Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada Associação Empresarial das Ilhas de São Miguel e Santa Maria

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Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada Associação Empresarial das Ilhas de São Miguel e Santa Maria Inquérito à Atividade Empresarial 2015 e Perspetivas para 2016 junho de 2016

I. ÍNDICE I. ÍNDICE... 1 1. NOTA INTRODUTÓRIA... 2 2. SUMÁRIO EXECUTIVO... 3 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS... 5 3.1. SITUAÇÃO FINANCEIRA... 5 3.1.1 Situação Atual... 5 3.1.2. Situação Futura... 6 3.1.3. Acesso a Crédito Bancário. Taxas de Juro... 8 3.1.4. Situação perante o Fisco e a Segurança Social... 10 3.1.5. Prazos de Pagamento... 11 3.1.6. Atrasos nos Recebimentos... 11 3.2. INVESTIMENTO. FINANCIAMENTO... 14 3.2.1. Investimento... 14 3.2.2. Financiamento... 15 3.3. ATIVIDADE EMPRESARIAL... 18 3.3.1. Volume de Negócios e Perspetivas... 18 3.3.2. Conjuntura Económica Regional em 2016... 20 3.3.3. Medidas Anticrise... 21 3.4. Emprego... 22 1

1. NOTA INTRODUTÓRIA O inquérito à Atividade Empresarial que a Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada realiza desde 2009 é dirigido a uma amostra constituída pelos associados e tem como objetivo a recolha de informação sobre alguns aspetos relativos à atividade empresarial, nomeadamente a atual situação financeira das empresas, o nível de investimento, o financiamento e emprego, bem como perspetivas para o ano em curso. Para analisar os dados recolhidos, definiu-se a amostra de acordo com os critérios de dimensão e setor de atividade. Na classificação da empresa, em termos de dimensão, considerou-se apenas o critério do volume de emprego, excluindo-se os critérios financeiros definidos na Recomendação nº 2003/361/CE de 6 de Maio, nomeadamente o volume de negócios anual e o balanço total. Na análise dos resultados foram feitas algumas comparações com dados obtidos em inquéritos de anos anteriores. Este relatório apresenta os resultados apurados com base nas respostas, embora de modo não efetivo para todas as questões, recolhidas no final do primeiro trimestre deste ano, respeitantes a um total de 140 empresas. 2

2. SUMÁRIO EXECUTIVO Os dados apurados relativos à caraterização das empresas inquiridas revelam que a maioria (66%) são sociedades por quotas, com sede no concelho de Ponta Delgada (58%) e têm como atividade principal o comércio (37%), os serviços (32%), a indústria (12%), a construção civil (11%) e o alojamento, restauração e similares (8%). Em relação à dimensão das empresas destacam-se as micro e pequenas empresas, com 48% e 40%, respetivamente. As empresas de média dimensão representam 10% e as grandes empresas 2%. Os dados relativos à caracterização e dimensão das empresas revelam-se semelhantes aos de inquéritos de anos anteriores. Verifica-se para a maioria dos inquiridos que a situação financeira em 2015, comparativamente com a de 2014, é igual (60%), melhor ou muito melhor (28%) e pior ou muito pior (12%). O número de empresas que consideram a situação financeira melhor ou muito melhor subiu 9% em 2015. O setor do alojamento, restauração e similares foi o que registou a situação financeira mais satisfatória em relação ao ano anterior (70%). Em 2014 esse valor era nulo. As expetativas para 2016, ao nível da situação financeira, revelam um aumento de 15 p.p. dos que consideram que ela será melhor ou muito melhor (36%) e uma redução de -3 p.p. dos que perspetivam que será pior ou muito pior (12%). A grande maioria (73%) das empresas inquiridas não recorreu a empréstimo bancário para financiamento da sua atividade corrente em 2015, à semelhança dos resultados apurados nos estudos realizados nos últimos dois anos. 3

