Parâmetros de Validação dos Testes Sorológicos

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Transcrição:

Resumo Parâmetros de Validação e Testes Sorológicos Não-Marcados Os testes sorológicos não-marcados se baseiam na interação entre antígenos e anticorpos e com base nisto, podem ser classificados como: Qualitativos: informa de a amostra é reagente ou não-reagente ao testes. Ex: Anti-Hiv, Anti-HCV; Semi-qualitativos: fornece o título da amostra. Exs.: VDRL, FAN; Quantitativos: indica a quantidade absoluta do analito a ser determinado. Ex.: Dosagem de imunoglobulinas. Parâmetros de Validação dos Testes Sorológicos Os parâmetros discutidos a seguir são denominados intrínsecos, pois estas características são inerentes a cada um deles, isto é, eles são planejados e desenvolvidos com esses parâmetros antes de irem ao mercado para serem usados na população. São eles: 1. Sensibilidade Analítica: Corresponde a menor concentração de analito que o teste consegue detectar, gerando um resultado positivo (reagente); 2. Especificidade Analítica: Capacidade do teste de identificar especificamente um determinado analito para o qual ele foi desenvolvido; 3. Precisão (Reprodutibilidade) Grau de concordância entre determinações repetidas; 4. Exatidão (Acurácia) Grau de concordância entre o resultado de uma medição e o valor verdadeiro (nominal, real, referência);

Disponível em: http://alunosonline.uol.com.br/upload/conteudo/images/analogia(1).jpg Cut-Off ou Limiar de Reatividade Corresponde a um valor onde à sua direita encontram-se os resultados positivos (reagentes) e à esquerda encontram-se os resultados negativos (nãoreagentes) de um teste. Testes Sorológicos Não-Marcados De forma geral, os testes sorológicos podem ser não-marcados, quando é possível visualizar a interação antígeno-anticorpo a olho nu através de precipitação, floculação ou aglutinação, de forma que não se faz necessário o uso de recursos (sinais) para evidenciar a reação. Testes de Precipitação

Podem ser: Qualitativos e semi-quantitativos: imunodifusão radial dupla, eletroforese em zona, imunoeletroforese e imunofixação Quantitativos: imunodifusão radial simples, imunoturbidimetria e imunonefelometria Uma das condições para a realização do teste de precipitação é que ambas as partes (antígenos e anticorpos) estejam solúveis. Nos testes de precipitação há o risco do fenômeno de pró-zona e pós-zona. A Zona de equivalência é ponto em que há a maior quantidade de precipitação (máximo de precipitação). Fora dessa zona de equivalência, há duas zonas onde não há a condição necessária para a precipitação. Imunodifusão Radial Simples Princípio: Baseia-se na formação de complexos antígeno-anticorpo que produzem um halo de precipitação visível decorrente da imunodifusão passiva; Por ser uma técnica quantitativa é necessária a construção de uma curva concentração. Através de uma interpolação da área do halo formado é possível saber qual a concentração de nossa amostra; Imunodifusão Radial Dupla Antígenos e anticorpos difundem-se passivamente e simultanemanete por um meio semi-sólido, formando linhas de precipitação decorrente desta ligação;

Essa é uma prática, atualmente, pouco utilizada mas que pode ser utilizar, por exemplo, na pesquisa de fungos, para saber se um indivíduo tem uma pneumonia Pacientes que têm alguma doença auto-imune, por exemplo, o paciente que tem suspeita de lúpus pode fazer esta técnica para verificar a possível detecção de anticorpos auto-reativos. Normalmente, o paciente que tem suspeita de lúpus tem uma série de anticorpos contra antígenos nucleares, um deles é o anti-sm. A imunodifusão radial dupla ainda pode ser usada de forma semi-quantitativa, quando se realiza a pesquisa do título, uma vez que a prova qualitiva se positive. É observada a formação de linhas de precipitação, de forma que o título corresponde a ultima linha observada. Imunoturbidimetria Imunodifusão radial dupla realizada em duplicata Princípio: Dosagem de moléculas através da medida da redução na transmissão da luz causada pela presença de complexos imunes na solução; Aplicações: Dosagem de IgA, IgG, IgM, C3, C4, proteína C reativa, Fator Reumatóide, Anticorpo antiestreptolisina O (ASLO); Imunonefelometria Princípio: Dosagem de moléculas através da medida da dispersão na luz causada pela presença de complexos imunes na solução; Aplicações: Dosagem de IgA, IgG, IgM, C3, C4, proteína C reativa, Fator Reumatóide, subclasses de IgG, ASLO; Eletroforese em Zona Esse teste é qualitativo e semi-quantitativo, servindo para o diagnóstico de paraproteinemias, hipergamaglobulinemia (hipergamaglobulinemia monoclonal), hipergamaglobulinemia policlonal e hipogamaglobulinemias.

