ENCAPSULAMENTO PARA MEMS OU MICROSISTEMAS MEMS PACKAGING

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Transcrição:

ENCAPSULAMENTO PARA MEMS OU MICROSISTEMAS MEMS PACKAGING PS2613-2007 14 - MEMS 1 SUMÁRIO Introdução Encapsulamentos para MEMS: Uma disciplina em gestação Hierarquia do encapsulamento eletrônico Hierarquia do encapsulamento para MEMS Introdução ao Encapsulamento Eletrônico Mecanismos de falha em MEMS Encapsulamento a nível do Die Passivação, Isolação e Soldagem Encapsulamento a nível do Dispositivo Transdução de sinais, Interconexões elétricas e Soldagem Encapsulamento a nível do Sistema Projeto do encapsulamento, Fabricação dos encapsulamentos, Montagem do Micro-sistema, Inspeção e Testes do Micro-sistema Técnicas de encapsulamento 2D e 3D Micro-sistemas Modulares Bibliografia PS2613-2007 14 - MEMS 2 1

MEMS DEFINIÇÃO E SIGNIFICADO PS2613-2007 14 - MEMS 3 Dispositivos Ópticos Exemplo de MEMS Digital Light Processor! (DLP) PS2613-2007 14 - MEMS 4 2

Exemplo de MEMS MAP Sensor PS2613-2007 14 - MEMS 5 MEMS ou MICRO-SISTEMAS SISTEMAS PS2613-2007 14 - MEMS 6 3

CLASIFICAÇÕES DA MICROTECNOLOGIA PS2613-2007 14 - MEMS 7 CUSTO ESPERADO PARA SMART SYSTEMS PS2613-2007 14 - MEMS 8 4

APLICAÇÕES INOVATIVAS EM ELETRÔNICA E MEMS PS2613-2007 14 - MEMS 9 ROADMAP PARA MEMS PS2613-2007 14 - MEMS 10 5

PRIMEIRO ENCAPSULAMENTO DE MEMS PS2613-2007 14 - MEMS 11 MICROFLUIDICA PS2613-2007 14 - MEMS 12 6

MICRO-QU QUÍMICA BIO-SEPARAÇÃO MICROREATORES PS2613-2007 14 - MEMS 13 APLICAÇÕES DE MEMS EM AUTOMOTIVA PS2613-2007 14 - MEMS 14 7

APLICAÇÕES DE MEMS PS2613-2007 14 - MEMS 15 PROCESSOS DE MICROFABRICAÇÃO PS2613-2007 14 - MEMS 16 8

MEMS PACKAGING Disciplina em gestação O propósito do encapsulamento ou Packaging em Microeletrônica é o de fornecer suporte mecânico, inter-conexão elétrica, gerenciamento de calor e proteção aos Circuitos Integrados IC s em relação a fontes de interferência mecânicas e ambientais. No caso de MEMS e Microsistemas o encapsulamento deve cumprir todas estas funções com requerimentos adicionais de proteção ambiental e ao mesmo tempo permitir a interação com o meio ambiente para realizar as funções de sensoriamento e atuação com os diversos domínios de energia atuantes em condições mais severas de operação. Em geral os custos associados aos encapsulamentos de microsistemas representam parte significativa do custo total de fabricação. PS2613-2007 14 - MEMS 17 CONTROLE TÉRMICO T DOS ENCAPSULAMENTOS OBJETIVOS: Manter as temperatura das junções de todos os componentes abaixo dos níveis máximos permitidos Administrar a diferença de temperatura de junção entre componentes Administrar diferenças de temperatura entre membros estruturais do arranjo Quando implementada corretamente, uma boa administração térmica pode: Estender a vida dos componentes além da vida projetada. Manter a operação do dispositivo sem flutuações induzidas por temperatura excessiva. Aumentar as velocidades de chaveamento já que a temperatura de operação é reduzida nos dispositivos semicondutores. Aumentar a eficiência térmica dos componentes passivos. PS2613-2007 14 - MEMS 18 9

