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Transcrição:

Folha: 1/18 1. SUPRAM-ZM Nº Indexado ao(s) Processo(s) Nº: 00063/1998/004/2009 Tipo de processo: Licenciamento Ambiental ( X ) Auto de Infração ( ) Outorga Nº: 11999/2099; 09186/2010 Reserva Legal Nº: 04793/2009 Regularização APP: 2. IDENTIFICAÇÃO Empreendimento (Razão Social) /Empreendedor: PEDRAMON LTDA. Empreendimento (Nome Fantasia): PEDRAMOM Município: MANHUAÇU-MG Atividade predominante: Extração de rocha para produção de britas com ou sem tratamento Código da DN e Parâmetro: A-02-09-7 Número de empregados: 22 Porte do Empreendimento Pequeno ( ) Médio ( X ) Grande ( ) Classe do Empreendimento I ( ) II ( ) III ( X ) IV ( ) V ( ) VI ( ) CNPJ/CPF: 01.780.512/0001-80 Potencial Poluidor Pequeno ( ) Médio ( X ) Grande ( ) Fase Atual do Empreendimento: Revalidação de Licença de Operação LP ( ) LI ( ) LO ( ) LOC ( ) Revalidação ( X ) Ampliação ( ) Localizado em UC (Unidades de Conservação)? ( X ) Não ( ) Sim Bacia Hidrográfica: Rio Doce Sub Bacia: Rio Piranga Curso d água: Ribeirão da Cabeluda Responsável Técnico pelos Estudos Ambientais: Luiz Fernando Souza Ribeiro (CREA MG 30793/D) 2. HISTÓRICO Inspeção/Vistoria/fiscalização ( ) Não ( X ) Sim Relatório de Inspeção/Vistoria/Fiscalização Nº: 117/2009 19/11/2009 Notificações Emitidas Nº: Advertências Emitidas Nº: Multas Nº:

Folha: 2/18 2.1 RESUMO O presente parecer refere-se à analise do Relatório de Desempenho Ambiental - RADA, protocolizado pela Pedramon Ltda. em 25.09.2009 para avaliação do desempenho ambiental do empreendimento Extração de Rocha para Produção de Britas, localizado na Fazenda São Roque, s/nº, Distrito de Vila Nova, zona rural do município de Manhuaçu MG. Este documento constitui-se do Relatório de Desempenho Ambiental RADA referente ao processo de revalidação da Licença de Operação 654, emitida em 26 de dezembro de 2001, com validade até 26 de dezembro de 2009. Todas as condicionantes da Licença de Operação vincenda foram cumpridas e as medidas de controle ambiental adotadas vêm demonstrando resultados satisfatórios. Esse parecer sugere a revalidação da Licença de Operação para extração de rocha para produção de britas pertencente ao Processo COPAM N 00063/1998/004/2009. Cabe esclarecer que a SUPRAM - ZM não possui responsabilidade técnica sobre os projetos de sistemas de controle ambiental, sendo a execução, operação e comprovação de eficiência desses de inteira responsabilidade da empresa e de seu RT devidamente identificados nos projetos apresentados. 2.2. Descrição do Histórico Este parecer técnico refere-se ao pedido de revalidação da Licença de Operação para Extração de Rocha para Produção de Britas da Pedramon Ltda. (Processo n.º 00063/1998/004/2009). Em 09.09.2009, o citado empreendedor, protocolizou, junto à SUPRAM Central o Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento FCEI solicitando a renovação da Licença de Operação, sendo emitido e entregue ao empreendedor o Formulário de Orientações Básicas FOBI em 14.09.2009, informando os documentos necessários à formalização do processo de Licença de Operação. Em 25.09.2009, foi protocolizado junto a SUPRAM Central, a documentação relacionada no FOBI, bem como o estudo ambiental composto pelo presente RADA Relatório de Desempenho Ambiental para avaliação do desempenho ambiental referente à atividade extração de rocha para produção de britas, no local denominado Fazenda São Roque, s/nº, Distrito de Vila Nova, zona rural do município de Manhuaçu MG. Em 29.10.2009, toda a documentação foi encaminhada para SUPRAM ZM para o prosseguimento da análise do processo. Em 19.11.2009 foi realizada vistoria técnica na área da empresa Pedramon Ltda. pelos técnicos da SUPRAM-ZM, para fins de revalidação da licença ambiental, gerando o Relatório de Vistoria nº 117/2009.

