Relatório Estadual SANTA CATARINA

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SANTA CATARINA EM NÚMEROS Santa Catarina SEBRAE 2010

2010 SEBRAE/SC Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina. Todos os direitos reservados e protegidos por lei de 19/02/1998. Nenhuma parte deste material, sem autorização prévia por escrito do Sebrae, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. CONSULTORIA TÉCNICA Borba Capacitação e Consultoria Empresarial Ltda. CAPA Meer Marketing e Comunicação S491s Sebrae/SC Santa Catarina em Números: Santa Catarina/ Sebrae/SC.-- Florianópolis: Sebrae/SC, 2010. 127p. 1. Estudos e Pesquisas. 2. Sebrae. I. Cândido, Marcondes da Silva. II. Ferreira, Cláudio. III. Grapeggia, Mariana. IV. Silva, Jackson André da. V. Três, Douglas Luiz. VI. Título. CDU : 338 (816.4 Santa Catarina)

CONSELHO DELIBERATIVO: Presidente - José Zeferino Pedrozo FAESC Vice-Presidente - Alcantaro Corrêa FIESC Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina BADESC Banco do Brasil S.A. Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE Caixa Econômica Federal - CAIXA Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina - FAESC Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina - FAMPESC Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina - FACISC Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina - FCDL Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina - FECOMÉRCIO Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras - CERTI Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável - SDS Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI/DR-SC Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC DIRETORIA DO SEBRAE/SC: Carlos Guilherme Zigelli - Diretor Superintendente Anacleto Ângelo Ortigara - Diretor Técnico José Alaor Bernardes - Diretor Administrativo Financeiro COORDENAÇÃO TÉCNICA SEBRAE/SC: Marcondes da Silva Cândido Cláudio Ferreira Mariana Grapeggia Douglas Luis Três Jackson André da Silva

APRESENTAÇÃO A criação da série Santa Catarina em Números teve origem na necessidade do SEBRAE/SC em refinar suas ações de planejamento, com o levantamento de um conjunto de informações sobre aspectos econômicos e sociais que permitam caracterizar os recortes territoriais, onde estão inseridas as Micro e Pequenas Empresas (MPE) do estado. A experiência adquirida pela instituição em projetos voltados ao segmento das MPE, e a adoção de um modelo de gestão orientado para os resultados, têm demonstrado a importância de se conhecer com amplitude os territórios de sua atuação. A série traz a evolução dos indicadores estudados, com números nacionais, estaduais e regionais, permitindo avaliar a representatividade, os avanços e o perfil de cada município, coordenadoria regional e do estado. Desta forma, os dados coletados, pela sua abrangência e possibilidades de comparação, ajudam a contribuir para o planejamento de projetos do SEBRAE/SC, além de colaborar com outros agentes/instituições interessadas em promoverem políticas públicas ou ações de desenvolvimento local, e apoiar futuros empresários/empreendedores de pequeno porte. A iniciativa deste estudo não se esgota na sua publicação. A partir dele será gerada uma base de dados de cada um dos municípios do estado, que será atualizada periodicamente, de maneira a contornar a defasagem da informação com o transcorrer do tempo. Esta publicação é parte do nosso esforço em atender a missão de promover a competitividade e desenvolvimento sustentável das MPE e fomentar o empreendedorismo com a geração, utilização e disseminação do conhecimento como fator gerador de riqueza, valor e equidade social. Diretoria Executiva do SEBRAE/SC

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 9 2 ASPECTOS GERAIS... 11 3 ASPECTOS POPULACIONAIS... 14 3.1 POPULAÇÃO TOTAL... 14 3.2 TAXA MÉDIA ANUAL DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO... 15 3.3 DENSIDADE DEMOGRÁFICA... 15 3.4 DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL SEGUNDO O GÊNERO E LOCALIZAÇÃO... 16 3.5 FAIXA ETÁRIA DA POPULAÇÃO... 16 4 ASPECTOS SOCIAIS... 19 4.1 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO... 19 4.1.1 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M)... 19 4.1.2 IFDM Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal... 21 4.2 INCIDÊNCIA DE POBREZA... 22 4.3 SAÚDE... 22 4.3.1 Taxa Bruta de Natalidade... 22 4.3.2 Taxa de Mortalidade Infantil... 23 4.3.3 Esperança de Vida ao Nascer... 24 4.3.4 Unidades de Saúde... 24 4.3.5 Leitos Hospitalares... 26 4.3.6 Número de Leitos Hospitalares por 1.000 Habitantes... 26 4.3.7 Número de Profissionais Ligados à Saúde... 27 4.4 EDUCAÇÃO... 28 4.4.1 Alunos Matriculados por Dependência Administrativa... 28 4.4.2 Distribuição do Número de Alunos por Modalidade de Ensino 2007... 29 4.4.3 Número de Estabelecimentos de Ensino e Docentes... 30 4.4.4 Indicadores de Atendimento Educacional e Nível Educacional da Criança e da População Adulta... 31 4.4.5 Índice da Educação Básica IDEB... 32 4.4.6 Relação de Escolas Técnicas Profissionalizantes e Número de Alunos... 33 4.5 DOMICÍLIOS... 33 4.6 REDE SÓCIOASSISTENCIAL... 34 4.7 SEGURANÇA PÚBLICA... 34 5 ASPECTOS ECONÔMICOS... 36 5.1 PRODUTO INTERNO BRUTO... 36 5.1.1 PIB Per Capita... 38 5.2 BALANÇA COMERCIAL... 39 5.2.1 Montante das Exportações e Importações... 40 5.2.2 Números de Empresas Exportadoras... 41

5.2.3 Principais Destinos das Exportações e Origem das Importações... 41 5.3 VALOR ADICIONADO FISCAL - VAF... 44 5.3.1 VAF das Principais Atividades Econômicas... 44 5.4 EMPRESAS E EMPREGOS... 46 5.4.1 Evolução do Estoque de Empresas e Empregos... 46 5.4.2 Taxa de Criação de Empresas e Empregos... 47 5.4.3 Caracterização do Porte Empresarial... 47 5.4.4 Perfil setorial das Empresas e Empregos... 49 5.4.5 Representatividade das Atividades Econômicas... 50 5.4.6 Número de Empregos Ligados ao Transporte... 52 5.4.7 Número de Empregos Ligados ao Serviço de Informação, Atividades de Tecnologia da Informação (TI) e Atividades de Telecomunicações... 53 5.4.8 Relação Habitante por Emprego... 53 5.4.9 Indicativo de Empresas para o Setor Informal... 54 5.4.10 Saldo de Admissões e Demissões... 54 5.5 RENDA MÉDIA DA POPULAÇÃO... 55 5.5.1 Renda Per Capita... 55 5.5.2 Salários Médios Segundo as Atividades Econômicas... 56 5.6 FINANÇAS PÚBLICAS... 57 5.6.1 Receitas por Fontes... 57 5.6.2 Receita Orçamentária Per Capita... 58 5.6.3 Receita Própria Per Capita... 58 5.7 SETOR PRIMÁRIO... 58 5.7.1 Lavoura Temporária... 58 5.7.2 Lavoura Permanente... 60 5.7.3 Rebanho... 61 5.7.4 Produtos de Origem Animal... 61 5.7.5 Pesca e Aquicultura... 61 5.8 SETORES TRADICIONAIS, EMERGENTES E COM TENDÊNCIAS DE EXPANSÃO... 63 5.8.1 Aspectos Metodológicos Utilizados para a Identificação de Setores de Atividades Econômicas Prioritárias... 63 5.8.2 Setores Tradicionais... 67 5.8.3 Setores Emergentes... 68 5.8.4 Setores com Tendência de Expansão... 68 6 INFRAESTRUTURA... 70 6.1 ENERGIA ELÉTRICA... 70 6.2 ÁGUA E SANEAMENTO... 71 6.2.1 Abastecimento de Água... 71 6.2.2 Saneamento Básico... 72 6.3 INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE... 72

6.3.1 Portos e Aeroportos... 72 6.3.2 Rodovias que cortam Santa Catarina... 74 6.4 ESTRUTURA DE TELECOMUNICAÇÕES... 74 6.5 PRINCIPAIS MEIOS DE COMUNICAÇÃO... 75 6.6 SISTEMA FINANCEIRO... 75 6.7 ENTIDADES EMPRESARIAIS E DE CLASSE... 75 6.8 FROTA DE VEÍCULOS... 76 REFERÊNCIAS... 79 CONCEITOS, NOTAS EXPLICATIVAS E LISTA DE SIGLAS... 83 CONCEITOS E NOTAS EXPLICATIVAS... 83 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS... 99 APÊNDICE A - Relação das Coordenadorias Regionais e municípios integrantes... 102 APÊNDICE B - Relação de empresas do estado, segundo o porte e representatividade... 105 APÊNDICE C - Relação de empregos do estado, segundo o porte e representatividade... 114 LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS... 124 LISTA DE GRÁFICOS... 124 LISTA DE TABELAS... 126

1 INTRODUÇÃO O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (SEBRAE/SC) é uma instituição de cunho técnico que tem por finalidade apoiar e aprimorar o desenvolvimento das atividades empresariais de pequeno porte no estado. Em sua atuação estratégica e inovadora busca constantemente fazer com que o universo dos pequenos negócios tenha as melhores condições para uma evolução sustentável. Para atingir seu objetivo, a organização volta sua atenção para o fomento e difusão de programas e projetos que visam à promoção e o fortalecimento das micro e pequenas empresas catarinenses. A série Santa Catarina em Números 2010 representa o desejo dessa instituição de reunir uma base de informações consistente, que permita orientar os pequenos empresários na tomada de decisões, bem como ser uma referência de pesquisa para estudiosos a respeito do perfil sócio-econômico dos 293 municípios catarinenses, do recorte geográfico das nove Coordenadorias Regionais de atuação do SEBRAE/SC e do estado. As informações coletadas no decorrer deste trabalho foram extraídas de fontes fidedignas e de acesso público junto a órgãos federais, estaduais e municipais. Além da coleta dos dados, houve a preocupação em realizar-se uma análise dos mesmos, fazendo um comparativo das regionais com outras referências, mapeando, assim, cada localidade de acordo com sua evolução e representatividade estadual. A pesquisa está estruturada em cinco capítulos, que analisam o estado em diversos aspectos, de acordo com seus Dados Gerais, Populacionais, Sociais, Econômicos e, por último, em sua Infraestrutura. Ao final do documento é disponibilizado para o leitor conceitos e notas técnicas que integram o estudo e possibilitam uma avaliação mais consistente em relação ao perfil das empresas e empregos existentes no estado. Nesta obra constam ainda dois CDs que permitem a mesma leitura dos aspectos abordados para cada um dos municípios catarinense e de suas macrorregiões. As informações ora apresentadas não exaurem a possibilidade da utilização de novos indicadores, contudo, reproduzem uma base de conhecimento considerada essencial para os cidadãos formarem uma idéia do cenário atual de Santa Catarina. 9

10 Relatório Estadual

2 ASPECTOS GERAIS Santa Catarina é um Estado privilegiado, seus 95,4 mil km 2, integram 293 municípios que juntos reúnem uma fascinante diversidade geográfica composta por praias de areias brancas, matas tropicais e serras nevadas. Somam-se a estes contrastes a riqueza de uma população de cerca de 6,1 milhões de habitantes, que traz a influência de mais de 50 etnias, predominantemente marcada por portugueses, italianos, alemães e em menor medida por poloneses. Na economia, estes contrastes se repetem. Uma agricultura forte, baseada em minifúndios rurais, divide espaço com um parque industrial atuante, o quarto maior do país. Indústrias de grande porte e milhares de pequenas empresas espalham-se, fazendo do estado a sétima maior economia brasileira pelo tamanho de seu Produto Interno Bruto de 2006. Estimativas preliminares para 2007 apontam para um PIB da ordem de R$ 104,6 bilhões e para 2008, R$ 118,2 bilhões. De acordo com dados de 2006, o setor secundário participa com 34,5%, o setor terciário com 58,6% e o primário com 6,9% do PIB catarinense. Santa Catarina é detentor de um poderoso e diversificado parque industrial distribuído por várias regiões e também configurado por importantes arranjos produtivos. No Oeste, Meio Oeste e Extremo Oeste destaca-se a agroindústria. Ao Sul, o complexo cerâmico, mineral, químico e de confecções de artigos do vestuário, no Planalto catarinense o complexo madeireiro, papel e celulose, no Vale do Itajaí o complexo têxtil, ao Norte o complexo eletro-metalmecânico e um importante pólo moveleiro e por último e não menos importante o complexo tecnológico distribuído em três importantes pólos, na capital do estado - Florianópolis, e também nas cidades de Blumenau e Joinville. Figura 1: Território catarinense segundo divisão territorial e principais concentrações produtivas. 11

O turismo catarinense é também uma importante fonte econômica para o estado, tendo como importantes atrativos, belas paisagens litorâneas, complexos termominerais, serras, turismo rural, religioso e um atraente calendário de eventos e festas culturais. O dinamismo da economia catarinense reflete-se nos elevados índices de crescimento, alfabetização, emprego e renda per capita, muito superiores à média nacional. Santa Catarina é o segundo estado brasileiro em qualidade de vida. Quadro 1 - Aspectos gerais e históricos Aspectos do estado Localização Estados limítrofes Mesorregiões IBGE Capital Número de municípios 293 Coordenadorias Regionais segundo SEBRAE/SC e número de municípios * Área territorial Estimativa Populacional de 2009 Densidade demográfica 2009 Clima Relevo Região Sul do Brasil Paraná e Rio Grande do Sul 6 (Grande Florianópolis, Norte Catarinense, Oeste Catarinense, Serrana, Sul Catarinense e Vale do Itajaí) Florianópolis (27 35'48"S 48 32'57"O) Extremo Oeste (30); Foz do Itajaí (20); Grande Florianópolis (16); Meio Oeste (32); Norte (26); Oeste (58); Serra Catarinense (29); Sul (43); Vale do Itajaí (39). 95.346,2 km² 6.118.743 habitantes 64,2 hab/km² O clima de Santa Catarina é subtropical úmido. As temperaturas médias variam bastante de acordo com o local: são mais baixas nas regiões serranas e mais elevadas no litoral, no sudeste e no oeste catarinense. As chuvas são bem distribuídas durante o ano, atingindo, em média, 1.500 mm anuais. Com 77% de seu território acima de 300m de altitude e 52% acima de 600m, Santa Catarina figura entre os estados brasileiros de mais forte relevo. Quatro unidades, que se sucedem de leste para oeste, compõem o quadro morfológico: a baixada litorânea, a serra do Mar, o planalto paleozóico e o planalto basáltico. Ao longo da história de Santa Catarina, sucessivas correntes migratórias moldaram a ocupação do território com uma rica diversidade de costumes. A diversidade étnica inclui o indígena Colonização. que reúnem grupos Xokleng, Guarani e Kaingang, o negro africano, povos europeus (portugueses, açorianos, alemães, italianos, ucranianos, poloneses, austríacos), árabes (sírios e libaneses) e orientais (japoneses). PIB 2006 R$ 93,2 Bilhões (7º nacional) PIB per capita 2006 R$ 15.637,69 (4º nacional) Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Estimativa Populacional 2009. - Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado do Planejamento, Dados Estatísticos Municipais 2008 - Assessoria de Planejamento do SEBRAE/SC (ASSPLAN), Estrutura Organizacional das Coordenadorias Regionais - Federação Catarinense de Municípios (FECAM) - Santa Catarina Turismo S/A (SANTUR). Nota: As coordenadorias regionais e seus respectivos municípios são detalhados no Apêndice A. 12

13 Relatório Estadual

3 ASPECTOS POPULACIONAIS No decorrer desta seção são apresentados dados populacionais de Santa Catarina, com recortes para a evolução populacional, taxa média de crescimento, densidade demográfica e sua distribuição segundo gênero, localização e faixa etária. 3.1 POPULAÇÃO TOTAL A população de Santa Catarina apresentou um aumento de 14,2% desde o último censo demográfico realizado em 2000. De acordo com as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2009, a população estadual é de 6.118.743 habitantes, o equivalente a 3,2% da população nacional. Gráfico 1 População total de Santa Catarina no período 1980/2009 3.628.292 4.541.994 4.875.244 5.356.360 5.866.568 5.845.042 6.118.743 1980 1991 1996 2000 2005 2007 2009 Fonte: IBGE, Diretoria de Estatística, Geografia e Cartografia. Notas: 1 Censos Demográficos 1980, 1991 e 2000. 2 Contagem Populacional 1996 e 2007 3 Estimativas populacionais de 2005 e 2009. De acordo com a distribuição geográfica adotada pelo SEBRAE/SC, a Coordenadoria Regional Norte com 1.193.767 habitantes é a mais populosa do estado. O gráfico 2 demonstra a representatividade populacional de 2009, segundo o comparativo das coordenadorias. Gráfico 2 População relativa das coordenadorias, segundo estimativa populacional - 2009 19,5% 14,6% 14,6% 12,9% 11,8% 10,1% Participação populacional 2009 6,8% 5,6% 4,0% Norte Grande Florianópolis Sul Vale do Itajaí Foz do Itajaí Oeste Serra Catarinense Meio Oeste Extremo Oeste Fonte: IBGE, Diretoria de Estatística, Geografia e Cartografia. Nota: Estimativa populacional de 2009. 14

Joinville é a cidade mais populosa do estado, seguida por Florianópolis, Blumenau, São José e Criciúma. Com base nas estimativas populacionais do IBGE, em 2009, estes cinco municípios respondiam por 26,1% da população catarinense. 3.2 TAXA MÉDIA ANUAL DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO O comparativo dos dados do Censo Demográfico de 2000 e das estimativas populacionais do IBGE para 2009 demonstram que o estado apresentou nos últimos 9 anos uma taxa média de crescimento populacional da ordem de 1,5% ao ano (Gráfico 3). No mesmo período, as maiores taxas médias de crescimento foram registradas na Regional Foz do Itajaí (3%) e na Regional Norte, 1,7% ao ano. Considerando o período avaliado, Santa Catarina apresentou uma taxa acumulada de crescimento populacional de 14,2%. Gráfico 3 Taxa de crescimento médio anual da população catarinense e brasileira no período 2000/2009 1,5% 1,3% Santa Catarina Brasil Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do IBGE - apoiados no Censo Demográfico 2000 e Estimativa Populacional 2009. 3.3 DENSIDADE DEMOGRÁFICA Baseado nas estimativas populacionais de 2009, Santa Catarina apresentou uma densidade demográfica de 64,2 hab/km 2, índice bastante superior a média brasileira que é de 22,5 hab/km 2. Com base em dados de 2009, o gráfico 4 apresenta a densidade demográfica das coordenadorias regionais. Gráfico 4 Densidade demográfica, das coordenadorias regionais 2009 183,8 164,7 hab/km 2 93,1 80,0 70,1 50,5 43,9 33,7 18,9 Foz do Itajaí Grande Florianópolis Sul Norte Vale do Itajaí Oeste Extremo Oeste Meio Oeste Serra Catarinense Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do IBGE - apoiados na Estimativa Populacional 2009. Nota: Resultados apresentados em ordem decrescente de densidade demográfica. 15

