NOÇÕES DE ECONOMIA PARA PF ESCASSEZ 22/10/2014 OBJETO DA ECONOMIA FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA ECONÔMICA CONCEITO DE CIÊNCIA ECONÔMICA

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Transcrição:

NOÇÕES DE ECONOMIA PARA PF 1. Microeconomia. 1.1 Conceitos fundamentais. CONCEITO DE CIÊNCIA ECONÔMICA Ciência social que estuda como os indivíduos e a sociedade decidem utilizar os recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços de modo a distribuí-los entre os grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas. FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA ECONÔMICA FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA ECONÔMICA OBJETO DA ECONOMIA OBJETO DA ECONOMIA NECESSIDADES HUMANAS ILIMITADAS X ESCASSEZ RECURSOS PRODUTIVOS LIMITADOS (FATORES DE PRODUÇÃO) FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA ECONÔMICA FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA ECONÔMICA PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS O QUE E QUANTO PRODUZIR??? MAIS BENS DE CONSUMO? PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS CAPITAL INTENSIVO? COMO PRODUZIR??? MAIS BENS DE CAPITAL? MÃO DE OBRA INTENSIVA? 1

FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA ECONÔMICA SISTEMA ECONÔMICO/ ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS PARA QUEM PRODUZIR??? QUAIS OS SETORES BENEFICIADOS? É a forma como a sociedade está organizada para desenvolver suas atividades econômicas. Atividades de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços. SISTEMA ECONÔMICO/ ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA SISTEMA ECONÔMICO/ ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA ECONOMIA DE MERCADO Descentralizado Tipo capitalista Concorrência pura ou concorrência mista Propriedade privada Problemas econômicos fundamentais são resolvidos pelo mercado Maior eficiência alocativa ECONOMIA PLANIFICADA Centralizada Tipo socialista Propriedade estatal Problemas econômicos fundamentais são resolvidos pelo órgão central Maior eficiência distributiva SISTEMA ECONÔMICO/ ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA SISTEMA ECONÔMICO/ ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA CONCORRÊNCIA PURA Base da filosofia do liberalismo econômico. Advoga a soberania do mercado, sem interferência do Estado. O Governo deve se preocupar com as questões de justiça, paz, segurança, e deixar o mercado resolver os problemas fundamentais da economia. CONCORRÊNCIA PURA O QUE e QUANTO produzir? (O que) Decidido pelos consumidores (soberania do consumidor). (quanto) Determinado pelo encontro da oferta e demanda de mercado. COMO produzir? Questão de eficiência produtiva. Resolvido no âmbito das empresas. PARA QUEM produzir? Decidido pelo mercado 2

SISTEMA ECONÔMICO/ ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA CONCORRÊNCIA PURA - CRÍTICAS Grande simplificação da realidade; Os preços podem variar não devido ao mercado, mas em função de: Força de sindicatos; Poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado; Intervenção do governo; O mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. Existem bens públicos, disponibilizados pelo Governo; O mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas estão procurando a obtenção do máximo lucro, e não com questões distributivas. SISTEMA ECONÔMICO/ ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA SISTEMA DE MERCADO MISTO Atuação do setor público com o objetivo de evitar distorções alocativas e distributivas: Sobre a formação de preços, (via impostos, etc.); Complemento da iniciativa privada (infra-estrutura, etc.); Fornecimento de serviços públicos; Fornecimento de bens públicos (não vendidos no mercado). Exemplo: educação, segurança, justiça, etc.); Compra de bens e serviços do setor privado. O ECONOMISTA COMO FORMULADOR DE POLÍTICA ECONÔMICA Conceitos Básicos Economia positiva x normativa Economia positiva: tenta descrever o processo econômico como ele é. Pode ser testada e confirmada ou refutada Economia normativa: tenta prescrever como o processo econômico deveria ser. Sua avaliação não pode ser julgada apenas pelos fatos pois implica também em valores (ética, religião) Necessidade humana Bens e serviços Recursos produtivos Agentes econômicos Mercado Fluxos e estoque Necessidades Humanas Bens e Serviços Não há limites para as necessidades humanas, tanto em número quanto em variedade Necessidades não-econômicas Amor, sabedoria, o ar Necessidades econômicas Bens e serviços Tudo aquilo que permite satisfazer às necessidades humanas. Quando é tangível chama-se de bem, e serviço quando é intangível Bens Livres Existem em quantidade ilimitada (pelo menos por enquanto) e podem ser obtido com pouco ou nenhum esforço. Exemplo: o ar, a luz do sol, o mar, etc... 3

Bens Econômicos Bens Materiais São bens relativamente escassos e necessita esforço para adquirí-los Bens materiais Alimentos, roupas, aço, petróleo, carros, etc... Bens imateriais (serviços) Consulta médica, viagem de avião Bens de Consumo São aqueles utilizados diretamente para a satisfação das necessidades humanas. Bem Não-Durável Desaparece após utilização. Exemplo: alimentos, cigarro, Bem Durável Podem ser usados por muito tempo. Exemplo: móveis, eletrodomésticos, videogame Bens de Capital Bens Privados e Públicos Bens de Capital São aqueles bens utilizados na produção de outros bens Computadores, máquinas, edifícios, fábricas, etc... Tanto os bens de capital como de consumo são chamados de Bens Finais (já estão acabados) Existem também bens intermediários, que ainda precisam ser transformados para atingir a sua forma definitiva. São também bens de capital. Exemplo: aço, vidro, petróleo, etc... Bens Privados São produzidos e possúidos individualmente. Exemplo: ar condicionados, patinetes, bicicletas, etc... Bens Públicos São aqueles consumidos por vários indivíduos. Exemplo: segurança pública, escolas, bibliotecas, hospitais, etc... Recursos produtivos ou Fatores de produção São elementos utilizados no processo de fabricação dos mais variados tipos de bens Também são escassos Terra (Recursos naturais) Trabalho Capital Capacidade Empresarial Capacidade Tecnológica 4