Folha: 3/18 3. Controle Processual O empreendimento denominado PEDRAMON LTDA., por seu Sócio Diretor, o Sr. Ramon Souza Teixeira (contrato social fls.035 à 038 do proc. de outorga), requereu, validamente, às fls. 007, a presente Revalidação de Licença de Operação. De acordo com os dados georeferenciados fornecidos pelo empreendedor, o local onde é exercida a atividade não encontra-se inserido em Unidade de Conservação nem tampouco em zona de amortecimento de nenhuma unidade de Proteção Integral. Na análise dos documentos constantes dos autos, verificou-se que o empreendedor providenciou o adimplemento de 30%, em tempo hábil, dos custos de análise do Licenciamento Ambiental em questão, bem como o recolhimento, também em hora, dos emolumentos referentes ao FOBI nº 505763/2009, é o que se percebe dos comprovantes de pagamento anexados aos autos às fls. 009/010, com a sua devida baixa no Sistema Integrado de Informação Ambiental SIAM, sendo certo que o restante dos custos de análise, de acordo com a planilha, deverá ser quitado antes do julgamento do processo pela URC. Verificou-se que o empreendimento está localizado em zona rural, estando o empreendedor obrigado a proceder à averbação da reserva legal, conforme determina a lei (Lei 4.771/65, art.16, 8º e Lei Estadual 14.309/02, art. 16, 2º), razão pela qual formalizou processo de Reserva Legal junto a esta SUPRAMZM, sob o nº 04793/2009, estando a mesma devidamente demarcada e deferida. Não foi informada nem constatada in loco qualquer supressão/corte de vegetação ou intervenção em área de preservação permanente (APP), sendo portando não considerados impactos significativos. A empresa em questão é detentora da Autorização de Registro de Licenciamento nº 1.100,(publicada no Diário Oficial da União em 14/12/1999), processo DNPM nº 834.850/1993, conforme Parecer PF/SUPRIN/DNPM/MG nº 23-1/2010-OC provado pelo DNPM/MG em 26/03/10, data em que foi prorrogada a Extração de Gnaisse (Doc anexo). Há no empreendimento supra citado, dois usos ou intervenções em recursos hídricos; tratam-se de uma outorga (captação em barramento), já devidamente deferida sob o nº 11999/2010 e um uso insignificante (captação em curso d água), também já deferido sob o nº 009186/2010. No que tange as publicações em periódico de grande circulação e a oficial, referentes ao requerimento de Revalidação de Licença de Operação, esta encontra-se regularizada, pelo que se percebe da documentação anexada aos autos entre às fls. 085. No que se refere à atividade do licenciamento em si, eis que toda a documentação compreendida no presente encontra-se em conformidade com o exigido para o seu requerimento. De fato, é o que se constata pela análise entre as peças listadas no FOBI de nº 505763/2009 e as que aqui foram instruídas.

Folha: 4/18 Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer condicionantes previstas ao final deste parecer único e qualquer alteração, modificação ampliação sem a devida e prévia comunicação a SUPRAM-ZM, tornam o empreendimento em questão passível de autuação. Vale lembrar, que quando de um eventual pedido de renovação de Licença, que o seu requerimento deverá ser protocolizado com toda a documentação necessária em até 90 (noventa) dias antes do seu vencimento de acordo com a legislação vigente. Por derradeiro, ressalte-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo Requerente, de certidões, alvarás ou licenças, de qualquer natureza, exigidos pela legislação federal, estadual ou municipal, devendo sobredita observação constar no Certificado de Licenciamento. Desta forma, o processo encontra-se formalizado e devidamente instruído com a documentação exigível. 4. Introdução/ Caracterização do Empreendimento O presente RADA - Relatório de Desempenho Ambiental em analise, foi protocolizado pela Pedramon Ltda. em 25.09.2009 para avaliação do desempenho ambiental da Extração de Rocha para Produção de Britas no local denominado Fazenda São Roque, s/nº, Distrito de Vila Nova, zona rural do município de Manhuaçu MG. Este documento constitui-se do Relatório de Desempenho Ambiental RADA referente ao processo de revalidação da LO 654/2001, emitida em 26 de dezembro de 2001. O empreendimento opera a lavra que é realizada a céu aberto, em bancadas descendentes, em meia encosta, com dois bancos inferiores com altura de 11 m e um banco superior com altura de 15 m. O desmonte é realizado com a utilização de explosivos. A carga é feita através de pá carregadeira e o transporte feito por caminhão basculante até a instalação de beneficiamento, localizada a uma distância de 500 m da frente de lavra. Esta mineração não possui pilha de estéril. O material estéril (solo) é gerado em pequena quantidade, sendo utilizado para a mistura com o material chamado bica corrida e com brita para a produção do chamado solo-brita, que é sub-produto utilizado como base em vias secundárias e fica armazenado temporariamente no pátio de estocagem.