18,4% 17,5% 15,3% 14,2% Relatório Estadual 3.4 DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL SEGUNDO O GÊNERO E LOCALIZAÇÃO A distribuição populacional por gênero segundo dados do IBGE extraídos do Censo 2000, aponta que, no estado, os homens representam 49,8% da população e as mulheres, 50,2%. A Tabela 1 e o Gráfico 5 apresentam dados populacionais segundo sexo e situação do domicílio. Tabela 1 População residente por situação do domicílio e sexo, em Santa Catarina, no período 1980/2000 Ano Total Sexo Localidade Homens Mulheres Urbana Rural 1980 3.628.292 1.830.657 1.797.635 2.154.250 1.474.042 1991 4.541.994 2.275.714 2.266.280 3.208.537 1.333.457 1996 4.875.244 2.438.768 2.436.476 3.565.130 1.310.114 2000 5.356.360 2.669.311 2.687.049 4.217.931 1.138.429 Fonte: IBGE, Diretoria de Estatística, Geografia e Cartografia. Notas: 1 Censos Demográficos 1980, 1991 e 2000. 2 Contagem Populacional 1996. Gráfico 5 Participação relativa da população residente por sexo e situação do domicílio, em Santa Catarina - 2000 78,7% 49,8% 50,2% 21,3% Homens Mulheres Urbana Rural Fonte: IBGE, Diretoria de Estatística, Geografia e Cartografia, Contagem Populacional 2007. 3.5 FAIXA ETÁRIA DA POPULAÇÃO A estrutura etária de uma população habitualmente é dividida em três faixas: os jovens, que compreendem do nascimento até 19 anos; os adultos, dos 20 anos até 59 anos; e os idosos, dos 60 anos em diante. Segundo esta organização, Santa Catarina, em 2007, os jovens representavam 33,7% da população, os adultos 56,5% e os idosos, 9,8%. Gráfico 6 Distribuição relativa por faixa etária da população de Santa Catarina - 2007 5,7% 8,3% 9,6% 5,6% 1,3% 3,0% 1,1% 0,0% Menos de 1 ano 1 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 a 69 anos 70 a 79 anos 80 anos ou mais Idade ignorada Fonte: IBGE, Diretoria de Estatística, Geografia e Cartografia, Contagem Populacional 2007. 16

Ainda relacionado à faixa etária da população compete mencionar a questão da população economicamente ativa (PEA), que se caracteriza por abranger todos os indivíduos de um lugar que, em tese, estariam aptos ao trabalho, ou seja, todos os indivíduos ocupados e desempregados. No Brasil, o IBGE calcula a PEA como o conjunto de pessoas que estão trabalhando ou procurando emprego. Apesar do trabalho de crianças ser proibido no Brasil, o IBGE calcula a PEA considerando pessoas a partir dos 10 anos de idade, uma vez que a realidade no país mostra uma situação diferente do que prega a lei. Tomando por base a metodologia do IBGE, a PEA do estado no ano de 2007 representava 84,7% dos habitantes. 17

18 Relatório Estadual

4 ASPECTOS SOCIAIS Esta seção apresenta uma visão geral de Santa Catarina sobre o ponto de vista de seus aspectos sociais. Deste modo, realizou-se um estudo do desempenho catarinense nos últimos anos frente à evolução de seus indicadores de desenvolvimento humano, suas ações no campo da saúde e da educação, e da condição dos domicílios. Por fim, buscou-se levantar a presença de instituições integrantes da rede socioassistencial do estado. 4.1 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO A caracterização da qualidade de vida no estado apoiou-se no uso de indicadores reconhecidos e amplamente utilizados, como é o caso do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Em ambos os casos, foram avaliados aspectos relacionados à educação, longevidade, emprego e renda, acesso ao trabalho, condições habitacionais e outras variáveis que integram alguns dos indicadores de desenvolvimento humano mencionados. A variação metodológica, bem como o distanciamento do período de publicação destes indicadores, aponta diferenças, sobretudo na classificação estadual, especialmente quando se estabelece comparativos entre os indicadores. 4.1.1 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) Em 2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Santa Catarina era 0,822. Segundo a classificação do PNUD, o estado posicionava-se entre as regiões consideradas de alto desenvolvimento humano, IDH maior que 0,8. De acordo com este indicador, Santa Catarina é o segundo melhor estado brasileiro em qualidade de vida (Tabela 2). Tabela 2 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), segundo Unidades da Federação - 2000 Unidades da Federação IDH- M 2000 Colocação nacional 2000 Unidades da Federação IDH- M 2000 Colocação nacional 2000 Distrito Federal 0,844 1º Pará 0,723 15º Santa Catarina 0,822 2º Amazonas 0,713 16º São Paulo 0,820 3º Tocantins 0,710 17º Rio Grande do Sul 0,814 4º Pernambuco 0,705 18º Rio de Janeiro 0,807 5º Rio Grande do Norte 0,705 19º Paraná 0,787 6º Ceará 0,700 20º Mato Grosso do Sul 0,778 7º Acre 0,697 21º Goiás 0,776 8º Bahia 0,688 22º Mato Grosso 0,773 9º Sergipe 0,682 23º Minas Gerais 0,773 10º Paraíba 0,661 24º Espírito Santo 0,765 11º Piauí 0,656 25º Amapá 0,753 12º Alagoas 0,649 26º Roraima 0,746 13º Maranhão 0,636 27º Rondônia 0,735 14º Brasil 0,766 Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. 19

Conforme demonstra a Tabela 3, no período de 1991 a 2000, o IDH-M catarinense acumulou uma evolução de 9,9%. O maior avanço foi determinado pela dimensão educação, que no mesmo período evoluiu 12,1%. Tabela 3 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Santa Catarina - 1991/2000 Ano Educação Longevidade Renda IDH Municipal Ano 1991 0,808 0,753 0,682 0,748 Ano 2000 0,906 0,811 0,750 0,822 Evolução no período 1991/2000 12,1% 7,7% 10,0% 9,9% Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Em relação aos demais estados do Brasil, Santa Catarina apresenta uma situação boa. Contudo, compete mencionar que embora Santa Catarina desfrute de uma situação privilegiada quanto a este indicador, o estado contempla consideráveis contrastes em relação ao índice de desenvolvimento humano de seus municípios. Tal situação faz com que coexistam baixos e elevados índices de desenvolvimento. Diante do panorama catarinense, a maior depressão dos indicadores de desenvolvimento humano está mais fortemente concentrada na Coordenadoria Regional Serra Catarinense. O mapa a seguir apresenta a condição do IDH-M dos municípios segundo o panorama estadual. Figura 2: Situação do IDH-M segundo o comparativo estadual Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Florianópolis, capital do estado, detém o maior IDH-M (0,875) e o pior, está localizado no município de Timbó Grande. 20

4.1.2 IFDM Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal Em 2000, com um Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal de 0,6383, Santa Catarina ocupava a 6ª posição no ranking nacional. Já em 2006, o estado aparece na 4ª colocação, superado somente por São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, respectivamente, 1º, 2º e 3º colocados. A Tabela 4 destaca os resultados do IFDM de 2006 para as Unidades da Federação. Tabela 4 Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), segundo Unidades da Federação - 2006 Unidades da Federação IFDM 2006 Colocação nacional 2006 Unidades da Federação IFDM 2006 Colocação nacional 2006 São Paulo 0,864 1º Rondônia 0,634 15º Paraná 0,807 2º Tocantins 0,632 16º Rio de Janeiro 0,803 3º Ceará 0,632 17º Santa Catarina 0,792 4º Roraima 0,630 18º Minas Gerais 0,791 5º Amazonas 0,610 19º Rio Grande do Sul 0,752 6º Acre 0,599 20º Espírito Santo 0,752 7º Paraíba 0,595 21º Distrito Federal 0,738 8º Bahia 0,592 22º Goiás 0,696 9º Amapá 0,592 23º Mato Grosso do Sul 0,694 10º Pará 0,590 24º Mato Grosso 0,655 11º Piauí 0,583 25º Sergipe 0,649 12º Maranhão 0,572 26º Pernambuco 0,639 13º Alagoas 0,562 27º Rio Grande do Norte 0,637 14º Brasil 0,738 Fonte: Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal. No período de 2000 a 2006, o IFDM catarinense acumulou uma evolução de 24%. O maior avanço deste indicador foi impulsionado pela dimensão emprego e renda, que no mesmo período evoluiu 63,2%. Tabela 5 Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) de Santa Catarina - 2000/2006 Ano Emprego & Renda Educação Saúde IFDM Ano 2000 0,489 0,694 0,732 0,638 Ano 2005 0,771 0,775 0,808 0,785 Ano 2006 0,798 0,755 0,821 0,792 Evolução no período 2000/2006 63,2% 8,8% 12,2% 24,0% Fonte: Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal. Segundo este indicador, em 2006, Jaraguá do Sul é o município de maior qualidade de vida do estado (IFDM 0,8774). Em Santa Catarina o menor índice está localizado em Capão Alto (IFDM 0,4218). 21

4.2 INCIDÊNCIA DE POBREZA Segundo dados do IBGE relacionados ao Mapa de Pobreza e Desigualdade dos Municípios Brasileiros - 2003, a incidência de pobreza em Santa Catarina atinge 27,2% da população. A pobreza absoluta é medida a partir de critérios definidos por especialistas que analisam a capacidade de consumo das pessoas, sendo considerada pobre aquela pessoa que não consegue ter acesso a uma cesta alimentar e a bens mínimos necessários a sua sobrevivência. A figura 3 demonstra um panorama dos municípios catarinenses frente à incidência de pobreza. Figura 3: Mapa de pobreza e desigualdade dos municípios catarinenses Fonte: IBGE, Mapa de Pobreza e Desigualdade dos Municípios Brasileiros 2003. 4.3 SAÚDE A avaliação do desempenho estadual em relação aos aspectos ligados à saúde foi associada ao acompanhamento de indicadores demográficos, natalidade e mortalidade, bem como ao mapeamento dos recursos físicos e humanos disponíveis na área da saúde. 4.3.1 Taxa Bruta de Natalidade Em 2002, a taxa bruta de natalidade de Santa Catarina era de 15,5 nascidos vivos por mil habitantes (Tabela 6). Em 2006, esta taxa passou para 14,1 nascidos vivos por mil habitantes, representando no período uma queda de 9%. No período de 2002 a 2006, o país apresentou uma queda de 10% desta taxa. 22

nascidos por 1.000 habitantes Relatório Estadual Tabela 6 Taxa bruta de natalidade por 1.000 habitantes, segundo Brasil e Santa Catarina no período 2002-2006 Ano Santa Catarina Brasil 2002 15,5 17,5 2003 14,8 17,2 2004 15,0 16,9 2005 14,4 16,5 2006 14,1 15,8 Fonte: Ministério da Saúde, Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC). Em 2006, a menor taxa bruta de natalidade foi registrada na Coordenadoria Regional Grande Florianópolis, 13,1 nascidos por 1.000 habitantes. A maior taxa deste indicador está localizada na Regional Serra Catarinense (15,8). O Gráfico 7 apresenta o comparativo da taxa bruta de natalidade no âmbito das coordenadorias regionais. Gráfico 7 Taxa bruta de natalidade por 1.000 habitantes, segundo as coordenadorias regionais - 2006 15,8 15,0 14,9 14,6 14,0 13,7 13,1 13,1 13,1 Reg. Serra Catarinense Regional Norte Reg. Meio Oeste Foz do Itajaí Regional Oeste Vale do Itajaí Regional Sul Reg. Extremo Oeste Grande Florianópolis Fonte: Ministério da Saúde, Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC). Nota: Resultados apresentados em ordem decrescente da taxa de natalidade. 4.3.2 Taxa de Mortalidade Infantil Em 2006, a taxa de mortalidade infantil no estado era de 12,6 óbitos para cada 1.000 nascidos vivos, enquanto que a média brasileira era de 16,4 óbitos para cada 1.000 nascidos vivos, conforme demonstra a Tabela 7. Tabela 7 Mortalidade infantil por 1.000 nascidos vivos, segundo Brasil e Santa Catarina no período 2002-2006 Ano Santa Catarina Brasil 2002 15,3 19,3 2003 14,1 18,9 2004 13,6 17,9 2005 12,6 17,0 2006 12,6 16,4 Fonte: Ministério da Saúde, Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC). Nota: Considera apenas os óbitos e nascimentos coletados pelo SIM/SINASC. O Gráfico 8 apresenta o comparativo da taxa de mortalidade infantil nas coordenadorias regionais. 23

óbitos infantis / 1.000 nascidos vivos Relatório Estadual Gráfico 8 Taxa de mortalidade infantil por 1.000 nascidos vivos, segundo as coordenadorias regionais - 2006 19,5 18,7 13,8 13,3 12,0 11,5 11,1 10,7 10,1 Reg. Meio Oeste Reg. Serra Catarinense Reg. Extremo Oeste Regional Sul Foz do Itajaí Regional Oeste Grande Florianópolis Regional Norte Vale do Itajaí Fonte: Ministério da Saúde, Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC). Nota: Resultados apresentados em ordem decrescente da taxa de mortalidade infantil. 4.3.3 Esperança de Vida ao Nascer De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em 2000, a expectativa de vida catarinense era de 73,7 anos. Neste ano, a média da expectativa de vida brasileira era de 68,6 anos. No gráfico 9 tem-se a representação do comparativo deste indicador para o ano de 2000. Gráfico 9 Esperança de vida ao nascer (em anos), segundo as coordenadorias regionais - 2000 74,5 74,3 74,2 74,2 74,1 73,5 73,4 73,3 71,7 Regional Oeste Regional Norte Reg. Extremo Oeste Vale do Itajaí Grande Florianópolis Foz do Itajaí Regional Sul Reg. Meio Oeste Reg. Serra Catarinense Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Nota: Resultados apresentados em ordem decrescente da expectativa de vida. 4.3.4 Unidades de Saúde Santa Catarina conta com 9.334 unidades de saúde. A tipologia dos estabelecimentos presentes no estado é detalhada conforme a Tabela 8. 24

Tabela 8 Número de unidades de saúde por tipo de estabelecimento, segundo Brasil e Santa Catarina dez./2007 Tipo de estabelecimento Santa Catarina Brasil Centro de parto normal - 19 Centro de saúde/unidade básica de saúde 1.430 30.341 Central de regulação de serviços de saúde 10 312 Clínica especializada/ambulatório especializado 1.383 24.585 Consultório isolado 4.699 74.721 Cooperativa 2 217 Farmácia 11 344 Hospital especializado 21 1.251 Hospital geral 203 5.183 Hospital dia 21 351 Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN 3 37 Policlínica 188 4.052 Posto de saúde 370 11.042 Pronto socorro especializado 6 139 Pronto socorro geral 15 557 Secretaria de saúde 9 250 Unidade autorizadora - - Unidade de serviço de apoio de diagnose e terapia 781 14.317 Unidade de saúde da família 0 0 Unidade de vigilância em saúde 75 2.337 Unidade de vigilância epidemiologia (antigo) - - Unidade de vigilância sanitária (antigo) - 1 Unidade mista 8 934 Unidade móvel de nível pré-hospitalar/urgência/emergência 58 293 Unidade móvel fluvial - 26 Unidade móvel terrestre 41 808 Pronto socorro de hospital geral (antigo) - - Pronto socorro traumato-ortopédico (antigo) - 2 Tipo de estabelecimento não informado - - Total 9.334 172.119 Fonte: Ministério da Saúde, Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Nota: Sinal convencional utilizado: - Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento. Considerando o número total de estabelecimentos de saúde, a maior representatividade deles está concentrada na Regional Norte (Gráfico 10). 25

Gráfico 10 Comparativo da representatividade do total de estabelecimentos de saúde, segundo as coordenadorias regionais dez./2007 19,0% 13,6% 13,5% 13,4% 12,8% 9,9% 7,8% 5,8% 4,0% Norte Vale do Itajaí Foz do Itajaí Sul Oeste Grande Florianópolis Serra Catarinense Meio Oeste Extremo Oeste Fonte: Ministério da Saúde, Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Nota: Resultados apresentados em ordem decrescente de participação no total de estabelecimentos de saúde. 4.3.5 Leitos Hospitalares Em 2007, a Santa Catarina contava com 16.130 leitos de internação. Os mais representativos em números absolutos estão relacionados ao atendimento clínico e cirúrgico. Do total de leitos existentes no estado, 12.119 leitos (75%), realizam atendimentos pelo Sistema Único de Saúde SUS. A Tabela 9 apresenta a disponibilidade de leitos de internação segundo o tipo de especialidade. Tabela 9 Número de leitos de internação existentes por tipo de especialidade, segundo Brasil e Santa Catarina dez./2007 Especialidade Santa Catarina Brasil Cirúrgicos 3.399 112.258 Clínicos 5.782 147.010 Complementares 1.155 36.479 Obstétrico 1.967 62.754 Pediátrico 1.994 66.688 Outras Especialidades 1.649 68.665 Hospital/DIA 184 6.598 Total 16.130 500.452 Fonte: Ministério da Saúde, Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Notas: Leitos complementares: Unidades de Tratamento Intensivo, Unidades Intermediárias, Unidades de Isolamento. 4.3.6 Número de Leitos Hospitalares por 1.000 Habitantes No estado, em 2007, havia 2,5 leitos de internação para cada 1.000 habitantes, índice que cai para 1,9 quando considerado os leitos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde SUS. No mesmo ano, conforme demonstrado na Tabela 10, no Brasil eram 2,5 leitos hospitalares para cada 1.000 habitantes, reduzindo para 1,8 leitos quando avaliada a oferta do SUS. Tabela 10 Número de leitos de internação por 1.000 habitantes, segundo Brasil e Santa Catarina nov./2007 Leitos de internação por 1.000 habitantes Santa Catarina Brasil Leitos existentes por 1.000 habitantes 2,5 2,5 Leitos SUS por 1.000 habitantes 1,9 1,8 Fonte: Ministério da Saúde, Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Nota: Não inclui leitos complementares. 26

