UTILIZAÇÃO DOS EXTRATOS DE Ricinus comunis L., Brassica juncea L. E Azadirachta indica (A. Juss.) NO CONTROLE DO SITOPHILUS SP.

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Transcrição:

UTILIZAÇÃO DOS EXTRATOS DE Ricinus comunis L., Brassica juncea L. E Azadirachta indica (A. Juss.) NO CONTROLE DO SITOPHILUS SP. INTRODUÇÃO Pâmella de Carvalho Melo 1 (UEG) Jordana Moura Caetano (UEG) Antônio Florentino de Lima Júnior (UEG) Ivano Alessandro Devilla (UnB) ivano.devilla@gmail.com Os inseticidas sintéticos, apesar da eficiência, podem apresentar uma série de problemas, como contaminação ambiental, presença de altos níveis de resíduos nos alimentos, desequilíbrio biológico devido à eliminação de inimigos naturais, e surgimento de populações de insetos resistentes (HERNÁNDEZ e VENDRAMIM, 1996). Extrato de diversos vegetais vem sendo empregado para o controle de pragas conforme trabalhos de Almeida (1999), Mazzonetto e Vendramim (23) e Bandeira (29), com isso a realização do trabalho vem reforçar ainda mais a eficiência de produtos naturais no controle de insetos praga. A mamona (Ricinus communis L.) é uma dicotiledônea pertencente à família Euphorbiaceae. Sua semente contém ricina, um alcalóide extremamente tóxico para animais e seres humanos, sendo que as folhas possuem uma menor concentração da toxina(waller, 1999). A mostarda (Brassica juncea), é uma planta originaria dos sopés Himalaios, pertence a família Brassicaceae e espécie Brassica juncea. Ela contém um efeito letal do gás da mostarda e uma resistência da planta ao ataque de pragas. O Nim (Azadirachta indica (A. Juss.)) é uma árvore originada da Índia. Princípios ativos extraídos dessa planta tiveram sua atividade demonstrada contra cerca de espécies de insetos-pragas (ROSALES, 21). Problemas de diversas ordens podem ser vistos durante o processo de armazenamento, e um intrinsecamente é o ataque de insetos-pragas nos grãos armazenados. Os insetos-pragas são capazes de causar danos diretos ou indiretamente ao homem. Os principais insetos-pragas de grãos armazenados são as traças e os carunchos. Causam a depreciação dos produtos e perda de qualidade; pode atingir até %, em massa, de perdas se não houver controle eficaz (FERREIRA e ÁQUILA, 2). Diante da necessidade de se buscar alternativas para a redução do uso de agrotóxicos, tem-se sugerido o uso de extratos vegetais no controle de diversas espécies de insetos-pragas inclusive os de grãos armazenados. Em face do exposto, este trabalho visou avaliar extratos de folha de Mamona, Mostarda e Nim no controle de insetos-pragas em grãos armazenados. 1 Bolsista de Iniciação Científica PIBITI/CNPq - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Tecnológicas do CNPq; 1

Metodologia O experimento foi realizado no Laboratório de Pragas de Grãos Armazenados da Universidade Estadual de Goiás, localizado em Anápolis. Os insetos foram criados em grãos de arroz da cultivar Sertaneja, devido a alta atração dos mesmos pelo produto e elevada taxa de reprodução. As matrizes foram doadas pelo Centro Nacional de Pesquisa Arroz e Feijão, (CNPAF), localizada em Santo Antônio de Goiás - GO. Os grãos foram acondicionados em recipientes de vidro transparente com volume de 2,5 L. As tampas foram perfuradas para permitir as trocas gasosas. Cerca de 2.3 insetos adultos, com 3 dias de emergência, foram utilizados para a espécie Sitophilus sp. (COITINHO, 29). Os insetos foram mantidos a temperatura e umidade relativa média(ur) de 25±5 ºC e ±5%, respectivamente. Utilizou-se um termo-higrômetro para monitoramento da temperatura e umidade relativa, com resolução de,1 ºC e 1% UR. Os extratos, foram produzidos conforme a metodologia de extratos a frio, utilizada por Scramin et al. (1987). Foi utilizado g de cada espécie vegetal, pesadas na balança de precisão e depois trituradas juntamente com 2 ml de álcool %, em um liquidificador doméstico de alta rotação (1. rpm) por cinco minutos. Logo após, transportada para um becker, cujo a boca foi recoberta com papel alumínio preso por fita crepe e guardado ao abrigo da luz por 48 horas. Durante esse período, a mistura era agitada ocasionalmente, e posteriormente filtrada em papel de filtro qualitativo com porosidade de três micras. Dessa forma obteve-se os extratos vegetais da mamona, da mostarda e do nim, que foram guardados em vidros hermeticamente fechados a temperatura ambiente até serem utilizados. As concentrações utilizadas para a realização deste trabalho foram:, (como concentração testemunha);,4;,8;,12;,16 e,2 ml L -1. Para o uso das diferentes concentrações utilizadas no trabalho, foi utilizado papel germiteste com área de,25 m². Cada concentração analisada foi empregada quantidades distintas de papéis dosadores. Para a concentração testemunha não foi utilizada nenhum controle, portanto não se utilizou nenhum papel dosador. Para a concentração,4 ml L -1 utilizou-se um papel de,25 m²; a concentração,8 ml L -1 utilizou-se dois papéis de,25 m²; na concentração de,12 ml L -1 utilizou-se três papéis de,25 m²; a concentração de,16 ml L -1 usou-se quatro papéis de,25 m²; e a última concentração,2 ml L -1 cinco papeis de,25 m², adaptado de PAES (28). Os ensaios foram realizados em potes de vidro com capacidade de 2,5 L, os quais possuíam tampas plásticas com rosca. As roscas dos vidros foram vedadas com fita politetrafluoretileno (Veda Rosca), utilizada para vedar líquidos e gases. Os insetos foram selecionados com o auxílio de uma peneira, para separá-los da massa de grãos da criação. Com o auxilio de um sugador acoplado a uma bomba a vácuo, 1 insetos foram capturados, formando grupos de indivíduos não sexuados. Posteriormente foram colocados em uma gaiola de tamanho,1 x,2 m, feita de organza e amarrados com um arame de,46 m. No interior dos potes de vidro foi colocado um suporte de arame em formato de V, a fim de sustentar a gaiola com os insetos, evitando o contato da gaiola com o fundo do pote, onde foi colocado o extrato vegetal embebido no papel germiteste. 2

