INSTRUÇÃO DE SERVIÇO N.º 014/2007 - GEDSA



Documentos relacionados
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA PORTARIA Nº 136, DE 2 DE JUNHO DE 2006.

Art. 1º Acrescentar os parágrafos únicos aos arts. 1º e 4º ; o art. 10-A com seus incisos de I, II, III e IV; o

1. De um Estabelecimento Produtor de Ovos e Aves SPF e Produtor de Ovos Controlados a:

SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO SEAB DIVISÃO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL DDSA ÁREA DE SANIDADE AVÍCOLA ASA

Serviço Veterinário Oficial A importância em Saúde Animal e Saúde Pública

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 87, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2004

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 24, DE 05 DE ABRIL DE 2004

EXIGÊNCIAS SANITÁRIAS PARA O INGRESSO DE ANIMAIS EM EVENTOS PECUÁRIOS NO ESTADO DA BAHIA ATUALIZADO EM 15/07/2014

Rastreabilidade bovina: do campo ao prato - uma ferramenta a serviço da segurança alimentar Taulni Francisco Santos da Rosa (Chico)

Município: CEP: UF: Endereço eletrônico: 4. Atuação do Estabelecimento Área: Atividade: Classificação: Característica Adicional:

.Art. 1º Aprovar as Normas para o Controle e a Erradicação do Mormo..Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

LEGISLAÇÃO EM SANIDADE

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 54, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2007

"suínos" significa suínos domésticos, javalis domésticos, suínos selvagens e javalis selvagens

"Se quer paz, prepara-se para guerra. Med. Vet. GUILHERME H. F. MARQUES, MSc Fiscal Federal Agropecuário. rio Departamento de Saúde Animal, Diretor

Art. 2o Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. GABRIEL ALVES MACIEL ANEXO

AQUICULTURA. Curso Sanidade em Aqüicultura. CRMVSP, 25 de maio de 2012

CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE TERCEIRIZAÇÃO PARA PRODUTOS FARMACÊUTICOS NO ÂMBITO DO MERCOSUL

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

IV - somente tiverem registro de importação em data anterior a 12 de agosto de 1997.

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DDA 04/03

CAPÍTULO I Seção I Da Exigência e do Uso da PTV

Serviço Público Federal Conselho Regional de Farmácia do Estado de Santa Catarina - CRF/SC

SEÇÃO VII PRODUTOS VEGETAIS, SEUS SUBPRODUTOS E RESÍDUOS DE VALOR ECONÔMICO, PADRONIZADOS PELO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Procedimento Operacional para Cadastro de Casas Veterinárias e controle da venda de aves vivas e vacinas avícolas nestes estabelecimentos.

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE GUARAPARI / ES IPG

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA COMISSÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02/2010/CPG

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º Fica revogada a Instrução Normativa nº 22, de 12 de agosto de 1999.

RESOLUÇÃO RDC ANVISA Nº 345, DE 16 DE DEZEMBRO DE (D.O.U. de 19/12/02)

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI COMPLEMENTAR Nº 383/2010, de 26 de abril de 2010.

ASPECTOS LEGAIS DA PRODUÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DE SEMENTES E MUDAS

POP 010: MONITORAMENTO DE LABORATÓRIOS DA REDE NACIONAL DE LABORATÓRIOS AGROPECUÁRIOS


INSTRUÇÃO NORMATIVA/FUNDAÇÃO UNITINS/GRE/N 004/2012.

Normas de regulamentação para a certificação de. atualização profissional de títulos de especialista e certificados de área de atuação.

FACITEC - Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas IESST Instituto de Ensino Superior Social e Tecnológico

DETALHAMENTO DAS DIRETRIZES PARA IMPLEMENTAÇÃO DA RASTREABILIDADE NA CARNE DE EQUÍEOS PRODUZIDA EM ESTABELECIMENTO SOB INSPEÇÃO FEDERAL

RESOLUÇÃO Nº 1069, DE 27 DE OUTUBRO DE 2014

Programa de Vigilância Epidemiológica - GEDSA Florianópolis, 14 de janeiro de Versão 3.0

Diário Oficial da União Seção 1 DOU 26 de julho de 1999

Criação e Comércio de ANIMAIS Silvestres e Exóticos no Brasil.. Processo de Licenciamento. Gerenciamento. Mercado

Instrução Normativa nº 008, de 08 de agosto de 2014.

