Santa Catarina 18º EDIÇÃO DEZEMBRO 2016

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Transcrição:

Santa Catarina 18º EDIÇÃO DEZEMBRO 2016

EDITORIAL Queridos escotistas e dirigentes é com muita alegria que nos encontramos novamente através desta publicação do Diário do Chefe. Nesta edição trazemos como matéria de discussão as instâncias democráticas de tomada de decisão e o sistema de participação presentes nos diferentes Ramos nos quais se encontram nossas crianças, adolescentes e jovens. Um importante resultado da aplicação integral do Método Escoteiro é a criação de um ambiente especial que denominamos como vida de grupo. Sobre este cabe destacar que: Um fator fundamental do Método é a vinculação a pequenos grupos de jovens de idades semelhantes. Estas equipes de iguais aceleram a socialização, identi cam seus membros com os objetivos comuns, ensinam a estabelecer vínculos profundos com outras pessoas, geram responsabilidades progressivas, proporcionam autocon ança e criam um espaço educativo privilegiado para que o jovem cresça e se desenvolva. (União dos Escoteiros do Brasil, Projeto Educativo do Movimento Escoteiro) A partir desta intrínseca vinculação a pequenos grupos, o senso de pertencimento alimentado pelos símbolos e os valores assumidos livremente pelo prazer e alegria da convivência entre os pares, o Método Escoteiro em sua integral aplicação proporciona aos jovens mecanismos democráticos adotados para a tomada de decisões que os auxiliam a apropriarem-se de seu processo de desenvolvimento e colaboram na ampliação de sua autonomia. Estes mecanismos constituem-se em instâncias democráticas de tomada de decisão que objetivam dar possibilidades reais para que os jovens participem nos processos de tomada de decisão em cada Ramo, considerando o crescente grau de desenvolvimento da autonomia e estimula-os a assumirem livremente as responsabilidades por suas decisões. Cremos que a tomada de decisões é um importante componente do autodesenvolvimento do jovem. Aprender a decidir, muitas vezes, signi ca abrir mão de alguma coisa para ter outra ou estabelecer prioridades. Os jovens podem e devem assumir o risco de suas decisões. Aprender a decidir e assumir os riscos da decisão é um treinamento para a vida. Erros irão acontecer. Os resultados podem até causar decepção ou frustração. No entanto, deve-se ter em mente que este é um exercício simulado da vida como adulto e realiza-se em um ambiente educativo seguro e saudável onde nossos jovens contam com o apoio de seus escotistas. Quanto antes o jovem praticar este jogo, tanto antes ele estará apto a assumir o seu próprio destino. Desejamos a todos uma ótima leitura e esperamos em breve nos encontrarmos em mais uma edição. Evandro Robson Schaefer Diretor Regional de Métodos Educativos - UEB SC EXPEDIENTE ELABORAÇÃO E SELEÇÃO DE TEXTOS: Equipe Regional de Programa DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO: Willian Buzzi (EREC) - Equipe Regional de Comunicação FOTOGRAFIAS: Banco Imagens EREC e Facebook EDIÇÃO: Willian Buzzi (EREC) - Equipe Regional de Comunicação REVISÃO FINAL: Nuno Simão e Evandro Robson Schaefer Santa Catarina

4 8 RAMO LOBINHO A ROCA DE CONSELHO: UM ESPAÇO DEMOCRÁTICO DE PARTICIPAÇÃO. RAMO ESCOTEIRO SISTEMA DE PARTICIPAÇÃO E ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS NO RAMO ESCOTEIRO. 11 RAMO SÊNIOR ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS E SUA IMPORTÂNCIA NOS PROCESSOS DECISÓRIOS NO RAMO SENIOR. 14 RAMO PIONEIRO ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS DE PARTICIPAÇÃO NO RAMO PIONEIRO.