Os papéis foram imersos nos extratos, para as respectivas concentrações com o auxílio de uma pinça em aço inox. A pinça foi higienizada, com álcool % e seca com papel toalha, antes do seu uso para o próximo extrato. Para cada tratamento realizado, os materiais empregados foram higienizados. As gaiolas, potes de vidro, tampas e os suportes de arame dos potes, foram lavados com detergente neutro. Já os arames de amarrio, papéis dosadores e a fita politetrafluoretileno de vedação foram trocados, evitando assim que um tratamento interferisse no outro. A mortalidade foi avaliada decorrida 48 horas da infestação. Na avaliação foi feito a contagem de insetos mortos, em cada unidade experimental, com o auxílio de uma luminária para aquecer e induzir o inseto vivo a movimentação e uma pinça, para tocá-los. O procedimento foi executado sob uma bandeja de fundo branco para facilitar a visualização dos insetos. O inseto era considerado morto quando não respondia a estímulos quando tocado. Foi ajustada a equação de regressão dos dados experimentais de mortalidade para os extratos estudados, em suas respectivas concentrações. O coeficiente de determinação (R²) também foi estimado. Porém o coeficiente calculado de forma isolada, não representa um critério confiável para a escolha de modelos de regressão não lineares (MADAMBA et al., 1996). Portanto juntamente com o coeficiente de determinação (R²) também foi calculado o erro médio relativo (P%) apresentado na Equação 1. em que, Y - valor observado experimentalmente; Y - valor calculado pelo modelo; n - número de observações experimentais. O erro médio relativo estipula o desvio dos valores trabalhados experimentalmente, em relação à curva estimada por cada modelo trabalhado (KASHANI-NEJAD et al., 27). Para o cálculo do erro médio relativo os valores devem ser inferiores à 1%, para uma melhor confiabilidade dos dados (MOHAPATRA e RAO, 25). RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 1 são apresentadas as equações de regressão ajustadas, o coeficiente de determinação (R²) e o erro médio relativo (P) para os três extratos vegetais avaliados. TABELA 1 - Equações de regressão, para mortalidade (M) de Sitophilus sp., coeficiente de determinação (R²) e erro médio relativo (P%), para o extrato de mamona, de mostarda e de nim,em função das concentrações (D) em ml L -1. Extrato Vegetal Equação de regressão (ajustada) R² (decimal) P (%) Mamona M = 642,424 D,97 2,79 Mostarda M = 833,3 D - 1688,7 D 2,92 4,5 Nim M = 9,549 D - 21,5 D 2,84 5,84 3

