..;. ';. No ambito do Processo Comum com intervel1(;:ao do Tribunal Colectivo que con'e

Documentos relacionados
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO DISKURSU HOSI SUA EXCELENCIA PRIMEIRU MINISTRU KAY RALA XANANA GUSMÃO

JUDICIAL SYSTEM MONITORING PROGRAMME PROGRAMA MONITORIZASAUN BA SISTEMA JUDISIÁRIU

Juízes: Viriato Manuel Pinheiro de Lima (Relator), Song Man Lei e Sam Hou Fai. SUMÁRIO:

Liufali tan ITIE nian. Modelo transparência Timor-Leste nian

JUDICIAL SYSTEM MONITORING PROGRAMME PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO DO SISTEMA JUDICIAL

Série I, N. 42 SUMÁRIO. Jornal da República. Quarta-Feira, 23 de Novembro de 2011 $ 1.00 DIPLOMA MINISTERIAL NO. 23/ 2011.

Acórdão n.º 10 / ª Secção-PL. P. n.º 5 ROM-SRM/2013. P. de Multa n.º 6/2012-SRM

S U M Á R I O. Processo n.º 764/2018 Data do acórdão: Assuntos:

JUDICIAL SYSTEM MONITORING PROGRAMME PROGRAMA MONITORIZASAUN BA SISTEMA JUDISIÁRIU

constituido por Maria Natercia Gusmao, Guilhermino da Silva e Deolindo dos Santos.

Observasaun Preliminariu KKFP kona ba Orsamento Geral do Estado 2009

Assunto: Habeas corpus. Exequibilidade de sentença condenatória. Recurso. Trânsito

Exame de Prática Processual Penal

JSMP kondena maka as forma violénsia hotu-hotu, liuliu hasoru feto no ema vulneravel. JSMP afirma la iha justifikasaun ba violénsia hasoru feto.

Processo n.º 493/2016 Data do acórdão:

REJIME ATU REGULA NA IN BA BENS IMÓVEIS NE EBÉ LAIHA DISPUTA

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO

ACORDAM, EM CONFERÊNCIA, EM NOME DO POVO, NA 1ª SECÇÃO DA CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL SUPREMO.

Relatorio ba Comissaun C Parlamento nian kona ba TSP II nia Missaun

Processo: 143/12.8TAETZ Instrução N/Referência: ACTA DE AUDIÊNCIA DE DEBATE INSTRUTÓRIO

República Democrática de Timor-Leste Ministério da Agricultura e Pescas. Tékniku Kuda Fehuk Midar Ne ebé Di ak

Jornal da República DIPLOMA MINISTERIAL N O 45 / de 14 de Setembro SOBRE O LEVANTAMENTO CADASTRAL

9 \1.?9 DEBATE age 2016 ~ INTERVENCAO INICIAL BANCADA FRETILIN

ECLI:PT:TRL:2015: PQLSB.L1.5

VERSÃO EXPERIMENTAL BA JORNAL PARLAMENTO NACIONAL TIMOR-LESTE

REPUBLICA DE ANGOLA TRIBUNAL CONSTITUCIONAL. Ac6RD.AO N. o 406/2016. Em nome do povo, acordam em Sessao da Primeira Camara do Tribunal Constitucional:

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA GABINETE DO PRESIDENTE

Reflexão Mensal Nº 4 Junho Irmã Rose Therese Nolta, SSpS no Irmão Brian McLauchin, SVD

Processo n.º 429/2015 Data do acórdão:

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

INTERVENCAO IHA PARLAMENTO NACIONAL DEBATE ORCAMENTO Husi Jose Luis Guterres, Frenti-Mudansa, 23 Novembru 2016

Avó Me ar. Tuir imi-nia hanoin, Sandrina tenke halo saida atu ajuda nia avó?

EPS Servisus móveis (App) manual

OGE 2018 : BAZE LEGAL, MONTANTE, FONTES, FOKUS EXECUCAO, ALOKASAUN SEITORAL. Mericio Juvinal dos Reis AKARA (Secretario Estado Comunicacao Social)

Surat posisaun Timor-Leste nian - TSDA nia Futuro

Tribunal da Relação de Lisboa, Acórdão de 21 Nov. 2013, Processo 304/11. Texto

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA TIMOR-LESTE

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Consulta Pública. Anteprojekto de Lei estabelese Regime Espesial hodi Define Titularidade ba Bens Imoveis (Lei de Terras)

A Presidência de Proximidade de Taur Matan Ruak Volume I

Lia ba loron ohi maka ne e deit obrigado no consederação.