IS Nº Revisão B

DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO E DA APLICAÇÃO DO CERTIFICADO SANITÁRIO NACIONAL OU DA GUIA DE TRÂNSITO

Instrução Normativa PROEX/IFRS nº 13, de 17 de dezembro de 2013.

Parecer Consultoria Tributária Segmentos EFD ICMS/IPI Registro 1110 Operações de Exportação Indireta

TRANSQUALIT. Sistema de Gestão da Qualificação para Empresas de Transporte de Cargas PRODUTOS FARMACÊUTICOS

PERGUNTAS FREQUENTES EVENTOS DE MANIFESTAÇÃO DO DESTINATÁRIO

(HOJE É FEITO POR PETICIONAMENTO ELETRÔNICO NO SITE DA ANVISA)

INSTRUÇÃO NORMATIVA MPA N 06, DE 19 DE MAIO DE 2011

RESOLUÇÃO - RDC Nº. 176, DE 21 DE SETEMBRO DE 2006.

Manual Manifestação de Destinatário pelo módulo Faturamento

RESOLUÇÃO CONCEA NORMATIVA Nº 21, DE 20 DE MARÇO DE 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE NORMA TÉCNICA 2/07

NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO PARA OS CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES DO IFSULDEMINAS

PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURIDADE DA ABPA

PORTARIA N.º 034/2009, de 03 de agosto de 2009

Manual para o Preenchimento da Ficha de Registro Sanitário da Aquicultura

RESOLUÇÃO N II - endereços residencial e comercial completos; (Redação dada pela Resolução nº 2.747, de 28/6/2000.)

CONTRATAÇÃO DE TERCEIRIZAÇÃO PARA PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E PERFUMES

Regime Jurídico da Exploração de Estabelecimentos de Alojamento Local (RJAL)

PORTARIA Nº 98 DE 11/06/2010 (Estadual - Minas Gerais) Data D.O.: 12/06/2010

Regulamenta o art. 21 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza.

RESOLUÇÃO CONSEPE Nº 37/2009

O FOCO DA QUALIDADE NOS PROCESSOS DE TERCEIRIZAÇÃO

No Sistema Participativo de Garantia as avaliações da conformidade visam:

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO

PORTARIA DETRO/PRES. Nº 1088 DE 17 DE SETEMBRO DE 2012.

ÂMBITO E FINALIDADE SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Não DADOS DA EMPRESA RAZÃO SOCIAL: ENDEREÇO:

POLÍTICA DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. SECRÉTARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 78, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2003 O

Por dentro do Manual para Certificação de Imóveis Rurais

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Juarez Sabino da Silva Junior Técnico de Segurança do Trabalho

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 42, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2008

PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL - PCMSO

Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Prefeitura Municipal de Vitória Estado do Espírito Santo DECRETO Nº

Passaporte para Trânsito de Cães e. Márcio Henrique Micheletti Coordenação Geral do Vigiagro

5º A emissão de CFOC se dará quando da certificação em unidade centralizadora.

REGULAMENTO PARA ATIVIDADES COMPLEMENTARES DO CURSO DE ENGENHARIA BIOMÉDICA

Orientações para emissão da Guia de Transporte Animal GTA

O NOME DO PROJETO. SENAR Minas ESPAÇO RESERVADO PARA O NOME DO PALESTRANTE

EXIGÊNCIAS GERAIS E DOCUMENTAÇÃO BÁSICA NECESSÁRIA PARA EMISSÃO DE CZI

LEI 984/2012. A Câmara Municipal de Pinhalão, Estado do Paraná aprovou, e, Eu, Claudinei Benetti, Prefeito Municipal sanciono a seguinte lei:

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 03/2015 ATIVIDADES DE BOLSISTAS DO PROGRAMA DE DOUTORADO SANDUÍCHE NO EXTERIOR CAPES (PDSE)

RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE VENÂNCIO AIRES CONTROLE INTERNO

RDC 60. Perguntas e Respostas. RDC nº 60, RDC 60 - PERGUNTAS E RESPOSTAS

Programa de Estágio em Educação Ambiental Jardim Zoobotânico de Toledo Parque das Aves

Procedimento Operacional Padrão

DECRETO Nº , DE 20 DE FEVEREIRO DE 2009.

