convencional) Eficácia de controle e seletividade do herbicida é função: - Época de aplicação - Estádio fenológico da cultura e das plantas daninhas Dessecação Manejo de herbicidas na cultura Pós-colheita Mato-competição S VE VC V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 V8... R Pré-emergente Intervalo entre dessecação e semeadura Pós-precoce C - Até 1 folha FL - Até 2 folhas G - Não perfilhada Pós-normal C - Até 2 a 3 folhas FL - 4 a 6 folhas G - 1 a 3 perfilhos Pós-Tardia C - Até 5 a 6 folhas FL - > 6 folhas G - > 3 perfilhos Rotação de culturas 30/08/2012 6 3

Estratégias químicas de manejo de plantas daninhas na cultura de algodão PRÉ PÓS Área total 20-60 d Período de matocompetição PÓSd + (PRÉd) Jato dirijido 60-70 DAS Catação PÓSd 100 120 DAS Destruição de soqueiras PRÉ colh. - PÓS colh. Semeadura Colheita 30/08/2012 7 Herbicida de manejo e PS Formação da palhada Sementes: dormentes e não dormentes Banco de sementes 30/08/2012 8 4

A boa dessecação Vantagem competitiva da cultura sobre as plantas daninhas (dianteira competitiva) 30/08/2012 9 Principais Herbicidas dessecantes - sem residual Herbicidas Formulação (g/l) Doses (L ou kg/ha) Amonium glufosinate 200 1,5 2,0 Carfentrazone-ethyl 400 50 100 Glyphosate 360 1,0 5,0 Paraquat 200 1,5 3,0 30/08/2012 10 5

Controle de plantas daninhas perenes Áreas ocupadas por pastagens: - capim-braquiária - capim-colonião - destruição da propagação vegetativa Mistura de glyphosate + carfentrazone no controle de Ipomoea acuminata (Corda-de-viola) Glyphosate 360 (2,0 L/ha) Glyphosate 360 (3,0 L/ha) Carfentrazone (0,05) + glyphosate (2,0 L/ha) + 30/08/2012 Dash (0,25%) 12 6

RAZÕES DA TOLERÂNCIA DA TRAPOERABA E CORDA-DE-VIOLA AO GLYPHOSATE Trapoeraba: Monqueiro & Christoffoleti (2002) absorção reduzida do glyphosate devido a composição química das ceras e maior metabolismo do herbicida. Corda-de-viola: Monqueiro, 2004 - I. grandifolia - tolerância ao glyphosate se deve a baixa translocação do herbicida 30/08/2012 13 Herbicidas de pré-semeadura residual PS residual Incorporados ao solo (PPI) PRÉ em mistura ou seqüência com o PS de manejo 30/08/2012 14 7

Herbicidas incorporados ao solo (PPI) condicionado ao preparo convencional do solo trifluralina incorporação (7-10 cm): fotodecomposição, volatilização e baixa solubilidade pendimethalin incorporação (5-7 cm): danos ao colo das plantas incorporação 0-6 semanas antes ou até a véspera da semeadura 30/08/2012 15 Principais vantagens e desvantagens dos herbicidas residuais seletivos (pré-emergentes) Vantagens Evita a matocompetição precoce Permite programas de reaplicação em pós-emergência em caso de falhas ( escapes ) Amplo espectro de controle de plantas daninhas Desvantagens Depende de um levantamento prévio da infestação de plantas daninhas Eficácia do herbicida pode ser afetada pela palhada em áreas de plantio direto O herbicida sofre influência das variações nas condições edáficas e climáticas 30/08/2012 16 8

Posicionamento do herbicida no espaço: Herbicida superfície do solo sementes de plantas daninhas germináveis SEMENTE DA CULTURA Região onde o herbicida permanece na solução do solo para proporcionar seletividade de posição. 30/08/2012 17 Principais Herbicidas pré-emergentes para a Cultura de Milho (herbicidas residuais seletivos) Herbicidas Formulação (g/l) Doses (L ou kg/ha) 700 0,4 Atrazine + metolachlor 370 + 230 3,3 4,5 Imazapic + imazapyr 525 + 175 0,10 Isoxaflutole 750 0,08 Pendimethalin 500 2,0 3,5 Amicarbazone 30/08/2012 18 9

Processos que afetam o posicionamento do herbicida residual (pré-emergente) no perfil do solo Atmosfera volatil. P Herbicida Solubilidade S desorção Água K d K oc absorção Biota (plantas/micro) Solo/Sedimentos 30/08/2012 19 Testemunha Área tratada com isoxaflutole 60 DAT Efeito recarregável 30/08/2012 20 10