Relativamente ao crédito, traduzido pela taxa média de juro, verifica-se que a maioria das empresas suporta uma taxa até 7,5%, à semelhança do que acontecia em 2014. Constata-se ainda um decréscimo de empresas que suportam taxas superiores àquele valor. Relativamente à situação contributiva perante o Estado e a Segurança Social regista-se uma diminuição de 2% nas empresas em incumprimento. Cerca de 70% das empresas considera que o atraso no recebimento de clientes é igual em relação ao ano anterior. No que se refere ao pagamento a fornecedores, o prazo médio de 30-60 dias é o mais utilizado. O volume de negócios em 2015, foi superior para 51% das empresas, sendo que 51% estima para 2016, que o mesmo seja idêntico ao ano anterior. Relativamente ao verificado nos resultados obtidos no último estudo realizado, a maioria das empresas (61%), que responderam ao inquérito, realizaram investimento nos últimos dois anos, sendo nos serviços e no comércio, com 38% e 29%, respetivamente, os setores onde se verifica essa tendência. A construção civil continua sendo o setor que menos investimento realizou (7%). Nas perspetivas sobre a conjuntura económica para 2016, 63% das empresas considera que vai ser igual a 2015, 27% que será melhor ou muito melhor e 10% que será pior ou muito pior. Relativamente ao emprego verifica-se que 59% das empresas mantiveram o nível de emprego em 2015. Para 2016 verifica-se um aumento de 11 p.p. em termos de manutenção e uma descida de apenas -2 p.p. ao nível da diminuição do emprego. 4

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS 3.1. SITUAÇÃO FINANCEIRA 3.1.1 Situação Atual Questionadas acerca da situação financeira em 2015, 60% das empresas que responderam ao inquérito, considera a situação idêntica a 2014, enquanto 28% viram a sua situação melhorar em relação ao ano anterior e 12% a avalia como pior ou muito pior. Gráfico I - Situação Financeira da empresa em 2015, comparativamente a 2014 12% 28% 60% Melhor ou Muito Melhor Igual Pior ou Muito Pior A situação financeira mais positiva pertence ao setor do alojamento, restauração e similares com 70% das empresas a considerar que melhorou a sua situação em relação a 2014. O setor do comércio destaca-se por ter mantido a sua situação idêntica ao ano anterior (72%). Gráfico II - Situação financeira da empresa em 2015, relativamente a 2014, segundo a atividade Alojamento, restauração e similares 70% 20% 10% Comércio 22% 72% 6% Construção civil 13% 60% 27% Indústria 41% 53% 6% Serviços 26% 57% 17% Melhor ou Muito Melhor Igual Pior ou Muito Pior 5

Relativamente à dimensão verifica-se que são as grandes empresas as que apresentaram pior ou muito pior situação em relação ao ano anterior (67%). As restantes empresas mantiveram maioritariamente, a sua situação financeira idêntica ao ano anterior (69%, 53% e 57%, respetivamente). Gráfico III - Situação financeira da empresa em 2015, relativamente a 2014, segundo a dimensão Micro Empresas 25% 69% 6% Pequenas Empresas 30% 53% 17% Médias Empresas 36% 57% 7% Grandes Empresas 33% 67% Melhor ou Muito Melhor Igual Pior ou Muito Pior 3.1.2. Situação Futura Para 2016, e fazendo uma comparação com os resultados obtidos no último inquérito, as expetativas evidenciam um aumento do número de empresas que perspetivam melhorias (36%), bem como uma diminuição do número de empresas a considerar que a sua situação financeira será igual (52%) e pior (12%). Gráfico IV - Previsão sobre a situação financeira da empresa para 2016, relativamente a 2015 52% 36% 12% Melhor ou Muito Melhor Igual Pior ou Muito Pior 6