Recursos produtivos ou Fatores de produção Recursos produtivos ou Fatores de produção Cinco categorias Terra: As reservas naturais renováveis ou não, encontram se na base de todo o processo de produção. Ex: solo, subsolo, águas, pluviosidade e clima, flora e fauna e fatores extraplanetários ( sol ). Cinco categorias Capital: O capital compreende as edificações, a maquinaria, os equipamentos, as matérias-primas, computadores, estradas de ferro e demais meios elaborados utilizados no processo produtivo Recursos produtivos ou Fatores de produção Recursos produtivos ou Fatores de produção Cinco categorias Trabalho: se refere às faculdades físicas e intelectuais dos seres humanos que intervêm no processo produtivo. Cinco categorias Capacidade empresarial: o empresário exerce funções fundamentais para o processo produtivo. É a capacidade empresarial que organiza a produção, reunindo e combinando os outros recursos produtivos e assumindo todos os riscos inerentes à elaboração dos bens e serviços. Recursos produtivos ou Fatores de produção Cinco categorias Capacidade Tecnológica: é o conjunto de conhecimentos e habilidade intelectuais ou não que dão sustentação ao processo de produção. Agentes Econômicos Famílias Detentoras dos recursos de produção. Fornecem às empresas esses recursos em troca de pagamento: aluguel, salário, juros e lucro Empresas Unidades encarregadas de produzir e/ou comercializar os bens e serviços Governo: (administração pública) são órgãos que se dedicam a prestar serviços à sociedade, que são consumidos pela coletividade. Seus produtos são indivisíveis. Administrações públicas: federais, estaduais e municipais. 5

Agentes econômicos Mercado Resto do Mundo (comércio exterior) registra as transações econômicas ocorridas com agentes econômicos pertencentes a outros países. Local ou contexto onde compradores e vendedores de bens, serviços ou recursos produtivos se encontram para comercializar Variáveis de Fluxo e Estoque Remuneração dos Fatores Fluxo Dinâmico. São medidas dentro de um intervalo de tempo Estoque Estático. São medidas em um ponto específico no tempo FATOR DE PRODUÇÃO TERRA CAPITAL TRABALHO CAPACIDADE EMPRES. CAPACIDADE TECNOL. REMUNERAÇÃO ALUGUEL JUROS SALÁRIO LUCRO ROYALTIES Os agentes econômicos Fluxo circular de produto e renda em uma economia de mercado A família ( C ) As empresas ( I ) O Governo ( G ) O resto do mundo (x-m) Oferta de Fatores Renda $ FAMÍLIAS Mercado de Fatores de Produção Demanda de Fatores Custo $ EMPRESAS PIB = C + I + G+ ( X M ) Despesa $ Demanda de produtos Mercado de bens e serviços Receita $ Oferta de produtos 6

Preços Preços O preço absoluto é a quantidade de moeda necessária para se obter uma unidade de um bem, ou seja, é o valor expresso em moeda Preços relativos O preço relativo exige que se considere dois preços absolutos, uma vez que é definido como um quociente. Assim, PA e PB designam os preços absolutos dos bens A e B, respectivamente. PA/PB é o preço relativo do bem A expresso em unidades do bem B. Ou seja, é a quantidade de unidades do bem B a pagar por cada unidade do bem A. Preço relativo Logo: PRA = P A PB Onde: PRA = Preço relativo do bem A PA = Preço do bem A PB = Preço do bem B Exemplo: Preço relativo de um microcomputador PRM = P M PAS Onde: PRM = Preço relativo do microcomputador PM = Preço do microcomputador ($ 3.000) PAS = Preço do Aparelho de som ($ 1.000) LogoPRM = 3.000 = 3 1.000 PREÇO DE MERCADO O preço de mercado (ou de equilíbrio) de determinado bem representa o preço que se forma no mercado (através do chamado mecanismo de mercado) e que compatibiliza os interesses antagonicos dos consumidores e dos produtores. Esta compatibilização é conseguida quando a quantidade procurada pelos consumidores é igual à quantidade oferecida pelos produtores, situação que se verifica quando o preço do bem é o seu preço de equilíbrio. Possibilidade de Produção Tabela 1: Possibilidade de Produção de Camarão e Tilápia Qc: Quantidade de camarão Qt: Quantidade de tilápia Produtos Qc max Possibilidades Intermediárias Qt max A B C D E F Qc 100 90 80 50 30 0 Qt 0 20 40 50 60 65 Nota: Os valores são apenas ilustrativos e não representam a realidade. 7

Curva de Possibilidade de Produção Qt 65 60 50 40 20 F E D G (ineficiente) CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO (CPP) I (eficiente) H (inacessível) C B Curva de Possibilidade de Produção A Curva de Possibilidade de Produção (CPP) ou curva de transformação é formada pela união dos pontos que representam a combinação de níveis de produção de caramão e tilápia. A CCP ilustra o custo de aumentar a quantidade de uma mercadoria em termos de sacrifício em consumo de outros bens. A 0 30 50 80 90 100 Qc Deslocamento da CPP Deslocamento da CPP Qt i) Transferência de recursos produtivos para outros setores da economia: da aquicultura para agricultura; ii) Degradação ambiental comprometendo o desempenho da produção Qt i) Importação de recursos produtivos para o setor aquícola; ii) Inovação tecnológica. CPP 1 CPP 0 CPP 0 CPP 2 Qc Qc Deslocamentos da curva de Possibilidade de Produção EFICIÊNCIA PRODUTIVA Condições Pleno emprego dos fatores de produção; Ausência de capacidade ociosa; Padrões ótimos de desempenho 3º caso: Variações tecnológicas, aplicada apenas a um só bem. 8

Custo de Oportunidade Custo de Oportunidade de um recurso é quanto se perde ou deixa de ganhar, por não utilizar o recurso no seu melhor uso alternativo. O custo de oportunidade surge por que numa economia em pleno emprego precisa-se sempre, ao aumentar a produção de bem, desistir de produzir um tanto de outro bem. As condições básicas para a existência do custo de oportunidade são: recursos limitado e pleno emprego dos recursos. Custos de oportunidades crescentes A Lei dos Custos Relativos Crescentes: A medida que se vai abrindo mão de um bem pelo outro os custo vão aumentando. No exemplo as variações por unidades de bens militares cedidos a produção de bens civis são: Possibilidades Bens Civis Bens Militares Variações A 0 15 B 1 14 1 C 2 12 2 D 3 9 3 E 4 5 4 F 5 0 5 Custos Relativos Crescentes Razões dos Custos Relativos Crescentes: Rendimentos decrescentes Adequação diferente dos insumos (Fatores de Produção) 9

Microeconomia é o ramo da ciência econômica voltado ao estudo do comportamento da(s): unidades de consumo (indivíduos e famílias ); empresas; produção de preços dos diversos bens, serviços e fatores produtivos. Oferta e Demanda São as forças que fazem os mercados funcionarem A microeconomia moderna lida com: oferta demanda equilíbrio do mercado 1

Demanda Procura ou Demanda é a quantidade de bens ou serviços que os agentes econômicos estariam dispostos e aptos a consumir num determinado momento, num determinado mercado aos diferentes fatores determinantes. Lei da Demanda Existe uma relação inversa/negativa entre preço e quantidade demandada. Indica que quanto maior o preço de um bem, menor será a quantidade demandada desse bem. P Q 2