Gráfico 11 Comparativo do número de leitos de internação por 1.000 habitantes, segundo as coordenadorias regionais nov./2007 Leitos existentes por 1.000 habitantes Leitos SUS por 1.000 habitantes 2,5 2,8 2,5 2,4 2,1 2,0 1,8 1,2 1,3 3,6 3,4 3,2 3,2 2,7 2,6 2,4 1,7 1,5 Extremo Oeste Grande Florianópolis Serra Catarinense Meio Oeste Oeste Sul Vale do Itajaí Foz do Itajaí Norte Fonte: Ministério da Saúde, Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Nota: Não inclui leitos complementares. Nota: Resultados apresentados em ordem decrescente do número total de leitos/1000 habitantes. 4.3.7 Número de Profissionais Ligados à Saúde Em 2007 eram 66.387 profissionais ligados à saúde em Santa Catarina. A Tabela 11 detalha a especialidade e o número de profissionais disponíveis no estado e no Brasil. Tabela 11 Número de profissionais vinculados por tipo de categoria, segundo Brasil e Santa Catarina dez./2007 Recursos humanos vinculados segundo as categorias Santa Brasil selecionadas Catarina Médicos 23.577 634.003.. Anestesista 930 24.979.. Cirurgião Geral 1.187 32.021.. Clínico Geral 4.427 127.230.. Gineco Obstetra 2.341 68.730.. Médico de Família 1.485 32.252.. Pediatra 2.340 63.514.. Psiquiatra 499 12.653.. Radiologista 897 24.211 Cirurgião dentista 5.664 112.611 Enfermeiro 3.531 117.763 Fisioterapeuta 1.541 37.062 Fonoaudiólogo 500 12.976 Nutricionista 300 11.759 Farmacêutico 1.833 36.955 Assistente social 625 18.698 Psicólogo 1.082 28.324 Auxiliar de Enfermagem 7.510 320.145 Técnico de Enfermagem 6.118 125.294 Fonte: Ministério da Saúde, Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Nota: Se um profissional tiver vínculo com mais de um estabelecimento, ele será contado tantas vezes quantos vínculos houver. 27

4.4 EDUCAÇÃO Os dados apresentados nesta seção foram coletados do Ministério da Educação e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. A organização destas informações permite avaliações sobre a evolução de diversos indicadores relacionados à educação em Santa Catarina. 4.4.1 Alunos Matriculados por Dependência Administrativa Santa Catarina tem 1.540.971 alunos matriculados (não inclusos os alunos do ensino superior), sendo este número resultado do balanço do Ministério da Educação relativo ao ano de 2007. Na comparação dos dados de 2003 a 2007 houve um decréscimo de 4,5% no número de matrículas no estado (Tabela 12 e Gráfico 12). É oportuno mencionar que na maioria dos municípios brasileiros tem-se observado uma redução do número de matrículas. Este fato pode ser, em parte, explicado por dois fatores. O primeiro deles está relacionado ao ajuste da metodologia de contagem do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), que evita a duplicidade da contagem de matrículas, e o segundo está ligado à desaceleração do número de nascimentos, o que segundo o próprio Ministério da Educação exerce um efeito direto sobre o número de matriculados. Com relação a oferta destas matrículas, a rede municipal e estadual juntas respondem por 87,7% do número de alunos matriculados. Tabela 12 Número de alunos matriculados por dependência administrativa em Santa Catarina no período 2003-2007 Ano Municipal Estadual Federal Privada Total (*) 2003 608.152 805.330 4.556 196.095 1.614.133 2004 625.883 789.117 3.815 194.576 1.613.391 2005 627.151 739.495 8.094 206.634 1.581.374 2006 633.869 814.390 8.216 204.654 1.661.129 2007 632.627 718.510 6.481 183.353 1.540.971 % relativo em 2007 41,1% 46,6% 0,4% 11,9% 100% Evolução 2003/2007 4,0% -10,8% 42,3% -6,5% -4,5% Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), Sistema de Estatísticas Educacionais (Edudata) e Censo Escolar. Nota: (*) Não estão computados os alunos do ensino superior. Gráfico 12 Número de alunos matriculados em Santa Catarina no período 2003-2007 1.614.133 1.613.391 1.581.374 1.661.129 1.540.971 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), Sistema de Estatísticas Educacionais (Edudata) e Censo Escolar. Nota: Não estão computados os alunos do ensino superior. 28

A participação das coordenadorias no número de alunos matriculados em Santa Catarina no ano de 2007 é demonstrada no Gráfico 13. Gráfico 13 Participação relativa das coordenadorias no número de alunos matriculados em Santa Catarina - 2007 20,4% 14,5% 12,7% 12,5% 11,3% 10,8% 7,4% 6,4% 4,0% Norte Sul Vale do Itajaí Grande Florianópolis Foz do Itajaí Oeste Serra Catarinense Meio Oeste Extremo Oeste Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), Sistema de Estatísticas Educacionais (Edudata) e Censo Escolar. Nota: 1 Não estão computados os alunos do ensino superior. 2 Resultados apresentados em ordem decrescente do número de matriculados. 4.4.2 Distribuição do Número de Alunos por Modalidade de Ensino 2007 Os dados extraídos do Ministério da Educação apontam que em 2007 o maior contingente de alunos matriculados no estado estava relacionado ao ensino fundamental e médio. A Tabela 13 demonstra o número de alunos matriculados segundo as modalidades de ensino em 2007. Tabela 13 Distribuição dos alunos por modalidade de ensino em Santa Catarina - 2007 Modalidades Alunos % relativo Creche 87.610 5,7% Pré-escola 145.756 9,5% Ensino Fundamental 912.823 59,2% Ensino Médio 236.934 15,4% Educação Profissional (Nível Técnico) 29.816 1,9% Educação Especial 26.440 1,7% Educação de Jovens e Adultos 101.592 6,6% Total 1.540.971 100,0% Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), Censo Escolar. Nota: 1 Não estão computados os alunos do ensino superior. 2 Alunos de Escolas Especiais, Classes Especiais e Incluídos. Além dos alunos matriculados na educação básica, havia, em 2007, um total de 202.739 alunos matriculados no ensino superior. 29

Gráfico 14 Distribuição dos alunos por modalidade ensino em Santa Catarina - 2007 15,4% 5,7% 1,9% 1,7% 6,6% 9,5% Creche 59,2% Pré-escola Ensino Fundamental Ensino Médio Educação Profissional (Nível Técnico) Educação Especial Educação de Jovens e Adultos Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), Censo Escolar. Nota: 1 Não estão computados os alunos do ensino superior. 2 Alunos de Escolas Especiais, Classes Especiais e Incluídos. 4.4.3 Número de Estabelecimentos de Ensino e Docentes No período de 2002 a 2006 o número de estabelecimentos de ensino e docentes do estado, registrou uma alta de respectivamente, 3,9%, e 5,3%, conforme demonstram as Tabelas 14 e 15. No Gráfico 15 é apresentada a participação relativa das coordenadorias em relação à disponibilidade do número de estabelecimentos de ensino e docentes no ano de 2006. Tabela 14 Número de estabelecimentos de ensino segundo a modalidade - Santa Catarina 2002/2006 Modalidade de ensino 2002 2006 Evolução 2002/2006 Creche 1.328 1.704 28,3% Pré-escola 3.425 4.077 19,0% Ensino Fundamental 4.500 3.932-12,6% Ensino Médio 843 844 0,1% Educação Profissional (Nível Técnico)......... Educação Especial 209 278 33,0% Educação de Jovens e Adultos 430 386-10,2% Superior 70...... Total 10.805 11.221 3,9% Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), Sistema de Estatísticas Educacionais (Edudata). Nota: 1 Não estão computadas instituições de ensino superior. 2 Sinal convencional utilizado:... Dado numérico não disponível. 30

Tabela 15 Número de docentes segundo a modalidade de ensino - Santa Catarina 2002/2006 Número de docentes segundo a modalidade de ensino 2002 2006 Evolução 2002/2006 Creche 6.739 7.904 17,3% Pré-escola 10.219 11.419 11,7% Ensino Fundamental 48.380 50.315 4,0% Ensino Médio 16.199 15.704-3,1% Educação Profissional (Nível Técnico)......... Educação Especial* 2.241 2.924 30,5% Educação de Jovens e Adultos 4.978 5.215 4,8% Superior......... Total 88.756 93.481 5,3% Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), Sistema de Estatísticas Educacionais (Edudata). Nota: 1 Não estão computadas instituições de ensino superior. 2 Sinal convencional utilizado:... Dado numérico não disponível. Gráfico 15 Participação relativa das coordenadorias no número de estabelecimentos de ensino e docentes de Santa Catarina - 2006 Estabelecimentos de ensino Docentes 17,5% 15,6% 13,1% 11,1% 13,7% 7,5% 10,5% 16,6% 16,1% 6,4% 13,8% 11,6% 10,8% 10,3% 4,6% 9,5% 6,5% 4,8% Norte Sul Vale do Itajaí Oeste Grande Florianópolis Serra Catarinense Foz do Itajaí Meio Oeste Extremo Oeste Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), Censo Escolar. Nota: 1 Não estão computados os alunos do ensino superior. 2 Alunos de Escolas Especiais, Classes Especiais e Incluídos. 3 Resultados apresentados em ordem decrescente da participação no número de estabelecimentos de ensino. 4.4.4 Indicadores de Atendimento Educacional e Nível Educacional da Criança e da População Adulta Na década de 90 o estado conseguiu melhorar seu desempenho frente a diversos indicadores de atendimento à educação. Ressalta-se, neste sentido, a redução da taxa de analfabetismo e a melhoria dos índices de acesso da população das diferentes faixas etárias às diversas modalidades de ensino. As Tabelas 16 e 17 apontam, respectivamente, indicadores relacionados ao atendimento e nível educacional da população infantil e adulta de Santa Catarina em 1991 e 2000. 31

Tabela 16 Indicadores de atendimento educacional a criança Santa Catarina - 1991/2000 Indicador Ano 1991 Ano 2000 Evolução do indicador 1991/2000 % de crianças de 5 a 6 anos na escola 31,5% 73,8% 134,0% % de crianças de 7 a 14 anos na escola 85,9% 96,7% 12,6% % de crianças de 7 a 14 anos com acesso ao curso fundamental 85,5% 95,0% 11,2% % de crianças de 7 a 14 anos com mais de um ano de atraso escolar 23,7% 13,1% -44,5% % de crianças de 7 a 14 anos analfabetas 8,5% 3,5% -59,0% % de crianças de 10 a 14 anos na escola 83,1% 96,0% 15,5% % de crianças de 10 a 14 anos com mais de um ano de atraso escolar 35,9% 19,2% -46,6% % de crianças de 10 a 14 anos com menos de quatro anos de estudo 44,6% 29,3% -34,4% % de crianças de 10 a 14 anos analfabetas 2,9% 1,1% -63,8% Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Tabela 17 Nível educacional da população adulta (25 anos ou mais) Santa Catarina - 1991/2000 Indicador Ano 1991 Ano 2000 Média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade Evolução do indicador 1991/2000 5,2 6,2 18,3% Percentual de pessoas de 25 anos ou mais analfabetas 11,5% 7,5% -35,3% Percentual de pessoas de 25 anos ou mais com menos de quatro anos de estudo Percentual de pessoas de 25 anos ou mais com menos de oito anos de estudo Percentual de pessoas de 25 anos ou mais de idade com doze anos ou mais de estudo Percentual de pessoas de 25 anos ou mais frequentando curso superior 31,1% 22,8% -26,8% 72,1% 63,1% -12,4% 6,3% 9,0% 41,8% 0,8% 1,9% 136,3% Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. 4.4.5 Índice da Educação Básica IDEB Em 2007, a média do IDEB alcançada pelo estado foi de 4,7 para os anos iniciais do ensino fundamental e 4,1 para os anos finais (Tabela 18). Para 2007, a meta projetada era de, respectivamente, 4,4 e 4,1 para os anos iniciais e finais do ensino fundamental. Tabela 18 Índice da Educação Básica (IDEB) de Santa Catarina - 2005/2007 Fases de ensino IDEB Observado 2005 2007 Anos Iniciais do ensino fundamental 4,3 4,7 Anos Finais do ensino fundamental 4,1 4,1 Ensino médio 3,5 3,8 Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). 32

4.4.6 Relação de Escolas Técnicas Profissionalizantes e Número de Alunos Segundo dados do Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica (SISTEC), em 2009, Santa Catarina contava com 142 instituições de ensino técnico profissionalizante. No mesmo ano, dados preliminares do Censo Escolar 2009 apontavam a existência de 34.723 alunos matriculados nesta modalidade de ensino. 4.5 DOMICÍLIOS Com base em dados do Censo Demográfico de 2000, Santa Catarina possuía 1.498.742 domicílios, deste total 79,4% eram próprios, 12,5% alugados, 7,6% eram cedidos e 0,4% tinham outra forma de ocupação. Tabela 19 Condição de ocupação dos domicílios de Santa Catarina 2000 Tipologia Santa Catarina Brasil Próprio 1.190.558 33.306.136 Alugado 187.957 6.403.325 Cedido 113.522 4.532.093 Outra forma 6.705 553.547 Total 1.498.742 44.795.101 Fonte: IBGE, Diretoria de Estatística, Geografia e Cartografia, Censo Demográfico 2000. O Gráfico 16 ilustra comparativos da condição de ocupação dos domicílios em Santa Catarina e no Brasil. Gráfico 16 Condição de ocupação dos domicílios, segundo Brasil e Santa Catarina - 2000 Brasil Santa Catarina Santa Catarina Fonte: IBGE, Diretoria de Estatística, Geografia e Cartografia, Censo Demográfico 2000. De acordo com o recorte regional adotado pelo SEBRAE/SC e os dados extraídos do Censo Populacional de 2000, a Coordenadoria Regional Norte concentra 18,9% dos domicílios, seguida pela Regional Sul com 15,3% e a Grande Florianópolis com 14,6%. O Gráfico 17 apresenta a participação das coordenadorias no total de domicílios do estado. Brasil Próprio 79,4% 74,4% Alugado 12,5% 14,3% Cedido 7,6% 10,1% Outra forma 0,4% 1,2% 33

Gráfico 17 Participação relativa das coordenadorias no número total de domicílios de Santa Catarina - 2000 18,9% 15,3% 14,6% 13,1% 10,5% 10,2% 7,2% 6,0% 4,3% Norte Sul Grande FlorianópolisVale do Itajaí Foz do Itajaí Oeste Serra Catarinense Meio Oeste Extremo Oeste Fonte: IBGE, Diretoria de Estatística, Geografia e Cartografia, Censo Demográfico 2000. Nota: Resultados apresentados em ordem decrescente da participação no número de domicílios. 4.6 REDE SÓCIOASSISTENCIAL A identificação das instituições ligadas a ações de assistência social presentes no estado foram obtidas através do Sistema Único de Assistência Social SUAS do Ministério do Desenvolvimento Social MDS. Segundo levantamentos realizados em setembro de 2009, Santa Catarina somava 1.666 instituições de assistência social, cadastradas junto ao Ministério do Desenvolvimento Social. A regional Norte abriga 315 destas instituições, seguida pelas regionais Sul e Grande Florianópolis, ambas com 242 instituições de assistência social. 4.7 SEGURANÇA PÚBLICA Santa Catarina, em 2007, registrou 2.710 óbitos por causas violentas. Neste mesmo ano, os óbitos ocasionados em decorrência de acidentes de transporte representaram 49,2% das mortes (Tabela 20). Tabela 20 Número de óbitos por causas violentas - Santa Catarina 2003-2007 Causa 2003 2004 2005 2006 2007 Acidentes de Transportes 1.681 1.841 1.893 1.905 1.333 Outros Acidentes 647 632 617 634 476 Acidentes Não especificados 139 153 114 62 43 Homicídio 651 628 611 638 462 Suicídio 410 427 448 380 295 Eventos cuja intenção é indeterminada 174 183 173 126 82 Demais causas externas 32 20 27 21 19 Total de Santa Catarina 3.734 3.884 3.883 3.766 2.710 Fonte: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Saúde, Sistema de Informações de Mortalidade (SIM). 34

35 Relatório Estadual

5 ASPECTOS ECONÔMICOS Nesta seção é apresentada uma visão geral de Santa Catarina sob o ponto de vista de seu desempenho econômico nos últimos anos. Deste modo, foram estudados aspectos como produto interno bruto, balança comercial, valor adicionado fiscal, volume de empresas e empregos, renda da população, finanças públicas e movimentações realizadas pelo setor primário. Neste capítulo também são apresentados levantamentos de setores tradicionais, emergentes e com tendências de crescimento e participação na movimentação econômica estadual. 5.1 PRODUTO INTERNO BRUTO Segundo dados do IBGE e da Secretaria de Estado do Planejamento de Santa Catarina, em 2006 o PIB catarinense atingiu o montante de R$ 93,2 bilhões, assegurando ao estado a manutenção da 7ª posição relativa no ranking nacional (Tabela 21). As estimativas preliminares para 2007 apontam para um PIB da ordem de R$ 104,6 bilhões e para 2008, R$ 118,2 bilhões. Tabela 21 Produto interno bruto a preços correntes, segundo Unidades de Federação - 2006 Produto Interno Bruto 2006 Unidades da (Bilhões Posição Particip. Unidades da (Bilhões Posição Particip. Federação R$) Nacional Federação R$) Nacional São Paulo 802,6 1º 33,9% Mato Grosso 35,3 15º 1,5% Rio de Janeiro 275,4 2º 11,6% Maranhão 28,6 16º 1,2% Minas Gerais 214,8 3º 9,1% Mato G. do Sul 24,4 17º 1,0% Rio Grande do Sul 156,9 4º 6,6% Rio G. do Norte 20,6 18º 0,9% Paraná 136,7 5º 5,8% Paraíba 20,0 19º 0,8% Bahia 96,6 6º 4,1% Alagoas 15,8 20º 0,7% Santa Catarina 93,2 7º 3,9% Sergipe 15,1 21º 0,6% Distrito Federal 89,6 8º 3,8% Rondônia 13,1 22º 0,6% Goiás 57,1 9º 2,4% Piauí 12,8 23º 0,5% Pernambuco 55,5 10º 2,3% Tocantins 9,6 24º 0,4% Espírito Santo 52,8 11º 2,2% Amapá 5,3 25º 0,2% Ceará 46,3 12º 2,0% Acre 4,8 26º 0,2% Pará 44,4 13º 1,9% Roraima 3,7 27º 0,2% Amazonas 39,2 14º 1,7% Brasil 2.369,8-100,0% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais, Produto Interno Bruto dos Municípios - 2006. Nota: Valores do PIB a preços correntes ordenados de forma decrescente. No comparativo da evolução deste indicador ao longo do período 2002-2006, Santa Catarina apresentou um crescimento acumulado de 67,2%, contra um aumento nacional de 60,4% (Tabela 22). 36