Folha: 5/18 Foto 1 - Vista geral da área de beneficiamento e pátio de produtos. Foto 2 - Vista de detalhe da Unidade de Tratamento de Minério I.T.M. Foto 3 - Vista geral da área de lavra destacando a metodologia de exploração em bancadas sucessivas. 5. Atualização dos Dados Foto 4 - Vista de detalhe do paiol de explosivos, conforme determinações do Ministério Exército. Atualmente a empresa possui um total de 22 empregados, sendo que 18 fazem parte da produção e 4 funcionários são da área administrativa. O número total de trabalhadores terceirizados é de 4 pessoas. O regime de trabalho é de um turno de 8 horas/dia, durante 25 dias/mês em um período de 12 meses. A área do título de lavra é de 50 ha, sendo a área já lavrada de 1,7 há, possuindo uma frente de lavra. A área total impactada é de 5,5 ha. Para as frentes de lavras projetadas estabeleceu-se para os próximos quatro anos 0,5 ha e para os próximos seis anos 1,0 ha. O empreendimento não procedeu a ampliação da capacidade produtiva ou modificações de processos durante o período da validade da Licença de Operação vincenda. A capacidade de produção anual prevista é de 12.000 t/ano, que inclui brita zero, brita 1, brita 2, pó de pedra e bica corrida. O empreendimento conta com oficina mecânica, posto de combustível, almoxarifado, escritório, estradas, estação de tratamento de efluentes, entre outros.

Folha: 6/18 6. Avaliação do RADA 6.1. Passivos Ambientais De acordo com os dados do RADA - a empresa não possui passivos ambientais na área da intervenção. 6.2. Avaliação da Carga Poluidora do Empreendimento 6.2.1. Efluentes Líquidos No empreendimento podem-se citar dois tipos de rejeitos líquidos: 1 Efluentes (drenagem de água pluvial, óleos e graxas) O efluente oleoso (óleos queimados) são recolhidos dos motores de veículos e máquinas, junto a vala de manutenção da Usina de concreto da POLIMIX, localizada em área contígua à Pedramon Ltda. Este efluente é gerado a uma taxa média estimada em 0,1 t/mês, sendo acondicionado em tambor metálico e recolhidos por terceiros. Quanto aos efluentes líquidos provenientes da drenagem pluvial, tem sua origem durante o período chuvoso com o carreamento de sólidos pela água de chuva. A presença de dispositivos de controle evita o início de processos erosivos. 2 Efluentes Sanitários Os esgotos sanitários, gerados a uma taxa aproximada de 1,52 m 3 /dia, são, como qualquer efluente sanitário, de elevada carga orgânica sendo potencialmente portadores de microrganismos patogênicos entéricos. Estes efluentes atualmente são lançados no sistema fossa filtro e, posteriormente, o efluente é lançado em vala ficando confinado e sendo infiltrando no solo. 6.2.2. Emissões Atmosféricas A poluição atmosférica compreende em poeiras geradas nas atividades desenvolvidas pela mineração, como: no funcionamento da instalação de beneficiamento de minério, no desmonte de rocha e carregamento de caminhões junto à frente de lavra, no basculamento dos caminhões na pilha pulmão do beneficiamento, no tráfego de veículos em vias internas de acessos, e no carregamento do produto acabado para entrega ao consumidor. Também há uma contribuição dos gases produzidos pelos motores a explosão dos veículos e máquinas no interior do empreendimento. Para a mitigação deste impacto, a mineração faz aspersão junto ao sistema de beneficiamento e nas vias de acesso e pátios. Com relação à emissão de gases por motores, são realizadas manutenções periódicas e preventivas dos motores e equipamentos, para que funcionem em níveis toleráveis.

