A NECESSIDADE DO EXAME CRIMINOLÓGICO NA EXECUÇÃO PENAL

Documentos relacionados
MEDIDA DE SEGURANÇA MACAPÁ 2011 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO MATERIAL DIDÁTICO

Fundamentos de Teste de Software

Por uma prática promotora de saúde em Orientação Vocacional (Ana Bock e Wanda Aguiar)

SAÍDA LEGAL R A F A E L V O N H E L D B O E C H A T D E F E N S O R P Ú B L I C O D O E S T A D O D E M I N A S G E R A I S

APLICAÇÃO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO AOS CASOS DE USUÁRIOS DE DROGAS

CLÁUDIA REGINA LUIZ PROJETO PARA CRIAÇÃO DA REVISTA CIENTÍFICA ON-LINE: Biblioteconomia e Informação

DO RIO DE JANEIRO 2ª CÂMARA CRIMINAL

Redação Publicitária reflexões sobre teoria e prática 1

Prof. José Maurício S. Pinheiro - UGB

CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA

POLÍTICA DE ALTERNATIVAS PENAIS: A CONCEPÇÃO DE UMA POLÍTICA DE SEGURANÇA PÚBLICA E DE JUSTIÇA 1

Declaração Universal dos Direitos Humanos

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

Pena de Morte: Devemos ou não defendê-la?

- PARA CRIMES CUJA PENA MÁXIMA SEJA IGUAL OU SUPERIOR A QUATRO ANOS: PROCEDIMENTO ORDINÁRIO;

Curso de Engenharia de Produção. Organização do Trabalho na Produção

PARECER DO CRESS/SP SOBRE A RESOLUÇÃO SAP 88, de 28/04/2010.

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

Professor Responde. Dúvidas mais comuns relacionadas a Segurança e Medicina do Trabalho NR01 ORDEM DE SERVIÇO

I Mostra de pesquisa em Direito Civil Constitucionalizado UNISC 2014

TRATADO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E O REINO DE ESPANHA PARA A REPRESSÃO DO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGA NO MAR.

Título do Case: Categoria: Temática: Resumo: Introdução:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS INSTITUIÇÃO: FACULDADE BARRETOS AUTOR(ES): ELISANGELA APARECIDA COSTA ALVARENGA

JOÃO CARLOS BRANDES GARCIA

APRESENTAÇÃO...3. Crime de Racismo...4. Crime de Injúria Racial...6. Crimes de Ódio na Internet...8 DIFERENÇAS ENTRE RACISMO E INJÚRIA RACIAL...

A EQUIPE DO DIREITO CONCENTRADO ESTÁ COM VOCÊ!

CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS HUMANAS: NASCITURO OU APENAS UMA CÉLULA?

mercado de cartões de crédito, envolvendo um histórico desde o surgimento do produto, os agentes envolvidos e a forma de operação do produto, a

Gerenciamento dos Riscos do Projeto (PMBoK 5ª ed.)

VOTO EM SEPARADO. AUTORIA: Senador RANDOLFE RODRIGUES I RELATÓRIO

O Princípio do Non Bis In Idem no Âmbito do Processo Administrativo Sancionador

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL CREDITÁ S.A. Crédito, Financiamento e Investimento

2 Workshop processamento de artigos em serviços de saúde Recolhimento de artigos esterilizados: é possível evitar?

EDUCADOR, MEDIADOR DE CONHECIMENTOS E VALORES

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR WASHINGTON LUIS BEZERRA DE ARAUJO

NORMA DE ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS NORMATIVOS - NOR 101

Declaração Universal dos Direitos Humanos

PEQUENAS EMPRESAS E PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS TENDÊNCIAS E PRÁTICAS ADOTADAS PELAS EMPRESAS BRASILEIRAS

Auditoria de Meio Ambiente da SAE/DS sobre CCSA

ESCOLA ESTADUAL DR. MARTINHO MARQUES VERA LUCIA DOS SANTOS GIVANILZA ALVES DOS SANTOS MARIA APARECIDA CRIVELI SIRLEI R. C. DO P.