Nas respostas assinale a alternativa que melhor traduz a sua opinião sobre o novo currículo e as mudanças ocorridas.

INTERVENSAUN POLITIKA BANKADA PARTIDO CNRT NIAN, IHA ÂMBITU RE-APRESIASAUN BA VETO POLITIKO BA OJE 2016, HUSI SUA EXCELÊNCIA,...

Decisão Integral: Acordam, em conferência, na 9.ª Secção Criminal do Tribunal da Relação de Lisboa

ACÓRDÃO NA CÂMARA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO DO TRIBUNAL POPULAR SUPREMO, ACORDAM EM CONFERÊNCIA, EM NOME DO POVO:

Conselho de Imprensa. Matadalan hodi interpreta Kode Étika Jornalítika nebe aprova ona husi Regulamentu Administrativu n. u 1/2017, 13 de Janeiro

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Husi almamater ida, ho neon ida, hamutuk nu udar roman ba Timór-Leste

JUDICIAL SYSTEM MONITORING PROGRAMME PROGRAMA MONITORIZASAUN SISTEMA JUDISIÁL SUBMISAUN: EZBOSU LEI IMPRENSA VERSAUN DAHULUK

Jornal da República DIPLOMA MINISTERIAL N.º 47/2017 DIPLOMA MINISTERIAL N.º 47/2017. de 2 de Agosto. de 2 de Agosto

La o Hamutuk. Ezboso Lei Anti-Korupsaun

ECLI:PT:STJ:2014: TASTB.A.S1

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão n.º 11/ ª Secção-PL P. N.º 3 ROM-SRM/2013 (PAM-N.º 26/1012-SRMTC)

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Loron dahuluk debate Programa VII Governo nian

Demisaun Governu no Disolusaun Parlamentu Nasional

Processo n.º 296/2015 Data do acórdão: condição da suspensão da execução da pena tratamento da toxicodependência teste de urina

REZUMU ANÁLIZE JURÍDIKU

ECLI:PT:TRL:2011: PDFUN.A.L1.9.E0

Data do documento 16 de janeiro de 2019

MATADALAN BA ANTEPROJECTO DO REGIME ESPECIAL PARA A DEFINIÇÃO DA TITULARIDADE DE BENS IMÓVEIS (LEI DE TERRAS) VERSAO PARA KONSULTA PUBLICA

3/16/2017 BENVINDU. Observador Nasional no Konvidadus iha programa dezamina Informasaun Jeral ba Observador. Dili -STAE, 16 Marsu 2017

Boletim Informativo Parlamentar

Proposta Lei Komisaun Anti Korupsaun

Quarta-feira, 06 de Setembro de 2017 I Série-A -2 JORNAL IV. LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA ( )

Komentáriu Ba Diresaun Jerál Estatístika - Ministériu Finansa Timor-Leste. Kestionariu Peskiza ba Atividade Negósiu 2015 Nian.

Versaun hodi hala o KONSULTA PÚBLIKA 2 / Dokumento ida ne e para referensia de it / Tradusaun ida ne e la os ofisiál ANTEPROJECTO

ENQUADRAMENTO PENAL CÓDIGO PENAL

Acórdão nº 14/CC/2014. De 18 de Novembro. Acordam os Juízes Conselheiros do Conselho Constitucional: RELATÓRIO

Exame de Prática Processual Penal 1º Curso Estágio 2006

III LEGISLATURA 3.ª SESSÃO LEGISLATIVA

ACORDAM EM CONFERÊNCIA OS JUÍZES NO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA - 5a SECÇÃO (PENAL)

Helder Lopes Principal Economist and Chief of Staff Ministry of Finance

REPirBLICA DE ANGOLA TRIBUNAL CONSTITUCIONAL. ACORDAO N.o 403/2016. Em nome do Povo, acordam, em Conferencia no Plenano do Tribunal Constitucional:

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa. Elementos estatísticos Área Criminal

PRAZO DE ARGUIÇÃO PROCESSO DE EXECUÇÃO FISCAL FALTA ELEMENTOS ESSENCIAIS DO ACTO PENHORA

ECLI:PT:TRC:2011: TAVIS.C1.A6

FEDERATION INTERNATIONALE DES FEMMES DES CARRIERES JURIDIQUES

Terça-feira, 26 de Junho de 2018 I Série-A / N.º 4 JORNAL V LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA ( ) REUNIÃO PLENÁRIA DE 26 DE JUNHO DE 2018