Escala de Demanda É uma tabela que mostra a relação entre o preço de um bem e a quantidade demandada àquele preço Preço Quantidade $ 0.00 12 $ 0.50 10 $ 1.00 8 $ 1.50 6 $ 2.00 4 $ 2.50 2 $ 3.00 0 Curva da Demanda por Sorvete Preço $3.00 2.50 2.00 1.50 Preço Quantidade $0.00 12 0.50 10 1.00 8 1.50 6 2.00 4 2.50 2 3.00 0 1.00 0.50 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Quantidade 3

Determinantes da Demanda Que fatores determinam a quantidade de sorvete que você quer e pode comprar? 1) Preço de mercado 2) Renda do indivíduo 3) Preço de produtos relacionados 4) Gosto e preferência do consumidor 5) Expectativas sobre preços, renda e disponibilidade 6) Número de consumidores Variáveis que afetam a Demanda q d i = f( p i, p s, p c, R, G) Função Geral da Demanda q d i = quantidade procurada (demandada) do bem i p i = preço do bem i p s = preço dos bens substitutos ou concorrentes p c = preço dos bens complementares R = renda do consumidor G = gostos, hábitos e preferências do consumidor Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à hipótese ceteris paribus 4

Curva da Demanda Mostra a quantidade máxima de um determinado bem que consumidores estão desejando adquirir a diversos níveis de preço (ceteris paribus) Mostra o preço máximo que indivíduos estão dispostos a pagar por uma unidade adicional de produto (ceteris paribus) Ceteris Paribus Frase em latim que significa todas as outras coisas estando iguais, isto é, quando da análise a única coisa que estará se alterando será a variável que se estiver analisando.... Todas as demais variáveis relevantes são consideradas constantes, com exceção das que estão sendo analisadas naquele momento 5

Determinantes da Demanda Preço de Mercado: Existe uma relação inversa entre preço e quantidade demandada (Lei da Demanda) P Q Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) BEM NORMAL Preço da carne de 1ª (R$) (Supondo um aumento na renda do consumidor) D 0 D 1 Qtd. de carne de 1ª 6

Análise da Demanda de Mercado BEM INFERIOR Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Preço da carne de 2ª (R$) (Supondo um aumento na renda do consumidor) D 1 D 0 Qtd. de carne de 2ª Análise da Demanda de Mercado Bem de Consumo Saciado Dada uma variação na renda do consumidor, a quantidade demandada não se altera, coeteris paribus. 7

BEM SACIADO Preço do arroz (R$) Qtd. de arroz Determinantes da Demanda Preços de Bens Relacionados: Quando a queda de preço de um bem reduz a demanda por outro, os bens são chamados de substitutos 8

BENS SUBSTITUTOS Graficamente, há duas formas de representação: na forma direta, e por meio de deslocamentos da curva de demanda. BENS SUBSTITUTOS Relação entre demanda de um bem e preço de um bem substituto no consumo Deslocamento da curva de demanda, dado um aumento no preço de um bem substituto no consumo Determinantes da Demanda Preços de Bens complementares: Quando a queda de preço de um bem aumenta a demanda por outro 9

BENS COMPLEMENTARES Graficamente, há duas formas de representação: na forma direta, e por meio de deslocamentos da curva de demanda. Bens Complementares Relação entre demanda de um bem e preço de um bem complementar no consumo Deslocamento da curva de demanda do bem x, dado um aumento no preço de um bem complementar Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G) q d i = f(g ) Supondo p i, p s, p c e R constantes Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados, manipulados por propaganda e campanhas promocionais, incentivando ou reduzindo o consumo de bens. 10

Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G) Campanha do tipo beba mais leite Desloca p/ direita Preço do Bem (R$) 80 60 40 20 0 D 0 D 1 -Cigarro D 1 -Leite 0 5 10 15 20 Redução Aumento Quantidade adquirida do bem Campanha do tipo o fumo é prejudicial à saúde Desloca p/ esquerda Relação Entre Expectativas e demanda Preço Renda Disponibilidade 11

Relação Entre Quantidade Demandada e Número de Consumidores Na maioria dos casos ela é positiva Pode ser influenciada pela idade de uma população, por exemplo Quem compra ingressos para assistir o show cover de Nelson Gonçalves não será o mesmo público de Luan Santana. Mudança na Quantidade Demandada x Mudança na Demanda Mudança na Quantidade Demandada: move-se sobre a curva da demanda quando há mudança de preço Mudança na Demanda: a curva inteira se move para a esquerda ou direita 12

Mudança na Quantidade Demandada Preço $2.00 7 Quantidade Mudança na Quantidade Demandada Preço $2.00 $1.00 7 13 Quantidade 13

Mudança na Demanda Preço $2.00 7 Quantidade Mudança na Demanda Preço $2.00 7 10 Quantidade 14

Quantidade Demandada e Demanda Preço Renda Variável Uma Mudança na Variável Causa um(a)... Movimento ao longo da curva da demanda Deslocamento da curva Preço de bem relacionado Gostos Expectativa Número de Compradores Deslocamento da curva Deslocamento da curva Deslocamento da curva Deslocamento da curva Demanda de Mercado Preço por unidade de quantidade Preço por unidade de quantidade Preço por unidade de quantidade Q 1 = Q 11 + Q 21 Q 2 = Q 12 + Q 22 Indivíduo 1 Indivíduo 2 Demanda do Mercado P 1 P 2 Q 12 Q 22 Q 2 Q 11 Quantidade (por unid.tempo) Q 21 Quantidade (por unid.tempo) Q 1 Quantidade (por unid.tempo) 15

Exceções à Lei da Demanda BENS DE GIFFEN E BENS DE VEBLEN Os bens de Giffen são bens de pequeno valor, porém de grande importância no orçamento dos consumidores de baixa renda. Caso haja uma elevação em seus preços, seu consumo paradoxalmente tende a aumentar, uma vez que, embora seu preço tenha sido majorado, são ainda baratos que os demais bens; como ao consumidor após o aumento, sobre menos renda, ele não poderá adquirir outros bens (por serem mais caros) e acabará consumindo maiores quantidades do bem de Giffen. BENS DE VEBLEN Os bens de Veblen são bens de consumo ostentatório, tais como obras de arte, jóias, tapeçarias e automóveis de luxo. Como o objetivo de seu consumidor é mostrar aos outros que é possuidor de grande renda (e não o consumo do bem em si), quanto mais caros mais são procurados. Tanto os bens de Giffen como os de Vablen têm curvas de demanda com inclinação positiva, ou seja, ascendentes da esquerda para a direita. 16

