UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UnU de Ciências Exatas e Tecnológicas Curso de Ciências Biológicas Modalidade Licenciatura O Programa de Inclusão Digital do Governo brasileiro: Análise Sob a Perspectiva da Interseção entre Ciência da Informação e Interação Humano Computador Autor: Calixto Silva Neto José Oscar Fontanini de Carvalho Acadêmicos: Aline Crisóstomo Deborah Félix Domingos Lisandra Soares Nélio Alves Disciplina: Novas Tecnologias da Educação Profª. Adda Daniela Anápolis, 2013
Introdução A inclusão digital se dá a partir do momento em que as pessoas que não tinham acesso aos meios digitais, conseguem tê-lo, usando máquinas, redes e softwares. Um incluído digitalmente é aquele que usufrui desse suporte para melhorar sua condição de vida, utilizando de maneira correta essas ferramentas. Este tema desperta a preocupação e o interesse tanto do governo brasileiro quanto de ONGs, empresas, escolas e igrejas.
De acordo com o governo brasileiro, a inclusão digital favorece e auxilia a inclusão social. Mas também há necessidade de investimentos em capacitação para que o usuário, objeto da inclusão digital, tenha condição de manusear os dispositivos digitais. No entanto não encontramos programas do governo preocupados com a capacitação do cidadão, em pesquisar e promover a interatividade ou projetos interfaces.
Informação A informática, fruto da evolução da eletrônica, permitiu aumentar a velocidade da multiplicação da informação com seus computadores trabalhando em nanosegundos encurtou o tempo de execução, de disseminação e recuperação da informação. O objetivo da informação é transmitir um significado, por meio de uma linguagem para gerar conhecimento.
Inclusão Digital e as Políticas do Governo Brasileiro O programa de inclusão digital do Ministério da Ciência e Tecnologia pode ser resumido em: oferta de instrumentos, meios e facilidades, para os menos favorecidos. Para o Programa da Sociedade da Informação, a inclusão digital e, por conseguinte, a inclusão social se dará por meio do uso de computadores com acesso a internet e capacitação para o uso destes para a população que ainda não tem acesso a esses instrumentos, meios e facilidades.
Figura 1 O Ciclo da Sociedade da Informação (baseada em Takahashi, Tadao (Org.). Sociedade da Informação no Brasil (livro verde. 2000)
A grande preocupação do governo é com a diminuição dos preços dos computadores e o uso de softwares livres, sem custo ou mais acessíveis. O governo brasileiro apresenta várias soluções e programas para promover a inclusão digital, como o Programa Sociedade da Informação, Projeto Cidadão Conectado, entre outros.
Interação Humano-Computador As informações geradas atualmente estão, cada vez mais, sendo armazenadas no formato digital (Carvalho,2003). Sendo assim, surge a necessidade de melhorar a comunicação entre a máquina e o ser humano, a máquina mais próxima do modelo mental. A Interação Humano-Computador tem característica multidisciplinar e seu objetivo é tornar máquinas sofisticadas mais acessíveis no que se refere a interação, aos seus usuários potenciais (Carvalho,2003).
Figura 2 Programa de Inclusão Digital (baseada em Carvalho 1994 e 2003)
Exclusão Digital A expressão excluídos da sociedade da informação ficou reduzida para exclusão digital. A exclusão digital seria então o resultado da desigualdade, onde a maioria não tem acesso a essas inovações, a falta de acesso por parte de uma fatia da população aos meios tecnológicos contribui para o aprofundamento dessa situação. Pierre Lévy, filósofo francês, pensador da área de tecnologia e sociedade, afirmou que: Toda nova tecnologia cria seus excluídos.
No Brasil a inclusão digital ainda não é realidade para todos. Deve se pensar no uso de novas tecnologias, para que estas não venham a perpetuar a exclusão e criar um abismo ainda maior entre os que têm e os que não têm acesso às inovações tecnológicas.
Considerações Finais Vê-se claramente que apenas o acesso às mídias e tecnologias de informação e comunicação não é suficiente para assegurar aos cidadãos a efetivação de estarem inseridos na sociedade digital. As desigualdades há muito sentidas entre pobres e ricos entram na era digital, e tendem a se expandir com a mesma aceleração das novas tecnologias.