RAMO LOBINHO A ROCA DE CONSELHO: UM ESPAÇO DEMOCRÁTICO DE PARTICIPAÇÃO. DIÁRIO DO CHEFE 18ª EDIÇÃO 04

RAMO LOBINHO A ROCA DE CONSELHO: UM ESPAÇO DEMOCRÁTICO DE PARTICIPAÇÃO 1. Introdução Desde muito cedo no Movimento Escoteiro as crianças e os jovens se deparam com situações que através do aprender fazendo e da aplicação do jogo, eles vão vivenciar experiências que os preparem para uma vida social no qual o exercício da democracia será uma constante em vários espaços e grupos dos quais faz e venha a fazer parte. Essas vivências começam bem cedo, já no Ramo Lobinho, proporcionada através das aplicações das atividades pelos escotistas da alcateia, para crianças a partir dos 6,5 anos, os Lobinhos e Lobinhas de um Alcateia. Neste presente artigo vamos explanar sobre a relevância da Roca de Conselho, como um espaço democrático de participação, e o quanto ele pode impactar na formação das crianças e jovens que participam do Movimento Escoteiro. 2. Os espaços de vivência Desde muito cedo o ser humano habita locais no qual ele terá que se correlacionar com outros iguais a maior parte do tempo. E são nestes espaços que suas atitudes, ações e comportamentos irão entrar em contato direto ou indireto com as mesmas forças oriundas de outros indivíduos, gerando uma reação. Os resultados variam muito dos fatores de cada situação, mas eles sempre acontecem, sendo eles perceptíveis ou não. 3. A vida em sociedade O ser humano é uma criatura que vive a maior parte do tempo em bando, pois descobriu que a união de forças para determinados propósitos permite com que objetivos sejam alcançados muito mais rápido e de maneira mais duradoura. A sociedade é fruto da relação entres as peças de um grande jogo, no qual os humanos são essas peças, e os tabuleiros são os espaços de vivência. Esse jogo social, tem diversos graus de complexidade, no qual regras são estabelecidas a todo momento, e que de forma geral elas existem para que possamos ter uma coexistência pací ca. Viver em sociedade é um aprendizado constante, onde fatores como conhecimento e educação são essenciais para que cada um possa se tornar um ser humano capaz de colaborar de maneira agregadora ao grupo, sendo um agente de transformação que sempre busca um mundo melhor para todas as criaturas. O coexistir nos espaços de vivência, durante toda a vida em sociedade, no qual todo indivíduo possa ser tratado igualitariamente, é fruto de outro marco da cultura humana, a democracia. Que é um estado social no qual o poder decisório vem do povo, que é a própria sociedade, no qual as decisões são tomadas pela maioria, visando o bem comum. 4. Falando de Democracia O ensinar a democracia permite a formação de cidadãos conscientes, que irão exercer a mesma, e irão exigir que a sociedade trabalhe para mantê la. Mas isso demanda um processo de ensino desta cultura democrática, processo que tem várias frentes, como a família, a escola, o Movimento Escoteiro. Sendo que neste último, a cultura da democracia está enraizada desde a sua formação, a mais de 100 anos pelo seu criador, Robert Stephenson Smyth Baden- Powell. No qual o Movimento Escoteiro, que é uma fraternidade que prega a igualdade entre os indivíduos, independente de gênero, cultura, crenças ou religiões, onde todos unidos por uma Lei e uma Promessa, possui o gene da democracia fortemente enraizado naquilo que aplica no seu método. 5.O Jogo Democrático Em seu Programa Educativo, o Movimento Escoteiro utiliza-se de recursos vivenciais para ensinar a crianças e jovens conhecimentos e valores durante toda sua vida escoteira, estando entre os mais empregados, o jogo. A importância dos jogos no Escotismo é bem ilustrada pela citação de Baden Powell, quando diz: O Escotismo é um grande jogo. E é através deste recurso instigante, o jogo, que são passados valores como a democracia, mas de forma prática, no qual crianças e os jovens, tenham vivências democráticas, participando de maneira ativa nas decisões em prol das atividades que serão desenvolvidas com a sua seção. DIÁRIO DO CHEFE 18ª EDIÇÃO 05