Métodos de Estudo & Investigação Científica. Elaborando um projeto de pesquisa

Testes em Laboratório - Análise

MODELO SUGERIDO PARA PROJETO DE PESQUISA

A globalização, na medida em que pressupõe uma evolução dos meios de

PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM CURSO: Direito

A importância dos Indicadores de Atividade dentro da Empresa

PARECER Nº, DE Relator ad hoc: Senador WALTER PINHEIRO

O EXAME CRIMINOLÓGICO COMO UM INSTRUMENTO DE VIABILIZAÇÃO DE DIREITOS: UMA EXPERIÊNCIA NA PENITENCIÁRIA INDUSTRIAL DE CASCAVEL/PR

Software PHC com MapPoint 2007

Registro de Retenções Tributárias e Pagamentos

PROGRAMA SULGÁS DE QUALIDADE DE VIDA

Engenharia de Software II

RESENHAS REVIEWS RESPONSABILIDADE CIVIL DA ATIVIDADE MÉDICA NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

PROJETO DE LEI Nº, DE 2016

Gestão da Qualidade. Aula 5. Prof. Pablo

Metodologias de PETI. Prof. Marlon Marcon

Ano 5º Ano. Eixo de Formação Eixo de Formação Profissional. Professor(es) Ms. Demétrius Amaral Beltrão Ms Julio Cesar da Silva Tavares

TRABALHO CARTILHA DO REEDUCANDO

CNEF FASE DE FORMAÇÃO INICIAL SUMÁRIOS DE PRÁTICA PROCESSUAL PENAL. Proposta de programa a desenvolver em sumários:

Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná HEMEPAR Farm. Elvira Rosa Folda DVGQB Jul/2012

SORRISO: A CAPITAL NACIONAL DO AGRONEGÓCIO

Monitoramento da Implementação da Lei de Conflito de Interesses

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

CIDADANIA Direitos políticos e sufrágio

Introdução à orientação a objetos

Células-Tronco Embrionárias: Relevância Jurídica e Bioética na Pesquisa Científica

ANÁLISE DE RECURSOS NA PRODUÇÃO EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Como analisar recursos na produção para auxiliar na busca de novos mercados RESUMO

ÍNDICE VOLUME 1. Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos; emprego de tempos e modos dos verbos em português...

COMUNIDADE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

JULGAMENTO DE RECURSO ADMINISTRATIVO

O BENEFÍCIO DA PRESTAÇÃO CONTINUADA FRENTE À CONVENÇÃO SOBRE DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. Maria Aparecida Gugel 1

ActivALEA. ative e atualize a sua literacia

PROJETO NBR Adoção de Critérios da Qualidade Baseados nas Normas da Família NBR ISO 9000 para Fornecimento de Produtos

Serviços para as mulheres que já estiveram ou ainda estão em risco de ter conflictos com a lei. Telefone: (416)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL

ENSINO-APRENDIZAGEM DA CARTOGRAFIA: OS CONTEÚDOS COM BASES MATEMÁTICAS NO ENSINO FUNDAMEANTAL 1

CABELO ELÁSTICO TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER

PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

Aluno do Curso de Gerenciamentos de Projetos - FIJ/Rio de Janeiro. Na atualidade competitiva profissional em Gestão de Projetos, exige-se

1.1. Caracterização do Problema. Capítulo 1. Introdução 20

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, Editora Atlas,

SlPt. - mm um um,,, n... um um mu.,... ACÓRDÃO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

EDITAL DE PROCESSO SELETIVO Nº MÉDICO FISIATRA DS/REABILITAÇÃO R$ 4.105,18-20 horas semanais SESI-SP

NABARRETE, Tatiane Souza 1 <fabrimana@gmail.com> BARELLA, Lauriano Antonio² <barella28@hotmail.com> 1 INTRODUÇÃO