Protetores de plantas (safeners) X Efeito Fitotóxico de Herbicidas em Milho Safeners: Compostos que alteram a fisiologia das plantas, reduzindo a ação de herbicidas. Exemplos de protetores no Brasil Anidrido naftálico: isoxaflutole em milho Benoxacor: metolachlor em milho Dietolathe, phorate e disulfoton: clomazone em algodão 30/08/2012 21 - Clomazone em Algodão - Uso de inseticidas, principalmente de organofosforados, no tratamento de sementes ou no sulco de semeadura - York & Jordan (1992) - aldicarb, forate e disulfoton - Albernatly (1994) - inseticidas organofosforados - Burga & Corrêa (1999) - disulfoton e phorate - Ahrens (1994) dietholate - Foloni et al. (2005) - dietholate (Permit) 30/08/2012 22 11

Herbicidas pós-emergência área total (PÓS) e jato dirigido (PÓSd) A escolha está fundamentada em: seletividade à cultura estádio fenológico das plantas daninhas e da cultura controle antes do início do período de matocompetição Pós-emergência precoce (inicial) gramíneas antes do perfilhamento folha larga - 2 a 4 folhas Gramíneas (área total): inibidores da ACCase - clethodim, fluazifop, propaquizafop e sethoxydim baixa fitotoxicidade necessidade óleos minerais 30/08/2012 23 Principais Herbicidas pós-emergentes seletivos para a Cultura de Milho Herbicidas Formulação (g/l) Doses (L ou kg/ha) Atrazine + inertes 400 + 600 5,0 6,0 Imazapic + imazapyr 525 + 175 0,100 Mesotrione 480 0,3 0,4 Nicosulfuron 40 1,25 1,5 Tembotrione 420 0,240 Glyphosate (milho RR) 360 1,0 2,0 30/08/2012 24 12

Principais vantagens e desvantagens dos herbicidas pós-emergentes seletivos Vantagens Escolha do herbicida de acordo com a infestação Ajuste de doses de acordo com o estádio de crescimento Permite correções de escapes da pré-emergência Independe da presença de palhada na superfície do solo Desvantagens Necessidade de aplicação no estádio correto da planta daninha Seletividade de alguns herbicidas é dependente do material genético Possibilidade de fitotoxicidade Possíveis interações negativas na seletividade para a cultura quando aplicado com outros defensivos 30/08/2012 25 SELETIVIDADE Herbicida Tec. de aplicação Cultura/planta daninha Clima Tipo de solo Tratamento seletivo para a cultura 30/08/2012 26 13

Herbicida seletivo x Tratamento seletivo O correto é dizer que o tratamento é seletivo A seletividade é uma característica relativa As injúrias ocorrem sob certas condições ou se a dose é muito alta (erro de dose) 30/08/2012 27 Questionamentos importantes para os herbicidas pós-emergentes seletivos em milho Seletividade diferencial para os híbridos e variedades de milho (tolerância das plantas de milho). Época de aplicação do herbicida em relação ao estádio fenológico da cultura Estádio ideal de desenvolvimento da planta daninha para maior eficácia do herbicida (suscetibilidade da planta daninha). 30/08/2012 28 14

GLIFOSATO X SOJA TRANSGÊNICA Grande expansão das áreas cultivadas Aumento do uso do glifosato (24 % de 2002/03 a 2003/04) Gene CP4 de Agrobacterium codifica a EPSPs resistente Substituição da glicina por uma alanina (101) 30/08/2012 29 Soja Transgênica - Vantagens - Flexibilidade da tecnologia Tolerância durante todo seu ciclo Herbicida de ação total Herbicida eficiente independentemente do estádio fenológico - Simplicidade Utilização de herbicida único (sistema convencional: diferente táticas e herbicidas com diferentes características) 30/08/2012 30 15

Considerações finais O melhor herbicida é a própria cultura (dianteira competitiva) O nível tecnológico e competitivo exige aplicação de herbicidas Porém, o herbicida não é a solução para o problema Necessidade de integrar as práticas culturais Dinâmica do BS e padrões de recrutamento das pl. daninhas condicionam a seleção de herbicidas no sistema produtivo Receitas resultam em erros que comprometem o manejo Parâmetros a serem considerados: Comunidade infestante e histórico de manejo adotado Disponibilidade de herbicidas Período de mato-competição Custo e impacto ambiental 30/08/2012 31 16