Analisando apenas as empresas com perspetivas de melhoria para 2016, ou seja 36%, em termos de dimensão, conclui-se que são as micro empresas as mais otimistas com 59% das respostas. Apenas 2% das grandes empresas que responderam ao inquérito perspetivam melhorias. Gráfico V - Perspetivas de melhoria da situação financeira da empresa, segundo a dimensão 59% 29% 10% 2% Micro Empresa Pequena Empresa Média empresa Grande Empresa Os serviços, o comércio e o alojamento, restauração e similares representam os setores das empresas com expectativas mais elevadas de melhoria da situação financeira, com 40%, 24% e 22%, respetivamente. Gráfico VI - Perspetivas de melhoria da situação financeira da empresa, segundo a atividade 40% 22% 24% 6% 8% Alojamento, restauração e similares Comércio Construção civil Indústria Serviços 7

3.1.3. Acesso a Crédito Bancário. Taxas de Juro O gráfico seguinte revela que a maioria das empresas que responderam ao inquérito (73%) não recorreu a capitais alheios, mais concretamente a empréstimos bancários, para financiar a sua atividade corrente em 2015. Salientase que os resultados agora obtidos para esta questão são semelhantes aos do ano anterior. Gráfico VII - Recurso a empréstimo bancário em 2015 27% 73% Sim Não As empresas que recorreram à banca para financiar a sua atividade corrente, pertencem essencialmente aos setores do alojamento, restauração e similares (45%) e da indústria (41%). Gráfico VIII - Recurso a empréstimo bancário em 2015, segundo a atividade 45% 41% 27% 20% 20% Alojamento, restauração e similares Comércio Construção civil Indústria Serviços 8

As taxas de juro mais aplicadas aos empréstimos contraídos em 2014 situam-se no intervalo de 5%-7,5%, com 54% das respostas. Em 2015 há uma redução nas taxas de juro cobradas nos intervalos entre 5%-7,5% e 7,5% de -17%. Gráfico IX - Taxa de juro nominal média nos empréstimos < 5% 37% 53% 5% - 7,5% 54% 41% 7,5% - 10% 6% 3% > 10% 3% 3% 2014 2015 79% das empresas revelou não ter tido dificuldade em contrair empréstimo bancário. Há um decréscimo de 16% relativamente às respostas obtidas no inquérito realizado o ano anterior, para as empresas que afirmam ter tido dificuldade. Gráfico X - Dificuldade em aceder ao crédito bancário em 2015 21% Sim 79% Não 9

Para 2016, e à semelhança das respostas do inquérito do ano anterior, a maioria das empresas (67%) prevê que a sua necessidade de aceder ao crédito, será igual ao ano anterior, 19% estima que seja menor e 14% maior. Gráfico XI - Montante de crédito bancário necessário em 2016, comparativamente a 2015 19% 14% 67% Maior Igual Menor 3.1.4. Situação perante o Fisco e a Segurança Social Relativamente à amostra, a quase totalidade das empresas, ou seja, 95% possui uma situação contributiva regularizada perante as Finanças e 94% perante a Segurança Social. Gráfico XII - Situação da empresa perante o Fisco e a Segurança Social 4% 6% 96% 94% Fisco Regularizada Não Regularizada Segurança Social 10

3.1.5. Prazos de Pagamento A observação do prazo médio de pagamento aos fornecedores poderá dar indicação sobre a situação financeira da empresa, isto porque, em caso de dificuldades financeiras as empresas tendem a pagar mais lentamente. Questionadas acerca do prazo médio de pagamento, 42% das empresas assinalou o prazo entre 30 a 60 dias. O prazo de pagamento menos utilizado é o superior a 120 dias, com apenas 1% das respostas. Esta situação é análoga à verificada em 2014. Gráfico XIII - Prazo médio de pagamento aos fornecedores < 30 dias 29% 30-60 dias 42% 60-90 dias 24% 90-120 dias 4% > 120 dias 1% 3.1.6. Atrasos nos Recebimentos No que respeita aos clientes, estes foram agrupados em quatro grupos distintos: Clientes Privados, Governo, Autarquias e Empresas Públicas. Dos vários grupos, os Clientes Privados são os que têm o prazo médio de pagamento mais reduzido (52%). Nas Autarquias prevalece o prazo de pagamento superior a 120 dias (26%). 11