Comandos de Eletropneumática Exercícios Comentados para Elaboração, Montagem e Ensaios

3. QUAL É A FUNÇÃO DA MOEDA SOCIAL?

GUIA DO CRÉDITO CONSCIENTE

Contextualização Pesquisa Operacional - Unidade de Conteúdo II

Processo de Gerenciamento do Catálogo de Serviços de TIC

Manual Mobuss Construção - Móvel

Modelagem De Sistemas

Drone2Map: o software que transforma imagens de drones em mapas 2D e 3D

EDITAL Nº 18/ * 01* OBS: O professor ao se inscrever deverá ter disponibilidade nos turnos indicados.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO

Plenário Adriano Jorge, em 22 de abril de PROFESSOR BIBIANO PT VEREADOR

3 Metodologia de pesquisa

Munição Referente ao Injusto Penal e Ilicitude

Transcrição:

A NECESSIDADE DO EXAME CRIMINOLÓGICO NA EXECUÇÃO PENAL PACHECO; Clovis Carvalho¹. DE MELLO, Victor Roncon.² Acadêmica do curso de Graduação de Direito da Faculdade de Ciências Sociais e Agrarias de Itapeva¹ Especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito². RESUMO O presente trabalho visa analisar o exame criminológico e a sua aplicabilidade na ótica do Direito Penal. Sob a seguinte problemática: O retorno dos criminosos ao convívio social deve se basear apenas em critérios objetivos e em um atestado de bom comportamento carcerário ou se faz necessário a realização do exame criminológico? Para que seja possível chegar a uma resposta, no decorrer do trabalho será estudado as penas e suas origens, características e finalidades, bem como, o exame criminológico e a sua evolução ao longo do tempo e a sua aplicabilidade frente a Lei de Execução Penal. Palavras-chave: Exame Criminológico. Execução Penal. ABSTRACT The presents study aims to analyze the test and its applicability in the criminological point of view of criminal law. Under the following problem: The return offenders to social life should be based only on objective criteria and a certificate of good behavior or prison is required to perform the test criminological? To be able to arrive at an answer, in this work will be studied sentences and their origins, characteristics and purposes, as well as the criminological examination and its evolution over time and its applicability in the face of the Criminal Sentencing Act. To prove that the criminological examination is necessary for the granting of the benefits of criminal enforcement. The confirmation was made after conducting surveys doctrine and jurisprudence, as well as interviews with officials working in the area of criminal enforcement. Key words: Criminological examination. Criminal Enforcement. 1. INTRODUÇÃO O objetivo deste trabalho é o de realizar uma pequena análise sobre o processo de aplicação do exame criminológico na execução penal. Optou-se pelo tema devido o grande aumento da criminalidade que assola nosso país. Pretende-se abordar nesse trabalho o conceito de penas e sua aplicabilidade, bem como entender qual é a forma e quais critérios são utilizados sobre o exame criminológico e a sua aplicação para concessão dos benefícios da execução penal.