ADMINISTRAÇÃO TÉRMICA T nos ENCAPSULAMENTOS O processo de administração térmica pode ser dividido em três fases principais: Transferência de calor dentro do encapsulamento do componente semicondutor. Transferência de calor do encapsulamento até o dissipador de calor. Transferência de calor desde o dissipador de calor até o meio ambiente. PS2613-2007 14 - MEMS 19 MECANISMOS DE FALHA EM MEMS Os mecanismos associados a MEMS e Micro-sistemas são diferentes dos normalmente associados a microeletrônica, apresentando mecanismos de falha diversos aos relacionados com as juntas de solda como: Falhas por desgaste; Falhas por esticção ( adesão de duas superfícies muito próximas); Falhas por delaminação de filmes ou camadas; Falhas ambientais ( ciclos térmicos, vibração, choque, umidade, corrosão e efeitos de radiações incidentes); Ciclos de Fadiga termicamente induzidos; Amortecimento de micro-estruturas mecânicas. PS2613-2007 14 - MEMS 20 10

ENCAPSULAMENTO A NÍVEL N DE DIE PASSIVAÇÃO DO DIE Os encapsulamentos de MEMS freqüentemente estão em contato com meios agressivos, assim tornase necessário sua proteção através de camadas de passivação como: Deposição conforme de camadas de 2 ou 3 μm de substâncias orgânicas como Parylene (material Biocompatível) usando LPCVD em baixas temperaturas. Apresenta problemas de mudanças das características dinâmicas do dispositivo sensor ou atuador Cobertura da superfície do DIE com substâncias moles como Gel de Silicone Apresenta problemas de endurecimento com o tempo PS2613-2007 14 - MEMS 21 PASSIVAÇÃO DO DIE (Cont.) Uso de coberturas externas plásticas, com aberturas para passagens de sinal ou energia. Passivação de estruturas com micro-usinagem superficial com camadas de sacrifício (PSG) e de passivação (Si-Poly) usando LPCVD em baixa temperatura. PS2613-2007 14 - MEMS 22 11

ISOLAÇÃO DO DIE Trata-se da isolação do dispositivo de outras fontes de energia que podem interagir, perturbar e produzir interferências nos sensores ou atuadores do dispositivo em questão. Existem diversas tipos de isolação nos diversos domínios de energia mas distinguem-se os métodos mecânicos e eletromagnéticos. Métodos de Isolação Mecânicos: Compensações de problemas devidos ao CET dos materiais Modificação de caminhos térmicos Amortecimentos por mudança da razão de aspecto das estruturas Uso de estruturas diferenciais, de razão ou servo-estruturas Métodos de Isolação Eletromagnéticos: Gaiolas de Faraday Aterramentos adequados Codificação de sinais Uso de estruturas diferenciais PS2613-2007 14 - MEMS 23 SOLDAGEM OU COLAGEM DE DIES Soldagem Anódica Soldagem por Fusão Soldagem Eutética Soldagem com Vidro Soldagem com Solda tipo Soft PS2613-2007 14 - MEMS 24 12

SOLDAGEM ANÓDICA Permite a soldagem de substratos de silício com substratos de vidro Ao parâmetros críticos do processo são: Limpeza das superfícies Amplitude e duração da tensão aplicada Temperatura e área da região soldada A tensão aplicada varia de 400-1000V dependendo dos materiais e da temperatura. A Temperatura varia de 200-500 o C Dispositivo para Soldagem Anôdica Termômetro Controle de Temperatura Forno Amperímetro (ma) Bloco de A L Silício - V Fonte DC Vidro + Hot Plate PS2613-2007 14 - MEMS 25 Mecanismo da Soldagem Anódica Considera-se como um processo eletro-químico Em temperaturas elevadas, a mobilidade de íons positivos de sódio presentes no vidro é elevada A presença do campo elétrico externo causa a migração dos ions para o catodo negativamente carregado, na superfície posterior do substrato de vidro A migração dos íons Na + deixa para trás íons negativos. Esses íons negativos formam uma região de depleção (camada de carga espacial) adjacente à superfície de silício (com largura da ordem de 1 μm), o que dá origem a um forte campo elétrico interno na interface silício-vidro. Como resultado do campo elétrico interno fortes forças de origem eletrostática geram pressões da ordem de varias atmosferas, colocando o silício e vidro em contato intimo. A medida de corrente que flui pelo circuito elétrico é um bom indicador sobre o andamento do processo PS2613-2007 14 - MEMS 26 13