Tabela 22 Produto interno bruto a preços correntes, segundo Brasil e Santa no período de 2002-2006 Período Santa Catarina Brasil Produto Interno Posição Participação (R$ mil) Bruto (R$ mil) nacional nacional 2002 55.731.863 8º 3,8% 1.477.821.769 2003 66.848.534 7º 3,9% 1.699.947.694 2004 77.392.991 7º 4,0% 1.941.498.358 2005 85.316.275 7º 4,0% 2.147.239.292 2006 93.173.498 7º 3,9% 2.369.796.546 Evolução 2002/2006 67,2% - - 60,4% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais - Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria do Estado do Planejamento, Produto Interno Bruto dos Municípios. A Tabela 23 apresenta o montante do PIB 2006, segundo as coordenadorias regionais. Neste ano, a Regional Norte respondeu por 24,6% da composição do PIB catarinense. Tabela 23 Composição do Produto interno bruto 2006, segundo as coordenadorias regionais Produto Interno Bruto 2006 Coordenadoria Produto Interno Bruto (R$ mil) Participação estadual Posição estadual Evolução 2002/2006 Norte 22.940.398 24,6% 1º 74,2% Vale do Itajaí 12.843.612 13,8% 2º 62,3% Foz do Itajaí 12.666.012 13,6% 3º 93,3% Grande Florianópolis 12.348.332 13,3% 4º 72,6% Sul 10.181.256 10,9% 5º 61,3% Oeste 8.858.899 9,5% 6º 46,2% Meio Oeste 5.834.014 6,3% 7º 55,6% Serra Catarinense 4.757.176 5,1% 8º 55,3% Extremo Oeste 2.743.800 2,9% 9º 55,8% Santa Catarina 93.173.498 100,0% - 67,2% Brasil 2.369.796.546 - - Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais - Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria do Estado do Planejamento, Produto Interno Bruto dos Municípios. Nota: Valores do PIB a preços correntes ordenados de forma decrescente. Na avaliação dos setores produtivos de Santa Catarina a agropecuária contribuiu com 6,9%, a indústria com 34,5% e os serviços 1 com 58,6% do PIB estadual. O gráfico 19 apresenta a composição do Valor Adicionado Bruto de 2006, integrando a administração pública e impostos. 1 O VAB do setor de prestação de serviços inclui o setor do comércio. 37

(R$ mil) Relatório Estadual Gráfico 18 - Composição do valor adicionado bruto (VAB) de Santa Catarina 2006 47.798.470 28.129.972 5.644.007 8.848.858 11.601.049 Agropecuária Indústria Serviços Adm. Pública Impostos Fonte: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria do Estado do Planejamento, Produto Interno Bruto dos Municípios. A Tabela 24 apresenta o comparativo do valor adicionado bruto de 2006 das coordenadorias. Tabela 24 Composição do valor adicionado bruto 2006, segundo as coordenadorias regionais Coordenadoria Regional Participação no VAB - 2006 Agropecuária Indústria Serviços Extremo Oeste 22,0% 25,5% 52,5% Foz do Itajaí 2,5% 26,2% 71,3% Grande Florianópolis 2,7% 18,3% 79,0% Meio Oeste 12,5% 42,3% 45,2% Norte 3,7% 43,3% 53,0% Oeste 12,4% 37,3% 50,3% Serra Catarinense 16,7% 30,7% 52,6% Sul 7,9% 35,4% 56,7% Vale do Itajaí 6,1% 38,7% 55,2% Santa Catarina 6,9% 34,5% 58,6% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais - Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria do Estado do Planejamento, Produto Interno Bruto dos Municípios. 5.1.1 PIB Per Capita Santa Catarina possuía em 2006, um PIB per capita da ordem de R$ 15.637,69, colocando o estado na 4ª posição do ranking nacional. No período de 2002 a 2006, o PIB per capita catarinense acumulou um crescimento de 56,9% contra uma elevação de 49,9% da média nacional. Em 2006, a Coordenadoria Regional Norte possuía um PIB per capta de R$ 19.574,64, o maior no comparativo das nove coordenadorias. Considerando a evolução deste indicador no período de 2002 a 2006, a maior alta acumulada foi de 70,1%, registrada na Regional Foz do Itajaí (Tabela 26). 38

Tabela 25 Produto Interno Bruto per capita (preços correntes), segundo Unidades da Federação - 2006 Unidades da Federação PIB per capita 2006 Posição Unidades da Federação PIB per capita 2006 Posição Distrito Federal 37.600 1º Rondônia 8.391 15º São Paulo 19.548 2º Sergipe 7.560 16º Rio de Janeiro 17.695 3º Tocantins 7.210 17º Santa Catarina 15.638 4º Acre 7.041 18º Espírito Santo 15.236 5º Bahia 6.922 19º Rio Grande do Sul 14.310 6º Rio Grande do Norte 6.754 20º Paraná 13.158 7º Pernambuco 6.528 21º Mato Grosso 12.350 8º Pará 6.241 22º Amazonas 11.829 9º Ceará 5.636 23º Minas Gerais 11.028 10º Paraíba 5.507 24º Mato Grosso do Sul 10.599 11º Alagoas 5.164 25º Goiás 9.962 12º Maranhão 4.628 26º Roraima 9.075 13º Piauí 4.213 27º Amapá 8.543 14º Brasil 12.688 - Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais - Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria do Estado do Planejamento, Produto Interno Bruto per capita dos Municípios. Tabela 26 Produto Interno Bruto per capita (preços correntes), segundo Coordenadorias Regionais - 2006 Coordenadoria Regional PIB per capita 2006 Reais ($) Colocação Evolução 2002/2006 Norte 19.575 1º 59,1% Foz do Itajaí 19.117 2º 70,1% Vale do Itajaí 16.946 3º 51,9% Meio Oeste 16.268 4º 46,1% Oeste 14.884 5º 40,5% Grande Florianópolis 13.940 6º 54,0% Extremo Oeste 12.438 7º 63,5% Sul 11.479 8º 51,2% Serra Catarinense 11.363 9º 49,8% Santa Catarina 15.638-56,9% Brasil 12.688-49,9% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais - Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria do Estado do Planejamento, Produto Interno Bruto per capita dos Municípios. 5.2 BALANÇA COMERCIAL Em 2008, a balança comercial catarinense apresentou um superávit da ordem de US$ 287 milhões, um desempenho bastante reduzido quando comparado ao superávit de US$ 2,4 bilhões registrado em 2007 (queda de 88%). O volume exportado por Santa Catarina em 2008 foi de US$ 8,26 bilhões, o que representou uma alta de 11,85% em relação a 2007. Por outro lado, o volume importado atingiu US$ 7,97 bilhões, o equivalente a um aumento de 59,38% comparado a 2007. Para efeito de comparação, o saldo da balança comercial do Brasil em 2008 foi de US$ 24,7 bilhões, uma queda de 38% em relação aos US$ 40 bilhões registrados em 2007. As exportações fecharam o ano em US$ 197,9 bilhões (crescimento de 23% em relação a 2007). Já as importações fecharam 2008 em US$ 173 bilhões (crescimento de 44% em relação a 2007). 39

Milhões US$ Relatório Estadual 5.2.1 Montante das Exportações e Importações Conforme demonstra a Tabela 27, em 2008, a balança comercial de Santa Catarina apresentou um saldo positivo de US$ 286.913,00. No período de 2004 a 2008, suas exportações e importações apresentaram um crescimento acumulado de 69,8% e 428,1%, respectivamente. Tabela 27 Balança Comercial catarinense no período 2004-2008 Ano Exportações US$ FOB Importações US$ FOB Saldo 2004 4.862.608 1.508.950 3.353.658 2005 5.594.239 2.188.540 3.405.699 2006 5.982.112 3.468.768 2.513.344 2007 7.381.839 5.000.221 2.381.618 2008 8.256.219 7.969.306 286.913 Evolução 2004/2008 69,8% 428,1% -91,4% Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA), Balança Comercial Brasileira por UF. O Gráfico 19 apresenta a evolução da balança comercial da região. Gráfico 19 Balança comercial de Santa Catarina no período 2004-2008 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 2004 2005 2006 2007 2008 Exportações 4.862.608 5.594.239 5.982.112 7.381.839 8.256.219 Importações 1.508.950 2.188.540 3.468.768 5.000.221 7.969.306 Saldo 3.353.658 3.405.699 2.513.344 2.381.618 286.913 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA), Balança Comercial Brasileira por UF. Antes da análise dos dados regionais, compete destacar as diferenças de metodologia para o cômputo das exportações por Unidade de Federação e municípios. Segundo definição da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), para a Unidade da Federação, o critério para as exportações leva em conta o estado produtor da mercadoria, independentemente de onde está localizada a empresa exportadora. Já no critério para as exportações por municípios leva-se em conta o domicílio fiscal da empresa exportadora, ou seja, os produtos contabilizados são de empresas com sede no município, independentemente de onde a mercadoria foi produzida. Neste sentido, cumpre assinalar que a análise do desempenho da balança comercial das nove coordenadorias foi realizada segundo o critério domicílio fiscal. A tabela a seguir apresenta a participação das coordenadorias nas ações de exportação e importação de 2008. 40

Gráfico 20 Participação relativa das coordenadorias nas exportações e importações catarinenses - 2008 Norte Foz do Itajaí Vale do Itajaí Oeste Sul Serra Meio Oeste Extremo Oeste Grande Fpolis Norte Foz do Itajaí Vale do Itajaí Oeste Sul Serra Meio Oeste Extremo Oeste Grande Fpolis Importações 17,7% 47,1% 7,5% 1,7% 9,1% 0,6% 1,4% 0,8% 14,2% Exportações 35,2% 31,9% 11,5% 5,5% 5,3% 3,8% 2,8% 2,6% 1,3% Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA), Balança Comercial Brasileira por Municípios. Nota: 1 Critério domicílio fiscal. 2 Resultados apresentados em ordem decrescente de participação.nas exportações. 5.2.2 Números de Empresas Exportadoras A Tabela 28 apresenta o número de empresas exportadoras do estado segundo o enquadramento do volume de suas exportações. Tabela 28 - Número de empresas exportadoras da Santa Catarina, segundo as faixas de valores exportados (US$ FOB) em 2008 Faixa exportada (US$ FOB) Número de empresas Até US$ 1 milhão 1.087 Entre US$ 1 e 10 milhões 339 Entre US$ 10 e 50 milhões 74 Acima de US$ 50 milhões 28 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA), Balança Comercial Brasileira por Municípios. Nota: Critério de Domicílio Fiscal. 5.2.3 Principais Destinos das Exportações e Origem das Importações Os três principais países de destino das exportações catarinenses de 2008 foram: Estados Unidos, Japão e Argentina. Juntos, estes países representaram 26,9% das exportações do estado (Tabela 29). A União Européia foi o destino de 27,4% das exportações catarinenses, seguida pela Ásia (exclusive Oriente Médio) com 16%, Estados Unidos incluindo Porto Rico (13,9%), MERCOSUL com 10,5% e a ALADI com 10,1%. Os demais blocos totalizaram 22,2%. 41

Tabela 29 - Principais países de destino das exportações de Santa Catarina no período de 2007-2008 Ordem Descrição 2008 (Jan/Dez) 2007 (Jan/Dez) Var % (US$ F.O.B.) US$ F. O.B. Part % US$ F. O.B. Part % 2008/2007 1º Estados Unidos 1.114.136.711 13,5% 1.277.363.371 17,3% -12,8% 2º Japão 558.283.361 6,8% 328.738.280 4,5% 69,8% 3º Argentina 548.702.909 6,7% 522.451.783 7,1% 5,0% 4º Países Baixos (Holanda) 548.157.642 6,6% 432.771.120 5,9% 26,7% 5º Alemanha 365.663.475 4,4% 367.245.174 5,0% -0,4% 6º Reino Unido 326.758.868 4,0% 297.356.521 4,0% 9,9% 7º Federação da Rússia 246.088.976 3,0% 190.472.823 2,6% 29,2% 8º Hong Kong 231.140.836 2,8% 152.846.599 2,1% 51,2% 9º México 206.478.033 2,5% 194.333.392 2,6% 6,3% 10º África do Sul 205.085.457 2,5% 189.515.344 2,6% 8,2% 11º Venezuela 199.323.214 2,4% 175.926.498 2,4% 13,3% 12º Itália 195.695.567 2,4% 187.879.467 2,6% 4,2% 13º Chile 181.775.398 2,2% 160.973.000 2,2% 12,9% 14º China 177.176.512 2,2% 129.048.768 1,8% 37,3% 15º Paraguai 160.955.709 2,0% 113.159.577 1,5% 42,2% 16º Espanha 160.399.984 1,9% 181.709.116 2,5% -11,7% 17º França 158.128.383 1,9% 157.494.325 2,1% 0,4% 18º Uruguai 154.361.996 1,9% 102.953.498 1,4% 49,9% 19º Bélgica 149.830.195 1,8% 126.199.417 1,7% 18,7% 20º Ucrânia 138.418.054 1,7% 111.774.158 1,5% 23,8% 21º Cingapura 129.765.671 1,6% 116.989.262 1,6% 10,9% 22º Emirados Árabes Unidos 109.889.795 1,3% 69.882.009 1,0% 57,3% 23º Arábia Saudita 109.730.645 1,3% 109.167.223 1,5% 0,5% 24º Canadá 92.055.105 1,1% 98.363.858 1,3% -6,4% 25º Angola 91.950.536 1,1% 49.248.445 0,7% 86,7% 26º Peru 80.824.174 1,0% 53.863.455 0,7% 50,1% 27º Bolívia 62.836.904 0,8% 47.281.535 0,6% 32,9% 28º Suécia 56.770.799 0,7% 42.850.061 0,6% 32,5% 29º Austrália 56.414.247 0,7% 65.156.598 0,9% -13,4% 30º Equador 53.870.957 0,7% 34.106.135 0,5% 58,0% 31º Demais Países 1.385.549.066 16,8% 1.294.718.665 17,5% 7,0% Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA), Balança Comercial Brasileira por UF. No que se refere à origem das importações catarinenses de 2008, assinalase a atuação da Ásia (exclusive Oriente Médio) com uma representatividade de 26,8%, seguido pela ALADI com 14,8%, o MERCOSUL com 15,9%, a União Européia (14,5%) e os Estados Unidos 8,5%. Os demais blocos responderam por 6% da origem das importações catarinenses. A Tabela 30 apresenta os principais países de origem das importações de Santa Catarina. 42

Tabela 30 - Principais países de origem das importações de Santa Catarina no período de 2007-2008 Ordem Descrição 2008 (Jan/Dez) 2007 (Jan/Dez) Var % (US$ F.O.B.) US$ F. O.B. Part % US$ F. O.B. Part % 2008/2007 1º China 1.622.241.335 20,4% 927.146.281 18,54%% 75,0% 2º Chile 959.049.878 12,0% 525.810.113 10,5% 82,4% 3º Argentina 946.077.372 11,9% 701.406.915 14,0% 34,9% 4º Estados Unidos 673.399.173 8,5% 416.887.287 8,3% 61,53$ 5º Alemanha 348.282.347 4,4% 293.742.467 5,9% 18,6% 6º Peru 323.787.620 4,1% 211.539.728 4,2% 53,1% 7º Índia 276.439.653 3,5% 90.292.814 1,8% 206,2% 8º Itália 186.858.848 2,3% 137.012.561 2,7% 36,4% 9º Coréia do Sul 182.224.488 2,3% 104.085.431 2,1% 75,1% 10º Uruguai 175.822.479 2,2% 150.139.772 3,0% 17,1% 11º Indonésia 162.969.569 2,0% 154.359.471 3,1% 5,6% 12º Paraguai 148.003.265 1,9% 109.178.359 2,2% 35,6% 13º Taiwan 139.416.070 1,8% 98.377.105 1,97$ 41,7% 14º Tailândia 135.562.866 1,7% 98.067.630 2,0% 38,2% 15º Malásia 130.962.376 1,6% 81.976.517 1,6% 59,8% 16º Japão 128.399.590 1,6% 67.954.943 1,4% 89,0% 17º Espanha 116.694.189 1,5% 55.529.772 1,1% 110,2% 18º Federação da Rússia 99.424.659 1,3% 47.412.757 1,0% 109,7% 19º França 97.566.701 1,2% 44.004.222 0,9% 121,7% 20º México 90.360.915 1,1% 56.845.845 1,1% 59,0% 21º Áustria 83.392.736 1,1% 46.821.071 0,9% 78,1% 22º Hong Kong 78.811.321 1,0% 79.268.776 1,6% -0,6% 23º Suíça 55.543.772 0,7% 31.950.346 0,6% 73,8% 24º Ucrânia 52.071.209 0,7% 19.752.198 0,4% 163,6% 25º Venezuela 49.733.444 0,6% 17.232.521 0,3% 188,6% 26º Marrocos 46.063.931 0,6% 22.365.081 0,5% 106,0% 27º Reino Unido 44.361.907 0,6% 18.187.953 0,4% 143,9% 28º Portugal 43.790.965 0,6% 29.067.323 0,6% 50,7% 29º Países Baixos (Holanda) 42.004.024 0,5% 23.954.154 0,5% 75,4% 30º Canadá 37.606.110 0,5% 27.666.492 0,6% 35,9% 31º Demais Países 492.383.211 6,2% 312.185.443 6,2% 57,7% Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA), Balança Comercial Brasileira por UF. 43

