Questão 1. Resposta A. Resposta B



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Transcrição:

Questão 1 Ao longo do século XX, as cidades norte-americanas se organizaram espacialmente de um modo original: a partir do Central Business District (CBD), elas se estruturaram em circunferências concêntricas tendo como referência o nível de renda da população. Com base no texto e nas figuras: A) apresente duas razões que expliquem a verticalização do CBD; B) indique dois motivos para a valorização da periferia urbana. A concentração das atividades financeiras, administrativas e de gestão da economia congestionou a área central. A valorização do espaço central exigia sua ampliação. Os equipamentos surgidos a partir das inovações tecnológicas da 2ª Revolução Industrial, como os elevadores, permitiram a verticalização. As grandes cidades norte-americanas até a I Guerra, principalmente devido à chegada maciça de imigrantes europeus, não eram capazes de atender à demanda de serviços básicos e mostravam um espaço urbano congestionado. A década de 20, com a expansão da indústria automobilística e a emergência de uma poderosa classe média, muda esse quadro. Os grupos sociais de maior renda ganham maior mobilidade ao comprar o automóvel e por isso podem se deslocar para a periferia. A disponibilidade de maior área, as amenidades da nova paisagem e os serviços que se instalam para atender a essa população de maior renda valorizam as áreas periféricas como áreas residenciais. [ 3 ]

Graduação FGV-Rio Vestibular 2007 Questão 2 A China vem realizando um desenvolvimento econômico extraordinário, com taxas de crescimento anual entre 7 e 10% ao ano. Mantido esse ritmo, a China irá quadruplicar sua economia até 2020 e, certamente, será um dos principais pólos da economia global. A partir da afirmativa e do mapa: A) apresente dois fatores responsáveis por esse crescimento; B) indique duas características espaciais desse crescimento. Entre outros fatores, os seguintes: a abertura da economia criou condições favoráveis para a inversão de capitais externos a China é a economia que mais recebe investimentos diretos; a presença de um Estado forte capaz de impor as novas diretrizes econômicas sem pressões e turbulências internas; a qualidade da mão-de-obra e o seu custo; a instalação de uma infra-estrutura industrial capaz de atender a esse crescimento excepcional; a desvalorização da moeda chinesa, que torna o preço de seus produtos competitivo nos mercados internacionais. Essas mudanças ocorrem principalmente na faixa litorânea, nas chamadas zonas econômicas especiais. Há um contraste muito acentuado entre essa faixa e as regiões do interior, ainda agrícolas, onde se concentra o essencial da população chinesa. [ 4 ]

Questão 3 Observe os esquemas a seguir: Com base nos dados fornecidos pelos esquemas: A) indique dois fatores socioeconômicos que expliquem a pequena participação da Região Nordeste no PIB nacional; B) relacione os desequilíbrios regionais com os programas sociais realizados pelo Estado e os resultados das eleições presidenciais de 2006 na Região Nordeste. Historicamente a RN perdeu importância econômica devido à concorrência da produção agrícola e industrial do Sudeste, principalmente São Paulo; grande parte da população ainda trabalha no campo em uma agricultura descapitalizada, com baixo nível técnico. Essa agricultura apresenta fraco rendimento e baixa produtividade; numerosas indústrias nordestinas utilizam mão-de-obra intensiva com baixa remuneração; a concentração da propriedade agrícola tem sido um fator limitante para a economia regional. As eleições de 2006 mostram um país dividido por uma fronteira geográfica e social de percepções políticas. Nas regiões mais pobres se concentraram os investimentos dos programas sociais do Governo Federal, aumentando o consumo das famílias. A região Nordeste é o segundo colégio eleitoral do país, e, na região, o Presidente Lula obteve uma vantagem excepcional. Num Brasil sem Nordeste, o segundo turno apresentava um panorama de virtual empate técnico. [ 5 ]

Graduação FGV-Rio Vestibular 2007 Questão 4 O Brasil realizou, na segunda metade do século XX, a transição demográfica e mudou a distribuição espacial da sua população. A partir dessa afirmativa: A) indique duas conseqüências para a economia (uma positiva e outra negativa) da transição demográfica; B) relacione o processo de urbanização com a organização socioespacial das metrópoles. Entre as conseqüências positivas da transição demográfica brasileira, temos: o menor contingente de jovens criaria um hiato que permitiria investimento em sua qualificação; a redução do contingente de jovens que se apresenta ao mercado de trabalho a cada ano diminuiria a pressão sobre o mercado de trabalho; o aumento relativo do contingente de adultos elevaria a população economicamente ativa. Entre as conseqüências negativas, temos: o maior contingente de velhos exige o aumento dos gastos previdenciários e dos serviços de saúde; a diminuição do estoque de mão-de-obra; a redução do mercado de consumo. O acelerado processo de urbanização da população brasileira provocou na organização socioespacial das metrópoles, com as seguintes características: uma acentuada segregação espacial entre as áreas residenciais destinadas aos mais ricos, e as áreas periféricas, desprovidas de serviços básicos, reservadas aos mais pobres; o deslocamento de numerosas funções do núcleo central para os subcentros urbanos; o espaço das favelas é estigmatizado como áreas marginais e como local das práticas ilícitas. [ 6 ]

Questão 5 A Reforma Agrária pode ter um enfoque distributivo, em que a ênfase seria a divisão da terra e o aumento do número de proprietários rurais, ou um caráter economicista, em que a tônica seria o aumento da quantidade produzida e a eficiência dos métodos de produção. No Brasil, hoje, encontramos defensores das duas propostas que nem sempre convivem de forma harmoniosa. Analise como no Brasil vêm ocorrendo: A) a reforma distributiva; B) a reforma em termos econômicos. A reforma distributiva ocorre graças aos movimentos sociais que se organizam para pressionar o Governo pela distribuição de terras. O MST tem sido o principal protagonista dessas ações, promovendo invasões, ocupações e pressionando pela criação de assentamentos. Nas últimas décadas ocorreu uma profunda mudança na agricultura brasileira. A formação dos complexos agroindustriais ampliou a área cultivada, intensificou o rendimento por hectare, a produtividade agrícola e aumentou o consumo de insumos industriais. [ 7 ]