CONDIÇÕES GERAIS DO CAP FIADOR I INFORMAÇÕES INICIAIS. SOCIEDADE DE CAPITALIZAÇÃO: Brasilcap Capitalização S.A. CNPJ: / II GLOSSÁRIO

1. REGISTRO DE ESTABELECIMENTO DE PRODUÇÃO, PREPARAÇÃO, MANIPULAÇÃO, BENEFICIAMENTO, ACONDICIONAMENTO E EXPORTAÇÃO DE BEBIDA E FERMENTADO ACÉTICO.

A SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, no uso de suas atribuições legais, e

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Transcrição:

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO N.º 014/2007 - GEDSA Considerando, a importância da avicultura catarinense para a economia do estado; Considerando a necessidade de controle sanitário para evitar a reintrodução da doença de Newcastle e introdução de doenças exóticas no Estado; Considerando, a necessidade de normatizar os procedimentos para o registro e fiscalização de estabelecimentos comerciais ligados à avicultura para um efetivo controle da sanidade, resolvem: Art. 1º Estabelecer as NORMAS TÉCNICAS PARA REGISTRO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE ESTABELECIMENTO AVÍCOLA DE AVES COMERCIAIS DE CORTE, CRIAÇÃO COMERCIAL DE RATITAS E ESTABELECIMENTO AVÍCOLA DE AVES DE POSTURA DE OVOS COMERCIAIS. Art. 2º Os estabelecimentos avícolas, destinados a criação de aves comerciais de corte, criação comercial de ratitas e de aves de postura de ovos comerciais, descritos nesta Instrução Normativa, deverão obrigatoriamente ser registrados nos órgãos de defesa sanitária estaduais. Art. 3º Os Estabelecimentos de Aves Comerciais de Corte, Criação Comercial de Ratitas e Estabelecimentos de Aves de Postura de Ovos Comerciais pré-existentes a data de publicação desta Instrução de Serviço deverão adequar-se às normas de registro, no prazo máximo de 31 de dezembro de 2008. Art. 4º Esta Instrução de Serviço entra em vigor na data de sua publicação. ANEXO NORMAS TÉCNICAS PARA REGISTRO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS DE AVES COMERCIAIS DE CORTE, CRIAÇÃO COMERCIAL DE RATITAS E ESTABELECIMENTOS DE AVES DE POSTURA DE OVOS COMERCIAIS. Art. 1º Esta Instrução Normativa define as normas técnicas para registro, fiscalização e controle de Estabelecimentos de Aves Comerciais de Corte, Criação Comercial de Ratitas e Estabelecimentos de Aves de Postura de Ovos Comerciais, além dos controles dos estabelecimentos que procedem à comercialização ou a transferência de seus produtos em âmbito nacional e internacional, à exceção de ratitas. Art. 2º Os Estabelecimentos de Aves Comerciais de Corte, Criação Comercial de Ratitas e os Estabelecimentos de Aves de Postura de Ovos Comerciais deverão obter, previamente a introdução das aves no galpão, o registro nos órgãos de defesa sanitária animal na unidade da Federação em que se localiza. Parágrafo Único. As aves alojadas em Estabelecimentos de Aves Comerciais de Corte, Criação Comercial de Ratitas e os Estabelecimentos de Aves de Postura de Ovos Comerciais deverão ser provenientes de estabelecimentos registrados e certificados pelo MAPA.