Folha: 7/18 6.2.3. Resíduos Sólidos O empreendimento gera em sua atividade alguns tipos de resíduos sólidos. A seguir são descritas suas características, origem, armazenamento temporário e destinação final: O material estéril em mineração de Gnaisse é gerado temporariamente no instante de decapeamento da jazida. Na Pedramon este material é um subproduto, que adicionado ao Gnaisse é denominado bica corrida, sendo comercializado para utilização na pavimentação de vias secundárias. Portanto, a Mineração não possui pilha de estéril e a taxa de geração é 3.000 metros cúbicos/ano, sendo este resíduo de origem mineral não perigoso. Os óleos recolhidos, isto é: óleos queimados retirados dos motores de veículos, máquinas e equipamentos (troca de óleo de motor) são recolhidos em vasilhames metálicos tampados, ficando estocados próximo a vala de manutenção, em área pavimentada. A taxa de geração é estimada de 100 Kg/mês. Os lixos domésticos são recolhidos e destinados ao aterro Municipal de Manhuaçu, sendo estimada uma taxa de geração de 80 kg por mês. As sucatas e ferro velho são armazenados temporariamente a céu aberto em piso não pavimentado, sendo destinada ao reaproveitamento por terceiros, sendo estimada uma taxa de geração média de 500 kg por mês. No caso de sucatas mecânicas impregnadas com graxas e óleos, estas devem ser lavadas junto à área do lavador para remoção destes resíduos, para posteriormente serem estocadas como descrito acima. Os resíduos de borracha originados das manutenções de correias transportadoras na ITM e pneus trocados dos veículos e máquinas são armazenados temporariamente e reaproveitado por terceiros e pela própria mineração. A taxa de geração estimada é de 50 kg mês. 6.2.4. Eficiência Energética O consumo médio mensal de energia elétrica por parte do empreendimento é de 290 KW/mês. A ENERGISA Cataguases Leopoldina é a concessionária local. 6.2.5. Alteração dos Níveis de Ruídos e Emissões atmosféricas Visando a minimização das emissões atmosféricas, basicamente as poeiras das atividades de transito de caminhões de transporte, será através da aspersão das vias de circulação interna e acessos, usando caminhões pipas. Para avaliar os níveis de pressão sonora, a empresa deverá estabelecer um programa de monitoramento de ruídos ambientais, durante toda a fase de operação da unidade. 7. Avaliação do Desempenho dos Sistemas de Controle Ambiental 7.1. Efluentes Líquidos Efluente sanitário: é lançado em um sistema fossa séptica e filtro anaeróbio sendo este dispositivo hermeticamente fechado e o efluente tratado é infiltrado no solo.

Folha: 8/18 Efluente oleoso: a empresa utiliza uma vala de manutenção da Usina de Concreto da POLIMIX, onde realiza a manutenção somente de suas pás carregadeiras recolhendo esporadicamente o óleo de motor. Esta vala é pavimentada e o óleo é armazenado em tambor metálico. O controle é satisfatório já que não se faz lavagem de veículos. Efluente líquido de drenagem pluvial: a empresa possui um controle no direcionamento das águas de chuva e devido a baixa declividade não há maiores problemas erosivos. Porém estão indicados ajustes relacionados à drenagem pluvial. O monitoramento realizado atualmente é somente visual e de fácil observação a sua eficiência. 7.2. Emissões Atmosféricas Com relação ao controle de poeiras pode-se considerar satisfatório, devido o porte de empreendimento e sua atividade, tendo como agente mitigador a prática de aspersão junto aos pontos geradores. Também existe uma densa cortina arbórea, na lateral da rodovia BR-116. Junto a ITM Instalação de Tratamento de Minérios há pontos de aspersão junto ao alimentador do britador primário, na correia transportadora n 1 e no rebritador cone. 7.3. Resíduos Sólidos Quanto aos resíduos sólidos gerados pelo empreendimento: O material estéril em mineração de Gnaisse, denominado bica corrida, sendo um subproduto comercializado para utilização na pavimentação de vias secundárias. O óleo queimado é armazenado e, posteriormente, comercializado com empresa especializada e credenciada chamada Lwart. A sucata é vendida para reciclagem. Todo o resíduo de escritório gerado do empreendimento é recolhido e destinado ao Aterro Controlada da Prefeitura Municipal. Em função de o empreendimento terceirizar o serviço de oficina, este não gera pneus usados, lonas de freio, materiais com graxas, filtros de óleo e lama proveniente de lavagem de veículos. 8. Gerenciamento dos Riscos 8.1. Histórico O empreendimento não possui registro de situações de emergências no local, com conseqüências para o meio ambiente. 9. Medidas de Melhoria Continua do Desempenho Ambiental De acordo com o RADA a empresa deverá implantar um programa de educação ambiental para os seus funcionários, no sentido de colocá-los cientes das medidas adotadas