VAF (R$) Relatório Estadual 5.3 VALOR ADICIONADO FISCAL - VAF Segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina, em 2007 o VAF catarinense atingiu as cifras de R$ 69,6 bilhões. Considerando o período de 2003-2007, a evolução acumulada do VAF foi de 57%. Gráfico 21 - Valor adicionado fiscal (VAF) de Santa Catarina no período 2003-2007 44.327.956.103 53.721.428.762 60.870.064.578 61.909.302.718 69.608.669.185 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Fazenda, Valor Adicionado Fiscal, Índice de participação dos municípios no produto da arrecadação do ICMS. De acordo com o recorte regional adotado pelo SEBRAE, a participação das coordenadorias na composição do VAF catarinense de 2007 está disposta conforme o Gráfico 22. Gráfico 22 Participação relativa das coordenadorias regionais na composição do VAF 2007 25,4% 13,5% 12,4% 10,9% 10,8% 10,0% 7,7% 6,1% 3,2% Norte Vale do Itajaí Foz do Itajaí Oeste Sul Grande Florianópolis Meio Oeste Serra Catarinense Extremo Oeste Fonte: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Fazenda, Valor Adicionado Fiscal, Índice de participação dos municípios no produto da arrecadação do ICMS. 5.3.1 VAF das Principais Atividades Econômicas A tabela a seguir detalha o Valor Adicionado Fiscal gerado pelos 20 grupos de atividades econômicas de maior expressão no período 2005-2007. 44

Tabela 31 - Valor adicionado fiscal de Santa Catarina, organizado segundo os 20 grupos de atividades econômicas mais representativas - 2007 Grupos de atividades econômicas - versão CNAE 2.0 2005 2006 2007 Partic. VAF 2007 Evolução 2005/2007 GRUPO 101 - Abate e fabricação de produtos de carne 5.558.833.737 4.753.610.913 5.718.698.104 8,2% 2,9% GRUPO 351 - Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica 1.617.064.555 3.605.943.669 4.563.514.705 6,6% 182,2% GRUPO 468 - Comércio atacadista especializado em outros produtos 4.405.828.547 3.665.031.171 4.391.967.485 6,3% -0,3% GRUPO 141 - Confecção de artigos do vestuário e acessórios 1.881.151.044 2.248.770.184 2.291.482.168 3,3% 21,8% GRUPO 611 - Telecomunicações por fio 1.922.007.202 1.950.290.188 2.217.831.543 3,2% 15,4% GRUPO 463 - Comércio atacadista especializado em produtos 1.705.898.736 1.668.126.699 2.077.373.102 3,0% 21,8% alimentícios, bebidas e fumo GRUPO 493 - Transporte rodoviário de carga 1.821.905.028 1.734.861.984 2.067.577.467 3,0% 13,5% GRUPO 462 - Comércio atacadista de matérias primas agrícolas e 1.573.568.955 1.687.586.562 1.902.808.927 2,7% 20,9% animais vivos GRUPO 471 - Comércio varejista não especializado 1.440.775.537 1.604.875.892 1.881.077.458 2,7% 30,6% GRUPO 222 - Fabricação de produtos de material plástico 1.605.361.812 1.623.828.466 1.704.229.959 2,4% 6,2% GRUPO 473 - Comércio varejista de combustíveis para veículos 1.289.346.852 1.373.216.350 1.501.716.246 2,2% 16,5% automotores GRUPO 478 - Comércio varejista de produtos novos não especificados 1.215.350.327 1.382.514.649 1.454.680.335 2,1% 19,7% anteriormente e de produtos usados GRUPO 106 - Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos 1.062.808.709 1.167.271.917 1.348.351.854 1,9% 26,9% para animais GRUPO 612 - Telecomunicações sem fio 854.037.759 976.780.808 1.290.864.389 1,9% 51,1% GRUPO 245 - Fundição 941.902.119 1.088.485.968 1.132.145.492 1,6% 20,2% GRUPO 135 - Fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário 977.704.277 969.322.561 1.083.339.859 1,6% 10,8% GRUPO 275 - Fabricação de eletrodomésticos 689.940.194 899.715.272 1.009.735.175 1,5% 46,4% GRUPO 332 - Instalação de máquinas e equipamentos 3.927.959 1.091.747.521 999.878.045 1,4% 25355,4% GRUPO 475 - Comércio varejista de equipamentos de informática e 873.039.095 966.900.303 971.436.091 1,4% 11,3% comunicação; equipamentos e artigos GRUPO 172 - Fabricação de papel, cartolina e papel cartão 795.284.959 934.057.773 946.327.607 1,4% 19,0% Demais atividades 28.634.327.177 26.516.363.869 29.053.633.174 41,7% 1,5% Fonte: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Fazenda, Valor Adicionado Fiscal, Índice de participação dos municípios no produto da arrecadação do ICMS. Nota: 1 Grupos de atividades econômicas (CNAE 2.0) organizados em ordem decrescente do VAF com base em 2007. 2 Resultados apresentados em ordem decrescente de participação do VAF de 2007. 45

5.4 EMPRESAS E EMPREGOS Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, no ano de 2008 Santa Catarina possuía um total de 374.629 empresas formalmente estabelecidas. Estas empresas, tomando como referência o mês de dezembro de 2008, foram responsáveis por 1.777.604 empregos com carteira assinada. A caracterização do porte empresarial utilizou como critério a classificação por número de funcionários, utilizada pelo Sistema SEBRAE. Segundo este critério, as microempresas e pequenas empresas representam, respectivamente, 94% e 5,1% dos estabelecimentos do estado. As microempresas e pequenas empresas juntas geraram 892.208 empregos, o equivalente a 50,2% dos postos de trabalho. 5.4.1 Evolução do Estoque de Empresas e Empregos O Gráfico 23 apresenta, em números absolutos, a evolução do volume de empresas e empregos em Santa Catarina no período de 2004 a 2008. Gráfico 23 - Número de empresas e empregos formais em Santa Catarina no período de 2004-2008 Empresas 325.018 339.814 348.932 361.221 374.629 1.406.247 Empregos 1.486.969 1.598.454 1.697.800 1.777.604 2004 2005 2006 2007 2008 2004 2005 2006 2007 2008 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego, Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o Gráfico 24 apresenta a participação relativa das coordenadorias regionais no número de empresas e empregos de Santa Catarina no ano de 2008. Gráfico 24 Participação relativa das coordenadorias no número de empresas e empregos de Santa Catarina - 2008 Empresas Empregos 19,5% 20,4% 14,7% 11,8% 11,8% 9,3% 17,5% 14,9% 14,0% 13,1% 13,0% 11,3% 5,6% 4,4% 2,4% 6,4% 5,7% 4,2% Norte Grande Florianópolis Vale do Itajaí Sul Foz do Itajaí Oeste Meio Oeste Serra Extremo Oeste Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego, Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Nota: Resultados apresentados em ordem decrescente da participação relativa empresarial. 46

Empresas Empregos Relatório Estadual 5.4.2 Taxa de Criação de Empresas e Empregos No período de 2004 a 2008, a taxa média de criação de empresas no estado foi 3,6% e a de empregos, 6,0% ao ano. O comparativo da taxa acumulada de criação de empresas e empregos no período de 2004 a 2008 é apresentado no Gráfico 25. Gráfico 25 - Taxa acumulada de criação de empresas e empregos, segundo Brasil e Santa Catarina no período 2004/2008 15,3% Empresas 12,6% Empregos 26,4% 25,6% Santa Catarina Brasil Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do MTE - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais. No mesmo período, a maior taxa média de criação de empresas foi registrada na Regional Foz do Itajaí, 5,2% ao ano. A Coordenadoria Regional Oeste, com 8,1% ao ano foi a coordenadoria que apresentou a maior taxa média de geração de empregos. As menores taxas médias de criação de empresas e empregos foram registradas na Coordenadoria Regional Serra Catarinense, 2,5% e 2,1% ao ano, respectivamente. 5.4.3 Caracterização do Porte Empresarial Santa Catarina De acordo com o critério de classificação do porte empresarial já exposto, as 374.629 empresas formais e os 1.777.604 empregos existentes no estado em 2008, são detalhados em números absolutos e participação relativa nos gráficos a seguir. Gráfico 26 - Número de empresas e empregos formais em Santa Catarina, segundo o porte - 2008 Brasil 352.145 643.116 441.190 450.201 243.097 19.279 2.002 1.203 ME PE MDE GE ME PE MDE GE Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do MTE - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais. Nota: Portes - microempresa (ME), pequena empresa (PE), média empresa (MDE), e grande empresa (GE). 47

Gráfico 27 - Participação relativa das empresas e empregos formais em Santa Catarina, segundo o porte - 2008 ME PE MDE GE 94,0% GE 13,7% Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do MTE - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais. De acordo com dados da RAIS, torna-se oportuno mencionar que 219.730 das 352.145 microempresas (62,4%) declararam não ter gerado empregos em 2008. As Tabelas 32 e 33 apresentam, respectivamente, o número de empresas e empregos das coordenadorias regionais, segundo o porte empresarial. Tabela 32 - Número de empresas nas coordenadorias, segundo o porte e participação relativa - 2008 Coordenadoria Empresas 2008 Ranking das (%) Total Micro Pequenas Médias Grandes empresas Estadual Regional Norte 65.428 61.237 3.585 395 211 1º 17,5% Grande Florianópolis 55.836 51.853 3.386 327 270 2º 14,9% Vale do Itajaí 52.356 49.057 2.803 339 157 3º 14,0% Regional Sul 49.139 46.279 2.476 251 133 4º 13,1% Foz do Itajaí 48.559 45.473 2.707 238 141 5º 13,0% Oeste 42.258 40.169 1.802 174 113 6º 11,3% Meio Oeste 23.945 22.693 1.048 128 76 7º 6,4% Serra Catarinense 21.246 20.040 1.033 103 70 8º 5,7% Extremo Oeste 15.862 15.344 439 47 32 9º 4,2% Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do MTE - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais. Nota: Resultados apresentados em ordem decrescente do número de empresas. Tabela 33 - Número de empregos nas coordenadorias, segundo o porte e participação relativa - 2008 Coordenadoria Empresas 5,1% 0,3% 0,5% Empregos 2008 Total Micro Pequenas Médias Grandes Ranking dos empregos (%) Estadual Grande Florianópolis 363.126 64.908 70.133 28.866 199.219 1º 20,4% Norte 347.019 74.548 87.442 51.868 133.161 2º 19,5% Vale do Itajaí 261.790 69.746 71.678 48.102 72.264 3º 14,7% Sul 210.371 63.741 60.850 33.818 51.962 4º 11,8% Foz do Itajaí 209.428 61.729 62.124 27.672 57.903 5º 11,8% Regional Oeste 165.599 43.527 41.784 18.715 61.573 6º 9,3% Meio Oeste 98.802 24.183 23.304 16.184 35.131 7º 5,6% Serra Catarinense 78.638 23.276 22.420 12.038 20.904 8º 4,4% Extremo Oeste 42.831 15.532 10.466 5.834 10.999 9º 2,4% Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do MTE - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais. Nota: Resultados apresentados em ordem decrescente do número de empregos. 36,2% ME PE MDE Empregos 24,8% 25,3% 48

5.4.4 Perfil setorial das Empresas e Empregos No que se refere ao recorte setorial, o segmento de prestação de serviços é o mais representativo em número de empresas e empregos. A representação da configuração setorial estadual é detalhada no Gráfico 28. Gráfico 28 - Número de empresas e empregos formais de Santa Catarina, segundo o setor - 2008 Empresas 149.032 152.574 Empregos 670.848 715.031 62.885 346.259 10.138 45.466 Primário Secundário Terciário - Comércio Terciário - Serviços Primário Secundário Terciário - Comércio Terciário - Serviços Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do MTE - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais. Os gráficos 28 e 29 apresentam de forma comparativa a configuração setorial das coordenadorias regionais. Gráfico 29 Configuração setorial das empresas, segundo as coordenadorias regionais - 2008 37,4% 48,1% 47,6% 42,7% 40,1% 45,1% 36,8% 34,7% 37,5% 42,3% 39,7% 35,5% 37,2% 40,6% 18,9% 11,6% 14,1% 12,7% 16,9% 13,6% 1,4% 0,6% 2,9% 7,4% 2,4% 3,7% 12,6% 11,3% 20,2% 24,1% 1,3% 1,4% Foz do Itajaí Grande Florianópolis Extremo Oeste Meio Oeste Norte Oeste Serra Sul Vale do Itajaí Primário Secundário Terciário/Comércio Terciário/Serviços Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do MTE - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais. 37,6% 39,4% 43,8% 37,1% Gráfico 30 Configuração setorial dos empregos, segundo as coordenadorias regionais - 2008 38,5% 23,6% 68,2% 30,8% 36,0% 32,5% 30,3% 36,0% 32,8% 29,6% 22,7% 16,9% 17,3% 19,8% 21,7% 23,3% 17,4% 36,4% 18,2% 43,1% 1,5% 13,0% 0,6% 3,4% 35,3% 48,7% 45,8% 28,3% 11,7% 1,5% 4,1% Foz do Itajaí Grande Florianópolis Extremo Oeste Meio Oeste Norte Oeste Serra Sul Vale do Itajaí Primário Secundário Terciário/Comércio Terciário/Serviços Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do MTE - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais. 14,0% 42,8% 52,4% 1,1% 0,6% 49

5.4.5 Representatividade das Atividades Econômicas O estoque de empresas e empregos estadual, bem como sua representatividade e porte, está apoiado nas 21 seções da (CNAE) versão 2.0. Cabe ressaltar que nos APÊNDICES B e C estas informações estão disponíveis em um nível maior de detalhamento, possibilitado pela utilização dos Grupos da CNAE (versão 2.0). As tabelas a seguir apresentam o número de empresas e empregos de Santa Catarina em 2008, organizadas segundo seções da CNAE 2.0. Tabela 34 - Número de empresas estabelecidas em Santa Catarina classificadas por porte e participação relativa - 2008 Seção de Atividade Econômica, 2008 segundo classificação CNAE - versão 2.0 Total ME PE MDE GE Partic. (%) Evol. 2006/08 Seção A - Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e 10.138 9.306 717 71 44 2,7% 5,3% aqüicultura Seção B - Indústrias extrativas 782 719 55 5 3 0,2% -1,8% Seção C - Indústrias de transformação 46.888 42.580 3.489 696 123 12,5% 5,6% Seção D - Eletricidade e gás 307 260 26 19 2 0,1% 70,6% Seção E - Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e 1.043 911 112 19 1 0,3% 11,1% descontaminação Seção F - Construção 13.865 13.018 764 77 6 3,7% 24,6% Seção G - Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 149.032 141.392 7.020 407 213 39,8% 5,6% Seção H - Transporte, armazenagem e correio 18.319 16.884 1.193 142 100 4,9% 7,3% Seção I - Alojamento e alimentação 26.486 24.859 1.532 74 21 7,1% 6,6% Seção J - Informação e comunicação 7.349 6.776 491 49 33 2,0% -2,9% Seção K - Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 5.220 4.538 625 38 19 1,4% 22,7% Seção L - Atividades imobiliárias 3.536 3.464 70 2-0,9% 25,3% Seção M - Atividades profissionais, científicas e técnicas Seção N - Atividades administrativas e serviços complementares Seção O - Administração pública, defesa e seguridade social 13.144 12.572 518 33 21 3,5% 16,4% 22.099 21.120 755 95 129 5,9% 11,1% 1.066 575 122 66 303 0,3% -10,8% Seção P - Educação 4.290 3.499 620 88 83 1,1% 8,5% Seção Q - Saúde humana e serviços sociais Seção R - Artes, cultura, esporte e recreação Seção S - Outras atividades de serviços 9.974 9.481 389 44 60 2,7% 8,2% 6.819 6.680 124 12 3 1,8% 11,0% 33.310 32.550 656 65 39 8,9% 5,3% Seção T - Serviços domésticos 941 940 1 - - 0,3% 22,8% Seção U - Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 21 21 - - - 0,0% 23,5% Total 374.629 352.145 19.279 2.002 1.203 100,0% 7,4% Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do MTE - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais. Nota: Sinal convencional utilizado: - Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento. 50

Tabela 35 - Número de empregos formais em Santa Catarina, segundo o porte e participação relativa - 2008 Seção de Atividade Econômica, segundo classificação CNAE - versão 2.0 Seção A - Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aqüicultura 2008 Total ME PE MDE GE Partic. (%) Evol. 2006/08 45.466 15.758 13.393 5.121 11.194 2,6% -3,1% Seção B - Indústrias extrativas 7.711 1.805 2.319 1.149 2.438 0,4% 22,4% Seção C - Indústrias de transformação 563.768 114.844 140.712 140.233 167.979 31,7% 9,1% Seção D - Eletricidade e gás 7.268 345 1.310 3.786 1.827 0,4% 127,8% Seção E - Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 13.130 2.595 4.879 4.464 1.192 0,7% 13,6% Seção F - Construção 78.971 27.652 28.680 12.517 10.122 4,4% 40,8% Seção G - Comércio; reparação de veículos 346.259 153.553 123.438 27.301 41.967 19,5% 15,9% automotores e motocicletas Seção H - Transporte, armazenagem e correio 79.973 17.969 23.655 9.727 28.622 4,5% 16,1% Seção I - Alojamento e alimentação 61.745 24.657 27.328 4.816 4.944 3,5% 13,8% Seção J - Informação e comunicação 29.050 5.539 9.571 3.217 10.723 1,6% 11,0% Seção K - Atividades financeiras, de seguros e 23.933 5.692 11.745 2.471 4.025 1,3% -22,2% serviços relacionados Seção L - Atividades imobiliárias 3.173 1.765 1.285 123-0,2% 29,0% Seção M - Atividades profissionais, científicas e 26.955 9.779 9.591 2.188 5.397 1,5% 37,1% técnicas Seção N - Atividades administrativas e serviços 112.594 21.684 14.356 6.668 69.886 6,3% 13,5% complementares Seção O - Administração pública, defesa e seguridade 227.135 1.109 2.971 4.867 218.188 12,8% 1,4% social Seção P - Educação 56.899 5.035 12.596 5.992 33.276 3,2% 24,1% Seção Q - Saúde humana e serviços sociais Seção R - Artes, cultura, esporte e recreação 40.122 10.320 7.614 3.135 19.053 2,3% 4,3% 6.613 2.526 2.251 834 1.002 0,4% 6,3% Seção S - Outras atividades de serviços 46.004 17.739 12.496 4.488 11.281 2,6% 9,5% Seção T - Serviços domésticos 826 815 11 - - 0,0% 15,2% Seção U - Organismos internacionais e outras 9 9 - - - 0,0% 28,6% instituições extraterritoriais Total 1.777.604 441.190 450.201 243.097 643.116 100,0% 11,2% Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do MTE - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais. Nota: Sinal convencional utilizado: - Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento. 51