RAMO LOBINHO A ROCA DE CONSELHO: UM ESPAÇO DEMOCRÁTICO DE PARTICIPAÇÃO É no Ramo Lobinho que os jogos democráticos precisam ser trabalhados de uma forma mais atrativa e variada. Na maioria das vezes os jogos democráticos são simulações em que os lobinhos representam um determinado papel e, buscam obter o apoio de toda a Alcateia para a sua proposta. Eles são assim chamados, Jogos Democráticos porque permitem que, sob a forma de jogo, a maioria expresse sua vontade e que sejam selecionadas as atividades preferidas. Dentre as sugestões que podem ser encontradas nos materiais didáticos voltados aos escotistas, como o Manual do Escotista do Ramo Lobinho, publicado pela União dos Escoteiros do Brasil, estão atividades nos quais os lobinhos podem simular um júri, um leilão de artes e uma eleição, jogos, que através da vivência lúdica, permitem a assimilação destes conceitos de uma forma divertida e atrativa. O próprio fundo de cena, trabalhado no Ramo Lobinho, que tem como base as aventuras vividas pelo pequeno Mogli, personagem concebido pelo autor inglês Rudyard Kipling, apresenta as crianças, que no Ramo Lobinho, passam a ser chamadas de lobinhos, a questão dos espaços de vivência, a Jângal, a vida social, a matilha e a alcateia, o espaço no qual são tomadas as decisões em prol do grupo de maneira democrática, que é a Roca de Conselho. Onde os Lobinhos, membros do Povo Livre, juntos de Akelá, tomam as decisões que irão traçar o destino do grupo e dos indivíduos que fazem parte dele. A capítulo os Irmãos de Mowgli, que retrata essa situação é a primeira história da Jângal com a qual os Lobinhos se deparam em sua vida na sua Seção. 6. A Roca do Conselho Entregar um indivíduo que seja um agente transformador do mundo, e que vise construir uma sociedade justa e democrática é uma tarefa árdua, da qual o Movimento Escoteiro vem trabalhando a mais de 100 anos em todo mundo, e sabe na prática que esse processo de formação educativa inicia cedo. Tanto que existem espaços democráticos de participação que são trabalhados de maneira especial, como o caso da Roca de Conselho, que é uma atividade no qual os meninos e meninas da Alcateias, os Lobinhos, com o auxílio dos Velhos Lobos, irão aprender a tomar decisões importantes para sua vivência coletiva e que irão re etir nas suas progressões individuais no decorrer da vida escoteira. O nome da atividade vem do Livro da Selva, como já explicado anteriormente, e assim como o Povo Livre se reunia em um conselho, a Alcateia também se reúne para tratar de assuntos que não se discutem todos os dias e que implicam em decisões para o futuro. É uma atividade especial da qual participam os velhos lobos da alcateia e todos os lobinhos e lobinhas, sem nenhuma restrição. Esse é o único conselho que existe na alcateia e suas reuniões são breves, ágeis e se realizam idealmente em duas oportunidades durante um ciclo de programa. Durante a Roca do Conselho são abordados assuntos muito especiais para a vida da alcateia, tais como: A admissão de novos membros; A despedida dos lobinhos e lobinhas que passam para a Tropa Escoteira ou de um escotista que deixa a alcateia; A aprovação de Cruzeiro do Sul e do calendário de atividades e de um ciclo de programa; A avaliação do que se realizou durante um ciclo de programa; Outros assuntos importantes ou especiais. A Roca de Conselho é convocada com uma semana de antecedência e realizada com certa formalidade, com seus participantes uniformizados. Para marcar o seu início e m, pode-se fazer uma oração ou re exão, cantar o Hino do Lobinho ou fazer o Grande Uivo, caso a Roca de Conselho seja realizada em momento diverso da reunião normal da alcateia. As reuniões da Roca de Conselho representam para as crianças uma oportunidade de aprendizagem de vários aspectos da vida democrática, tais como: Os assuntos devem ser analisados com a participação de todos; Os meninos e meninas devem avaliar com calma as opiniões que emitem e aprender a ter responsabilidades por elas, por essa razão devem conhecer com antecedência os temas a serem discutidos; Todos participam das decisões que os afetam e, por isso, tornam-se solidários com as decisões adotadas em comum, qualquer que tenha sido sua opinião. 06 DIÁRIO DO CHEFE 18ª EDIÇÃO