AS CONTAS NAS CUSTAS PROCESSUAIS

REPÚBLIKA DEMOKRÁTIKA TIMOR-LESTE PARLAMENTU NASIONAL

DEKLARASAUN UNIVERSÁL DIREITUS UMANUS NIAN

DISKURSU EXSELÊNSIA PRIMEIRU-MINISTRU KAY RALA XANANA GUSMÃO IHA OKASIAUN SESAUN PLENÁRIA EXTRAORDINÁRIA DISKUSAUN NO VOTASAUN IHA JENERALIDADE BA

Sábado, 30 de junho de 2018 I Série-A / N.º 5 JORNAL V LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA ( ) REUNIÃO PLENÁRIA DE 30 DE JUNHO DE 2018

REJIME ESPESIÁL KONA-BÁ DEFINISAUN NA IN BA BEM IMÓVEL NIAN

Lei Fundu Minarai nian

Submisaun Ba Prezidente da Repúblika Timor-Leste. Husi. La o Hamutuk. relasiona ho

ACORDAM OS JUÍZES NO TRIBUNAL DE SEGUNDA INSTÂNCIA DA R.A.E.M.:

Pobreza no moris iha TL

ECLI:PT:STJ:2010: PBBRR.S2.FD

Quarta-feira, 13 de Junho de 2018 I Série A - N.º 1 JORNAL V LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA ( ) REUNIÃO PLENÁRIA DE 13 DE JUNHO DE 2018

La o Hamutuk Institutu Timor-Leste ba Monitor no Analiza Dezenvolvimentu

Processo n.º 6/2014 Data do acórdão:

Segunda-feira, 28 de Setembro de 2015 I Série-A 04 JORNAL III LEGISLATURA 4.ª SESSÃO LEGISLATIVA ( )

Terça-feira, 05 de Setembro de 2017 I Série-A - 1 JORNAL IV LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA ( ) REUNIÃO PLENÁRIA DE 05 DE SETEMBRO DE 2017

Jornal da República DIPLOMA MINISTERIAL N.º 45 /2017 DIPLOMA MINISTERIAL N.º 45 /2017. de 2 de Agosto. de 2 de Agosto

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Matadalan ba ema ne ebé precisa durubassa (organiza evento ka sai orador)

RELATÓRIO (artigo 213º do Estatuto do Ministério Público) 1.

Transcrição:

./ ';...;. TRIBUNAL Processo 11 99/CO/ZO 15/TR \'/proc. NUC OZ47/13.PDDlL Acordam em conferencia os juizes compoe 0 colectivo deste tribunal, 0 seguinte, 1\1aria Natercia Gusmao, Guilhermino da Silva e Deolindo dos Santos. I. RelatOrio No ambito do Processo Comum com intervel1(;:ao do Tribunal Colectivo que con'e tel1110sno Tribunal Distrital de Suai com 0 no processo V/Proc. NUC, 0247 /13.PDDIL, 0 Ministerio PUblico deduziu acusa<;:ao contra 0 arguido, l\1anuel DE JESUS, Casado, Agricultor, nascido a lode Maio de 1986 emaileu.filhodevicentealvesedea.il1elia de Jesus, residente na Aldeia Libutu, Suco Bedeu, Posto Administrativo Liquidoe, Municipo de Aileu. Imputando-Ihe a prittica de um crime de maus h'atos a conjuge pep pelo altigo 154 0 do C6digo Penal 0 aliigo 3 0 al. a) e art. 35 0 al. a) da Lei contra Violencia Domestica no 7/2010 de 07 de Julho. Recebida a acusacao foi designada data para julgamento, tendo 0 arguido sido notificado para apresentar contestacao escrita, 0 que nao fez, nem an'olou testemunhas. Durante a produ<;:ao de prova 0 h'ibunal entendeu que nao esta em causa 0 crime de maus-tratos a conjuge que p. e p. punido pelo artigo 154 0 do CP, mas 0 arguido cometeu 0 crime de ofens as it integridade fisica simples que p. e p. pelo artigo 145 0 do CP. conjugado com a Lei Violencia Domestica nos artigos 2, ns. 1 e 2, al. a) 3, al. a e b) e 35 da Lei 7/2010, de 7 de Julho. Processo 11 99/CO/ZO I 5/TR V/ProC. NUC. OZ47/13PDDlL