5.4.6 Número de Empregos Ligados ao Transporte Tabela 36 - Empregos ligados ao setor de transportes em Santa Catarina - 2008 Grupos de Atividades Econômicas, segundo classificação CNAE - versão 2.0 Grupo 491 - Transporte ferroviário e metroferroviário Grupo 492 - Transporte rodoviário de passageiros Grupo 493 - Transporte rodoviário de carga Empregos Remuneração Média (R$) (%) no total de empregos do estado Evolução (empregos) 2006/08 296 1.565,61 0,02% 36,4% 19.052 1.082,26 1,07% 6,2% 38.537 998,90 2,17% 12,1% Grupo 494 - Transporte dutoviário 27 6.841,37 0,00% 8,0% Grupo 495 - Trens turísticos, teleféricos e similares Grupo 501 - Transporte marítimo de cabotagem e longo curso Grupo 502 - Transporte por navegação interior 111 1.015,96 0,01% 13,3% 42 3.773,06 0,00% -51,7% 255 1.107,65 0,01% 12,8% Grupo 503 - Navegação de apoio 115 2.966,83 0,01% -2,5% Grupo 509 - Outros transportes aquaviários Grupo 511 - Transporte aéreo de passageiros 114 1.089,14 0,01% 86,9% 691 1.625,34 0,04% 160,8% Grupo 512 - Transporte aéreo de carga 61 2.331,78 0,00% 117,9% Grupo 513 - Transporte espacial - - 0,00% 0% Grupo 521 - Armazenamento, carga e descarga Grupo 522 - Atividades auxiliares dos transportes terrestres Grupo 523 - Atividades auxiliares dos transportes aquaviários Grupo 524 - Atividades auxiliares dos transportes aéreos Grupo 525 - Atividades relacionadas à organização do transporte de carga 8.078 1.319,49 0,45% 61,3% 2.206 856,24 0,12% 31,7% 2.339 2.398,43 0,13% 26,6% 534 2.109,99 0,03% -23,5% 1.780 1.115,42 0,10% 48,1% Total 74.238 1.122,29 4,18% 16,2% Fonte: MTE, Relação Anual de Informações Sociais. Nota: Sinal convencional utilizado: - Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento. 52

5.4.7 Número de Empregos Ligados ao Serviço de Informação, Atividades de Tecnologia da Informação (TI) e Atividades de Telecomunicações Tabela 37 - Empregos ligados aos serviços de informação, atividades de TI e atividades de telecomunicações em Santa Catarina - 2008 Grupos de Atividades Econômicas, segundo classificação CNAE - versão 2.0 GRUPO 611 - Telecomunicações por fio GRUPO 612 - Telecomunicações sem fio GRUPO 613 - Telecomunicações por satélite GRUPO 614 - Operadoras de televisão por assinatura GRUPO 619 - Outras atividades de telecomunicações GRUPO 620 - Atividades dos serviços de tecnologia da informação GRUPO 631 - Tratamento de dados, hospedagem na internet e outras atividades relacionadas GRUPO 639 - Outras atividades de prestação de serviços de informação Empregos Remuneração Média (R$) (%) no total de empregos do estado Evolução (empregos) 2006/08 907 3.790,34 0,05% 323,8% 413 2.967,91 0,02% 39,1% 6 837,36 0,00% 100,0% 499 1.342,84 0,03% 134,3% 450 1.188,57 0,03% -17,9% 8.317 2.148,33 0,47% 51,6% 7.178 842,47 0,40% -8,2% 2.436 883,12 0,14% -34,6% Total 20.206 1.580,71 38,68% 4852,5% Fonte: MTE, Relação Anual de Informações Sociais. 5.4.8 Relação Habitante por Emprego Em 2008, no estado de Santa Catarina a concorrência por uma colocação no mercado de trabalho formal determinava uma relação de 3,4 habitantes por emprego. No Brasil, esta relação era de 4,8. De acordo com o recorte territorial adotado pelo SEBRAE/SC, a melhor relação habitante por emprego de 2008 foi verificada na Grande Florianópolis, e a pior no Extremo Oeste (Gráfico 31). Gráfico 31 - Relação habitante por emprego, segundo coordenadorias regionais - 2008 2,4 3,0 3,4 3,4 3,5 3,7 4,2 5,3 5,8 Grande Florianópolis Vale do Itajaí Foz do Itajaí Regional Norte Meio Oeste Regional Oeste Regional Sul Serra Catarinense Extremo Oeste Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do MTE - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais e nas estimativas populacionais do IBGE de 2008. Nota: Resultados apresentados em ordem crescente da relação habitante/emprego. 53

5.4.9 Indicativo de Empresas para o Setor Informal A indisponibilidade de informações sobre o mercado informal inibe o estabelecimento de estimativas precisas. Frente a esta condição foram coletadas informações sobre o mercado informal de alguns setores do estado e país (Tabela 38). Tabela 38 - Estimativas de empresas para o setor informal estadual e nacional- 2003 Setores de atividade Indústria - exceto serviços industriais de utilidade pública Empresas do setor informal - 2003 Empresas do setor formal - MTE - RAIS/CAGED 2003 Empresas informais em relação ao nº de empresas formais SC Brasil SC Brasil SC Brasil 46.289 1.630.580 43.037 551.581 1,1 3,0 Construção civil 56.978 1.808.840 9.371 180.777 6,1 10,0 Comércio 75.344 3.403.804 126.220 2.736.760 0,6 1,2 Serviços - exceto administração pública 77.307 3.370.881 122.521 2.291.863 0,6 1,5 Total 255.918 10.214.105 301.149 5.760.981 0,85 1,77 Fonte: IBGE, Economia Informal Urbana (Ecinf) 2003. 5.4.10 Saldo de Admissões e Demissões Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego extraídos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, em 2008, o saldo de admissões e demissões do estado apresentou um resultado positivo de 73.906 empregos (Gráfico 32). Gráfico 32 - Saldo de admissões e demissões de Santa Catarina 2004-2008 100.000 90.000 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0 90.751 83.630 73.906 63.630 61.322 2004 2005 2006 2007 2008 Fonte: MTE, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). A Tabela 39 apresenta o saldo de admissões e demissões em 2008, segundo as seções da CNAE versão 2.0. 54

Tabela 39 - Saldo de admissões e demissões no Brasil, Santa Catarina e Santa Catarina em 2008, segundo seções da CNAE versão 2.0 Seção de Atividade Econômica, segundo classificação CNAE - versão 2.0 Santa Catarina Brasil Seção A - Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aqüicultura 97 17.443 Seção B - Indústrias extrativas 1.020 11.101 Seção C - Indústrias de transformação 13.826 155.155 Seção D - Eletricidade e gás 6 1.223 Seção E - Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 503 8.293 Seção F - Construção 10.033 211.519 Seção G - Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 20.568 399.995 Seção H - Transporte, armazenagem e correio 6.133 102.156 Seção I - Alojamento e alimentação 958 63.666 Seção J - Informação e comunicação 1.468 41.882 Seção K - Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 1.349 30.850 Seção L - Atividades imobiliárias 440 6.139 Seção M - Atividades profissionais, científicas e técnicas 2.215 63.761 Seção N - Atividades administrativas e serviços complementares 8.221 180.981 Seção O - Administração pública, defesa e seguridade social 1.924 9.829 Seção P - Educação 2.578 37.828 Seção Q - Saúde humana e serviços sociais 2.586 76.970 Seção R - Artes, cultura, esporte e recreação 56 5.335 Seção S - Outras atividades de serviços -102 28.216 Seção T - Serviços domésticos 28-152 Seção U - Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais -1 11 Total 73.906 1.452.201 Fonte: MTE, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). 5.5 RENDA MÉDIA DA POPULAÇÃO A caracterização da renda da população foi avaliada por dois aspectos. O primeiro, ligado à renda per capita; e o segundo, aos valores médios dos salários pagos em 2008 na região. 5.5.1 Renda Per Capita Tabela 40 - Renda Per Capita de Santa Catarina 1991-2000 Indicador Ano 1991 Ano 2000 Evolução 1991/2000 Renda per Capita (R$) 232,27 348,72 50,1% Percentual da renda proveniente de rendimentos do trabalho Percentual da renda proveniente de transferências governamentais, 1991 85,0% 73,0% -14,1% 9,7% 14,6% 50,3% Percentual de pessoas com mais de 50% da sua renda proveniente de transferências 6,9% 11,9% 73,1% governamentais Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. 55

5.5.2 Salários Médios Segundo as Atividades Econômicas Tabela 41 - Salário de ocupação médio, segundo Brasil e Santa Catarina em 2008, organizado pelas seções da CNAE versão 2.0 SEC CNAE 20 - Seção de Atividade Econômica, segundo classificação CNAE - versão 2.1 Seção A - Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aqüicultura Santa Catarina (R$) 2008 Brasil (R$) 796,21 766,52 Seção B - Indústrias extrativas 1.717,87 4.194,26 Seção C - Indústrias de transformação 1.154,34 1.467,01 Seção D - Eletricidade e gás 5.633,23 4.511,42 Seção E - Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 1.426,50 1.693,23 Seção F - Construção 931,18 1.140,29 Seção G - Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 914,70 935,04 Seção H - Transporte, armazenagem e correio 1.157,64 1.311,52 Seção I - Alojamento e alimentação 682,37 680,66 Seção J - Informação e comunicação 1.470,28 2.316,51 Seção K - Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 2.803,45 3.550,60 Seção L - Atividades imobiliárias 919,76 1.127,16 Seção M - Atividades profissionais, científicas e técnicas 1.377,80 1.861,82 Seção N - Atividades administrativas e serviços complementares 870,98 879,91 Seção O - Administração pública, defesa e seguridade social 2.137,42 2.011,41 Seção P - Educação 2.036,05 1.895,88 Seção Q - Saúde humana e serviços sociais 1.109,22 1.265,81 Seção R - Artes, cultura, esporte e recreação 871,13 1.028,43 Seção S - Outras atividades de serviços 952,08 1.037,37 Seção T - Serviços domésticos 509,91 528,99 Seção U - Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 2.190,22 2.361,92 Média Salarial 1.253,73 1.436,70 Fonte: MTE, Relação Anual de Informações Sociais. 56

5.6 FINANÇAS PÚBLICAS 5.6.1 Receitas por Fontes Tabela 42 - Fontes de receitas de Santa Catarina 2007-2008 Categorias/ Subcategorias Econômicas Receita realizada 2007 (R$) Receita realizada 2008 (R$) Participação 2008 Variação 07/08 Receitas correntes 8.771.914.061,31 10.729.874.941,65 93,0% 22,3% Tributária* 8.070.509.401,98 9.202.414.879,31 79,8% 14,0% De Contribuições* 704.471.952,38 784.857.487,88 6,8% 11,4% Patrimonial* 207.513.284,54 554.339.217,37 4,8% 167,1% Agropecuária* 2.037.238,74 2.338.490,68 0,0% 14,8% Industrial* 5.543.200,26 6.372.482,43 0,1% 15,0% De Serviços* 126.677.939,06 136.647.581,13 1,2% 7,9% Transferências Correntes* 2.564.955.765,28 3.427.200.690,20 29,7% 33,6% Outras Receitas Correntes* 233.238.127,70 376.421.020,77 3,3% 61,4% Deduções da Renda -3.143.032.848,63-3.760.716.908,12-32,6% 19,7% Rec. Intra-orçamentária corrente 299.515.079,25 552.922.757,05 4,8% 84,6% Receitas de capital 227.056.651,75 253.424.246,79 2,2% 11,6% Operações de Crédito 70.150.446,52 195.037.003,64 1,7% 178,0% Alienação de Bens 70.710.938,06 11.818.362,59 0,1% -83,3% Amortização de Empréstimos 29.859.455,18 34.019.065,69 0,3% 13,9% Transferências de Capital 13.441.671,97 12.549.814,87 0,1% -6,6% Outras Receitas de Capital 42.894.140,02 0,00 0,0% -100,0% Rec. Intra-orçamentária de capital 2.469.719,58 2.325.260,35 0,0% -5,8% TOTAL 9.300.955.511,89 11.538.547.205,84 100,0% 24,1% Fonte: Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina - Indicadores Financeiros e Sociais dos Municípios de SC 2007. Nota: Com exceção da Arrecadação federal gerada no município e Arrecadação de ICMS gerada no município, todos os valores monetários registrados nesta planilha estão atualizados para 01 de janeiro de 2009, pela variação do IGP-DI. 57

5.6.2 Receita Orçamentária Per Capita No período de 2003 a 2007, a média estadual da receita orçamentária per capita evoluiu 40,7% (Tabela 43). Tabela 43 - Receita orçamentária per capita de Santa Catarina - 2003/2007 Ano Média Estadual Receita "per Capita" (R$) 2003 1.258,43 2004 1.354,45 2005 1.523,35 2006 1.681,63 2007 1.770,27 Evolução 2003/2007 40,7% Fonte: Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina - Indicadores Financeiros e Sociais dos Municípios de SC 2007. Nota: Com exceção da Arrecadação federal gerada no município e Arrecadação de ICMS gerada no município, todos os valores monetários registrados nesta planilha estão atualizados para 01 de janeiro de 2009, pela variação do IGP-DI. 5.6.3 Receita Própria Per Capita No período de 2003 a 2007, a média estadual da receita própria per capita aumentou 37%. Tabela 44 - Receita própria per capita de Santa Catarina - 2003/2007 Ano Média Estadual Receita Própria "Per Capita" (R$) 2003 194,24 2004 195,18 2005 187,46 2006 234,27 2007 266,12 Evolução 2003/2007 37,0% Fonte: Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina - Indicadores Financeiros e Sociais dos Municípios de SC 2007. Nota: Com exceção da Arrecadação federal gerada no município e Arrecadação de ICMS gerada no município, todos os valores monetários registrados nesta planilha estão atualizados para 01 de janeiro de 2009, pela variação do IGP-DI. 5.7 SETOR PRIMÁRIO A análise do setor primário está baseada em dados do Censo Agropecuário do IBGE referentes ao período de 2003 a 2007. Neste tópico são apresentados resultados das lavouras temporárias, lavouras permanentes, o efetivo do rebanho e os produtos de origem animal. 5.7.1 Lavoura Temporária Baseado nos dados do IBGE sobre a produção agrícola de 2007, no que se refere à produção de lavouras temporárias, Santa Catarina é o maior produtor nacional de cebola, o segundo maior no cultivo de arroz e fumo e o terceiro de alho. O desempenho das lavouras temporárias existentes no estado é detalhado na Tabela 45. 58

Tabela 45 - Quantidade produzida, área plantada e valor da produção das lavouras temporárias de Santa Catarina - 2003/2007 Principais Produtos Quantidade produzida (Toneladas) Área plantada (Hectare) Valor da produção (Em mil reais) 2003 2007 2003 2007 2003 2007 Abacaxi 877 605 67 54 378,00 562,00 Alho 15.656 16.474 2.145 1.796 31.832,00 45.273,00 Arroz (em casca) 1.034.558 1.038.438 143.670 154.812 606.044,00 428.106,00 Aveia (em grão) 19.806 18.393 20.694 24.160 4.952,00 14.145,00 Batata - doce 42.325 48.981 2.388 3.056 13.306,00 25.216,00 Batata - inglesa 128.207 102.507 10.083 7.384 60.669,00 37.253,00 Cana-de-açúcar 648.989 734.562 16.728 17.740 45.106,00 70.162,00 Cebola 409.553 431.002 25.905 20.795 161.029,00 206.493,00 Feijão (em grão) 188.626 214.924 146.942 130.528 223.479,00 124.096,00 Fumo (em folha) 213.339 249.015 120.899 121.969 812.755,00 1.045.179,00 Mandioca 538.930 633.216 28.417 32.451 84.139,00 91.274,00 Melancia 22.349 63.801 900 2.577 5.883,00 16.514,00 Melão 808-58 - 644,00 - Milho (em grão) 4.310.934 3.793.364 856.427 694.993 1.188.930,00 1.046.087,00 Soja (em grão) 712.175 1.111.456 257.086 385.696 403.675,00 516.015,00 Tomate 129.096 136.764 2.507 2.308 82.936,00 71.363,00 Trigo (em grão) 171.969 203.334 77.541 81.675 52.244,00 98.852,00 Total 8.588.197 8.796.836 1.712.457 1.681.994 3.778.001 3.836.590 Evolução no período 2,4% -1,8% 1,6% 2003/2007 Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal. Nota: Sinal convencional utilizado: - Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento. O gráfico a seguir apresenta comparativos da evolução da lavoura temporária. Gráfico 33 - Comparativo da evolução da lavoura temporária segundo Brasil e Santa Catarina no período 2003/2007 Lavoura Temporária Quantidade produzida Área plantada Valor da produção Santa Catarina 2,4% -1,8% 1,5% Brasil 30,4% 6,5% 9,7% Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal. 59

5.7.2 Lavoura Permanente Baseado nos dados do IBGE sobre a produção agrícola de 2007, no que se refere à produção de lavouras permanentes, Santa Catarina destaca-se como o maior produtor nacional de maçã e o terceiro maior de banana. O desempenho das lavouras temporárias existentes no estado é detalhado na Tabela 46. Tabela 46 - Quantidade produzida, área plantada e valor da produção das lavouras permanentes de Santa Catarina - 2003/2007 Principais Produtos Quantidade produzida (Toneladas) Área plantada (Hectare) Valor da produção (Em mil reais) 2003 2007 2003 2007 2003 2007 Banana 618.403 655.973 29.714 31.090 128.130,00 230.754,00 Erva-mate - folha verde 52.474 37.909 13.025 11.349 7.666,00 8.094,00 Figo 384 52 39 10 274,00 52,00 Goiaba 63 28 7 4 11,00 28,00 Laranja 143.071 125.118 9.649 8.020 27.199,00 23.198,00 Maçã 475.095 598.680 16.348 19.259 296.855,00 385.591,00 Mamão 40 40 4 4 44,00 50,00 Maracujá 8.229 5.904 624 398 3.458,00 2.544,00 Palmito 1.569 1.786 552 1.334 4.662,00 3.002,00 Pera 1.757 2.217 146 206 1.324,00 2.336,00 Pêssego 29.788 8.943 3.544 2.733 13.148,00 12.926,00 Tangerina 6.877 6.016 786 728 2.396,00 3.200,00 Uva 41.709 54.603 3.671 4.915 23.813,00 56.114,00 Total 1.379.459 1.497.269 78.109 80.050 508.980 727.889 Evolução no período 8,5% 2,5% 43,0% 2003/2007 Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal. Considerando a safra 2007 de produtos da lavoura permanente, maçã e banana foram os produtos de maior representatividade econômica para o estado. O gráfico a seguir apresenta comparativos da evolução da lavoura permanente. Gráfico 34 - Comparativo da evolução da lavoura permanente segundo Brasil e Santa Catarina no período 2003/2007 Lavoura Permanente Quantidade produzida Área plantada Valor da produção Santa Catarina 8,5% 2,5% 43,0% Brasil 9,0% -0,4% 32,1% Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal. 60