A problemática do trabalho é averiguar se é possível o retorno dos criminosos ao convívio social baseada apenas em bom comportamento, ou se existe a necessidade de uma analise mais criteriosa das penas e do exame criminológico? Para abordar sobre o tema será levantada as seguintes hipóteses com o objetivo de abordar os assuntos que tem relação com o tema, como: -Origem das penas, suas características, finalidades, os princípios aplicáveis as penas, a individualização da pena privativa de liberdade e suas particularidade -O exame criminológico em particular, fala a respeito de sua origem e de suas características e peculiaridades. -Analise da aplicação do exame criminológico perante a Lei de Execução Penal pelos magistrados. -E por fim, sobre a necessidade do exame criminológico para concessão dos benefícios na execução penal. Justifica-se tal proposta por se perceber que a sociedade será beneficiada com uma analise mais aprofundada das penas e do exame criminológico, proporcionando segurança para a sociedade, pois o aspecto da pena e sua finalidade estão perdendo o seu valor no decorrer do tempo. Parece que a preocupação hoje em dia em se aplicar uma sanção penal está voltada apenas para punir o infrator preservando-lhe a integridade física e a dignidade da pessoa 2. EXAME CRIMINOLÓGICO Os pioneiros da criminologia historicamente reivindicavam a organização de um exame médico-psicológico-social dos delinquentes. E por volta de 1890 a necessidade desse exame foi implantada no Congresso Internacional Penitenciário de St. Petersburgo, por Lombroso. Costa (1972) destaca que o exame criminológico visa determinar causas biológicas e sociais da criminalidade e para precisar o tratamento adequado ao delinquente. Com o intuito de se fazer uma analise mais aprofundada da personalidade do agente e fazer a correta individualização da pena. O homem é movido por instintos, pois age sob influência de estímulos e situações que o levam ou não a cometer um crime. E grande parte desses criminosos quando retornam a sociedade não conseguem adaptar-se e conseqüentemente o caminho mais fácil que encontram a reincidência no crime. Por isso que existe a necessidade de se fazer a individualização da pena para se aprofundar em mecanismos que seja possível identificar se existe ou não patologia criminosa em sua personalidade.

Ainda Costa (1972) afirma que o exame psicológico permite medir as aptidões, as realizações mentais, bem como, descrever as características da personalidade. Não tem como objetivo resolver a enfermidade, mas apenas medir a responsabilidade penal. Ou seja, o exame criminológico é um instrumento que será utilizado pelo juiz, para avaliar o quadro da personalidade do autor da infração penal, e verificar a probabilidade de reincidência criminal. Pode-se dizer que o exame criminológico é um instrumento de avaliação do condenado, feito por profissionais habilitados, que conduzirá a decisão do magistrado em conceder ou não os benefícios da execução penal (progressão de regime, livramento condicional e indulto), visando proteção estatal, para chegar- se a uma correta aplicação da sanção penal. 2.1. A Execução Penal e o Exame Criminológico O objetivo do Estado não é só o de punir, mas também proporcionar a reeducação e ressocialização do sentenciado, para atingir tais objetivos faz se necessário o exame criminal pautado pela Lei de Execução Penal (Lei n 7.210/1984), para que este tenha condições de voltar ao convívio social, sendo estes benefícios instrumentos necessários para esta recuperação. O art.112 da LEP preceitua que a pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva, com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos 1/6 (um sexto) da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. Mas para obter tal beneficio e conquistar um regime menos gravoso o sentenciado tem que merecer, demonstrando bom comportamento e que esta preparada para retornar ao convívio social. Ocorre que a Lei 10.792/2003 alterou alguns dispositivos da Lei de Execução Penal, destacando-se a diminuição da atuação da Comissão Técnica de Classificação (CTC), na progressão de regime, passando a vigorar que o Ministério Público e o Defensor devem manifestar - se sobre o exame criminológico como preceitua o 1º do art.112 da LEP, a seguir 1º. A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor.

2º. Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitando os prazos previstos nas normas vigentes. Observa-se que ao modificar a Lei o objetivo do legislador era de cobrar mais a participação do Estado em manifestar pela a realização do exame criminológico, como forma de diminuir a onerosidade do Estado. 2.2. Aplicação da Lei de Execução Penal pelos Magistrados. Como se pode observar a Lei de Execução Penal é um avanço da legislação, mas infelizmente a sua aplicabilidade não é tão efetiva, pois a previsão do exame criminológico para concessão dos benefícios da execução penal foi eliminada, com o advento da Lei 10.792/2003, que alterou a Lei de Execução Penal, dificultando assim a garantia de direitos e deveres dos presos, proporcionando celas lotadas e a ausência da individualização da pena. E devido à falta de efetivação da aplicabilidade do exame criminológico, tornando o facultativo, os tribunais se mostraram contrario, alegando que tal decisão acarretaria prejuízos, forma editadas súmulas que permitem a realização do exame criminológico, como podemos citar abaixo: O Supremo Tribunal Federal (STF) editou a súmula vinculante n 26, de 16 de dezembro de 2009, que preceitua o seguinte: Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do artigo 2 da Lei n 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado a realização de exame criminológico. (STF, 2009) O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também manifestou contrario a Lei editando a súmula n 439, de 28 de abril de 2010, admitindo o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada. Pode-se observar que o objetivo da manifestação dos Tribunais tem como intuito restaurar a redação do 1 do art. 112 da Lei de Execução Penal, objetivo este que não foi suprimido devido as Súmulas não criarem mecanismos que obriguem os magistrados a realizar o exame criminológico antes da concessão dos