Art. 3º Para registro, os Estabelecimentos de Aves Comerciais de Corte, Criação Comercial de Ratitas e os Estabelecimentos de Aves de Postura de Ovos Comerciais deverão apresentar os seguintes documentos: 1. Requerimento, conforme modelo padronizado; 2. Cópia de comprovante da existência legal da pessoa jurídica, pessoa física ou de produtor rural; 3. Cópia do contrato de responsabilidade técnica homologado pelo CRMV e ou contrato de trabalho do Médico Veterinário, que realiza o controle higiênico-sanitário do estabelecimento avícola, conforme modelo padronizado; 4. Cópia de registro do Medico Veterinário no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado; 5. Croqui de situação do estabelecimento, indicando todas as instalações, estradas, cursos d'água e propriedades limítrofes, em escala compatível com o tamanho da propriedade, ou levantamento aerofotogramétrico; 6. Memorial descritivo das medidas higiênico-sanitárias e de biosseguridade que serão adotadas pelo estabelecimento avícola e dos processos tecnológicos. 1º Será anexado à documentação listada no Item 1 deste Capítulo, o Laudo de Inspeção Sanitária, emitido por médico veterinário oficial, da Unidade da Federação, onde se localiza o estabelecimento, conforme modelo padronizado. 2º O registro será emitido pelo órgão de defesa sanitária animal (CIDASC), em modelo padronizado. 3º Após aprovação do processo, o certificado de registro original e cópia dos documentos descritos neste artigo, deverão estar disponíveis à fiscalização no estabelecimento. 4º O estabelecimento avícola deverá comunicar ao órgão emissor do registro, num prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a mudança de responsável técnico, enviando a declaração de responsabilidade e documentação correspondente do respectivo sucessor. 5º Toda mudança de endereço ou razão social, bem como a alienação ou o arrendamento do Estabelecimento, deverão ser atualizados no registro do órgão de defesa sanitária estadual, através de: 1. Apresentação de novo requerimento, solicitando a atualização da situação cadastral; 2. Apresentação de cópia do novo contrato social de organização do estabelecimento avícola ou do contrato de arrendamento; 3. Apresentação de novo laudo de inspeção da área física e do controle higiênicosanitário. Art. 4º Os Estabelecimentos de Aves Comerciais de Corte, Criação Comercial de Ratitas e Estabelecimentos de Aves de Postura de Ovos Comerciais devem possuir localização geográfica adequada, atendendo à legislação em vigor no PNSA: Parágrafo Único. Em estabelecimento preexistente, até a data da publicação desta Instrução de Servico, poderão ser admitidas, a critério do Serviço Oficial, após avaliação do risco sanitário, em função da adoção de novas tecnologias, na condição de existência de barreiras naturais (reflorestamento, matas naturais, topografia), artificiais (muros de alvenaria) ou da utilização de manejo e medidas de biosseguridade diferenciadas, que impeçam a introdução e disseminação de agentes de doenças. Art. 5º As instalações nos Estabelecimentos de Aves Comerciais de Corte, Criação Comercial de Ratitas e Estabelecimentos de Aves de Postura de Ovos Comerciais deverão:

1. Ser construídas com materiais que permitam limpeza e desinfecção; 2. Ser providas de telas com malha de medida não superior a 2,0 cm, à prova de pássaros, animais domésticos, silvestres e roedores (exceto ratitas); 3. Possuir cerca de isolamento em volta do galpão ou do núcleo, com um afastamento mínimo de 5 m, dotado de um único ponto de acesso de veículos e pessoas. Art. 6º Visando a biosseguridade do sistema de produção, os Estabelecimentos de Aves Comerciais de Corte, Criação Comercial de Ratitas e Estabelecimentos de Aves de Postura de Ovos Comerciais deverão adotar as seguintes ações: 1. Realizar controle e registro de trânsito de veículos e de acesso de pessoas ao local, incluindo a colocação de sinais de aviso para evitar a entrada de pessoas estranhas à atividade; 2. Estabelecer procedimentos de desinfecção de veículos, antes do seu ingresso no estabelecimento avícola; 3. Estabelecer procedimentos adequados para destino de resíduos da produção (aves mortas, esterco e embalagem), de acordo com a legislação ambiental vigente; 4. Executar programa de limpeza e desinfecção, a ser executado nos galpões, após a saída de cada lote, adotando período de vazio sanitário; 5. Executar programa de controle de pragas, a fim de manter os galpões e os locais para armazenagem de alimentos ou ovos livres de insetos e roedores, animais silvestres ou domésticos; 6. Realizar análise microbiológica da água com periodicidade semestral, comprovando a ausência de agentes de doenças; 7. Submeter-se ao programa de monitoria sanitária, atendendo às normas específicas estabelecidas no Regulamento de Defesa Sanitária Animal, e no PNSA; 8. Manter a disposição do serviço oficial, registros das atividades de trânsito de aves, ações sanitárias, utilização de vacinas e medicamentos desenvolvidos pelo estabelecimento, (ficha com histórico dos lotes). As informações devem ser armazenadas por período mínimo de 2 anos; 9. Estabelecimentos avícolas de aves comerciais de corte adotarão o sistema de criação avícola tudo dentro - tudo fora; 10. Nos estabelecimentos avícolas de aves comerciais de corte deverá ser assegurado que a reutilização da cama somente será realizada se não houver sido constatado problema sanitário que possam colocar em risco o próximo lote a ser alojado, o plantel nacional e a saúde pública, de acordo com a inspeção clínica do responsável técnico do estabelecimento ou pelo médico veterinário oficial ou durante o abate do lote pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal.