Oferta É a quantidade de produtos que vendedores desejam e podem produzir para vender a diversos níveis de preço Análise da Oferta de Mercado Função Geral da Oferta q o i p i > 0 Tudo o mais constante (ceteris paribus), se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais. Para produzir mais, os custos serão maiores, e o preço do bem deve ser aumentado. Como os empresários reagem, quando se altera o preço do bem ou serviço, ceteris paribus. Aumentando a qtd. ofertada 17

Escala de Oferta É uma tabela que mostra a relação entre o preço de um bem e a quantidade ofertada àquele preço Escala de Oferta Preço Quantidade $ 0.00 0 $ 0.50 0 $ 1.00 1 $ 1.50 2 $ 2.00 3 $ 2.50 4 $ 3.00 5 Esquema de Oferta: tabela que mostra o preço de um bem e a quantidade ofertada 18

Curva da Oferta Existe uma relação direta (positiva/ crescente) entre preço e quantidade (Lei da Oferta) P Q Curva da Oferta Preço $3.00 2.50 2.00 1.50 1.00 Preço Quant. $0.00 0 0.50 0 1.00 1 1.50 2 2.00 3 2.50 4 3.00 5 0.50 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Quantidade 19

Análise da Oferta de Mercado Considera-se que os produtores são racionais, já que estão produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de custos de produção. Determinantes da Oferta Preço de mercado Preço dos insumos Tecnologia Preço dos Outros Bens Expectativa Condições Climáticas Número de produtores 20

Análise da Oferta de Mercado Variáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço q o i = f( p i, p fp, T, p ob, E, CC, Npr) q o i = quantidade ofertada do bem i p i = preço do bem i P fp = preço dos fatores e insumos de produção (matéria-prima, mão-deobra, etc.) T = tecnologia P ob = preço dos outros bens E = Expectativas CC = Condições climáticas Npr = Número de produtores Relação entre a oferta de um bem e preço do fator (Insumo) de produção (P fp ) q o i = f(p fp ) q o i P fp < 0 Supondo p i, p n, T, E constantes Preço do Fator de produção (P fp ). Se o preço do fator mão-de-obra aumenta, diminui a oferta do bem, ceteris paribus, (haverá um deslocamento). O mesmo vale para os demais fatores de produção, como terra, matériasprimas, etc. 21

a) Aumento do preço do fator de produção, ceteris paribus, há uma redução na oferta do bem. b) Redução do preço do fator de produção, ceteris paribus, há um aumento na oferta do bem. Análise da Oferta de Mercado Deslocamentos da curva Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 0 a) Redução Aumento da oferta. O O O b) 0 5 10 15 20 Quantidade oferecida de livros Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T) q o i = f(t) Supondo p i, p fp, p n, M constantes q o i T > 0 Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia, ceteris paribus, aumenta a oferta do bem. 22

a) Aumento da tecnologia, ceteris paribus, há um aumento na oferta do bem. b) Redução da tecnologia, ceteris paribus, há uma redução na oferta do bem. Análise da Oferta de Mercado Deslocamentos da curva Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 0 b) Redução Aumento da oferta. O O O a) 0 5 10 15 20 Quantidade oferecida de livros Relação entre a oferta de um bem e preço de outros bens, substitutos na produção (Pob) q o i = f(p ob ) q o i P n < 0 Supondo p i, p fp, T, M constantes Preço de outro bem substituto na produção (P n ). Ex.: Se o preço do bem substituto aumenta, e dado o preço do bem (ceteris paribus), os produtores diminuirão a produção do bem, para produzir mais do bem substituto. 23

Deslocamentos da curva de oferta a) Aumento do preço do bem substituto, ceteris paribus, há uma redução na oferta do bem. b) Redução do preço do bem substituto, ceteris paribus, há um aumento na oferta do bem. Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 0 a) Redução Aumento da oferta. O O O b) 0 5 10 15 20 Quantidade oferecida de livros Análise da Oferta de Mercado Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas individuais, que produzem um dado bem ou serviço. O mercado = n q firmas individuais j = 0 j = 1,2,...,n firmas. A cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas das firmas individuais. 24

Oferta de Mercado Q 1 = Q 11 + Q 21 Preço por unidade de quantidade Preço por unidade de quantidade Preço por unidade de quantidade Q 2 = Q 12 + Q 22 Indivíduo 1 Indivíduo 2 Oferta de Mercado P2 P1 Q 11 Q 12 Quantidade (por unid.tempo) Q 21 Q 22 Quantidade (por unid.tempo) Q 2 Q 1 Quantidade (por unid.tempo) O Tempo Muito Curto Prazo: consumidores e produtores não têm tempo de fazer quaisquer ajustes Longo Prazo: consumidores e produtores podem considerar alternativas e fazer substituição no consumo ou na produção 25

Efeito Tempo na Demanda Preço por unidade de quantidade D LP D MCP D CP Quantidade por unidade de tempo Efeito Tempo na Oferta Preço por unidade de quantidade S MCP S CP S LP Quantidade por unidade de tempo 26

Análise da Oferta de Mercado Observações sobre a oferta de um Bem ou Serviço Variação da oferta e Variação da quantidade ofertada Variação da Oferta = Deslocamento da curva de oferta, em virtude de alterações em p fp, pob, T, M (ou seja, mudança na condição ceteris paribus). Variações na quantidade ofertada = refere-se ao movimento ao longo da própria curva de oferta, em virtude da variação do preço do próprio bem p i, mantendo-se as demais variáveis constantes (ceteris paribus). Mudança na Quantidade Ofertada Preço $2.00 7 Quantidade 27

Mudança na Quantidade Ofertada Preço $2.00 $1.00 1 7 Quantidade Mudança na Oferta Preço $2.00 7 Quantidade 28

Mudança na Oferta Preço $2.00 7 11 Quantidade Quantidade Ofertada e Oferta Variável Preço Preço dos Insumos Tecnologia Expectativa Número de Compradores Uma Mudança na Variável Causa um(a)... Movimento ao longo da curva da oferta Deslocamento da curva Deslocamento da curva Deslocamento da curva Deslocamento da curva 29

Oferta e Demanda Preço de Equilíbrio: preço onde as duas curvas se cruzam. A quantidade demandada e ofertada são iguais Quantidade de equilíbrio: quantidade determinada pela intersecção das curvas de oferta e demanda Três Passos para Analisar Mudanças em Equilíbrio Verifique se o evento irá causar deslocamentos na oferta ou na demanda (ou em ambos). Verifique se a(s) curva(s) desloca(m)-se para a esquerda ou para a direita. Utilize o diagrama oferta-e-demanda para verificar como as mudanças afetam os preços e as quantidades de equilíbrio. 30