benefícios, ficando a decisão de realizar ou não a critério de cada juiz, que pode ou não pedir de acordo com o seu entendimento. 3. CONCLUSÃO Conclui-se que o exame criminológico tem como objetivo fazer uma avaliação dos condenados, mas será mais eficiente se tiver a participação do Ministério Público e do Defensor para auxiliar na formação da decisão do magistrado, criando instrumentos mais rigorosos para tal averiguação em analisar se existe a possibilidade do retorno deles a sociedade, pois a criminalidade atualmente vem aumentando de forma desordenada, e um exame feito por subjetividade não seria suficiente para saber se ao conceder o livramento condicional ou indulto o condenado não voltaria a delinquir. Diante de tudo o que foi exposto no presente trabalho, pode-se afirmar que existe a necessidade do exame criminológico somado a opinião do Ministério Público e do Defensor desde o seu inicio de cumprimento da pena. Pois ficou demonstrado que o exame criminológico, não irá determinar se o condenado é inocente ou não, apenas servirá como um instrumento motivador de uma decisão mais justa e humanitária com relação à condenação do sentenciado. Sendo certo que o exame não trará segurança nenhuma que o condenado não voltará a delinquir, mas afirmara a participação do Estado em ser justo garantir o direito da ampla defesa, bem como garantir a segurança da sociedade. No entanto o exame independente do seu parecer favorável ou não, se faz necessário para justificar a individualização da pena do condenado. 4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, Parte Geral. 16ª ed. São Paulo: Saraiva 2011. BRASIL. Casa Civil. Lei nº7.210/1984,disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm, Acessado em :10 jun. 2014. BRASIL. Casa Civil. Lei nº 10.792/2003, Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm, Acessado em :10 jun. 2014. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n. 439. 28 de abril de 2010. Disponível em: http://www.dji.com.br/normas_inferiores/regimento_interno_e_su mula_stj/stj 0439. Acesso em: 02 jun. 2014.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula Vinculante n. 26. 16 de abril de 2009. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarjurisprudencia.asp? s1=26.nume.%20e%20s.flsv.&base=basesumulasvinculantes>. Acesso em: 02 jun. 2014. CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, Parte Geral. 15ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011. COSTA, Álvaro Mayrink. Exame Criminológico. São Paulo: Jurídica e Universitária, 1972. GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal, Parte Geral. 13ª ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2011. MARTINS, Samir. Direito Penal. 3ª ed. Rio de Janeiro: Ed.Elsevier, 2008. MIRABETE, Júlio Fabbrini; FABBRINI, Renato N. Manual de Direito Penal, Parte Geral. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. NUCCI, Guilherme de Souza. Individualização da Pena. 4ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Execução Penal e Execução Penal. 6ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010. ROCHA, Fernando A.N.Galvão da. Direito Penal Curso Completo Parte Geral, 2ª Ed.rev.atual.ampliada- Belo Horizonte. Del Rey,2007. SANTOS, Tiago Carvalho A possível Influência Genética no Perfil Criminógeno dos psicopatas. Dados Eletrônicos: Novo Hamburgo: Feevale, 2011. TOLEDO, Armando. Direito Penal: Reinterpretação á Luz da Constituição: Questões polemicas. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier,2009.