Art. 7º O monitoramento sanitário será realizado para Doença de Newcastle, Influenza Aviária e Salmoneloses, de acordo com a legislação específica. 1º Nos Estabelecimentos de Aves de Postura de Ovos Comerciais e Criação Comercial de Ratitas será também realizado o monitoramento sanitário para Micoplasmoses. 2º Outras enfermidades poderão ser incluídas, no sistema de monitoramento, a critério do Serviço Oficial. 3º O médico veterinário oficial é o responsável pela fiscalização, supervisão e acompanhamento das atividades de monitoramento sanitário. O representante do Serviço Oficial deverá acompanhar o monitoramento rotineiro da empresa através de vistorias e acompanhamento documental; Art. 8º O trânsito interestadual de aves de corte, aves de postura de ovos comerciais e de ratitas destinadas ao abate, esterco e cama de aviário, obedecerá a normativa específica. Parágrafo Único. O trânsito de aves sem a GTA ou cama de aviário sem o CIS, implicará em autuação do proprietário, redirecionamento da carga a origem ou destruição do lote, a critério do serviço oficial. Art. 9º A vacinação contra as doenças aviárias será realizada com vacina registrada e aprovada pelo MAPA, de acordo com a legislação em vigor, seja como medida de ordem profilática ou de controle de doença. 1º A vacinação sistemática de aves de postura comercial contra a doença de Newcastle é obrigatória. 2º De acordo com a situação epidemiológica e sanitária de cada região, após avaliação do DSA, poderá ser estabelecida a obrigatoriedade ou a proibição de programas de vacinação. 3º No caso de doença considerada exótica ao plantel avícola nacional, não será permitida a realização de vacinação sistemática. Art. 10º Ao estabelecimento avícola que não cumprir as determinações desta Instrução de Serviço, será definida sanções após avaliação técnica realizada pelo Serviço Oficial Estadual, seguindo a seguinte ordem de evolução: 1º Advertência por escrito: Devido ao não cumprimento de um ou mais itens dos Artigos 2º ao 9º estabelecer-se-ão prazos para solução da situação sanitária ou de adequação das instalações físicas do estabelecimento avícola. 2º Interdição da propriedade e sacrifício do lote: Não realização das determinações técnicas no prazo estabelecido na advertência por escrito, ou de não cumprimento de um ou mais itens dos Artigos 2º ao 9º desta Instrução Servico, itens estes, que coloquem em risco a disseminação de doenças no plantel avícola estadual, ou ainda, devido a suspeita ou confirmação de foco de doença exótica, conforme estabelecido no Regulamento de Defesa Sanitária Animal, ficando o estabelecimento proibido de alojar qualquer tipo de ave. 3º Cancelamento do registro do estabelecimento avícola: Ao tratar-se de reincidências das infrações descritas acima e na execução de atividades que coloquem em risco a saúde pública, a biosseguridade do plantel avícola. 4º Não havendo, por parte do interessado, adequação às normas oficiais e cumprimento das exigências estabelecidas, poderá ocorrer o cancelamento definitivo do registro; 5º As sanções previstas no processo serão editadas pela autoridade competente, do órgão de defesa sanitária animal estadual.

6º O processo administrativo será originado no órgão de defesa sanitária animal estadual, cabendo recurso, no prazo de 15 (quinze) dias, contado a partir do recebimento da notificação oficial pelo interessado; 7º Novo registro será concedido ao estabelecimento, condicionado a vistoria técnica do estabelecimento avícola e à adequação à normativa vigente. Art. 11º A solicitação de cancelamento de registro pelo interessado, será feita em requerimento dirigido ao Serviço Oficial, sempre que o proprietário do estabelecimento não desejar manter as atividades de produção de aves de corte, de ovos comerciais ou ratitas. 1º O registro será cancelado automaticamente pelo Serviço Oficial, quando constatado que o estabelecimento esteja com período superior a 1 (um) ano sem realizar atividades de produção de aves para corte, ratitas ou de ovos comerciais, sem que esta paralisação tenha sido comunicada ao Serviço Oficial. Art. 12º Os Estabelecimentos de Aves Comerciais de Corte, Criação Comercial de Ratitas e Estabelecimentos de Aves de Postura de Ovos Comerciais, ficam obrigados a permitir a qualquer momento, o acesso do Médico Veterinário Oficial, aos documentos e as instalações, observando as normas de biosseguridade. Florianópolis, 11 de abril de 2007. Gecio Humberto Meller Diretor Técnico Florisval Bubniak Gerente Defesa Sanitária Animal