Assim sendo 0 tribunal procedeu it altera<;:ao da qualifica<;:ao juridica constante na acusa<;:ao. passando a imputar ao arguido Manuel de Jesus a pratica do referido crime e nao o que consta na acusa<;:ao nos termos do artigo 274 0 do CPP. Apos produ<;:ao de prova. foi proferido acordao que, 1. ABSOLVEU 0 arguido IvtANUEL DE JESUS pela pratica em autoria material na forma consumada. de um crime de maus-tratos a conjuge. p. e p pelo artigo 154 0 do CP. 2. CONDENOU 0 arguido IvtANUEL DEJESUS p ela pratica de um crime de violencia domestica p. e p.. no art. 2 e 35/b da Lei 7/2010 com referencia ao art. 145 0 do C. P. Timorense. na pena de 1 (um) ana de prisao. o arguido nao se conformou com a decisao. e veio interpor recurso nos termos da motiva<;:ao como se transcreve, Baseia ba Faktus no enquadramentu Juridik.'U nebe mak Rekorrente esplika iha leten. Rekorrente fo Konkluzaun ba Meritissimo Conselheros Juizes do Direitu Tribunal de Recurso Timor Leste atu julga prosedente Rekursu nebe mak Rekorrente Subida ba Tribunal de Recurso hanesan tuir mai, 1. Deklara katak Prosedente faktus ho direitu hirak nebe mak Rekorrente sira im p6en iha rekurso nee; 2. Recursu ida ne'e tempestivo tamba hato'o iha prazo legal nia laran 3. Leitura Sentensa Akordaun konsidera Fak.'tos Provado katak Arguido Komete Krime Violensia Domestika mak iha artigo 35 0 al b. mak konjugado Ofens as Korporais Simples tuir Artigo 145 0 Kodigo Penal. 4. Leitura sentensa akordaun Absolve Arguido Manuel De Jesus. husi krime ho fonl1a Maus tratus ba konjuje. p.e.p Art 154 0 do CP. 5. Declara katak artigu 154 0 CP. juiz sira uza nudar fundamentasaun hosi kondena arguidu halo krime ho Forma Maus Tratus. nao Correlamente Aprovado. Processo n 99/CO/20 15(fR V/Pree. NUC. 0247/13.PDDlL 2 /~.

6. Declara katak iha duni irregularidade, Aplikasaun de pena tamba iha kazu ne'e Arguidu DekJara katak la halo Agresaun Fisika ba Lesada loran-loran komesa 2006-2012 maibe Tribunal Kondena Arguidu ho krime ho Forma Maus Tratus. 7. lha Iregularidade aplika Artigu 154 0 CP, kona-ba krime ho Forma Maus Tratus tamba Tuir pravas nebe iha Audencia julgamento nia laran hatudu katak arguidu nunka Pratika krime tuir Artigu Referidu, ho nune Tribunal mos intende katak Faktus sira ne la akontese duni, e Direitamente Tribunal halo altersaun duni husi krime Maus Tratus Art 154 CP, ba fali Ofens as Integridade Simples ali. 145 0 CP, ho nune'e la iha fundamentasaun hodi kondena Arguido ho krime ho Forma Maus Tratus ba Lezada 8. DekJara katak Tribunal Distrital de Dili julga imprasedente kazu prasesu 1065/2014/ TDOlL. 9. Husu atu halo Revisaun ba pen a mak imputa ba arguido Manuel de Jesus, hodi hare ba sirkunstansia atenuantes Arguido nian. e Arguido mos sei iha responsabiliza ba iha nia oan Nain 3. 10. Revoga Akordaun juizes do h'ibunal de Dili ninian, e dekreta desizaun. Em Conh'aria hodi Apliko pena Suspensaun ba Arguido. PEDIDO Baseia ba Rekursu nebe hato'o husi Rekorrente iha Data 13 De Abril de 2015, Tribunal de Rekurso Anula Desisaun Tribunal Distrital Dili iha loran 27de Maio de 2015, No husu ba Tribunal Distrital Dili Atu halo leitura sentensa foun nebe konaba Presuposto Material Sira Konaba Ezekusaun de pen a, Maibe Tribunal Distrital Dili la toma konsideirasaun. Tribunal Dish'ital Dili Nafatin Mantein Desisaun Anterior no Lahalo Revogasaun, Tan ne'e Rekorrente Husu ba Tribunal Rekursu Atu Deklara a. Julga pracesso pracedente b. DekJara atu halo Apresiasaun ba prava mesak iha Tribunal de Rekursu c. Desisaun tuir prava neb'e Akolha no kondena Rekonente ho Pena Suspensa ba Periodo Hanesan. Processo n 99/CO/ZO 15/TR I'/prac. NUC 0247113.PDDlL 3