Oferta e Demanda Esquema de Demanda Esquema de Oferta Preço Quant. $0.00 19 0.50 16 1.00 13 1.50 10 2.00 7 2.50 4 3.00 1 Preço Quant. $0.00 0 0.50 0 1.00 1 1.50 4 2.00 7 2.50 10 3.00 13 A $2.00, a quantidade demandada é igual a quantidade ofertada! Preço Oferta e Demanda Quantidade 31

Equilíbrio Preço $2.00 7 Quantidade Chegando ao Equilíbrio Excesso de Oferta: preço acima do equilíbrio, a quantidade ofertada é maior que a quantidade demandada Excesso de Demanda: preço abaixo do equilíbrio, a quantidade ofertada é menor que a quantidade demandada 32

Chegando ao Equilíbrio Preço Excesso de Oferta Quantidade Preço Chegando ao Equilíbrio Excesso de Demanda Quantidade 33

Equilíbrio Shortage (Insuficiência Produtiva) Quando preço < preço de equilíbrio, então a quantidade demandada > a quantidade ofertada. Existe excesso de demanda ou uma shortage. Vendedores ofertarão seus produtos a preços maiores devido à existência de muitos compradores desejosos de adquirirem poucos bens, e desse modo caminhando na direção de equilíbrio. Análise Estática Comparativa Determina se determinado evento muda a demanda, a oferta ou ambas ou se há apenas um movimento sobre uma das curvas ou sobre ambas Determina se as curvas movem para a direita ou esquerda Determina como essas mudanças afetam o preço e a quantidade de equilíbrio Exemplo: Consumo do sorvete com a chegada de uma onda de calor 34

Onda de Calor. O Que Acontece? Preço P e Q e Quantidade Onda de Calor. O Que Acontece? Preço P e Q e Quantidade 35

Onda de Calor. O Que Acontece? Preço P e Novo Equilíbrio P e Q e Q e Quantidade O Que Acontece com o Preço e a Quantidade de Equilíbrio Oferta Inalterada Aumento Oferta Diminuição Oferta Demanda Inalterada P igual Q igual P diminui Q aumenta P aumenta Q diminui Aumento Demanda P aumenta Q diminui P ambíguo Q aumenta P aumenta Q ambíguo Diminuição P diminui P diminui P ambíguo Demanda Q diminui Q ambíguo Q diminui 36

Concluindo A oferta e a demanda são as rédeas de uma economia de mercado A oferta e a demanda, em conjunto, determinam o preço dos diferentes bens e serviços de uma economia Preços são o sinal que determina a quantidade alocada de recursos na produção de bens Oferta, Demanda e Políticas Governamentais Em um mercado livre e desregulado, as forças de mercado estabelecem preço e quantidade de equilíbrio Embora as condições de equilíbrio sejam eficientes, é também verdade que nem todos, vendedores e/ou compradores, estejam satisfeitos Um dos papéis que economistas têm, é o de usar as teorias para auxiliar os políticos no desenvolvimento de políticas econômicas Surge então Controles de Mercado 37

Controle de Preços Normalmente é utilizado quando os políticos pensam que os preços ou quantidade de equilíbrio não são justos para compradores ou vendedores Governo então impõe preços mínimos ou máximos Preços Mínimos e Máximos Preço Mínimo é aquele menor preço legalmente estabelecido pelo governo que o bem pode ser comercializado Preço Máximo é aquele maior preço legalmente estabelecido pelo governo que o bem pode ser comercializado 38

Preço Máximo Quando o Governo impõe um preço máximo, dois resultados podem acontecer: O preço máximo não é compulsório O preço máximo é compulsório, resultando em escassez Efeitos de um Preço Máximo Não Compulsório $2.00 Preço Preço Máximo Oferta Demanda 7 Quantidade 39

Efeitos de um Preço Máximo Compulsório Preço Demanda Oferta $2.00 Preço Máximo Escassez Qo 7 Qd Quantidade Impactos de um Preço Máximo Compulsório Escassez: Demanda > Oferta (choque do petróleo em 1973) Racionamento: Longas filas, imposição de critérios discriminatórios por parte do vendedor 40

Choque do Petróleo (EUA) Em 1973 a OPEP aumentou o preço do barril crú de petróleo. Como o petróleo é o principal insumo para se produzir gasolina, o aumento do petróleo causou uma redução na oferta de gasolina. Quem foi responsável pelas filas nos postos de abastecimento? Economistas culparam o governo por terem limitado o quanto podia ser cobrado pela gasolina Impactos de um Preço Mínimo Compulsório Excessos: Qo > Qd Racionamento não econômicos utilizando critérios discriminatórios Exemplos: salário mínimo e muitos preços agrícolas 41

Salário Mínimo O salário mínimo é um importante exemplo de preço mínimo. As leis do salário mínimo dita qual é o menor valor que deve ser pago a um trabalhador por seu empregador 42

NOÇÕES DE ECONOMIA PARA PF Teoria do Comportamento do Consumidor Introdução Preferências do Consumidor 1

Comportamento do Consumidor Há três etapas no estudo do comportamento do consumidor. 1) Estudaremos as preferências do consumidor. Para descrever como e por quê as pessoas preferem uma mercadoria a outra. Comportamento do Consumidor Há três etapas no estudo do comportamento do consumidor. 2) Depois, abordaremos as restrições orçamentárias. As pessoas têm rendas limitadas. 2

Comportamento do Consumidor Há três etapas no estudo do comportamento do consumidor. 3) Finalmente, combinaremos as preferências do consumidor com as restrições orçamentárias para determinar as escolhas do consumidor. Que combinação de mercadorias os consumidores comprarão de modo a maximizar sua satisfação? Preferências do Consumidor Cestas de Mercado Uma Cesta de Mercado é um conjunto de uma ou mais mercadorias. Uma cesta de mercado pode ser preferida a outra que contenha uma combinação diferente de mercadorias. 3

Preferências do Consumidor Três Premissas Básicas 1) As preferências são completas. o consumidor é capaz de comparar e ordenar todas as cestas de mercado. 2) As preferências são transitivas. existe consistência na ordenação das preferências. 3) Monotonicidade Os consumidores sempre preferem quantidades maiores de uma mercadoria Preferências do Consumidor Cesta de Mercado Unidades de Alimento Unidades de Vestuário A 20 30 B 10 50 D 40 20 E 30 40 G 10 20 H 10 40 4

Preferências do Consumidor Curva de Indiferença Uma curva de indiferença representa todas as combinações de cestas de mercado que proporcionam o mesmo nível de satisfação a uma pessoa. Preferências do Consumidor Vestuário (unidades por semana) 50 40 B H E O consumidor prefere a cesta A a todas as cestas da área rosa, enquanto todas as cestas da área azul são preferidas a A. 30 A 20 G D 10 10 20 30 40 Alimento (unidades por semana) 5