RAMO LOBINHO A ROCA DE CONSELHO: UM ESPAÇO DEMOCRÁTICO DE PARTICIPAÇÃO 7. Toda pata, dente e olho conta É importante que os Escotistas do Ramo Lobinho, os Velhos Lobos, observem durante o desenvolvimento das atividades o comportamento de cada Lobinho, para já ir pensando em dinâmicas que possam ser empregadas durante os jogos democráticos, e principalmente a Roca de Conselho para que todas as vozes sejam ouvidas. É importantíssimo para o desenvolvimento da criança assim com a construção da sua autocon ança que ao ser dada a vez, ela possa expressar as suas ideias, e que seja realmente ouvida, e que a suas opiniões sejam comentadas e discutidas de maneira a agregar para a vida da Alcateia, pois todos que por ali passarem são membros importantes e únicos. Toda pata, dente e olho deve sempre ser bem recebida, e instigada a ser dada, trabalho este que deve ser desenvolvido durante os ciclos de programa, que visam o desenvolvimento das competências de cada uma das crianças. Sempre trabalhando as necessidades individuais de cada uma delas, dentro suas especi cidades, trabalho que exige que a equipe de Escotistas faça um trabalho voluntário com engajamento. E é este engajamento que vai permitir que as crianças que participem do movimento escoteiro possam vivenciar de maneira proveitosa para a sua formação experiências que os espaços democráticos de participação, como uma Roca de Conselho, pode propiciar. Pois o direito de aprender fazendo, seja na tomada de decisões, na exposição de ideias, na defesa de objetivos, impacta de maneira positiva todas as demais experiências que as crianças que passam pelo Movimento Escoteiro venham a desempenhar, pois terão noção da relevância dos papéis decisórios que venham a desenrolar durante a sua vida e no qual é necessária a aplicação de suas opiniões ou na representação das opiniões de um grupo. Antônio José Mello (Chefe Toni) Assistente da Alcateia Wainganga G.E. Leão do Mar Ana Lúcia André de Moura Assistente Regional do Ramo Lobinho DIÁRIO DO CHEFE 18ª EDIÇÃO 07

RAMO ESCOTEIRO SISTEMA DE PARTICIPAÇÃO E ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS NO RAMO ESCOTEIRO. DIÁRIO DO CHEFE 18ª EDIÇÃO 08