Essa técnica se baseia no princípio de que as proteínas têm propriedades anfotéricas, de modo que ao aplicar uma corrente elétrica, elas tendem a migrar para o seu ponto isoelétrico, formando 5 picos principais: albumina, alfa1 globulina, alfa2 globulina, betaglobulina e gama-globulina. Esses picos, que dão uma ideia de quantidade, são formados quando se submete as bandas da eletroforese ao tensitômetro. Na análise de um perfil eletroforético, quando se observa um pico pontiagudo, se suspeita de um pico monoclonal. Já quando se tem um pico abaulado, se pode pensar em hipergamaglobulinemia policlonal. Perfil eletroforético do soro Imunoeletroforese A imuneletroforese é uma técnica qualitativa e semi-quantitativa que associa duas técnicas: eletroforese de zona e imunodifusão passiva. Aplica-se uma amostra de soro e a submete à eletroforese. Logo a seguir, na canaleta existente do aparato, se coloca o anticorpo que se deseja investigar. Como forma de melhorar o entendimento da técnica, analisaremos os padrões abaixo:

Imunofixação Essa técnica é mais sensível que a imunoeletroforese. Ela associa a eletroforese com a imunoprecipitação in situ. Faz-se a eletroforese com o soro do indivíduo em agarose. Separadamente, em um aparato contendo acetato de celulose em fitas, se coloca o anticorpo de interesse (por exemplo: o anti-lambda, o anti- Kappa, o anti-igm, anti-igg, anti-iga). Terminada a corrida de eletroforese, o aparato contendo os anticorpos é posto em contato com o local onde foi feita a corrida do soro. Quando se coloca as fitas de acetato contendo o anticorpo em cima da agarose com o soro, ocorrerá a precipitação in situ, caso ocorra a ligação dos antígenos do soro com os anticorpos de interesse. Depois se associa um corante de prata. Testes de Aglutinação Na aglutinação, uma das condições é que uma das partes analisadas seja particulada. Diferente do que ocorre na precipitação, em que todos estão solúveis. Existe o risco de fenômeno pró-zona e pós-zona. Os testes de aglutinação são mais sensíveis que as técnicas de precipitação. Possui sensibilidade analítica de 0,01 a 0,3 µg/ml. Dentro dos testes de aglutinação temos: aglutinação direta, passiva indireta, passiva reversa e floculação. Aglutinação Direta

Princípio: pesquisa de antígenos na superfície das células ou anticorpos no soro contra antígenos naturalmente ligados a células ou microorganismos; Aplicações: tipagem ABO, reação de Paul-Bunnel Davidson, sorotipagem bacteriana; Aglutinação Passiva Indireta Princípio: pesquisa de anticorpos no soro através de reação de aglutinação com antígenos artificialmente ligados a material particulado (hemácias, látex); Aplicações: com látex - fator reumatóide, anticorpo antiestreptolisina O; com hemácias - anticorpos contra Trypanosoma cruzi, anticorpos contra Treponema pallidum; Aglutinação Passiva Reversa Princípio: pesquisa de antígenos na amostra através da reação de aglutinação com anticorpos ligados a material particulado; Aplicações: detecção de proteína C reativa, identificação de polissacárideo capsular bacteriano; Floculação O VDRL contém uma suspensão de cardiolipina, lecitina e colesterol e serve para pesquisar anticorpos que floculam com a cardiolipina. Ou seja, ele é, na verdade, utilizado para pesquisar anticorpo anti-fosfolípide. Isso é chamada de pesquisa de anticorpos não-treponêmicos. No RPR, na verdade, há uma modificação em que se utiliza partículas de carbono associados a cardiolipina para que se consiga visualizar a reação, uma vez que no VDRL é necessário o microscópio. A técnica de floculação está sujeita ao fenômeno de pró-zona. Isso porque, se o indivíduo tiver excesso de anticorpos não será possível visualizar ou serão vistos poucos flocos. É dita floculação exatamente porque a se faz a visualização desses flocos no campo microscópico. Deve-se também tomar cuidado porque títulos baixos podem estar presentes em outras patologias que acabam tendo produção de anticorpos contra fosfolípide. Normalmente se faz a pesquisa do VDRL em placas de fundo escavado, fazendo uso de um agitador orbital que propicia o choque das partículas fazendo com que haja o fenômeno da floculação ou da aglutinação.

No caso, os anticorpos não-treponêmicos servem como triagem no diagnóstico de sífilis, no diagnóstico de sífilis congênita e neurossífilis, e para o acompanhamento terapêutico.