SOLDAGEM POR FUSÃO (DWB-DIRECT DIRECT WAFER BONDING) Consiste na fusão de superfícies de Silício, superfícies com filmes de óxido de silício ou outros materiais Mecanismos de soldagem de superfícies com dióxido de silício (SiO 2 //SiO 2 ) A conversão em óxido de silício do oxigênio presente entre as lâminas cria um vácuo parcial, que coloca as amostras em contato íntimo A superfície de silício termina em ligações incompletas ( Dangling Bonds) Estas ligações reagem rapidamente com água (da atmosfera ou incorporada durante o processo de limpeza) formando grupos SiOH Quando as amostras são colocadas em contato a temperatura ambiente, ligações de hidrogênio se desenvolvem entre as superfícies opostas Aquecendo-se as amostras quando a temperatura atinge perto de 200 o C, mais ligações de hidrogênio são desenvolvidas entre os grupo OH opostos devido a alta mobilidade destes grupos À medida que a temperatura aumenta, quando atinge 300 o C os grupos OH opostos interagem formando H 2 O e ligações Si-O-Si são formadas ( a água e hidrogênio se difundem para fora da interface). PS2613-2007 14 - MEMS 27 MECANISMOS DE SOLDAGEM DE SUPERFÍCIES DE Si Na presença de um óxido nativo a superfície é hidrófila. O estado hidrófilo é causado por grupos OH na superfície. Neste caso a soldagem ocorre de forma semelhante ao caso SiO 2 //SiO 2. Superfície hidrófobas podem ser obtidas limpando-se as amostras de silício em solução de HF. O estado hidrófobo é associado principalmente com grupos Si-H, Si-CHx e numa menor extensão com grupos Si-F. Acredita-se que forças de Wan der Walls sejam responsáveis pelo fato das amostras ficarem em contato íntimo. Aquecendo-se a amostra os grupos OH disponíveis contribuem para a atração entre as amostras, a 200 o C tem inicio a desidratação de grupos OH e as ligações de hidrogênio são substituídas por ligações Si-O-Si A 400 o C tem início a desidratação dos grupos Si-H e ligações covalentes Si-Si muito fortes são formadas. PS2613-2007 14 - MEMS 28 14

MÉTODO da COLAGEM ou SOLDA EUTÊTICA Solda Eutêtica: Die attach Eutêtico : Com este método não é necessário colocar nenhum adesivo no substrato. Isto é feito aquecendo a metalização do substrato, que colocada na metalização da parte inferior do Die formando uma cola intermetálica. A Colocação usando Solda Eutêtica permite: Ser usado em aplicações Militares e aero-espaciais Ser usado em sistemas MCM de multi-camadas Cerâmicos Usa a liga mais popular: Au-Si PS2613-2007 14 - MEMS 29 TÉCNICA da COLAGEM EUTÊTICA Aquecimento do Substrato @ 425 o C Aplicação de força e esfregada de Die O Si se difunde no Au até atingir a composição eutêtica e a fusão começa Uma frente líquida avança no Au e o Si continua difundindo-se Obtém-se então a soldagem completa É necessário prevenir a oxidação superficial do Si, de forma que é desejável realizar esta soldagem em ambiente de N 2 É necessário realizar uma excelente limpeza da superfície do Si, para a retirada do oxido nativo A espessura mínima de A u necessária para realizar a solda é de 150 nm PS2613-2007 14 - MEMS 30 15