RAMO ESCOTEIRO SISTEMA DE PARTICIPAÇÃO E ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS NO RAMO ESCOTEIRO Queridos escotistas do Ramo Escoteiro de Santa Catarina, novamente estabelecemos nosso diálogo através deste Diário do Chefe. A proposta desta edição é conversarmos um pouco sobre os espaços do exercício democrático e o sistema de participação no Ramo Escoteiro. Um importante resultado da aplicação integral do Método Escoteiro é a criação, na Tropa Escoteira e nas patrulhas, de um ambiente especial, uma atmosfera que denominamos como vida de grupo. Dentro da convivência coletiva e do ambiente de aprendizado proporcionado pela aplicação do Método Escoteiro, em especial no que tange ao terceiro ponto, é natural que nossos jovens vivenciem oportunidades diversas em que a tomada de decisões evidencia-se como um importante componente do auto desenvolvimento do jovem. Cremos que a vida em grupo, além de ser um ambiente acolhedor e participativo que permite aos adolescentes expressar seu dinamismo, explorar novos territórios com seu grupo de amigos exercitando seu gosto pelo descobrimento e pela aventura, os auxiliando a ampliarem sua autonomia. Nesta ambiente acolhedor e participativo, os jovens aprendem que tomar decisões signi ca abrir mão de alguma coisa para ter outra ou estabelecer prioridades. Aprender a decidir e assumir os riscos da decisão é um treinamento para a vida e o escotismo possibilita estas vivências aos nossos adolescentes dentro de um ambiente educativo saudável e seguro que os ensina a lidar com o sucesso e com a frustração diante das escolhas legítimas que lhes ampliam a autonomia e o sentimento de responsabilidade individual e coletiva. A partir de agora traçaremos nosso diálogo acerca do sistema de participação e dos espaços democráticos dentro do cotidiano da Tropa Escoteira, evidenciando a de nição e as características destes espaços participativos. ASSEMBLEIA DE TROPA A assembleia é integrada por todos os jovens da Tropa, que nela atuam individualmente e não como representantes de suas patrulhas. Reúne-se ao menos duas vezes em cada Ciclo de Programa ou quando for necessário. É presidida por um jovem eleito com esse propósito ao começo da Assembleia. Os escotistas participam da Assembleia de Tropa orientando-a e, embora não votem, podem vetar em casos raros e extremos que forem contra a Lei e a Promessa Escoteira. A Assembleia se Tropa, sempre que necessário, estabelece as normas de funcionamento ou de convivência que serão sempre orientadas pelo marco de valores expressos em nossa Lei e Promessa. Como estas normas afetam a todos, todos participam de sua determinação e nisso se constitui o principal aporte da Assembleia ao funcionamento do sistema. CORTE DE HONRA É o órgão formado pelos Monitores da Tropa, com ou sem a participação dos Submonitores, que se reúne com a equipe de escotistas. Esta é presidida por um dos jovens e age como principal órgão executivo da Tropa. A Corte de Honra é a responsável pela administração interna da Tropa, devendo evitar a burocratização ou criação de normas que lhe retirem a agilidade de funcionamento. Ela constitui-se no ponto de encontro para onde convergem os interesses das Patrulhas que, mediante a negociação democrática, se convertem em interesses da Tropa. Como instância que coordena as atividades, a Corte de Honra se ocupa, de um modo geral, com todos os aspectos que têm relação com a interação entre as patrulhas, que compreendem também certas funções críticas, como a aplicação de medidas disciplinares e concessão de Distintivos Especiais entre outros descritos no Manual do Escotista do Ramo Escoteiro. Portanto, esta deve reunir-se ao menos uma vez por mês assessorada e orientada educativamente pela equipe de escotistas, cabendo a estes como adultos responsáveis, oferecer informações e orientações que assegurem o caráter educativo das decisões e a segurança física e psicológica dos envolvidos. Compete ao Chefe de Seção, como obrigação legal e educacional estabelecer parâmetros e limites para as decisões sempre que for necessário, explicitando suas razões e motivações da forma mais clara possível. DIÁRIO DO CHEFE 18ª EDIÇÃO 09

RAMO ESCOTEIRO SISTEMA DE PARTICIPAÇÃO E ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS NO RAMO ESCOTEIRO CONSELHO DE PATRULHA É a instância formal de tomada de decisões. Os membros da Patrulha, sob a presidência de seu Monitor, reúnem-se para tratar de todas as tarefas necessárias ao desenvolvimento de cada Ciclo de Programa e auxiliar na avaliação da progressão pessoal de seus integrantes. O Conselho de Patrulha delibera sobre todos os assuntos de interesse da Patrulha, inclusive suas atividades, admissão de novos membros, problemas de administração, treinamento e disciplina. Suas reuniões podem acontecer sempre que a patrulha considere necessário. Cremos que por meio da integral aplicação do Método Escoteiro, em especial por meio destas instâncias democráticas de tomada de decisão, favorecemos possibilidades reais para que os jovens participem nos processos de tomada de decisão no Ramo Escoteiro, contribuindo desta forma para que eles assumam seu próprio desenvolvimento, considerando suas necessidades de ampliação da autonomia a auxiliando-os a assumirem responsabilidades a partir de suas próprias escolhas. Evandro Robson Schaefer Diretor Regional de Métodos Educativos UEB SC A GENTE SE ENCONTRA NO 10 DIÁRIO DO CHEFE 18ª EDIÇÃO

