Variação angular no movimento dos articuladores braço e antebraço na produção da Libras: estudo sobre variação linguística e orientação sexual Rogério Gonçalves de Oliveira (DL/FFLCH/USP) Orientador: Prof. Dr. Felipe Venâncio Barbosa 1
Plano da Apresentação Hipótese Objetivos Revisão da literatura Métodos Resultados preliminares Considerações Finais 2
Hipótese Existe variação linguística correlacionada à orientação sexual do surdo sinalizante Ensejaram a proposição da hipótese: Observação de formas variantes na produção de sinais em grupos de surdos gays de São Paulo Estudo de Mendes (2006) (a construção de um corpus linguístico é o primeiro passo no sentido de testar a hipótese) 3
Objetivos Objetivo geral: criar um corpus linguístico composto por sinalizações de homens surdos gays e heterossexuais da cidade de São Paulo. Objetivos específicos: Identificar e descrever os ângulos e as variações dos ângulos formados pelo braço e antebraço dos surdos sinalizantes; Tabular os dados encontrados de acordo com o modelo de descrição fonéticofonológica proposto por Barbosa, Temoteo e Rizzo (2014, 2015). 4
Revisão da literatura Stokoe (1960): Parâmetros Articulatórios Configuração de mão (CM) Localização / Ponto de articulação (LOC) Movimento (MOV) Demais parâmetros: Orientação da palma da mão Marcações não-manuais 5 Número de mãos
Revisão da literatura Modelos de representação fonológica das línguas de sinais Modelo de Movimentos e Suspensões (Hold- Movement, Liddell & Johnson, 1989) Modelo Prosódico (Brentari, 1998) Modelo de Crasborn (2001) Modelo de Dependência (van der Kooij, 2002) Modelo de Sandler & Lillo-Martin (2006) 6
Revisão da literatura Crasborn (2001): Análise do movimento dos ossos e das juntas por meio da medição dos ângulos articulares do corpo (análise goniométrica) 7
Crasborn (2001) Rogério Gonçalves de Oliveira 8 Movimentos do punho, da junta metacarpofalangeana e do antebraço
Revisão da literatura Barbosa, Temoteo & Rizzo (2014, 2015): Posição do braço e do antebraço na produção de sinais da Libras Descrição baseada nas medidas antropométricas com análise dos ângulos formados pelo braço e antebraço Modelo de descrição articulatória (com base em Crasborn (2001), van der Kooij (2002) e Sandler & Lillo-Martin (2006)) 9
Barbosa, Temoteo & Rizzo (2014, 2015) Rogério Gonçalves de Oliveira 10 Especificações de Localização para a organização dos articuladores
Métodos Preparação: Posicionamento de 27 marcadores esféricos refletores nos membros superiores dos sujeitos: 11 Disposição dos marcadores nos membros superiores
Métodos Estímulos: Avaliação Fonético-Fonológica da Libras (Barbosa, no prelo) Teste de Repetição de Sentenças da Libras (Teixeira Junior, 2015) Prancha O Roubo do Banco (Nespoulous et al., 1986) 12
Métodos Captura de movimentos (filmagens): Vicon: sistema óptico de captura tridimensional de movimentos 13 Modelo criado a partir da captura estática
Métodos Ângulos gerados pelo software Nexus Movimentos: Abdução do braço vertical horizontal Rotação do braço Flexão do cotovelo Rotação do antebraço 14
Métodos Forma de organização dos dados: Declaração da orientação sexual Idade Escolaridade Local de residência Ocupação profissional Status auditivo dos pais Dados goniométricos 15
Resultados preliminares Variação angular 16 Captura do sinal ÁRVORE
Resultados Preliminares Sujeitos: 4 homens surdos: 3 gays e 1 heterossexual Total de dados: (80 x 4) + (20 x 4) + 4 = 404 produções 17
Considerações Finais Os dados do corpus permitirão: Analisar os ângulos e as variações dos ângulos formados na produção do sinal Comparar a variação angular da sinalização de surdos gays e surdos heterossexuais Perspectivas 18
Muito obrigado! Rogério Gonçalves de Oliveira roger_usp@yahoo.com.br 19
Referências Bibliográficas Barbosa, F. V. (no prelo). Avaliação Fonético-Fonológica da Língua de Sinais Brasileira. Barbosa, F. V., Temoteo, J. G. & Rizzo, R. R. N. (2014). Analysis of the articulators of Location and Movement in a sign (LSB). Formal and Experimental Advances in Sign Language Theory. Universitá Ca Foscari. Venice. Barbosa, F. V., Temoteo, J. G. & Rizzo, R. R. N. (2015). What generates Location? Study on the arm and forearm of lexical items in the Brazilian Sign Language. In: Leemann, Adrian; Kolly, Marie-José; Schmid, Stephan; Dellwo, Volke. (Org.). Trends in Phonetics and Phonology - Studies from German-speaking Europe. 1ed. Bern: Peter Lang, v. 1, p. 181-196. Brentari, D. (1998). A Prosodic Model of Sign Language Phonology. A Bradford book. MIT Press. 20
Referências Bibliográficas Crasborn, O. (2001) Phonetic Implementation of Phonological Categories in Sign Language Of The Netherlands. Utrecht, The Netherlands: LOT (Netherlands Graduate School of Linguistics). Liddell, S. & Johnson, R. (1989). American Sign Language: The Phonological Base. In: Valli, C. & Lucas, C. (org.) Linguistics of American Sign Language: an introduction. Washington, D. C.: Clerc Books / Gallaudet University Press (2002). Nespoulous, J. L., Lecours, A. R., Lafond, D., Lemay, A., Puel, M., Joanette, Y., Cot, F. and Rascol, A. (1986). Protocole Montréal Toulouse: Examen de l'aphasie (M1 Beta). Montréal,, Canada: Université de Montréal. 21
Referências Bibliográficas Sandler, W. & Lillo-Martin, D. (2006). Sign Language and Universals. Cambridge, UK: Cambridge University Press. Stokoe, W. (1960). Sign Language Structure: An Outline of the Visual Communication Systems of the American Deaf. Studies in Linguistics: Occasional Papers, v. 8. New York: Buffalo University, 1960. Teixeira Junior, M. A. (2015). Adaptação do Teste de Repetição de Sentenças: Um estudo sobre os princípios de complexidade presentes na Libras. Projeto de pesquisa de iniciação científica. Fapesp. São Paulo. Van der Kooij, E. (2002). Phonological Categories in Sign Language of the Netherlands: The Role of Phonetic Implementation and Iconicity. Utrecht, The Netherlands: LOT (Netherlands Graduate School of Linguistics). 22