USO de PRE-FORMAS USO DE PRE-FORMAS (A u - 2S i ) PARA POUPAR A u Utiliza-se uma pré-forma que encontra-se perto da composição eutêtica A solda realiza-se de forma mais rápida A difusão do Si é menor A soldagem desta forma exige camadas de Au de somente 10 nm PS2613-2007 14 - MEMS 31 COLAGEM de DIES USANDO VIDRO COLAGEM USANDO FILMES DE VIDRO Muitos encapsulamentos usam vidro que são mais baratos O vidro pode ser fundido a temperaturas maiores que 500 o C e o DIE colocado Alguns tipos de vidro tem coeficientes de expansão térmica similares ao silício Os filmes podem ser depositados usando técnicas de: Espirramento Catódico As superfícies não podem ser muito rugosas ou contaminadas Usando fosforosilicatos a solda ocorre a 1000 o C com boa resistência mecânica Usando Borosilicatos a solda ocorre a 450 o C com boa resistência mecânica Serigrafia Utiliza fritas de óxidos inorgânicos de Boro e Chumbo que misturadas com veículos orgânicos formam uma pasta adequada para serigrafia Após a deposição cura-se a pasta retirando-se o veículo orgânico, alinhando-se a estrutura e sob pressão realiza-se a cura a temperaturas maiores de 500 o C PS2613-2007 14 - MEMS 32 16

COLAGEM USANDO VIDRO-PRATA Método de baixo custo O sistema é de uma pasta de 81% de Ag carregado com vidro numa matriz orgânica Usa-se Dipping ou serigrafia para a deposição Coloca-se o DIE @ T ambiente Cura-se @ 375 oc no ar PS2613-2007 14 - MEMS 33 SOLDAGEM DE DIES USANDO POLÍMEROS Este processo é muito usado atualmente devido ao desempenho dos materiais usados desde o ponto de vista de parâmetros do processo como tempo de Cura, tempo de ciclo e qualidade geral. Se usam para encapsulamentos do tipo: BGAs, quad flat packs (QFPs), plastic leaded chip carriers (PLCCs) e SOICs. Método de baixo custo Usam-se Poliimidas com Ag e Epoxies As temperaturas de cura são de aprox. 130 o C no ar Usa-se Dipping ou serigrafia para a deposição Em altas temperaturas estes materiais degradam-se Em ambientes úmidos estes materiais degradam-se PS2613-2007 14 - MEMS 34 17

SOLDAGEM DE DIES USANDO SOLDA Die Attach com solda Soft : É um processo eutêtico onde se introduze a solda para obter a colagem. Utiliza-se solda tipo SOFT 95 Pb - 5 Sn A solda é introduzida através de pré-formas ou usando dispensing automático. É necessária uma camada de adesão O processo requer uma rampa de aquecimento e desaquecimento muito maior que a colagem eutêtica sem solda, porem a solda deve ser realizada rapidamente para não ultrapassar os limites de potência máximos do Die. Deve ser usada atmosfera redutora para evitar oxidação nas molduras. Componentes fabricados com este método são usados em aplicações automotivas e dispositivos de alta potência. PS2613-2007 14 - MEMS 35 ENCAPSULAMENTO A NÍVEL N DO DISPOSITIVO Transdução de Sinais Técnicas de Instrumentação eletrônica são usadas tipicamente Interconexão Elétrica WB WIRE BONDING TAB TAPE AUTOMATED BONDING FC FLIP CHIP COB CHIP on BOARD Soldagem ou Colagem de Dispositivos Soldagem por Fusão Soldagem Anódica Soldagem Eutética Soldagem com Vidro Soldagem com Solda tipo Soft PS2613-2007 14 - MEMS 36 18

TÉCNICAS DE INTERCONEXÃO ELÉTRICA WB Wire Bonding TAB Tape Automated Bonding CHIPonBOARD FLIP CHIP PS2613-2007 14 - MEMS 37 CARACTERÍSTICAS do WIRE BONDING PS2613-2007 14 - MEMS 38 19

BALL BONDING A vantagem do ball bonding constitui-se na seção redonda do capilar que permite dobras do fio em qualquer angulo, viabilizando assim o posicionamento do fio em qualquer direção usando-se somente movimentos X-Y. O processo de ball bonding consiste na formação de uma primeira solda, tipo bola (ball), no pad situado no die, seguida de uma segunda solda, tipo cunha (wedge), no terminal correspondente do encapsulamento ( leadframe ou substrato) para formar a conexão elétrica entre o Die e o portador carrier. Este processo apresenta diversas etapas e pode ser realizado em 80 mili-segundos. Bola livre Primeira Solda Segunda Solda PS2613-2007 14 - MEMS 39 PROCESSO de BALL BONDING PS2613-2007 14 - MEMS 40 20