5.7.3 Rebanho Santa Catarina detém o maior rebanho nacional de suínos e o segundo de frangos. O rebanho estadual tem seu detalhamento na tabela que segue. Tabela 47 - Efetivo do rebanho em Santa Catarina - 2003/2007 Tipo de rebanho (em cabeças) Ano 2003 2007 Evolução 2003/2007 Asininos (cabeças) 507 594 17,2% Bovinos (cabeças) 3.189.825 3.488.992 9,4% Bubalinos (cabeças) 18.649 22.845 22,5% Caprino (cabeças) 35.394 49.812 40,7% Codornas (cabeças) 299.238 208.585-30,3% Coelhos (cabeças) 42.867 34.678-19,1% Equinos (cabeças) 130.275 98.716-24,2% Galinhas (cabeças) 12.626.669 17.713.562 40,3% Galos, frangas, frangos e pintos (cabeças) 133.025.935 157.392.562 18,3% Muar (cabeças) 2.646 2.238-15,4% Ovino (cabeças) 202.412 241.089 19,1% Suínos (cabeças) 5.432.143 7.156.013 31,7% Total 155.006.560 186.409.686 20,3% Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal. 5.7.4 Produtos de Origem Animal O estado catarinense, segundo dados de 2007, é o quarto maior produtor de mel e quinto na produção de leite. Os produtos de origem animal têm sua produção e evolução relacionada na tabela 48. Tabela 48 - Produção de origem animal em Santa Catarina - 2003/2007 Tipo de rebanho (em cabeças) Ano Evolução 2003 2007 2003/2007 Lã (kg) 193.416 245.862 27,1% Leite (mil litros) 1.332.286 1.865.570 40,0% Mel de abelha (kg) 4.511.043 3.470.963-23,1% Ovos de Codorna (mil dúzias) 4.895 3.374-31,1% Ovos de Galinha (mil dúzias) 172.036 203.677 18,4% Total 6.213.676 5.789.446-6,8% Fonte: IBGE, Pesquisa Pecuária Municipal. 5.7.5 Pesca e Aquicultura Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, no Brasil, a produção pesqueira industrial de 2007, alcançou um volume estimado de 1.072.226 toneladas, o que correspondeu a um crescimento de 2% quando comparado com o ano anterior. Segundo o mesmo ministério, esta produção correspondeu a R$ 3,6 bilhões. A pesca desempenha importante papel na economia catarinense, o estado é o maior produtor de pescado e crustáceos do país. Os cerca de 500 quilômetros de litoral contribuem para que a atividade pesqueira de Santa Catarina seja bastante diversificada, tendo sua produção baseada em diversas espécies de peixes, 61

crustáceos e moluscos, capturados por diferentes tipos de embarcações e métodos de pesca. Em 2007 Santa Catarina alcançou o primeiro lugar na produção de pescado nacional com um volume de 184.493,5 toneladas (um incremento de 11,9% em relação a 2006), seguido pelo Paraná com uma produção de 129.981,5 toneladas. No mesmo ano, Santa Catarina respondeu pelo segundo maior valor da produção pesqueira com R$ 412,2 milhões, superado somente pelo Paraná com um valor de produção pesqueira da ordem de R$ 439,4 milhões. É oportuno mencionar que segundo dados do boletim estatístico da pesca industrial de Santa Catarina, em 2008, o município de Itajaí foi responsável pelo desembarque de 74.454.344 kg de pescado, o equivalente a 55,4% da produção pesqueira industrial. Seguido por Navegantes com 29,2% e Porto Belo com 6,6% produção pesqueira industrial. A aquicultura nacional respondeu por 27% da produção pesqueira brasileira representando em 2007 uma produção de 289.049,5 toneladas. A produção aquícola catarinense, somando a maricultura e a água doce, alcançaram neste ano, um total de 34.795 toneladas, o que equivale a 23,2% do que produz a pesca extrativa do Estado. Em 2007 a maricultura representou 34% da produção aquícola catarinense. De modo especial, a maricultura com foco no cultivo de moluscos vem se desenvolvendo ano após ano no estado. A maricultura realizada em Santa Catarina surgiu como uma alternativa para substituir a pesca artesanal decadente, em decorrência do aumento da pesca industrial e do não respeito do período do defeso de algumas espécies. Estimativas indicam que no período de 1984 a 1990, a pesca artesanal foi responsável por 16% da captura de pescado no estado, vindo a alcançar em 1998, uma participação de 7%. A princípio, a maricultura foi vislumbrada como uma alternativa de complementação de renda para os pescadores artesanais, mas, com o decorrer dos anos, passou a representar a principal fonte de renda (ICEPA, 2004). A Universidade Federal de Santa Catarina e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) são as precursoras da atividade de maricultura, fornecendo tecnologia e assistência técnica aos produtores. A atuação destas entidades foi decisiva para o amadurecimento da aquicultura estadual. Dois projetos estruturantes estão contribuindo fortemente para solucionar os gargalos da cadeia produtiva de moluscos. São eles: Arranjo Produtivo Local da Malacocultura (APL) e o Projeto de Indicação Geográfica da Ostra de Florianópolis. Estes projetos reúnem produtores, pesquisadores e extensionistas em comitês gestores na busca de soluções e alternativas para o setor, promovendo a integração interpessoal e interinstitucional, fortalecendo as ações e otimizando resultados e recursos. Registra-se neste sentido, a atuação do SEBRAE junto a estas instituições. Santa Catarina, segundo dados da Epagri produziu em 2008, 2.213 toneladas de ostras. Neste ano, Florianópolis respondeu por 53,2% da produção estadual, Palhoça 38% e São José 4,5%. Com relação ao cultivo de mexilhões, em 2008, o excesso de chuvas verificado em Santa Catarina determinou alta mortalidade deste molusco em função da queda da salinidade da água do mar que atingiu índices mínimos, além de ter comprometido a safra de 2009, com a mortalidade massiva das sementes oriundas dos coletores artificiais. Considerando o volume da produção estadual de 10.891 62

toneladas, os destaques em 2008 ficaram por conta dos municípios de Palhoça, com 5.299 toneladas, representando 47,8% da produção catarinense, Penha, com 1.596 toneladas, representando 14,7% e São Francisco do Sul com 9,2% da produção catarinense (Epagri/Cedap 2008). 5.8 SETORES TRADICIONAIS, EMERGENTES E COM TENDÊNCIAS DE EXPANSÃO 5.8.1 Aspectos Metodológicos Utilizados para a Identificação de Setores de Atividades Econômicas Prioritárias Nesta etapa do estudo, os setores de atividades econômicas foram separados em três categorias: tradicionais, emergentes e com tendências de expansão. A composição de cada categoria seguiu a presente orientação metodológica: Tradicionais: Atividades econômicas predominantes no estado com base no VAF, número de empresas e empregos; Emergentes: Atividades que demonstram evolução expressiva quanto ao VAF, número de empresas e empregos e tem assumido maior participação na economia do estado; Tendências de expansão: Setores de pouca representatividade na economia do estado, que demonstram potencial de crescimento expressivo. Visando destacar tais atividades econômicas, com método único e estruturado, foi desenvolvida uma matriz de pontuação, aplicada para o nível de Grupos (3 dígitos) da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Premissas 1. Os Grupos de Atividade Econômica (GAEs) caracterizados pela atuação do poder público foram excluídos da seleção de setores, assim como GAEs que compreendem atividades de grandes empresas (provedores de serviço de utilidade pública, como distribuição e geração de energia) e atividades com características peculiares que dificultam o planejamento de ações setoriais (Atividades de organizações sindicais). A seguir são destacados os Grupos de Atividade Econômica (51 do total de 285) que foram excluídos da análise: o GRUPO 351 - Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica o GRUPO 352 - Produção e distribuição de combustíveis gasosos por redes urbanas o GRUPO 353 - Produção e distribuição de vapor, água quente e ar condicionado o GRUPO 360 - Captação, tratamento e distribuição de água o GRUPO 370 - Esgoto e atividades relacionadas o GRUPO 381 - Coleta de resíduos o GRUPO 382 - Tratamento e disposição de resíduos o GRUPO 390 - Descontaminação e outros serviços de gestão de resíduos o GRUPO 531 - Atividades de Correio o GRUPO 532 - Atividades de malote e de entrega 63

o GRUPO 641 - Banco Central o GRUPO 642 - Intermediação monetária depósitos à vista o GRUPO 643 - Intermediação não monetária outros instrumentos de captação o GRUPO 644 - Arrendamento mercantil o GRUPO 645 - Sociedades de capitalização o GRUPO 646 - Atividades de sociedades de participação o GRUPO 647 - Fundos de investimento o GRUPO 649 - Atividades de serviços financeiros não especificados anteriormente o GRUPO 652 - Seguros saúde o GRUPO 653 - Resseguros o GRUPO 654 - Previdência complementar o GRUPO 655 - Planos de saúde o GRUPO 661 - Atividades auxiliares dos serviços financeiros o GRUPO 662 - Atividades auxiliares dos seguros, da previdência complementar e dos planos de saúde o GRUPO 663 - Atividades de administração de fundos por contrato ou comissão o GRUPO 841 - Administração do estado e da política econômica e social o GRUPO 842 - Serviços coletivos prestados pela administração pública o GRUPO 843 - Seguridade social obrigatória o GRUPO 851 - Educação infantil e ensino fundamental o GRUPO 852 - Ensino médio o GRUPO 853 - Educação superior o GRUPO 854 - Educação profissional de nível técnico e tecnológico o GRUPO 855 - Atividades de apoio à educação o GRUPO 859 - Outras atividades de ensino o GRUPO 861 - Atividades de atendimento hospitalar o GRUPO 862 - Serviços móveis de atendimento a urgências e de remoção de pacientes o GRUPO 863 - Atividades de atenção ambulatorial executadas por médicos e odontólogos o GRUPO 864 - Atividades de serviços de complementação diagnóstica e terapêutica o GRUPO 865 - Atividades de profissionais da área de saúde, exceto médicos e odontólogos o GRUPO 866 - Atividades de apoio à gestão de saúde o GRUPO 869 - Atividades de atenção à saúde humana não especificadas anteriormente o GRUPO 871 - Atividades de assistência a idosos, deficientes físicos, imunodeprimidos e convalescentes o GRUPO 872 - Atividades de assistência psicossocial e à saúde a portadores de distúrbios psíquicos o GRUPO 873 - Atividades de assistência social prestadas em residências coletivas e particulares o GRUPO 880 - Serviços de assistência social sem alojamento 64

o GRUPO 941 - Atividades de organizações associativas patronais, empresariais e profissionais o GRUPO 942 - Atividades de organizações sindicais o GRUPO 943 - Atividades de associações de defesa de direitos sociais o GRUPO 949 - Atividades de organizações associativas não especificadas anteriormente o GRUPO 970 - Serviços domésticos o GRUPO 990 - Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 2. Foram excluídos GAEs que possuem representatividade inferior a 0,05% em relação ao volume total de empresas do estado. 3. Também não compreendem a análise, os GAEs que apresentaram Valor Adicionado Fiscal igual a zero em 2007 e Quociente Locacional zerado em 2008. A metodologia de análise seguiu critério de pontuação para cada variável seguindo a régua de ponderação exposta no quadro a seguir: Quadro 2: Régua de pontuação para priorização de setores de atividades econômicas prioritárias Variável Quociente Locacional x = 0 x < 1 Representatividade do VAF (ano 2007) do GAE em relação ao estado Representatividade do número de empresas (ano 2008) do GAE em relação ao estado Representatividade do número de empregos (ano 2008) do GAE em relação ao estado Evolução do VAF do GAE entre os anos de 2005 e 2007 Evolução do número de empresas do GAE entre os anos de 2006 e 2008 Evolução do número de empregos do GAE entre os anos de 2006 e 2008 Pontuação 0 1 2 3 4 5 6 x = 0,0% x 0,3% x = 0,0% x 0,3% x = 0,0% x 0,3% x 0,0% x 0,0% x 0,0% 0 < x 10,0% 0 < x 10,0% 0 < x 10,0% 1 x < 1,5 0,3% < x 0,5% 0,3% < x 0,5% 0,3% < x 0,5% 10,0% < x 25,0% 10,0% < x 25,0% 10,0% < x 25,0% 1,5 x < 2 0,5% < x 1,0% 0,5% < x 1,0% 0,5% < x 1,0% 25,0% < x 50,0% 25,0% < x 50,0% 25,0% < x 50,0% 2 x < 2,5 1,0% < x 2,0% 1,0% < x 2,0% 1,0% < x 2,0% 50,0% < x 75,0% 50,0% < x 75,0% 50,0% < x 75,0% 2,5 x < 3 2,0% < x 3,0% 2,0% < x 3,0% 2,0% < x 3,0% 75,0% < x 100,0% 75,0% < x 100,0% 75,0% < x 100,0% 3 x 3,0% < x 3,0% < x 3,0% < x 100,0% < x 100,0% < x 100,0% < x Setores Tradicionais Para seleção de dez setores classificados como tradicionais utilizou-se a seguinte metodologia de cálculo: As pontuações auferidas para cada variável elencada para definição dos setores tradicionais foram multiplicadas por um respectivo peso (peso total igual a 100%) e somadas, quais sejam: a) Quociente Locacional * 10%; b) Representatividade do VAF (ano 2007) do GAE em relação ao estado * 50%; 65

c) Representatividade do número de empresas (ano 2008) do GAE em relação ao estado * 20%; d) Representatividade do número de empregos (ano 2008) do GAE em relação ao estado * 20%. A classificação dos setores tradicionais partiu da ordenação dos setores com maior valor resultante das somas da pontuação das variáveis elencadas acima, multiplicadas pelo respectivo peso. Para os casos de empate entre dois ou mais grupos de atividade econômica, o fator seguinte para seleção foi o maior valor adicionado fiscal de cada GAE. Setores Emergentes A composição dos cinco setores qualificados como emergentes não contou com os dez setores anteriormente elencados como tradicionais. A pontuação acumulada pelos GAEs restantes também foi utilizada como critério para seleção dos emergentes, visto que tais setores devem apresentar considerável participação no VAF, volume de empresas e empregos. Para seleção destes setores foi utilizada como premissa a necessidade que a evolução do VAF no período 2005-2007, e de empresas e empregos no período 2006-2008, seja positiva. Os GAEs selecionados também deveriam como premissa, para análise, ter participação mínima de 0,2% em relação ao VAF do estado. As variáveis selecionadas foram somadas relacionadas aos seguintes pesos: a) Pontuação acumulada na seleção de setores tradicionais * 20%; b) Evolução do VAF do GAE entre os anos de 2005 e 2007 * 40%; c) Evolução do número de empresas do GAE entre os anos de 2006 e 2008 * 20%; d) Evolução do número de empregos do GAE entre os anos de 2006 e 2008 * 20%; A classificação dos setores emergentes partiu da ordenação dos setores com maior valor resultante das somas da pontuação das variáveis elencadas acima, multiplicadas pelo respectivo peso. Semelhante à análise anterior, os casos de empate entre dois ou mais grupos de atividade econômica teve como fator seguinte para seleção o maior valor adicionado fiscal de cada GAE. Tendências Expansão Os cinco setores definidos como tendências regionais também devem possuir evolução positiva do VAF no período 2005-2007, e de empresas e empregos no período 2006-2008. Foram atribuídos pesos para a soma das seguintes variáveis: a) Quociente Locacional * 40%; b) Evolução do VAF do GAE entre os anos de 2005 e 2007 * 20%; c) Evolução do número de empresas do GAE entre os anos de 2006 e 2008 * 20%; d) Evolução do número de empregos do GAE entre os anos de 2006 e 2008 * 20%. A classificação dos setores definidos como tendências partiu da ordenação dos setores com maior valor resultante das somas da pontuação das variáveis elencadas acima, multiplicadas pelo respectivo peso. Caso haja empate entre dois ou mais grupos de atividade econômica, o fator seguinte para seleção foi o maior quociente locacional de cada GAE. 66

5.8.2 Setores Tradicionais Seguindo a metodologia exposta, a tabela a seguir apresenta os grupos de atividades econômicas classificadas como setores tradicionais. Tabela 49 Grupos de atividades econômicas classificados como setores tradicionais, organizados em ordem crescente da CNAE Grupos de Atividades Econômicas - versão CNAE 2.0 GRUPO 101 - Abate e fabricação de produtos de carne GRUPO 141 - Confecção de artigos do vestuário e acessórios GRUPO 162 - Fabricação de produtos de madeira, cortiça e material trançado, exceto móveis GRUPO 222 - Fabricação de produtos de material plástico GRUPO 463 - Comércio atacadista especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo GRUPO 468 - Comércio atacadista especializado em outros produtos GRUPO 471 - Comércio varejista não especializado GRUPO 475 - Comércio varejista de equipamentos de informática e comunicação; equipamentos e artigos de uso doméstico GRUPO 478 - Comércio varejista de produtos novos não especificados anteriormente e de produtos usados GRUPO 493 - Transporte rodoviário de carga QL de SC em relação ao BR VAF 2007 (R$) Número de Empresas 2008 Número de Empregos 2008 VAF (Evolução 2005/2007) Evolução Empresas 2006/2008 Evolução de Empregos 2006/2008 1,98 5.790.749.497 720 56.773 3% 14% 9% 2,17 2.352.585.276 11.040 89.060 21% 6% 10% 3,10 754.577.873 2.724 26.458-9% -1% -9% 1,46 1.672.586.545 1.408 31.250 5% 3% 1% 1,27 2.123.125.434 4.397 18.090 24% 6% 20% 1,27 4.443.889.139 2.782 10.336 1% 8% 25% 0,74 1.964.371.385 14.886 61.611 30% -2% 18% 0,86 1.012.335.294 15.859 31.967 12% 11% 18% 0,96 1.489.313.186 36.946 58.872 25% 3% 10% 1,70 2.116.123.907 12.788 38.537 13% 5% 12% Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do MTE - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais. 67