Folha: 9/18 para controle dos impactos ambientais, procurando levá-los a assumir individualmente sua parcela de responsabilidade sobre as questões ambientais. Além disso, a empresa está disposta a promover a divulgação de suas atividades junto à comunidade local, especialmente em relação às escolas, no sentido de mostrar o seu sistema de produção, as tecnologias empregadas, os riscos inerentes a sua atividade, a sua importância para o desenvolvimento regional, os impactos ambientais gerados, as medidas mitigadoras adotadas e os resultados obtidos etc. 10. Relacionamento com a Comunidade Segundo consta no RADA a empresa possui um bom relacionamento com a comunidade do município de Manhuaçu, estando comprovada por sua história nos anos de funcionamento, gerando empregos para população local e auxiliando a comunidade da região. 11. Investimento na Área Ambiental De acordo com os dados do RADA os investimentos relacionados à melhoria do controle ambiental da Pedramon Ltda. são: - Plantio de cortina arbórea na lateral da rodovia BR 116: Custo aproximado R$ 3.000,00 - Construção de sistema para tratamento de efluentes sanitários, composto por fossa séptica e filtro anaeróbio: Custo aproximado R$ 10.000,00. - Implantação de sistema de aspersão junto à instalação de beneficiamento: Custo aproximado da obra R$ 1.500,00 12. Avaliação do Cumprimento das Condicionantes A Tabela 1 apresenta a lista das condicionantes da LO. Condicionantes Prazo Definido na LO Status 01 Apresentar monitoramento hídrico a montante e a jusante do córrego São Roque, segundo parâmetros da DN COPAM nº 10/86 21/12/2001 Concluída 02 Apresentar proposta de contenção de finos do beneficiamento e da área de lavra para o Córrego São Roque 03 Apresentar proposta de implantação de cortina arbórea densa, na parte frontal ao empreendimento, marginal à rodovia BR-116, contendo espécies escolhidas e cronograma de implantação 21/03/2002 Concluída 21/03/2002 Concluída 04 Apresentar relatório técnico fotográfico, acerca do gerenciamento ambiental do empreendimento 21/03/2002 Concluída 05 Apresentar autorização de desmate, caso necessário - -

Folha: 10/18 13. Autorizações e Anuências 13.1. Outorga do Uso das Águas A água utilizada no abastecimento das instalações do empreendimento é captada, em barramento, no curso d água denominado Ribeirão da Cabeluda, sendo esta captação passível de outorga. Existe também um uso insignificante em curso d água (roda d água) coordenada geográficas latitude 20º13 54,8 S e de longitude 42º10 45,8 W. 13.2. Intervenção em Unidade de Conservação A empresa encontra-se há cerca de 9,0 Km de uma Área de Proteção Ambiental Municipal APAM. Tendo em vista que esta APAM trata-se uma área de uso sustentável, não existe dessa maneira zona de amortecimento, motivo pelo qual não foi exigido anuência do órgão gestor. 13.3. Da Exploração Florestal Para essa revalidação da licença ambiental não é pleiteada a exploração florestal, visto que a atividade atual da empresa ocupa uma superfície total de 5,5 hectares onde estes, segundo informação do empreendedor, eram ocupados por pastagem ou mesmo pelo maciço aflorante. Durante o período de concessão da Licença de Operação certificado nº 654 não houve a realização de supressão de vegetação nativa, intervindo somente em pastagem de braquiária no alto da pedreira. 13.4. Reserva Legal A empresa Pedramon firmou junto a SUPRAM-ZM o Termo de Responsabilidade de Preservação de Florestas. Fica condicionado ao empreendedor a apresentação da averbação da reserva legal junto ao cartório de registro de imóvel. 14. Avaliação Final e Propostas De acordo com os dados apresentados no RADA, julga-se, salvo melhor juízo, que esta empresa tem credibilidade suficiente para revalidar sua Licença de Operação, para continuar, de maneira até mais aperfeiçoada, suas ações de conciliação da atividade produtiva com a máxima preservação do ambiente onde está inserida. Propostas para melhoria do controle de efluentes Algumas melhorias estão indicadas, seja por procedimentos ou por obras a construir, com objetivo de aperfeiçoar o controle ambiental da Pedramon Ltda. Dividiu-se em setores localizados, discriminados pelo tipo de efluente ou impacto gerado:

Folha: 11/18 Efluentes líquidos Efluentes com óleos e graxas - Área de manutenção vala e lavador de veículos Está proposto à construção de uma área para manutenção e lavagem de veículos composta por uma vala em elevação e uma área em nível para manutenção. Ambas as áreas são pavimentadas em concreto armado, possuindo canaletas metálicas para coleta e direcionamento do efluente líquido oleoso, a serem lançados na caixa separadora água-óleo também a ser construída. - Caixa separadora água óleo Está proposto à construção de uma caixa separadora para água óleo, conectada ao sistema de drenagem do efluente líquido oleoso, seja originado do lavador de veículos e a área de manutenção. Este sistema de tratamento separa o óleo da água, sendo o óleo coletado em tambor metálico e a água infiltrada no solo. - Área do posto de combustível A empresa possui um posto de combustível equipada com um tanque aéreo com capacidade para 15 m 3, estando protegido por bacia de contenção. A bacia de contenção é uma área protegida por mureta de proteção, de modo que em caso de vazamentos todo óleo fica confinado em seu interior. É indicada a implantação de um registro de fundo que deverá ficar fechado constantemente, sendo aberto somente no instante de lavagem do interior da bacia. Este registro é conectado ao sistema de drenagem do efluente oleoso, direcionado a caixa separadora água-óleo. Também é aconselhável construir um telhado de cobertura sobre a bacia de contenção evitando entrada de água de chuva em seu interior. Também deverá ser implantado um sistema de drenagem para efluente líquido oleoso estando conectada a caixa separadora água óleo. - Armazenamento de óleos lubrificantes e graxas. É indicada a construção de uma bacia de contenção para proteger os tambores metálicos que armazenam óleos lubrificantes e graxas. Efluente líquido sanitário A Pedramon Ltda. no passado construiu um sistema fossa séptica / filtro anaeróbio dimensionado para 30 usuários. Porém se este sistema não apresentar resultados satisfatórios com relação ao monitoramento, fica proposto para o empreendedor avaliar a construção de um novo sistema.

Folha: 12/18 Efluente líquido pluvial A drenagem pluvial da área do beneficiamento e apoio é direcionada em direção ao córrego dos Pinheiros. É indicada à construção de dispositivos de controle dedrenagem pluvial para melhor direcionamento de águas de chuva e retenção de sólidos carreados durante o período chuvoso. Estes dispositivos são descritos a seguir: - Leira de proteção: dispositivo utilizado para melhoria no direcionamento da drenagem pluvial, mais especificamente para evitar fuga da água de chuva em pontos não protegidos por diques de decantação. As leiras devem possuir uma altura média de um metro sendo compactada por pneu de máquina (pá carregadeira). - Dique de decantação: dispositivo a ser construído junto a pontos estratégicos de lançamento de água pluvial, que tem como objetivos: a redução da força e velocidade da água evitando o início de processos erosivos; retenção de sólidos carreados. Os diques devem ser escavados no terreno natural por máquina, sendo o solo cortado utilizado na construção das leiras de proteção. Um vertedouro em blocos de rocha argamassada conduz o efluente tratado à linha de drenagem do terreno natural. - Depressão ou rebaixo transversal em via de acesso interna: uma depressão deverá ser construída próxima à área de estacionamento, com a finalidade de direcionar a drenagem pluvial a um dique de decantação proposto, é importante salientar que este rebaixo não compromete o tráfego de veículos e evita o lançamento do efluente líquido pluvial sem tratamento, ao córrego. Resíduos sólidos Um plano de gerenciamento para os resíduos sólidos deverá ser implantado na Mineração bem como alguns procedimentos tais como o treinamento dos funcionários para melhor entendimento ao controle de resíduos. Algumas orientações gerais devem ser seguidas: Implantação de coleta seletiva para resíduos sólidos recicláveis mediante a instalação de vasilhames coletores específicos em locais estratégicos. Os resíduos sólidos recicláveis (papeis, plásticos, vidros e borrachas) deverão ser armazenados temporariamente em local confinado e coberto até serem destinados a terceiros para o reaproveitamento; As sucatas metálicas e ferro velho deverão ser armazenados temporariamente em um espaço restrito, próximo à área de manutenção, de onde seguirá para reciclagem por empresas terceirizadas devidamente licenciadas. Os lixos domésticos não recicláveis deverão ser recolhidos em vasilhames fechados acondicionados em sacos plásticos e destinados ao aterro controlado do Município de Manhuaçu, o qual já é destinado. Os resíduos sólidos contaminados com óleos e graxas (vasilhames, ferro velho, sucatas mecânicas e outros) devem ser lavados na área do lavador de veículos, devidamente protegido pelo sistema separador de água/óleo. Posteriormente, estes resíduos lavados, deverão ser escorridos e expostos a secagem, para posteriormente serem armazenados temporariamente até seguirem o destino final (reciclagem por terceiros). É recomendado que não sejam utilizadas estopas, papeis e outros no manuseio e limpeza de objetos contaminados com óleos e graxas.