Gráfico XIV - Prazo médio recebimento - Clientes Privados e Autarquias 52% 19% 35% 31% 23% 22% 28% 16% 20% 26% < 30 dias 30-60 dias 60-90 dias 90-120 dias > 120 dias Clientes Privados Autarquias Na generalidade, o Estado paga essencialmente num prazo superior a 30 dias, enquanto a maioria dos pagamentos efetuados pelas empresas públicas verifica-se no prazo compreendido entre 90 a 120 dias (31%). Gráfico XV - Prazo médio recebimento - Governo e Empresas Públicas 31% 17% 24% 18% 29% 25% 25% 26% 22% 12% < 30 dias 30-60 dias 60-90 dias 90-120 dias > 120 dias Governo Empresas Públicas 12

A maioria das empresas aponta a existência de problemas em receber dos seus Clientes Privados (66%), contrariamente ao que acontece com o Estado e Empresas Públicas, bem como nas Autarquias. Gráfico XVI - Incumprimento do prazo de recebimento 34% 53% 69% Não 66% 47% 31% Sim Clientes Privados Governo/Empresas Públicas Autarquias Quando questionadas acerca do atraso nos recebimentos em 2015, comparativamente ao ano anterior, 70% das empresas considera que o mesmo foi idêntico. Em relação ao inquérito anterior, houve um aumento de 14% das empresas a considerar a situação idêntica, um decréscimo de 23% em relação à situação pior ou muito pior e um acréscimo de 9% relativamente à situação melhor ou muito melhor. Gráfico XVII - Atraso nos recebimentos em 2015, comparativamente a 2014 15% 15% 70% Melhor ou Muito Melhor Igual Pior ou Muito Pior 13

3.2. INVESTIMENTO. FINANCIAMENTO 3.2.1. Investimento Em 2015, a percentagem das empresas inquiridas que realizaram investimento foi de 61%, o que significa um aumento relativamente aos resultados dos inquéritos realizados em 2012, 2013 e 2014, em que essa era de 55%, 48% e 60%, respetivamente. Agrupando as respostas por setor de atividade, a construção civil surge com o menor número de empresas a realizar investimento (7%), sendo os serviços a realizar mais investimento nos últimos dois anos (38%), seguido do comércio (29%). Gráfico XVIII - Investimento realizado nos últimos 2 anos, segundo a atividade Alojamento, restauração e similares 11% Comércio 29% Construção civil 7% Indústria 15% Serviços 38% As pequenas empresas (43%) e as micro empresas (39%) foram as que mais realizaram investimentos nos últimos 2 anos. Gráfico XIX- Investimento realizado nos últimos 2 anos, segundo a dimensão Micro Empresas 43% Pequenas Empresas 39% Médias Empresas 14% Grandes Empresas 4% 14

As empresas que não realizaram qualquer tipo de investimento (39%) apontaram, maioritariamente, a atual conjuntura económica (45%) como a principal causa. Gráfico XX - Fatores responsáveis pelo não investimento Falta de financiamento bancário Dimensão do mercado 12% 15% Inadequação dos sistemas de incentivos 8% Carência apoio técnico na elaboração candidatura Falta de informação Burocracia na elaboração da candidatura 0% 3% 6% Atual conjuntura económica (crise) 45% Investimento realizado há menos 2 anos 11% Outros 0% 3.2.2. Financiamento As empresas que optaram por realizar investimento nos últimos dois anos utilizaram capitais próprios como principal fonte de financiamento, tendo inclusivamente, o recurso a autofinanciamento aumentado 2 pontos percentuais, comparativamente com 2014. A segunda fonte de financiamento mais utilizada, o crédito bancário, aumentou 5 pontos percentuais. 15