WEDGE BONDING Solda tipo Wedge sempre permitiu a capacidade de diminuição do pad pitch, devido a que a solda pode ser realizada deformando o fio com 25 a 30 % além de seu diâmetro original. Comparativamente a formação ball bond implica numa deformação de 60 a 80 % de seu diâmetro original. Como a solda é menor, o pad pitch pode ser diminuído quando comparado com a técnica de Ball bonding. PS2613-2007 14 - MEMS 41 PROCESSO de WEDGE BONDING PS2613-2007 14 - MEMS 42 21

MOLDURAS ou LEAD FRAMES DIP LEADFRAME QUAD PACK LEADFRAME Power OP-AMP LEADFRAME PS2613-2007 14 - MEMS 43 SOLDAGEM do TERMINAL INTERNO em TAB PS2613-2007 14 - MEMS 44 22

SOLDAGEM do TERMINAL EXTERNO em TAB Passo1: Alimentação do dispositivo Passo2: Punção, formação de terminais e colagem Passo3: Retração da ferramenta PS2613-2007 14 - MEMS 45 OUTROS MÉTODOS M de ENCAPSULAMENTO COB (CHIP ON BOARD) PS2613-2007 14 - MEMS 46 23

TECNOLOGIA FLIP CHIP O comprimento das interconexões entre o Chip e substrato podem ser minimizadas colocando batentes Bumps de solda nos Pads do DIE, virando-o, alinhando-o com os Pads de contato no substrato e realizando uma refusão de solda para estabelecer a ligação entre DIE e Substrato. Esta técnica hoje permite realizar muitos tipos de encapsulamento como PGA, BGA e CSP PS2613-2007 14 - MEMS 47 DE BATENTES OU BUMPS PS2613-2007 14 - MEMS 48 24

ENCAPSULAMENTO A NÍVEL N DE SISTEMA Projeto do encapsulamento Requerem técnicas sofisticadas de analise e simulação para seleção de tecnologias (Ex. Packaging em 2D e 3D) e materiais a serem usados (Plásticos ou cerâmicos) Fabricação dos encapsulamentos Utilizam-se as técnicas já comentadas, algumas estão disponíveis somente a nível de laboratório Montagem do micro-sistema Requerem técnicas robotizadas ou de self-assembling, existem algumas técnicas a nível de protótipo em laboratórios de pesquisa Inspeção e Testes do micro-sistema São necessárias técnicas sofisticadas de inspeção como: Raios X Microscopia acústica Microscopia térmica Os testes envolvem medições de parâmetros que dependem da função do micro-sistema PS2613-2007 14 - MEMS 49 PROCESSO MULTICAMADA LTCC PARA ENCAPSULAMENTOS (2D) CERÂMICOS PIN GRID ARRAY PS2613-2007 14 - MEMS 50 25

ENCAPSULAMENTO 2D (MCM- MULTI CHIP MODULES ) PS2613-2007 14 - MEMS 51 TÉCNICAS DE ENCAPSULAMENTO 3D PS2613-2007 14 - MEMS 52 26

TÉCNICAS DE ENCAPSULAMENTO 3D (Cont.) PS2613-2007 14 - MEMS 53 SYSTEM ON A CHIP PS2613-2007 14 - MEMS 54 27

COMPARAÇÃO DE CONCEITOS PARA MEMS PACKAGING PS2613-2007 14 - MEMS 55 TB-BGA BGA (TOP-BOTTOM BOTTOM- BALL GRID ARRAY) COM LTCC PS2613-2007 14 - MEMS 56 28

IMPLEMENTAÇÃO DO PORTADOR COM LTCC PS2613-2007 14 - MEMS 57 INTERFACES NO SISTEMA MODULAR PS2613-2007 14 - MEMS 58 29

INTERFACES ÓTICAS E FLUÍDICAS PS2613-2007 14 - MEMS 59 3D-BGA POLIMÉRICO PS2613-2007 14 - MEMS 60 30

MÓDULOS DESENVOLVIDOS Microcontrolador de 16 Bits e Medidor de Vazão PS2613-2007 14 - MEMS 61 APLICAÇÕES DO CONCEITO MODULAR (SMART PRESSURE CONTROL SYSTEM) PS2613-2007 14 - MEMS 62 31