RAMO SÊNIOR ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS E SUA IMPORTÂNCIA NOS PROCESSOS DECISÓRIOS NO RAMO SENIOR. DIÁRIO DO CHEFE 18ª EDIÇÃO 11

RAMO SÊNIOR OS ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS E SUA IMPORTÂNCIA NOS PROCESSOS DECISÓRIOS O Método Escoteiro preconiza a autonomia dos jovens nas mais diferentes instâncias do processo decisório como forma de empoderamento e protagonismo juvenil. O Método Escoteiro é o meio de alcançarmos os objetivos educativos que toda seção pretende através de suas atividades e seus processos de tomada de decisão. Intimamente ligado ao terceiro ponto do método (Vida em Equipe) está o conceito de comunidade de aprendizagem, onde os pares vivenciam atividades educativas signi cativas e colaboram mutuamente na aquisição de valores. A Vida em Equipe nos possibilita... Descoberta e a aceitação progressiva de responsabilidade; Disciplina assumida voluntariamente; Capacidade tanto para cooperar como para liderar. Dentro da vida em equipe e da convivência dentro da Tropa Sênior encontra-se a formação de espaços democráticos por meio de um sistema de participação que possibilitam que os jovens tomem decisões e assumam responsabilidades. Dentre os espaços democráticos e o sistema de participação que busca contribuir no autodesenvolvimento de nossos jovens desejamos salientar o papel do Conselho de Patrulha, Corte de Honra, Assembleia de Tropa e das Equipes de Interesse. O Conselho de Patrulha é... É uma instância formal de tomada de decisões, onde todos os integrantes participam sob a presidência do monitor. Temas relevantes encaminhados as conselho de patrulhas: Aprovação das atividades de Patrulha para o Ciclo de Programa; Avaliação das atividades de patrulha; Avaliação da Progressão pessoal dos seus integrantes; Eleição do Monitor da Patrulha; Designação os encargos da patrulha; Administração dos recursos da patrulha; Papel da Corte de Honra É o órgão formado pelos monitores da Tropa, com ou sem a participação dos Submonitores, que se reúne com a equipe de Escotistas. É presidida por um dos membros juvenis e age como principal órgão executivo da Tropa Sênior. Responsável pela administração interna da Tropa; Serve como ponto de encontro para onde convergem os interesses das Patrulhas que, mediante a democrática negociação, se convertem em interesses da Tropa Sênior; Deve se reunir pelo menos uma vez por mês. Papel da Assembleia de Tropa I - A Assembleia de Tropa é formada por todos os seniores e/ou guias e se reunirá sempre que for necessário, para cumprir o papel que lhe está reservado dentro da dinâmica na qual se desenvolvem os Ciclos de Programa. Também cabe à Assembleia de Tropa o papel de atuar como poder legislativo em sua esfera de responsabilidade. II - A equipe de Escotistas participa de suas reuniões, sem que seus integrantes tenham direito a voto. III - Preside a Assembleia de Tropa um sênior ou uma guia, eleito no início de sua reunião. IV - As condutas que orientam seu funcionamento estão expressas no Manual do Escotista - Ramo Sênior. (Cf. P.O.R Reg 096). As Equipes de Interesses no Ramo Sênior Formadas por jovens de distintas patrulhas da mesma tropa. Tem como objetivo realizar alguma atividade ou projeto de interesse daquele grupo de jovens. Cumprida tarefa esta equipe se dissolve, podendo iniciar com novos projetos de interesse comum, ou seja, a equipe de interesse tem caráter temporário. Leocir Jung Assistente Regional do Ramo Sênior - UEB SC DIÁRIO DO CHEFE 18ª EDIÇÃO 12