Gráfico XXI - Fontes de Financiamento Autofinanciamento Mercado de Capitais 46% 44% Crédito Bancário 26% 31% 2014 Capital de Risco Leasing 5% 9% 2015 Apoios Públicos 16% 18% Outras 3% 3% Questionadas acerca da intenção de realizar investimento durante o ano de 2016, a maioria das empresas (53%) não pretende fazê-lo, contrariamente ao verificado no último inquérito realizado, em que 51% tinha essa intenção. Por dimensão, os resultados agora obtidos são idênticos aos do ano anterior, em que constata-se que são as micro empresas a demonstrarem menor intenção de investir em 2016. Gráfico XXII - Intenção de realizar investimento em 2016, segundo a dimensão 100% 64% 38% 52% Micro Empresas Pequenas Empresas Médias Empresas Grandes Empresas 16

No universo das empresas que pretendem investir em 2016, a maioria são empresas dos setores da indústria (76%) e serviços (60%). Gráfico XXIII - Intenção de realizar investimento em 2016, segundo a atividade 76% 60% 40% 36% 20% Alojamento, restauração e similares Comércio Construção civil Indústria Serviços Das empresas que consideram realizar investimento em 2016, quando questionadas acerca do recurso aos apoios públicos existentes, 27% indica como opção o Subsistema ao Desenvolvimento Local, ou seja -7 p.p. do que no ano anterior. Gráfico XXIV - Apoios Públicos COMPETIR + (Subsistema fomento Base COMPETIR + (Subsistema Internacionalização) 2% COMPETIR + (Subsistema Urbanismo Sustentável 2% COMPETIR + (Subsistema Qualificação e Inovação) COMPETIR + (Subsistema Empreended. 0% COMPETIR + (Subsistema Desenvolvimento Local) COMPETIR + (Subsistema Apoio à Eficiência PROENERGIA 7% Microcrédito 3% Fundo de Investimento Apoio Empreendedorismo 0% Prorural + 12% 12% 15% 20% 27% 17

3.3. ATIVIDADE EMPRESARIAL 3.3.1. Volume de Negócios e Perspetivas Das empresas que responderam ao inquérito, 51% refere um crescimento no seu volume de volume de negócios em 2015, relativamente ao ano anterior. O valor correspondente, no último inquérito, foi de 31%, o que representa um crescimento de 20%. Gráfico XXV - Volume de Negócios em 2015, comparativamente a 2014 16% 33% 51% Superior Idêntico Inferior São as empresas de menor dimensão, a revelarem o aumento no volume de negócios em 2015, realçando-se as médias empresas com 71% das respostas. Gráfico XXVI - Volume de Negócios em 2015 comparativamente a 2014, segundo a dimensão Micro Empresa 44% 43% 13% Pequena Empresa 56% 26% 18% Média Empresa 71% 15% 14% Grande Empresa 33% 67% Superior Idêntico Inferior 18

O aumento do volume de negócios em 2015 foi mais significativa no setor do alojamento, restauração e similares com 70% das respostas, seguido da indústria com 64% e da construção civil com 53%. Gráfico XXVII - Volume de Negócios em 2015 comparativamente a 2014, segundo a atividade Alojamento, restauração e similares 70% 20% 10% Comércio 43% 39% 18% Construção civil 53% 27% 20% Indústria 64% 18% 18% Serviços 49% 37% 14% Superior Idêntico Inferior Quanto ao volume de negócios para 2016, a maioria das empresas (51%) prevê manter, 39% aumentar e 10% diminuir, as receitas de exploração. Das empresas que preveem aumentar o seu volume de negócios em 2016, surge em primeiro lugar o setor do alojamento, restauração e similares com 88% das respostas, seguido dos serviços com 51%. 12% 88% Gráfico XXVIII - Previsão volume negócios para 2016, segundo a atividade 14% 61% 22% 64% 12% 53% 2% 47% 25% 14% 35% 51% Alojamento, restauração e similares Comércio Construção civil Indústria Serviços Superior Idêntico Inferior 19