Meritissimo Juizes de Tribunal de Recurso Timor Leste, karik ita boot sira hanoin no tetu seluk karik. ami husu atu tesi tuir justil(a. Notificado 0 MP deixou decorrer 0 prazo e nao respondeu. Colhidos os vistos legais e realizada a conferencia, cumpre agora apreciar e decidir. n. FundamentaQ80 o ambito do recurso define-se pelas conclusoes que 0 recorrente extrai da respectiva motival(ao, sem prejuizo das questoes de conhecimento oficioso, designadamente a verifical(ao da existencia de nulidades insam'lveis e dos vicios elencados no n. 2, do art. 299, do CPP. Atentas as conclusoes confusas formuladas pelo recon'ente, fica dificil perceber qual a questao a decidir. Ora bem, primeiro 0 arguido diz que 0 tribunal a quo deu como provado, que 0 arguido cometeu um crime Violencia Domestica pep pelo artigo 35 al. b) conj. com 0 crime de Ofens as Corporais Simples -Artigo 145 C6digo Penal e que absolveu 0 Arguido Manuel De Jesus, na forma consumada do crime Maus tratos a conjuge p.e.p AJi 154 do CP Depois diz que os juizes condenaram 0 arguido na forma consumada do crime de maus tratos - aliigo 154 CP, nao COTI'ectamente provados e alega ha irregularidade na aplical(ao de pena uma vez 0 arguido declarou que nao fez agressao fisica ao sua mulher todos os dias desde 2006 a 2012, mas 0 h'ibunal a quo condenou no crime de maus tratos. (lha Jregularidade aplika Artigu 154 0 CP, kona-ba knine ho FOl1na i\1aus Tratus tamba Tuir plvvas nebe iha Audencia julgaj11ento nia lar811hatlldu katak arguidu nllnka Pratlka krime tuir Artigll Refendll, ho nune Tribunal 1110Sliltende katak Faktus sira ne la akontese dunl e Processo,,0 99/CO/20 15(fR \'/Proc. NUC. 0247/13.PDDlL 4

Direitalllel1fi:- Tiibul1al hilo altersallif duili J1l1H kjiiile Maus D'atus A11 j 54 CP, ba fa!i Of ensas!l1teglidade Simples art 145 CP, ho l1ul1e'e la iha ful1damel1tasaul1 hodi kol1del1a Arguido ho knllle ho F017lla /lfaus Tmtus ba Lezada). Ou seja. por um lado. alega 0 recorrente que a decisao recorrida absolveu 0 Arguido Manuel De Jesus. na forma consumada do crime Maus tratos a conjuge p.e.p Art 154 do CP Isto e verdade. Mas depois. logo a segulr. diz que os juizes condenaram 0 arguido na forma consumada do crime de maus h'atos - artigo 154 CP (777). Entao. se primeiro diz que decisao recorrida absolveu 0 arguido do crime de Maus tratos a conjuge. depois vem recorrer da decisao pol'que tribunal condenou no crime de maus tra tos7 Portanto. a conclusao apresentada e muita confusa e manifesta uma clara conh'adi<;ao_salvo 0 devido respeito. parece que 0 reconente nao percebeu 0 que esta escrito na decisao recorrida. Mas. para 0 recorrente entender a decisao reconida. ESCLARECEMOSQUE, o arguido foi acusada de um crime de maus-tratos it conjuge. p. e p. pelo art 154. do C6digo Penai -eart 3. al. b) e 35. arijf-dii-lei. il0_7)20to.de7 deju1ho; Decorreu a audiencia e de julgamento. e foi comunicado as partes a altera<;ao dos factos - art. 274 do C. P. P. para 0 crime de ofensas corpora is simples. p. e p. pelo art 145. n". 1.do C6digo Penal e art_ 3. a1.b) e 35. al b). da Lei,no. 7/20 I O.de 7 de Julho; na pena de I (um) ano. Por isso 0 recorrente foi absolvido do crime de maus-tratos a conjuge. p. e p. pelo art. 154. do C6digo Penal e art 3. al. b) e 35. al. b). da Lei,no. 7/20 I O.de 7 de Julho porque houve a altera<;ao dos factos para diferente qualifica<;aojuridica. para 0 crime de ofensas corpora is simples. p. e p. pelo art 145. no.i. do C6digo Penal e art 3. a1.b) e 35. al. b). da Lei. no. 7/2010. de 7 de Julho. Assim. se houve a altera<;ao significa que 0 crime de maus- Processo n 99/CO/20 15{fR \' /prac. NUC, 0247 /13.PDDIL 5

