2º Encontro do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas. Captura em Massa como Método Complementar no Combate à Mosca da Azeitona

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Transcrição:

2º Encontro do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas Captura em Massa como Método Complementar no Combate à Mosca da Azeitona

Objectivos Introdução à mosca da azeitona Testar a eficácia da captura em massa como método complementar à luta química no combate à mosca da azeitona Conhecer a dinâmica populacional da praga no olival Avaliar diferenças no desenvolvimento da praga entre o olival testemunha e o olival sujeito á captura em massa

Dacus oleae Distribuição geral e dispersão

Dacus oleae Propagação Maçanilha Galega Variedades Redondil Picual

Dacus oleae Morfologia e bioecologia Fêmea Macho 3-4 gerações

Dacus oleae Sintomatologia e importância económica Queda do fruto Deformação da polpa Acidificação do azeite

Material e Métodos Técnica da captura em massa com recurso a garrafas de polietileno Preparação das garrafas 6 furos/garrafa Ø =,5 Cm Fosfato Diamónio - 5 %

Material e Métodos Técnica da captura em massa com recurso a garrafas de polietileno Colocação e distribuição Densidade Forma de actuação

Materiais e Métodos Monitorização do voo Captura em massa garrafas de polietileno Olival testemunha

Materiais e Métodos Procedimentos de instalação ESTRADA Olivais constituídos pela variedade galega Instalação das garrafas a uma densidade de garrafas/ha LEGENDA: A rmadilha s exual Oliveiras G arrafa de polietileno marc ada C D E F J Colocação das armadilhas para monitorização do voo A B G I H E NT R ADA OLIVAL TESTEMUNHA Marcação de 1 garrafas (A J) para controlo do método

Recolha e registo do n.º de moscas capturadas pelas 1 garrafas Número de moscas nas armadilhas cromotrópicas Número de frutos picados (1) Determinação do número de ovos, larvas vivas, mortas e orifícios de saída

Materiais e Métodos Captura de moscas com garrafas de polietileno Número de moscas Número de moscas Número de moscas 35 3 7 A B 7 25 15 1 5 C D E F G H I J 3 25 15 8 A B C D E F 14-Ago 28-Ago 11-Set 25-Set 9-Out 23-Out 1 G H 5 I J 7 A 6 B6-Ago -Ago 3-Set 17-Set 1-Out 15-Out 29-Out 5 C 4 D E 3 F 1 8-Jul 22-Jul 5-Ago 19-Ago 2-Set 16-Set 3-Set 14-Out 28-Out G H I J 9

Materiais e Métodos Total de captura de moscas nas garrafas Total de moscas capturada / garrafas Total de moscas capturadas/garrafa Total de moscas capturadas / garrafa 8 7 6 5 4 3 1 18 16 14 1 1 8 6 4 7 A B C D E F G H I J A B C D E F G H I J 16 14 1 1 8 6 4 9 Relacionar as capturas nas armadilhas com a respectiva localização no pomar 8 A B C D E F G H I J

Resultados e discussão Dinâmica das populações ESTRADA ESTRADA Identificação de portas de entrada LEGENDA: Armadilha sexual Oliveiras D E 7 Garrafa de polietileno marcada F J C S A ENTRADA B G H I OLIVAL TESTEMUNHA N LEGENDA: Armadilha sexual Oliveiras Garrafa de polietileno marcada C D E F J 8 S N B G I A H ENTRADA OLIVAL TESTEMUNHA

Resultados e discussão Dinâmica das populações Identificação de portas de entrada LEGENDA: 9 Armadilha sexual Oliveiras Garrafa de polietileno marcada D E F J C S N B G I A H ENTRADA OLIVAL TESTEMUNHA

Resultados e discussão Monitorização da curva de voo Curva de voo Curva de voo Curva de voo 18 16 14 Ensaio Testemunha Verificar: se a captura em massa interfere na curva de voo comparativamente à testemunha 1 1 8 7 8 6 4 21-Ago 4-Set 18-Set 2-Out 16-Out 3-Out 5 45 Ensaio 4 Testemunha 35 3 25 15 1 5 8-Jul 22-Jul 5-Ago 19-Ago 2-Set 16-Set 3-Set 14-Out 28-Out 2 18 16 Ensaio Testemunha 14 1 1 8 6 4 6-Ago -Ago 3-Set 17-Set 1-Out 15-Out 29-Out 9

Resultados e discussão Frutos picados % de azeitonas picadas % de azeitonas picadas % de azeitonas picadas 7 1 9 8 7 6 5 4 3 1 14-Ago 28-Ago 11-Set 25-Set 9-Out 23-Out Ensaio Testemunha 1 1 8 6 4 Ensaio Testemunha 8 4 35 3 Ensaio Testemunha 6-Ago -Ago 3-Set 17-Set 1-Out 15-Out 29-Out 25 15 1 5 8-Jul 22-Jul 5-Ago 19-Ago 2-Set 16-Set 3-Set 14-Out 9

Resultados e discussão Frutos picados % de frutos picados Média da percentagem de frutos picados observados no olival em captura em massa ensaio - e olival testemunha 7 6 Ensaio Testemunha 5 4 3 1 7 8 9

Resultados e discussão Estado evolutivo da mosca Ovos L. Vivas L. Mortas O. Saída Pupa Ovos L. Vivas L. Mortas O. Saída Pupa N.º 5 4 3 1 7 Ovos L. Vivas L. Mortas O. Saída Pupa Ovos L. Vivas L. Mortas O. Saída Pupa Testemunha Ensaio 14-Ago 21-Ago 28-Ago 5-Set 12-Set 19-Set 26-Set 3-Out 1-Out 17-Out 29-Out 5-Nov N.º 8 7 6 5 4 3 1 8 Testemunha Ensaio 13-Ago -Ago 27-Ago 3-Set 11-Set 17-Set 25-Set 1-Out 8-Out 15-Out 22-Out 29-Out

Resultados e discussão Estado evolutivo da mosca 9 3 N.º 25 15 1 5 Ovos L. Vivas L. Mortas O. Saída Pupa Ovos L. Vivas L. Mortas O. Saída Pupa Testemunha Ensaio 8-Jul 22-Jul 29-Jul 5-Ago 12-Ago 19-Ago 26-Ago 2-Set 9-Set 16-Set 23-Set 3-Set 7-Out 14-Out 21-Out 29-Out

Considerações finais Durante o ensaio, a mosca manifestou preferência sobretudo pela entrada a sul (S) do olival e oeste (W). Durante os três anos, a curva de voo do olival sem as garrafas (testemunha) foi sempre superior à do ensaio Nos três anos em estudo verificou-se, em média, um menor índice de frutos picados no olival sujeito à captura em massa com as garrafas de polietileno comparativamente ao olival testemunha respectivamente:24% e 45% em 7, 19% e 61% em 8 e 7% e 14% em 9 Estados evolutivos: A mosca desenvolveu-se mais cedo no olival sem garrafas (testemunha). O índice de larvas vivas, pupas e orifícios de saída foi aqui sempre superior reflectindo uma maior densidade populacional da praga A complementaridade entre a captura em massa e a luta química revelou-se uma dupla de sucesso

IIº Encontro do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas OBRIGADA PELA ATENÇÃO!