Folha: 13/18 Deverá ser implantado o uso de toalhas de tecido laváveis em substituição a estopas e similares. Após o uso, as toalhas contaminadas deverão ser lavadas e reutilizadas. A lavagem de toalhas pode ser realizada por empresa terceirizada devidamente credenciada ou pela própria Mineração desde que o efluente líquido com óleos e graxas sejam destinados a caixa separadora água-óleo. As areias contaminadas com óleos e graxas geradas no lavador de veículos devem ser condicionadas em caçambas metálicas, ficando a disposição de secagem, estando em local coberto ou enlonado. Este material seco com baixo teor de contaminação oleosa deve ser direcionado a um aterro classe I. As baterias automotivas devem ser destinadas ao fornecedor que encaminha ao fabricante para reciclagem dos seus componentes. Na Mineração o armazenamento temporário das baterias deverá ser realizado em um cômodo protegido e restrito, possuindo piso pavimentado e coberto, ficando dispostas em prateleiras até o recolhimento pelo fornecedor. 15. Conclusão Esse parecer sugere a revalidação da Licença de Operação para Extração de Rocha para Produção de Britas, do empreendimento Pedramon Ltda., desde que cumpridas às condicionantes em anexo. Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes estabelecidas no Anexo único deste parecer poderão ser resolvidos junto à própria SUPRAM, mediante análise técnica e jurídica, desde que não alterem o mérito/conteúdo das condicionantes. Cabe esclarecer que a SUPRAM - ZM não possui responsabilidade técnica sobre os projetos de sistemas de controle ambiental, sendo a execução, operação e comprovação de eficiência desses de inteira responsabilidade da empresa e de seu RT devidamente identificados nos projetos apresentados. Por derradeiro, ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo requerente, de certidões, alvarás ou licenças de qualquer natureza, exigidos pela legislação federal, estadual ou municipal, devendo sobredita observação constar no Certificado de Licenciamento. 16. Parecer Conclusivo Favorável: ( ) Não ( X ) Sim 17. Validade da licença: 08 (oito) anos.

Folha: 14/18 18. Data / Equipe Gestor: Equipe Interdisciplinar: Paola Siciliano Crossetti (MASP - 1005690-1) Breno Augusto Campolina Barbosa (MASP 1191267-8) Evandro Luis Mendes Ramos (MASP 1198021-6) Marcus Vinicius Maciel Chehuen (MASP 1215992-7) Ciente: Chefe do Núcleo Jurídico: Diretor Técnico: Leonardo Sorbliny Schuchter (MASP 1.150.545-0) Gláucio Cristiano Cabral de Barros Nogueira (MASP - 1197093-6)

Folha: 15/18 ANEXO I Processo COPAM: Nº 00063/1998/004/2009 Classe: 3 Empreendedor: PEDRAMON LTDA. Empreendimento: Extração de rocha para produção de britas com ou sem tratamento Estruturas a serem licenciadas: A-02-09-7 Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA DE OPERAÇÃO PRAZO: 08 (oito) anos ITEM DESCRIÇÃO PRAZO 1 Qualquer alteração no número de funcionários, ampliação ou modificação do empreendimento deverá ser comunicado, antes de sua execução, a SUPRAM-ZM, para os devidos ajustes e regularização ambiental. A partir da notificação do recebimento da concessão da revalidação da LO 2 Execução do Programa de Automonitoramento Ambiental, conforme definido no ANEXO II. A partir da notificação do recebimento da concessão da revalidação da LO 3 Inserir no Programa de Educação Ambiental ações voltadas ao público interno (funcionários). A partir da notificação do recebimento da concessão da revalidação da LO 4 Seguir todas as propostas para melhoria do controle dos efluentes indicadas no RADA. A partir da notificação do recebimento da concessão da revalidação da LO 5 Apresentar averbação da reserva legal conforme Termo de Responsabilidade Florestal firmado junto com a SUPRAM-ZM. 60 dias a partir da notificação do recebimento da concessão da revalidação da LO