RAMO PIONEIRO ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS DE PARTICIPAÇÃO NO RAMO PIONEIRO. DIÁRIO DO CHEFE 18ª EDIÇÃO 13

RAMO PIONEIRO ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS DE PARTICIPAÇÃO Em todos os ramos do movimento escoteiro temos espaços democráticos de participação, cuja ênfase educativa está centrada no terceiro ponto do método escoteiro (vida em equipe), que favorece a descoberta progressiva da responsabilidade, a disciplina assumida voluntariamente e o desenvolvimento da capacidade tanto de cooperar como de liderar. No ramo pioneiro temos as Equipes de interesse, Conselho de Clã e a COMAD. EQUIPES DE INTERESSE - podem ser integradas por jovens do mesmo clã ou de clãs de outros Grupos, podendo contar também com outros colaboradores. O número de integrantes é muito variável, e depende da complexidade das tarefas. São essencialmente temporárias, criadas para tarefas ou projetos especí cos. Porém tornam os Clãs dinâmicos e dão oportunidades de liderança aos jovens, na medida que eles lançam as idéias e assumem cada qual um projeto ou uma tarefa, tornando assim um excelente campo de aprendizagem e um rico espaço democrático de participação. A integração dos jovens às equipes se dá pelo interesse em realizar algo que alcance conquistas concretas.pelo fato de todos os integrantes estarem motivados por um mesmo objetivo, a relação deles é muito boa. A responsabilidade da equipe está relacionada ao integrante mais bem preparado para promover o alcance dos objetivos do projeto, que é almejado por todos. O que une uma equipe de interesse é a tarefa a realizar, por meio de uma atividade variável ou um projeto. O planejamento, execução e avaliação das atividades e projetos dão oportunidade de participação à todos respeitando a disponibilidade e limitações de cada Pioneiro. A possibilidade de crescimento está justamente na força da equipe, na ajuda mútua, na busca da aquisição de novas competências e no fortalecimento de competências já adquiridas. Ou seja ocorre mudança de conduta individual e aprendizagem coletiva. A equipe de interesse é um vasto campo de aprendizagem, criado pela boa aplicação do método escoteiro. E cada projeto ou atividade é um novo campo de aprendizagem. A atmosfera privilegiada que se cria nestes grupos de iguais acelera a socialização e permite que o jovem se auto desenvolva, adquirindo e praticando competências, avançando no seu plano de desenvolvimento pessoal. CONSELHO DE CLÃ É formado por todos os jovens do Clã, os quais intervem individualmente e não como representantes das equipes de interesse. É convocado de acordo com a carta pioneira e presidido pelo presidente da COMAD. O direito de voz e voto é de nido pelo Conselho, e deve constar na carta pioneira. A Carta Pioneira é a constituição do Clã. Estabelece as regras de gestão administrativa complementares às demais normas escoteiras. Ela é o resultado de sugestões e debates e é aprovada pelos pioneiros no Conselho de Clã. Ela deve estar subordinada ao Estatuto da UEB, ao POR, ao Estatuto e Regimento interno do Grupo e demais regulamentos escoteiros em vigor. As atribuições do Conselho de Clã são: Estabelecer normas de funcionamento e convivência sempre que fôr necessário; xar a visão e estabelecer o prazo que se espera atingí-la; determinar os objetivos anuais do Clã de acordo com a visão, integrados com o planejamento anual do grupo; decidir atividades e projetos do Clã que se realizarão em um ciclo de programa e aprovar o calendário de atividades depois que estas tenham sido organizadas pela COMAD do Clã; outorgar atribuições adicionais ao Presidente do Clã com o aval dos Mestres pioneiros. COMAD ( COMISSÃO ADMINISTRATIVA DO CLÃ) É responsável pela condução do Clã. Sua composição, mandato e funções são de nidos na Carta Pioneira. É responsável pelos assuntos de administração, nanças, disciplina e programação do Clã, como também em manter um ambiente moralmente sadio em todas as atividades do clã, assegurando um alto nível de realização e produtividade, de disciplina e de boa apresentação pessoal. É constituída por todos aqueles que foram eleitos para os diversos cargos. Num Clã pequeno, Conselho de Clã e COMAD se confundem, pois todos os Pioneiros participam ativamente de todos os assuntos e tomada de decisão referente a condução do clã. A COMAD assim como o Conselho de Clã devem receber o assessoramento e a orientação do Mestre Pioneiro e seus Assistentes. A COMAD cumpre dupla função: É o organismo que coordena as operações do Clã e é a instância de aprendizagem, especialmente para os coordenadores de equipe de interesse e responsáveis pelas atividades. Uma COMAD bem treinada pela equipe de escotistas, será atuante, e consequentemente o Clã será e ciente. SERYIR! Rita Cássia Ehlert Assistente Regional Ramo Pioneiro - UEB SC DIÁRIO DO CHEFE 18ª EDIÇÃO 14