tratos a conjuge foi afastado pelo tribunal. e apenas ficou em discussao 0 crime de ofensas corporais simples. Por essa razilo e que 0 arguido foi absolvido do crime de maus-h'atos a conjuge. Mas. provando-se as agressoes ao conjuge. tinha de ser condenado pelo crime de crime de ofensas corporais simples. p. e p. pelo art. 145. no.1. do C6digo Penal e art. 3. al. b) e 35. al. b). da Lei.no. 7/2010. de 7 de]ulho. Por outro lado. 0 recorrente nao indicou os vicios da decisao recon'ida. Dispoe. com efeito. 0 art. 301 no1 do C6d. Proc. Penal estipula que, "Amotiva<;:ao enuncia especificamente os fundamentos do recurso e termina pela formula<;:ao de conclusoes. deduzidas por artigos. em que 0 recorrente resume as razoes do pedido"; e que. no n. 2. versando materia de direito. as conclusoes indicam ainda (ajem do mais). sob pena de rejei<;:ao.a) As normas juridicas violadas; b) 0 sentido em que. no entendimento do reconente. 0 tribunal reconido interpretou cada norma ou com que a aplicou e 0 sentido em que ela devia ter sido interpretada ou com que devia ter sido aplicada; e c) Em caso de erro na detennina<;:ilo da norma aplicavel. a norma juridica que. no entendimento do recorrente. deve ser aplicada. 3. Versando materia de facto 0 recorrente deve especificar, a) Os pontos de facto que considera incorrectamente julgados; b) As provas que impoem decisilo diversa da reconida; c) As provas que devem ser renovadas. Porem. 0 recorrente nilo indica especificadamente as provas que impoem uma decisao diversa. ou seja. nada refere sobre a indica<;:aodo conteudo especifico do meio de prova ou de obten<;:ilode prova. com a explicita<;:aoda razao pela qual essa «prova» impoem decisao diversa da recorrida. Nilo cumpre. pois. com 0 6nus de impugna<;:iloespecificada imposto no art. n.o3 do art. 301. do c.p. Penal. de indica<;:ilopontual. um por um. dos concretos pontos de facto que reputa incon'etamente provados e nao provados c de alusao expressa as concretas provas que impelem a uma solu<;:ilodiversificada da recorrida e as provas que devem ser renovadas - alsoa). b) e c) do n.o 3. Processo no 99/CO/20 I 5{fR \' /Proc. NUC. 0247/1 3.PDDIL 6.- -; 2

Nao tendo 0 recorrente indicado especificamente nenhuma das provas que imp6em uma decisao diversa quanto a materia de facto, limitando-se a dar uma visao discordante, 0 recurso nos termos em que foi apresentado, nao pede ser apreciado, impondo-se a sua rejei<;ao,de acordo com os alts.301 n. 1 en. 2 al. a), b), e c), e n03, al. a), b) e c), ambos do c.pp Ill. Decisao Pelo exposto e sem necessidade de mais considera<;6es, inobservado 0 disposto no altigo 301, n 2, alinea a), b) e c) e no 3 a), b), e c) do Codigo de Processo Penal, decide-se rejeitar 0 recurso, nos termos do altigo 301., n 2 do Cod. Proc. Penal. Sem custas. Notifique-se - alto 306 n. 4 do C. P. P e, opolwnamente, devolva-se a pnmell'a inst{\i1cia. DilL 30 de Outubro de 2015 Os]uizes do Tribunal de Recurso Deolin~s Processo no 99/CO/20 15{TR l'/proc. NUc. 0247/13.PDDlL 7