5.8.3 Setores Emergentes Seguindo a metodologia exposta, a tabela a seguir apresenta os grupos de atividades econômicas classificadas como setores emergentes. Tabela 50 Grupos de atividades econômicas classificados como setores emergentes, organizados em ordem crescente da CNAE Grupos de Atividades Econômicas - versão CNAE 2.0 QL de SC em relação ao BR VAF 2007 (R$) Número de Empresas 2008 Número de Empregos 2008 VAF (Evolução 2005/2007) Evolução Empresas 2006/2008 Evolução de Empregos 2006/2008 GRUPO 105 - Laticínios 0,95 698.559.573 608 4.693 62% 11% 23% GRUPO 293 - Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores GRUPO 331 - Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos GRUPO 332 - Instalação de máquinas e equipamentos GRUPO 469 - Comércio atacadista não especializado 2,00 252.400.156 194 6.045 54% 15% 26% 1,07 232.537.695 1.120 3.116 608% 3% 18% 1,38 1.000.863.857 365 1.258 25381% 14% 7% 1,13 712.824.320 731 3.692 106% 7% 37% Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do MTE - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais. 5.8.4 Setores com Tendência de Expansão Tabela 51 Grupos de atividades econômicas classificados como setores com tendência de expansão, organizados em ordem crescente da CNAE Grupos de Atividades Econômicas - versão CNAE 2.0 GRUPO 132 - Tecelagem, exceto malha QL de SC em relação ao BR VAF 2007 (R$) Número de Empresas 2008 Número de Empregos 2008 VAF (Evolução 2005/2007) Evolução Empresas 2006/2008 Evolução de Empregos 2006/2008 3,39 375.118.428 262 9.580 13% 30% 19% GRUPO 134 - Acabamentos em fios, 4,60 264.334.681 881 10.781 29% 21% 15% tecidos e artefatos têxteis GRUPO 283 - Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a 2,29 170.965.214 272 5.006 20% 17% 97% agricultura e pecuária GRUPO 422 - Obras de infra estrutura para energia elétrica, telecomunicações, 0,90 9.544.810 266 11.061 112% 31% 120% água, esgoto e transporte por dutos GRUPO 951 - Reparação e manutenção de equipamentos de 0,60 12.799.016 753 931 74% 81% 110% informática e comunicação Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do MTE - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais. 68

69 Relatório Estadual

6 INFRAESTRUTURA Nesta seção apresenta-se uma visão geral de Santa Catarina sob o ponto de vista de sua infraestrutura. Neste tópico são apresentados dados sobre a infraestrutura energética, abastecimento de água e saneamento básico, infraestrutura de transporte, meios de comunicação, dados sobre a frota de veículos, sistema financeiro, estrutura de telecomunicações e de entidades empresariais presentes na região. 6.1 ENERGIA ELÉTRICA A matriz energética catarinense é composta por quatro combustíveis principais: combustíveis fósseis e derivados de cana-de-açúcar; gás natural, carvão mineral e energia elétrica gerada por usinas hidrelétricas, termelétricas e três parques eólicos (dois no município de Água Doce e um em Bom Jardim da Serra). Segundo informações do Governo do Estado de Santa Catarina, o estado possui 83 empreendimentos de geração de energia elétrica em operação e há outras 19 obras previstas no Plano Decenal do Ministério de Minas e Energia, das quais nove já estão autorizadas ou licitadas. Essas obras assegurarão a auto-suficiência da oferta em Santa Catarina pelo menos até 2015. O estado foi contemplado pela rede de distribuição de gás natural. Esta rede beneficia 29 municípios, atravessando o estado no sentido norte/sul, mostrando-se com uma alternativa energética para a frota catarinense e à indústria, sobretudo, para os setores metalmecânico e têxtil no norte e o cerâmico ao sul. O fornecimento de energia elétrica atinge todos os municípios catarinenses, com distribuição, em sua maior parte, feita pela Centrais Elétricas de Santa Catarina (CELESC), empresa administrada pelo Governo Estadual. Santa Catarina possui o maior índice de eletrificação rural do Brasil, aproximadamente 100%. Em Santa Catarina, o número de unidades consumidoras de energia elétrica apresentou um aumento de 13,1% no período de 2004 a 2008. A evolução do consumo de energia no mesmo período foi de 25,9%. Tabela 52 Consumidores e consumo de energia elétrica em Santa Catarina no período de 2004-2008 Ano Nº de unidades consumidoras Consumo Total (kw/h) Média de Consumo Anual Per Capita (kw/h) 2004 1.942.592 13.756.579.550 7.081,6 2005 2.006.287 13.649.124.205 6.803,2 2006 2.070.825 13.069.753.526 6.311,4 2007 2.171.742 16.697.778.515 7.688,7 2008 2.197.866 17.324.645.812 7.882,5 Evolução no período 2004/2008 13,1% 25,9% 11,3% Fonte: Centrais Elétricas de Santa Catarina (CELESC) No estado, a classe de consumidores residenciais representa 21,9% do consumo de energia elétrica, a industrial 47,6%, a comercial 14,5% e a rural 10,1% (Tabela 53). 70

Tabela 53 Número de consumidores e demanda de energia elétrica, segundo tipologia das unidades consumidoras - Santa Catarina 2008 Tipo de consumidor Nº de unidades consumidoras Consumo total (kw/h) Representatividade no consumo Residencial 1.710.254 3.787.730.018 21,9% Industrial 69.957 8.217.904.999 47,6% Comercial 175.056 2.507.417.899 14,5% Rural 222.026 1.736.970.446 10,1% Poderes Públicos 17.793 308.621.272 1,8% Iluminação Pública 386 444.823.653 2,6% Serviço Público 2.016 250.908.532 1,5% Consumo Próprio 378 15.131.642 0,1% Total 2.197.866 17.269.508.461 100,0% Fonte: Centrais Elétricas de Santa Catarina (CELESC) 6.2 ÁGUA E SANEAMENTO 6.2.1 Abastecimento de Água Em Santa Catarina a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN), sociedade de economia mista é a principal concessionária de água e esgoto do estado. No território catarinense, assinala-se também, a presença de municípios que possuem seus próprios sistemas municipais de tratamento e distribuição de água; coleta e tratamento de esgoto e o recolhimento de resíduos sólidos. Segundo dados do IBGE relativos a 2000, Santa Catarina possuía 1.117.430 domicílios ligados a rede geral de abastecimento de água, representando 74,6% do total de domicílios existentes no estado. Outros 21,7% dos domicílios recebiam água através da canalização de poços e nascentes (Tabela 54). Tabela 54 Indicadores de abastecimento de água em Santa Catarina - 2000 Indicadores de abastecimento de água - 2000 Domicílios % relativo Ligados a rede geral 1.117.430 74,6% Canalizados poço ou nascente 325.355 21,7% Não canalizados poços ou nascentes 19.255 1,3% Outros canalizados 32.733 2,2% Outros não canalizados 3.969 0,3% Total de domicílios 1.498.742 100,0% Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000. Segundo o PNUD, em 1991, Santa Catarina tinha 90,3% de sua população abastecida com água, enquanto que a média nacional no mesmo ano era de 71,5% da população. Em 2000, Santa Catarina elevou o atendimento para 96,4% da população, e a média nacional passou para 80,8%. Tomando por base os dados de 2000, o Gráfico 35, apresenta comparativos do abastecimento de água frente ao panorama nacional. 71

Gráfico 35 - População abastecida com água, segundo Brasil e Santa Catarina no período 1991/2000 90,3% 96,4% 71,5% 80,8% Santa Catarina Brasil 1991 2000 Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. 6.2.2 Saneamento Básico O sistema de coleta e tratamento de esgoto catarinense tem sua caracterização conforme descreve a Tabela 55. Tabela 55 Indicadores de saneamento básico em Santa Catarina - 2000 Indicadores de saneamento básico - 2000 Santa Catarina Domicílios % relativo Ligados a rede de esgoto ou pluvial 292.268 19,5% Fossa séptica 809.764 54,0% Fossa rudimentar 267.908 17,9% Vala 62.571 4,2% Rio, lago ou mar 32.494 2,2% Outro escoadouro 10.118 0,7% Sem banheiro ou sanitário 23.619 1,6% Total de domicílios 1.498.742 100,0% Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000. 6.3 INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE 6.3.1 Portos e Aeroportos São cinco os portos de Santa Catarina: São Francisco do Sul, Navegantes, Itajaí, Imbituba e Laguna. Sendo que apenas os quatro primeiros têm destaque na exportação de produtos catarinenses. A distância rodoviária da capital Florianópolis em relação aos principais portos do estado é detalhada no quadro 3. Quadro 3 Distância rodoviária de Florianópolis em relação aos portos catarinenses Porto/Cidade Distância em km Porto de Imbituba 91 Porto de Itajaí 91 Porto de Laguna 113 Porto de Navegantes 91 Porto de São Francisco do Sul 175 Fonte: Editora Abril Guia Quatro Rodas Rodoviário 2007. Nota: Distância rodoviária calculada com base na rota mais curta. 72

O sistema aeroviário de Santa Catarina conta com uma rede de 18 aeroportos públicos distribuídos por todas as regiões do estado. Quatro são de responsabilidade da Infraero e estão localizados nos municípios de Florianópolis, Forquilhinha, Joinville e Navegantes. Os demais aeroportos são administrados pelos municípios por meio de convênio com o Governo do Estado. Estão em construção dois aeroportos, o Regional Sul, no município de Jaguaruna, e o Regional do Planalto Serrano, em Correia Pinto. Eles irão proporcionar um significativo acréscimo de qualidade na infraestrutura aeroportuária do estado. Estão projetados ainda mais dois aeroportos: um em São Joaquim e outro na região do Contestado, entre Joaçaba e Catanduvas. O quadro 4 destaca a relação dos aeroportos de Santa Catarina. Quadro 4 Rede de aeroportos públicos de Santa Catarina Municípios Coordenadoria Regional Tipo Vôo regular Operação visual diurna e noturna (VFR) Curitibanos Serra Catarinense Aeroporto Local D Joaçaba Meio Oeste Aeroporto Local C São Miguel do Oeste Extremo Oeste Aeroporto Local D Operação visual e por instrumentos diurna e noturna (VFR/IFR) Chapecó Oeste Aeroporto Regional A Florianópolis Grande Florianópolis Aeroporto Infraero A Forquilhinha Sul Aeroporto Infraero C Joinville Norte Aeroporto Infraero A Navegantes Foz do Itajaí Aeroporto Infraero A Operação somente vôo diurno (VFR diurno) Blumenau Vale do Itajaí Aeroporto Local D Caçador Meio Oeste Aeroporto Local C Concórdia Oeste Aeroporto Local D Dionísio Cerqueira Extremo Oeste Aeroporto Local D Lages Serra Catarinense Aeroporto Local D Laguna * Sul Aeroporto Local D Lontras Vale do Itajaí Aeroporto Local D São Joaquim * Serra Catarinense Aeroporto Local D Três Barras Norte Aeroporto Local D Videira Meio Oeste Aeroporto Local D Fonte: Secretaria de Estado de Infraestrutura de Santa Catarina; Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) Nota: (*) Interditado por falta de segurança operacional, na época da coleta das informações; (A) Operação de aeronaves com mais de 61 assentos; (B) Operação de aeronaves entre 31 e 60 assentos; (C) Operação de aeronaves de até 30 assentos; (D) Sem operação de vôo regular. O quadro 5 apresenta a distância da capital Florianópolis, em relação aos principais aeroportos catarinenses. 73

Quadro 4 Distância rodoviária de Florianópolis em relação aos principais aeroportos catarinenses Aeroporto/Cidade Distância em km Aeroporto Hercílio Luz - Florianópolis - Aeroporto Diomício Freitas - Forquilhinha 202 Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola - Joinville 169 Aeroporto Ministro Victor Konder - Navegantes 91 Aeroporto Serafin Enoss Bertaso - Chapecó 522 Fonte: Editora Abril, Guia Quatro Rodas Rodoviário 2007. Nota: Distância rodoviária calculada com base na rota mais curta. 6.3.2 Rodovias que cortam Santa Catarina Quadro 5 Rodovias que cortam o estado, segundo dependência administrativa - 2009 Discriminação Administração Sentido norte/sul BR 101 trecho norte Federal (sob concessão) BR 101 trecho sul Federal BR 116 Federal (sob concessão) BR 153 Federal BR 158 Federal BR 163 Federal Sentido leste/oeste BR 280 Federal BR 282 Federal BR 283 Estadual BR 285 Estadual Diagonal BR 386 Estadual De ligação BR 470 Federal BR 475 Estadual BR 477 Estadual BR 480 Estadual BR 486 Estadual Fonte: Governo do estado de Santa Catarina, Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (CIASC), Mapa Interativo de SC. 6.4 ESTRUTURA DE TELECOMUNICAÇÕES O setor de telecomunicações atende toda Santa Catarina. Segundo dados da Teleco, em 2009, haviam no estado 1.624.212 linhas fixas instaladas, destas, 1.347.195 estavam em serviço. A empresa OI, antiga Brasil Telecom é a responsável pela maior parte destes clientes. Assinala-se ainda a presença da empresa Global Village Teleccom (GVT) presente em 12 cidades: Balneário Camboriú, Blumenau, Brusque, Criciúma, Florianópolis, Içara, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Palhoça, São José e Tubarão. A telefonia móvel, segundo dados da Teleco referentes a fevereiro de 2010, opera 5.866.000 linhas. São quatro as operadoras neste setor: a TIM, a Vivo, a Oi e a Claro. Segundo levantamentos realizados em setembro de 2009, junto a 74

estas operadoras, o serviço de telefonia móvel estava indisponível para 53 dos municípios catarinenses. 6.5 PRINCIPAIS MEIOS DE COMUNICAÇÃO No estado foram identificados canais abertos de TV (Globo, Rede Vida, Cultura, Record, Record News, Bandeirantes e SBT), 87 emissoras de rádio FM, 95 emissoras de rádio AM, 117 rádios comunitárias e185 jornais de circulação estadual, regional e local. Santa Catarina possui em seu território, um total de 525 agências e postos dos Correios. 6.6 SISTEMA FINANCEIRO O sistema financeiro de Santa Catarina é constituído por 2.896 postos e agências bancárias, 72 cooperativas de crédito e 16 agências de microcrédito. A Tabela 56 detalha a tipologia das instituições que integram o sistema financeiro catarinense. Tabela 56 Número de agências e postos bancários segundo o tipo de dependência - Santa Catarina (out/2009) Tipo de dependência Quantidade Agências bancárias 923 Posto Avançado de Atendimento - PAA 20 Posto Bancário de Arrecadação e Pagamento - PAP 1 Posto de Atendimento Bancário - PAB 368 Posto de Atendimento Bancário Eletrônico - PAE 1.583 Posto de Atendimento Transitório - PAT 1 Total de Agências e postos bancários 2.896 Cooperativas de crédito 72 Agências de Microcrédito 16 Fontes: Banco Central do Brasil (BACEN), Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro de Gestão da Informação - Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina - Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina S.A (BADESC). 6.7 ENTIDADES EMPRESARIAIS E DE CLASSE Em Santa Catarina foram identificadas 811 entidades empresariais e de classe, assim dispostas: 123 entidades integrantes do sistema da Federação das Associações Comerciais e Industriais de Santa Catarina FACISC; 169 entidades ligadas à Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina FCDL/SC; 23 instituições ligadas à Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina; e 496 sindicatos (patronais e de trabalhadores). 75

6.8 FROTA DE VEÍCULOS Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), no ano de 2008 Santa Catarina possuía 2.904.009 veículos, sendo 1.689.780 automóveis. A evolução acumulada da frota de veículos catarinense nos últimos cinco anos foi de 41,3%, contra uma evolução de 38,9% da frota nacional. Tabela 57 Frota de veículos de Santa Catarina no período 2004-2008 Tipologia Ano 2004 2005 2006 2007 2008 Automóvel 1.267.614 1.360.042 1.450.976 1.566.190 1.689.780 Bonde - - 2 3 2 Caminhão 94.929 99.933 103.580 107.525 111.770 Caminhão Trator 23.890 25.614 27.045 28.727 30.923 Caminhonete 59.627 82.270 101.983 126.556 174.867 Camioneta 114.801 107.345 102.234 94.994 66.985 Chassi Plataforma 408 420 413 426 358 Ciclomotor 1.401 1.418 1.418 1.426 1.432 Microônibus 6.046 6.525 6.891 7.216 7.555 Motocicleta 354.914 405.229 460.254 520.589 573.113 Motoneta 56.238 71.807 95.514 121.343 141.899 Ônibus 11.890 12.420 12.982 13.444 14.040 Quadriciclo 9 10 9 10 10 Reboque 25.570 27.149 28.849 31.141 33.958 Semi-Reboque 32.978 35.849 38.118 41.071 44.031 Side-Car 419 486 555 635 670 Trator Esteira 8 8 8 8 8 Trator Rodas 1.289 1.333 1.393 1.596 1.759 Triciclo 46 69 95 115 141 Utilitário 2.486 3.508 4.901 7.003 10.216 Outros 365 334 315 266 492 Total de veículos 2.054.928 2.241.769 2.437.535 2.670.284 2.904.009 Fonte: DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito Nota: Sinal convencional utilizado: - Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento. Gráfico 36 Participação relativa da frota total de veículos, segundo as coordenadorias regionais - 2008 18,4% 15,3% 15,3% 14,6% 12,7% 9,7% 5,3% 5,2% 3,6% Norte Sul Grande Florianópolis Vale do Itajaí Foz do Itajaí Oeste Meio Oeste Serra Catarinense Extremo Oeste Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do DENATRAN - apoiados na Relação Anual de Informações Sociais. Nota: Resultados apresentados em ordem decrescente de participação da frota estadual. 76

habitantes por veículos habitantes por veículos Relatório Estadual No ano de 2008, Santa Catarina atingiu a marca de 2,1 habitantes para cada veículo, segundo dados do DENATRAN, a média nacional é de 3,5 habitantes por veículos (Gráfico 30). Gráfico 37 - Comparativo do número de habitantes por veículo, segundo Brasil e Santa Catarina - 2004/2008 2,8 2,1 4,6 3,5 Santa Catarina 2004 2008 Brasil Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do DENATRAN - e nas estimativas populacionais do IBGE de 2008. O gráfico a seguir apresenta o comparativo da relação habitante por veículo nas coordenadorias regionais. Gráfico 38 - Comparativo do número de habitantes por veículo, segundo coordenadorias regionais - 2008 1,8 1,9 2,0 2,0 2,2 2,2 2,3 2,3 2,8 Vale do Itajaí Foz do Itajaí Grande Florianópolis Sul Oeste Norte Extremo Oeste Meio Oeste Serra Catarinense Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC com base em dados do DENATRAN - e nas estimativas populacionais do IBGE de 2008. 77