REFERÊNCIAS FERÁNDEZ, Jorge; et al. Manual do Escotista: Ramo Lobinho. 3a Ed. União dos Escoteiro do Brasil - Curitiba, 2011. JORGE, Sonia; RODRIGUES, Theodomiro (Orgs). Escotistas em Ação! Ramo Lobinho. 1a Ed. - União dos Escoteiro do Brasil - Curitiba, 2011. BUSS, Eliana. Clico de Programa o segredo do sucesso. http://www.escoteirossc.org.br/site/images/download/diario_do_chefe/dia rio_do_chefe_edicao_viii.pdf Dominique Bénard ; Alberto Del Brutto ; FANTINI, F. ; Loreto González ; GONZALEZ, G. ; OLDENBURG, G. ; Juan Palacios ; SIMAS, H. C. ; CARVALHO, M.. Manual do Escotista Ramo Escoteiro. 1. ed. Curitiba Paraná: Escoteiros do Brasil, 2001. v. 1. 336p. UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria Executiva Nacional (Ed.). Projeto Educativo do Movimento Escoteiro. Curitiba: União dos Escoteiros do Brasil, 2013. 19 p. UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria Executiva Nacional (Ed.). Programa de Jovens: objetivos nais e intermediários. Curitiba: União dos Escoteiros do Brasil, 2010. 33 p. Disponível em: <http://www.escoteiros.org.br/arquivos/programa/objetivos_ nais_e_inter mediarios.pdf>. Acesso em: 25 nov.2015 UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Princípios, Organização e Regras. 10. ed. Curitiba: União dos Escoteiros do Brasil, 2013. 180 p. UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria Executiva Nacional (Ed.). Manual do Formador Curso Básico. 2ed. Curitiba: União dos Escoteiros do Brasil, 2014. 304 p. https://br.linkedin.com/in/rosana-kisil-4451802b UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL, Manual do Escotista Ramo Sênior. Titulo original: Guia para dirigentes de La Rama Caminantes. 1. ed. Curitiba: União dos Escoteiros do Brasil, 2011. v. 1. 388p. UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Princípios, Organização e Regras. 10. ed. Curitiba: União dos Escoteiros do Brasil, 2013. 180 p. UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria Executiva Nacional (Ed.). Projeto Educativo do Movimento Escoteiro. Curitiba: União dos Escoteiros do Brasil, 2013. 19 p. UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria Executiva Nacional (Ed.). Programa de Jovens: objetivos nais e intermediários. Curitiba: União dos Escoteiros do Brasil, 2010. 33 p. Disponível em: <http://www.escoteiros.org.br/arquivos/programa/objetivos_ nais_e_inter mediarios.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2014.

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