3.3.2. Conjuntura Económica Regional em 2016 De acordo com a perspetiva das empresas inquiridas, a conjuntura económica regional para 2016 será idêntica a 2015, para todos os setores de atividade, com exceção do alojamento, restauração e similares, que prevê uma melhoria (82%). Note-se que, no inquérito anterior, uma das previsões mais pessimistas era a relativa ao setor do alojamento, restauração e similares. Gráfico XXIX - Conjuntura Económica em 2016 relativamente a 2015, segundo a atividade 30% 40% 18% 14% 7% 18% 82% 68% 73% 59% 67% 18% 20% 24% 29% Alojamento, restauração e similares Comércio Construção civil Indústria Serviços Melhor ou Muito Melhor Igual Pior ou Muito Pior A perspetiva das empresas relativamente à conjuntura económica regional para 2016, segundo a dimensão, é a mesma, o seja, manter-se-á igual a 2015. Gráfico XXX - Conjuntura económica em 2016 relativamente a 2015, segundo a dimensão 8% 11% 14% 57% 72% 57% 67% 35% 17% 29% 33% Micro Empresa Pequena Empresa Média Empresa Grande Empresa Melhor ou Muito Melhor Igual Pior ou Muito Pior 20

3.3.3. Medidas Anticrise As empresas que em 2015 recorreram às linhas de apoio disponibilizadas pelo Governo, para fazer face às dificuldades resultantes da conjuntura atual, optaram essencialmente pelo Programa de Incentivos à Inserção do Estagiar L e T (50%) e ao Programa INTEGRA (19%). Gráfico XXXI - Medidas Anti-Crise utilizadas em 2015 Linha Apoio Exportação das Empresas dos Açores 5% Linha Apoio à Reabilitação Urbana dos Açores 0% Programa de Estabilização do Emprego 6% PME Formação Programa Apoio Revitalização Lojas nos Centros 0% 0% Programa Apoio Restauração e Hotelaria para 10% Programa INTEGRA 19% Programa Incentivos Inserção do Estagiar L e T 50% Programa Estágios de Reconversão Profissional Outra 3% 6% Questionadas acerca da dificuldade ou não, em aceder a essas linhas de apoio supramencionadas, a maioria (91%), não revelou dificuldade. Gráfico XXXII - Dificuldade em aceder às Linhas de Crédito 9% Sim 91% Não 21

As principais razões apontadas pelas empresas com dificuldade no acesso às linhas de apoio foram a dificuldade em manter os postos de trabalho existentes e a existência de dívidas ao Estado/Segurança Social, ambas com 33% das respostas. Gráfico XXXIII - Razões da dificuldade no acesso às Linhas de Crédito Dificuldade em manter os postos de trabalho existentes 33% Dívidas ao Estado/Segurança Social 33% Entraves processuais causados pelo seu Banco 17% Incumprimento dos Resultados Líquidos positivos em 2 dos últimos 4 anos 0% Outros 17% 3.4. Emprego Analisando a evolução do emprego entre 2014 e 2015 bem como a previsão para 2016, é possível verificar uma tendência ao longo desses três anos, de manutenção dos postos de trabalho existentes nas empresas. Gráfico XXXIV - Evolução do volume de emprego na empresa 2014 17% 62% 21% 2015 30% 59% 11% 2016 (Previsão) 21% 70% 9% Aumento Manutenção Diminuição 22

Ao analisar a previsão que as empresas fazem acerca da empregabilidade para 2016 por atividade, constata-se que, na generalidade, as empresas dos vários setores de atividade, revelam uma estimativa de manutenção do número de postos de trabalho para 2016, com especial destaque para o comércio (76%). De realçar a previsão do aumento do emprego em 50% no setor do alojamento, restauração e similares. Gráfico XXXV - Previsão do volume de emprego para 2016, segundo a atividade Alojamento, restauração e similares 50% 50% Comércio 16% 76% 8% Construção civil 7% 73% 20% Indústria 19% 69% 12% Serviços 26% 70% 4% Aumento Manutenção Diminuição Por dimensão, a situação é idêntica à revelada por setor de atividade. Gráfico XXXVI - Previsão do volume de emprego para 2016, segundo a dimensão Micro Empresa 17% 80% 3% Pequena Empresa 22% 61% 17% Média Empresa 31% 62% 7% Grande Empresa 33% 67% Aumento Manutenção Diminuição 23