Folha: 16/18 1. EFLUENTES LÍQUIDOS ANEXO II PROGRAMA DE AUTOMONITORAMENTO AMBIENTAL a) Deverão ser efetuadas amostragens e análises dos efluentes líquidos sanitários de todos os sistemas de tratamento existentes no empreendimento, de acordo com o quadro abaixo: Despejo Efluente Bruto Efluente Final Tratado Local de Amostragem sistemas de tratamento de fluentes líquido sanitários Parâmetros ph, sólidos suspensos, sólidos sedimentáveis, óleos e graxas, DBO 5, DQO. Freqüência das Análises semestral b) Deverão ser efetuadas amostragens e análises dos efluentes líquidos industriais, nas caixas SAO do empreendimento, de acordo com o quadro abaixo: Ponto 1 Despejo Efluente Bruto Local de Amostragem Entrada da caixa SAO Parâmetros ph, óleos e graxas e DQO. Freqüência das Análises 2 Efluente tratado Saída da caixa SAO ph, sólidos suspensos, sólidos sedimentáveis, óleos e graxas, DQO e detergente. semestral c) Deverão ser efetuadas amostragens e análises das águas superficiais, de acordo com o quadro abaixo: Pontos Ponto 1- Montante da área de beneficiamento e lavra no Córrego Pinheiro, próximo a rodovia Parâmetros ph, sólidos suspensos, sólidos sedimentáveis, turbidez, óleos e graxas, DBO 5, DQO. Freqüência das Análises semestral Ponto 2- Ribeirão da Cabeluda, montante da área do reservatório de água ph, sólidos suspensos, sólidos sedimentáveis, turbidez, óleos e graxas. semestral

Folha: 17/18 Ponto 3- Ribeirão da Cabeluda, jusante da área do reservatório de água, antes da confluência com o Córrego Santo Amaro Relatórios: Enviar semestralmente à SUPRAM Zona da Mata todos os resultados conclusivos das análises efetuadas. O relatório deverá conter a identificação, registro profissional e assinatura do responsável técnico pelas análises. 2. RUÍDO E EFLUENTE AMTOSFÉRICO Parâmetros Freqüência das Análises análise das emissões atmosféricas anual laudo indicando a Alteração dos Níveis de Ruídos anual 3. RESÍDUOS SÓLIDOS Relatórios: Enviar semestralmente à SUPRAM Zona da Mata planilhas mensais de controle da geração e disposição dos resíduos sólidos, contendo no mínimo os dados do modelo a seguir, bem como o nome, registro profissional e assinatura do responsável técnico. Obs.: Deverão ser monitorados no Programa de Acompanhamento de Geração e Disposição de Resíduos Sólidos todos os resíduos sólidos contemplados no Parecer Técnico e aqueles que porventura venham a ocorrer futuramente.

Folha: 18/18 MODELO DE PLANILHA PARA O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE GERAÇÃO E DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Resíduo Sólido Industrial Denominação Origem Quantidade Gerada (kg/mês) Disposição (*) Transportador (nome, endereço, telefone) Empresa Recebedora (nome, endereço, telefone) Número da Licença Ambiental ou n o AAF Observação (*)1 Reutilização; 2 Reciclagem; 3 Aterro Sanitário; 4 Aterro Industrial; 5 Incineração; 6 Co-processamento; 7 Aplicação no solo; 8 Estocagem Temporária (informar quantidade estocada); 9 Outras (especificar). IMPORTANTE: OS PARÂMETROS E FREQUÊNCIAS ESPECIFICADAS PARA O PROGRAMA DE AUTOMONITORIZAÇÃO PODERÃO SOFRER ALTERAÇÕES A CRITÉRIO DA ÁREA TÉCNICA DA SUPRAM ZONA DA MATA, FACE AO DESEMPENHO APRESENTADO PELOS SISTEMAS DE TRATAMENTO.