Preferências do Consumidor Vestuário (unidades por semana) 50 40 H B E As cestas B, A, & D proporcionam a mesma satisfação E é preferida a qualquer cesta em U 1 Cestas em U 1 são preferidas a H & G 30 A 20 G D U 1 10 10 20 30 40 Alimento (unidades por semana) Preferências do Consumidor Curva de Indiferença A curva de indiferença apresenta inclinação negativa, da esquerda para a direita. Uma inclinação positiva violaria a premissa de que uma quantidade maior de mercadoria é preferida a uma menor. 6

Preferências do Consumidor Curva de Indiferença Qualquer cesta de mercado localizada acima e à direita de uma curva de indiferença é preferida a qualquer cesta de mercado localizada sobre a curva de indiferença. Preferências do Consumidor Mapa de Indiferença Um mapa de indiferença é um conjunto de curvas de indiferença que descrevem as preferências de uma pessoa com relação a todas as combinações de duas mercadorias. Cada curva de indiferença no mapa mostra as cestas de mercado entre as quais a pessoa é indiferente. 7

Preferências do Consumidor Curva de indiferença Finalmente, as curvas de indiferença não podem se interceptar. Isso violaria a premissa de que uma quantidade maior de mercadoria é preferida a uma menor. Preferências do Consumidor Vestuário (unidades por semana) D A cesta de mercado A é preferida a B. A cesta de mercado B é preferida a D. B A U 3 U 2 U 1 Alimento (unidades por semana) 8

Preferências do Consumidor Vestuário (unidades por semana) U 2 U 1 Curvas de indiferença não podem se interceptar A B O consumidor deveria ser indiferente a A, B e D. Entretanto, B contém mais de ambas as mercadorias do que D. D Alimento (unidades por semana) Preferências do Consumidor Vestuário 16 (unidades por semana) 14 A Observação: A quantidade de vestuário de que se abre mão para se obter uma unidade de alimento diminui de 6 para 1 12-6 10 8 6 4 2 1 B 1-4 D 1-2 E G 1-1 1 2 3 4 5 Alimento (unidades por semana) 9

Preferências do Consumidor Taxa Marginal de Substituição A Taxa Marginal de Substituição (TMS) mede a quantidade de uma mercadoria de que o consumidor está disposto a desistir para obter mais de outra. É medida pela inclinação da curva de indiferença. Preferências do Consumidor Vestuário 16 (unidades por semana) 14 12-6 A TMS = 6 TMS V A 10 8 6 4 2 1 B 1-4 D TMS = 2 1-2 E G 1-1 1 2 3 4 5 Alimento (unidades por semana) 10

Preferências do Consumidor Taxa Marginal de Substituição Adicionaremos, agora, uma quarta premissa relativa às preferências do consumidor: A taxa marginal de substituição é decrescente ao longo da curva de indiferença. Observe que a TMS para AB era 6, enquanto para DE era 2. Preferências do Consumidor Taxa Marginal de Substituição As curvas de indiferença são convexas porque à medida que maiores quantidades de uma mercadoria são consumidas, espera-se que o consumidor esteja disposto a abrir mão de cada vez menos unidades de uma segunda mercadoria para obter unidades adicionais da primeira. Os consumidores preferem uma cesta de mercado balanceada. 11

Preferências Convexas Vestuário (unidades por semana) X B: cesta balanceada, entre as cestas X e Y O consumidor prefere B a X e Y. Por quê? B Y Alimento (unidades por semana) Preferências Convexas Cesta de Mercado Unidades de Alimento Unidades de Vestuário X 20 30 Y 10 50 B : combinação média de X e Y para cada bem. Se as preferências são convexas, então o consumidor prefere a cesta B às cestas X e Y. B 15 40 12

Preferências do Consumidor Taxa Marginal de Substituição Substitutos Perfeitos e Complementos Perfeitos Dois bens são substitutos perfeitos quando a taxa marginal de substituição de um bem pelo outro é constante. Preferências do Consumidor Taxa Marginal de Substituição Substitutos Perfeitos e Complementos Perfeitos Dois bens são complementos perfeitos quando suas curvas de indiferença têm o formato de ângulos retos. 13

Preferências do Consumidor Suco de maçã (copos) 4 3 Substitutos Perfeitos 2 1 0 1 2 3 4 Suco de laranja (copos) Preferências do Consumidor Sapatos esquerdos 4 3 Complementos Perfeitos 2 1 0 1 2 3 4 Sapatos direitos 14

Preferências do Consumidor Males Coisas que preferimos ter em menores quantidades, em vez de maiores. Exemplos Poluição atmosférica Amianto Títulos do Flamengo (para Tricolores) Títulos do Fluminense (para Flamenguistas) Preferências do Consumidor Estilo Preferência do consumidor (A): Alta TMS Estes consumidores estão dispostos a abrir mão de boa dose de estilo para obter desempenho adicional Desempenho 15

Preferências do Consumidor Utilidade Utilidade: Número que representa o nível de satisfação que uma pessoa obtém ao consumir uma determinada cesta de mercado. Preferências do Consumidor Utilidade Se comprar três cópias do livro Microeconomia deixa o consumidor mais feliz do que comprar uma camisa, então, dizemos que os livros proporcionam mais utilidade a esse consumidor do que a camisa. 16

Preferências do Consumidor Funções de Utilidade Suponha: Função de utilidade para alimento (A) e vestuário (V) U(A,V) = A + 2V Cestas de mercado: unid.de A unid.de V U(A,V) = A + 2V A 8 3 8 + 2(3) = 14 B 6 4 6 + 2(4) = 14 C 4 4 4 + 2(4) = 12 O consumidor é indiferente entre A & B O consumidor prefere A & B a C Preferências do Consumidor Vestuário (unidades por semana) 15 10 Funções de Utilidade & Curvas de Indiferença C Suponha: U = AV Cesta de mercado U = AV C 25 = 2,5(10) A 25 = 5(5) B 25 = 10(2,5) 5 A B U 3 = 100 (Preferida a U 2 ) U 2 = 50 (Preferida a U 1 ) U 1 = 25 0 5 10 15 Alimento (unidades por semana) 17

Preferências do Consumidor Utilidade Ordinal versus Utilidade Cardinal Função de Utilidade Ordinal : Coloca as cestas de mercado em ordem decrescente de preferência mas não indica o quanto uma cesta é preferível a outra. Função de Utilidade Cardinal : Função de utilidade que descreve o quanto uma cesta de mercado é preferível a outra. Preferências do Consumidor Ordenação Ordinal versus Ordenação Cardinal A unidade de medida da utilidade não é importante. Logo, a ordenação ordinal é suficiente para explicar como a maioria das decisões é tomada pelo consumidor. 18