Verifica-se, na Tabela 1, que o modelo linear e o quadrático ajustaram-se adequadamente aos dados experimentais dos extratos de mamona, mostarda e nim, apresentando um elevado coeficiente de determinação (R²) e valor reduzido do erro médio relativo (P), inferior a 1%. O extrato de mamona, aplicado na forma de fumigação sob os adultos de Sitophilus sp. teve um comportamento satisfatório. O percentual máximo de mortalidade foi %, obtido na concentração,16 ml L -1, (Figura 1 (A)). Na Figura 1 (B) é mostrada a regressão e os pontos experimentais para a mortalidade de Sitophilus sp. Quando utilizado o extrato de mostarda em diferentes concentrações.o extrato alcoólico de mostarda, aplicado por fumigação nos adultos de Sitophilus sp. em diferentes concentrações, mostrou eficiência de 99% do controle do inseto, na concentração,2 ml L -1. Paes (28) utilizou o compostos a base de óleo essencial de mostarda para, o controle do S. zeamais em grãos de milho, os resultados obtidos foram satisfatórios. Portanto pode-se inferir que tanto o extrato alcoólico quanto o óleo essencial da mostarda apresentam resultados satisfatórios na mortalidade da praga. Verifica-se, na Figura 1 (C), que o extrato alcoólico de nim teve uma eficiência de 82% na mortalidade dos insetos na concentração,2 ml L -1. Os autores Silva et al. (27), utilizaram o pó das folhas do nim para o controle de S. zeamais, e os resultados foram significativos para o controle da praga assim como foi observados nesse trabalho. 2 2 2 1 1 1,,4,8,12,16,2,,4,8,12,16,2,,4,8,12,16,2 (A) (B) (C) FIGURA 1 Mortalidade de Sitophilus sp. submetido ao controle com extrato alcoólico (A) Mamona, (B) Mostarda e (C) Nim nas diferentes concentrações. CONSIDERAÇÕES FINAIS O trabalho é o inicio dos estudos para a utilização dos extratos alcoólicos vegetais, várias outras espécies podem ser estudadas para o controle das pragas de grãos armazenados, e outras partes das plantas como flores e raiz. Diante do exposto novas pesquisas são necessárias para se obter resultados mais comprobatórios, sobre a utilização dos extratos nos grãos infestados e avaliações em tempos diferentes durante o processo de armazenamento dos mesmos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, F. de A. C.; GOLDFARB, A. C.; GOUVEIA, J. P. G. de, Avaliação de Extratos Vegetais e Métodos de Aplicação no Controle de Sitophilus sp. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.1, n.1, p.13-2, 1999. 4

BANDEIRA, G. N. Efeito de extratos vegetais e oleos essenciais no desenvolvimento de plutella xylostella (l.) (Lepidoptera: Plutellidae). 29. 112p. (Mestrado em Entomologia Agrícola) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife. COITINHO, R. L. B. de C. Atividade Inseticida de Óleos Essenciais Sobre Sitophilus zeamais Mots. (Coleoptera: Curculionidae): 29. 122p. (Doutorado em Entomologia Agrícola)- Universidade Federal Rural do Pernambuco, Recife. FERREIRA, A. G., AQUILA, M. E. A. Alelopatia: uma área emergente da ecofisiologia. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, Edição Especial p. 175, 2. HERNÁNDEZ, C.R. e VENDRAMIM, J.D. Toxicidad de extractos acuosos de Meliaceae en Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae). Manejo Integr. Plagas: 14-22. 1996 KASHANI-NEJAD, M. A.; MORTAZAVI, A.; SAFEKORDI A. G. Thinlayer drying characteristics and modeling of pistachio nuts. Journal of Food Engineering, v.78, p. 98-18, 27. MADAMBA, P. S.; DRISCOLL, R. H.; BUCKLE, K. A. Thin-layer drying characteristcs of garlic slices. Journal of Food Engineering, v.29, p.75-97, 1996. MAZZONETTO, F. e VENDRAMIM, J. D. Efeito de pós de origem vegetal sobre Acanthoscelides obtectus (SAY) (Coleóptera: Bruchidae) em feijão armazenado. Neotropical Entomology, Piracicaba. v. 32. n. 1. p. 145-149. 23. MOHAPATRA, D.; RAO, P. S. A thin layer drying model of parboiled wheat. Journal of Food Engineering, v.66, p.513-18, 25. PAES, J. L. Difusão e Sorção do Isotiocianato Alilo e o Seu Efeito no Controle de Sitophilus zeamais E na Qualidade do Milho. 28. 67p. (Mestrado em Engenharia Agricola). Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. ROSALES, E. A. C. Efeito de Derivados de Meliáceas e Isolados de Fungos Entomopatogênicos Sobre o Cupim Subterrâneo Heterotermes tenuis (HAGEN, 1858) (ISOPTERA, RHINOTERMITIDAE). 21. 122p. (Doutorado em Entomologia Agrícola). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo. Piracicaba. SILVA, P. H. da; TRIVELIN, P. C. O.; GUIRADO, N.; AMBROSANO, E. J.; MENDES, P. C. D.; ROSSI, F.; AREVALO, R. A. Controre alternativo de Sitophilus zeamais Mots., 1855 (Coleóptero: Curculionidae) em grãos de milho. Revista Brasileira de Agroecologia, Piracicaba. v. 2. n. 1. p. 2-5. 27. SCRAMIN, S., SILVA, H. P., FERNANDES, L.M.S., YHANC, C.A. Avaliação biológica de extratos de 14 espécies vegetais sobre Meloidogyne incógnita, raça 1. Hematologia Brasileira. Campinas: s.n., 76p. 1987. WALLER, G. R. Introduction. In: F.A. Macias; J.C.G. Galindo; J.M.G. Molinillo & H.G. Cutler (eds.). Recent advances in allelopathy. Cádiz, Servicio de Publicaciones, Universidad de Cádiz, v.1. s.n. 54p. 1999. 5