Restrições Orçamentárias O comportamento do consumidor não é determinado, apenas, por suas preferências. As restrições orçamentárias também limitam a capacidade do indivíduo de consumir, tendo em vista os preços que ele deve pagar por diversas mercadorias e serviços. Comportamento do Consumidor Restrição Orçamentária Utilidade e Escolha 19

Tópicos para discussão 1. Preferências do Consumidor 2. Restrições Orçamentárias 3. A Escolha do Consumidor Restrições Orçamentárias O comportamento do consumidor não é determinado, apenas, por suas preferências. As restrições orçamentárias também limitam a capacidade do indivíduo de consumir, tendo em vista os preços que ele deve pagar por diversas mercadorias e serviços. 20

Restrições Orçamentárias Linha do orçamento A linha do orçamento indica todas as combinações de duas mercadorias para as quais o total de dinheiro gasto é igual à renda total. Restrições Orçamentárias Linha do Orçamento Seja A a quantidade adquirida de alimento e V a quantidade adquirida de vestuário. Preço do alimento = P A e o preço do vestuário = P v Logo, P A A é a quantidade de dinheiro gasto com alimento e P v V é a quantidade de dinheiro gasto com vestuário. 21

Restrições Orçamentárias A linha do orçamento, então, pode ser escrita como: P A A + P V V = I Restrições Orçamentárias Cesta de Alimento(A) Vestuário(V) Despesa Total mercado P A = ($1) P V = ($2) P A A + P V V = I A 0 40 $80 B 20 30 $80 D 40 20 $80 E 60 10 $80 G 80 0 $80 22

Restrições Orçamentárias Vestuário (unidades por semana) (I/P V ) = 40 A P V = $2 P A = $1 I = $80 Linha do Orçamento: A + 2V = $80 30 20 10 B 20 1 Inclinação V/ A - - PA/PV 2 D 10 E 0 20 G 40 60 80 = (I/P A ) Alimento (unidades por semana) Restrições Orçamentárias A Linha do Orçamento À medida que a cesta consumida se move ao longo da linha do orçamento a partir do intercepto, o consumidor gasta menos com uma mercadoria e mais com a outra. A inclinação da linha mede o custo relativo de vestuário e alimentação. A inclinação é igual à razão dos preços das duas mercadorias com o sinal negativo. 23

Restrições Orçamentárias A Linha do Orçamento A inclinação indica a proporção segundo a qual pode-se substituir uma mercadoria pela outra sem alterar-se a quantidade total de dinheiro gasto. Restrições Orçamentárias A Linha do Orçamento O intercepto vertical (I/P V ) indica a quantidade máxima de V que pode ser comprada com a renda I. O intercepto horizontal (I/P A ) indica a quantidade máxima de A que pode ser comprada com a renda I. 24

Restrições Orçamentárias Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços Modificações na Renda Um aumento da renda causa o deslocamento paralelo da linha do orçamento para a direita (mantidos os preços constantes). Restrições Orçamentárias Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços Modificações na Renda Uma redução da renda causa o deslocamento paralelo da linha do orçamento para a esquerda (mantidos os preços constantes). 25

Restrições Orçamentárias Vestuário (unidades por semana) 80 Um aumento da renda desloca a linha do orçamento para a direita 60 40 Uma redução da renda desloca a linha do orçamento para a esquerda 20 0 L 3 (I = $40) 40 L 1 (I = $80) L 2 80 120 160 (I = $160) Alimento (unidades por semana) Restrições Orçamentárias Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços Modificações nos Preços Se o preço de uma mercadoria aumenta, a linha do orçamento sofre uma rotação para a esquerda em torno do intercepto da outra mercadoria. 26

Restrições Orçamentárias Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços Modificações nos Preços Se o preço de uma mercadoria diminui, a linha do orçamento sofre uma rotação para a direita em torno do intercepto da outra mercadoria. Restrições Orçamentárias Vestuário (unidades por semana) Um aumento no preço do alimento para $2,00 modifica a inclinação da linha do orçamento e causa sua rotação para a esquerda. 40 Uma redução no preço do alimento para $0,50 muda a inclinação da linha do orçamento e causa sua rotação para a direita. L 3 L 1 L 2 (P A = 2) 40 (P A = 1) (P A = 1/2) 80 120 160 Alimento (unidades por semana 27

Restrições Orçamentárias Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços Modificações nos Preços Se os preços de ambas as mercadorias aumentam, mas a razão entre os dois preços permanece inalterada, a inclinação da linha do orçamento não muda. Restrições Orçamentárias Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços Modificações nos Preços Entretanto, a linha do orçamento sofrerá um deslocamento paralelo para a esquerda. 28

Restrições Orçamentárias Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços Modificações nos Preços Se os preços de ambas as mercadorias diminuem, mas a razão entre os dois preços permanece inalterada, a inclinação da linha do orçamento não muda. Restrições Orçamentárias Efeitos das Modificações na Renda e nos Preços Modificações nos Preços Entretanto, a linha do orçamento sofrerá um deslocamento paralelo para a direita. 29

A CURVA DE ENGEL A partir das curvas de renda-consumo, pode-se relacionar cada nível de renda (R) e a respectiva quantidade consumida (q) de determinado produto. Curvas de Engel em relação a uma parcela de orçamento descrevem como a proporção do rendimento familiar gasto num bem varia em relação ao rendimento. Alternativamente, as curvas de Engel também podem descrever como os gastos reais variam de acordo com o rendimento familiar. Importância da Curva de Engel Superior Necessário Inferior 30

EFEITO RENDA E EFEITO SUBSTITUIÇÃO Efeito substituição Uma variação nos preços relativos, isto é, o preço desse bem torna-se mais alto ou mais baixo em relação aos demais. Efeito renda Uma variação na renda real do consumidor, tornando-o mais rico (no caso de preço mais baixo), induzindo-o a comprar mais, ou mais pobre (no caso do preço mais alto), induzindo-o a comprar menos. A Escolha do Consumidor Os consumidores escolhem uma combinação de mercadorias que maximiza sua satisfação, dado o orçamento limitado de que dispõem. 31

A Escolha do Consumidor A cesta de mercado ótima deve satisfazer duas condições: 1) Ela deve estar situada sobre a linha do orçamento. 2) Ela deve fornecer ao consumidor sua combinação preferida de bens e serviços. A Escolha do Consumidor Lembre-se de que a inclinação de uma curva de indiferença é dada por: TMS V A Além disso, a inclinação da linha do orçamento é: P Inclinação P A V 32

A Escolha do Consumidor Logo, podemos afirmar que a satisfação é maximizada no ponto em que: A Escolha do Consumidor Podemos afirmar que a satisfação é maximizada quando a taxa marginal de substituição (de A por V) é igual à razão entre os preços (de A e V). 33

A Escolha do Consumidor Vestuário (unidades por semana) -10V 40 30 20 Pc = $2 P f = $1 I = $80 B A O ponto B não maximiza a satisfação porque a TMS (-(-10/10) = 1) é maior do que a razão entre os preços (1/2). Linha do Orçamento +10A U 1 0 20 40 80 Alimento (unidades por semana) A Escolha do Consumidor Vestuário (unidades por semana) 40 Pc = $2 P f = $1 I = $80 30 20 D A cesta de mercado D não pode ser consumida dada a restrição orçamentária. U 3 Linha do Orçamento 0 20 40 80 Alimento (unidades por semana) 34

A Escolha do Consumidor Vestuário (unidades por semana) 40 30 P V = $2 P A = $1 I = $80 No ponto A, a linha do orçamento e a curva de indiferença são tangentes, e nenhum nível mais elevado de satisfação pode ser obtido. 20 A No ponto A: TMS =P A /P V =0,5 U 2 Linha do Orçamento 0 20 40 80 Alimento (unidades por semana) A Escolha do Consumidor Vestuário (unidades por semana) P V = $2 P A = $1 I = $80 40 Mapa de Curvas de Indiferença 30 20 A U 5 U 3 U 4 U 2 Linha do Orçamento 0 20 40 80 Alimento (unidades por semana) 35

A Escolha do Consumidor Solução de Canto Uma solução de canto ocorre quando o consumidor opta por soluções extremas, comprando apenas um tipo de mercadoria. Isso ocorre quando as curvas de indiferença são tangentes ao eixo horizontal e/ou ao eixo vertical. A TMS não é igual a P A /P B na cesta escolhida. Solução de Canto Iogurte Congelado (taças/mês) A U 1 U 2 U 3 Uma solução de canto ocorre no ponto B. B Sorvete (taças/mês) 36

A Escolha do Consumidor Solução de Canto No ponto B, a TMS de sorvete por iogurte é maior que a inclinação da linha do orçamento. Isso significa que o consumidor estaria disposto a abrir mão de mais iogurte em troca de um pouco de sorvete, se possível. Mas não há mais iogurte que possa ser trocado por sorvete! A Escolha do Consumidor Solução de Canto Quando ocorre uma solução de canto, a TMS do consumidor não se iguala necessariamente à razão entre os preços. Nesse caso temos: TMS P Sorvete / P Iogurte 37

A Escolha do Consumidor Solução de Canto Se a TMS for, de fato, significativamente maior do que a razão entre os preços, então, uma pequena diminuição no preço do iogurte não alterará a cesta de mercado do consumidor. Utilidade Total e Utilidade Marginal Aumenta quanto maior a quantidade consumida do bem Satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem É decrescente porque o consumidor vai saturando-se desse bem, quanto mais o consome. 38

77 Utilidade Total e Utilidade Marginal U mg = Utilidade total U t q Quantidade que o consumidor deseja consumir. Utilidade marginal Qtd. consumida Qtd. consumida Ex: Utilidade Marginal Paradoxo da Água e do Diamante Por que a água, sendo mais necessária, é tão barata, e o diamante supérfluo, tem preço tão elevado? Água Diamante Grande Utilidade Total Baixa Utilidade Marginal (encontrada em abundância) Grande Utilidade Marginal (escasso) 39

Utilidade Marginal e Escolha do Consumidor Utilidade Marginal A utilidade marginal mede a satisfação adicional obtida do consumo de uma unidade adicional de uma mercadoria. Utilidade Marginal e Escolha do Consumidor Utilidade Marginal Exemplo A utilidade marginal derivada do aumento de 0 para 1 unidade de alimento poderia ser 9 Do aumento de 1 para 2 poderia ser 7 Do aumento de 2 para 3 poderia ser 5 Observação: A utilidade marginal é decrescente 40

Utilidade Marginal e Escolha do Consumidor Utilidade Marginal Decrescente O princípio da utilidade marginal decrescente afirma que, à medida que se consome mais de uma mercadoria, cada quantidade adicional que for consumida propiciará adições cada vez menores de utilidade. Utilidade Marginal e Escolha do Consumidor Utilidade marginal e curva de indiferença Se o consumo se move ao longo de uma curva de indiferença, a utilidade adicional derivada de um aumento no consumo de uma mercadoria, alimento (A), deve compensar a perda de utilidade da diminuição no consumo da outra mercadoria, vestuário (V). 41

Resumo As pessoas se comportam de modo racional na tentativa de maximizar o grau de satisfação que podem obter por meio da aquisição de uma combinação particular de bens e serviços. A escolha do consumidor depende de dois itens que se relacionam: as preferências do consumidor e a linha do orçamento. Resumo Os consumidores fazem suas escolhas por meio da comparação de cestas de mercado ou pacotes de mercadoria. As curvas de indiferença possuem inclinação para baixo e jamais se interceptam. As preferências do consumidor podem ser completamente descritas por um mapa de indiferença. 42

Resumo A Taxa Marginal de Substituição de A por V corresponde à maior quantidade de V à qual uma pessoa se dispõe a renunciar para que possa obter uma unidade adicional de A. As linhas do orçamento representam todas as combinações de mercadorias com as quais os consumidores gastariam toda sua renda. Resumo Os consumidores maximizam sua satisfação levando em consideração a restrição orçamentária. A teoria da preferência revelada mostra como as escolhas feitas pelos consumidores quando ocorrem variações de preço e de renda podem ser utilizadas para determinar suas preferências. 43

NOÇÕES DE ECONOMIA PARA PF TEORIA DA FIRMA Teoria dos Custos de Produção Refere-se aos preços dos insumos. Economistas X Contadores (Custo de Oportunidade) (Valor Pago) A eficiência econômica de uma empresa está associada ao método de produção mais barato, isto é, com custos de produção menores 1

Para entender os custos de produção O objetivo básico de toda firma é a maximização de seus resultados. Assim, através de uma combinação ótima dos fatores, ela procura obter a máxima produção possível. Seja maximizando a produção para um dado custo total ou seja maximizando o custo total para um dado nível de produção Convém esclarecer que existe uma diferença sobre o que é custo econômico e custo contábil ou financeiro. Custo econômico custos de oportunidade (implícitos) Custo contábil - financeiro custos reais que envolvem desembolso monetário (explícito), no sentido de gastos no processo produtivo. diretos custos variáveis = salários, matérias -primas e componentes indiretos custos fixos = aluguel das instalações, salários da administração, provisão para risco, etc. 2