PROJETO DE LEI Nº 130/2017 Poder Executivo CAPÍTULO I DA POLÍTICA E DO SISTEMA DE GESTÃO DE ATIVOS DO ESTADO

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Transcrição:

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 3 de julho de 2017. PRO 1 PROJETO DE LEI Nº 130/2017 Poder Executivo Estabelece a Política e o Sistema de Gestão de Ativos do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências, e altera a Lei nº 12.144, de 1º de setembro de 2004, que cria o Fundo Estadual de Gestão Patrimonial FEGEP e dá outras providências. CAPÍTULO I DA POLÍTICA E DO SISTEMA DE GESTÃO DE ATIVOS DO ESTADO Art. 1º Fica instituída a Política e o Sistema de Gestão de Ativos do Estado, os quais abrangem os bens imóveis de propriedade do Estado, incluídos aqueles em processo de regularização, os bens móveis de propriedade do Estado registráveis, considerados como tais aqueles bens dos quais a legislação exige registro ou patente. Art. 2º A Política e o Sistema de Gestão de Ativos do Estado têm a finalidade de garantir que os ativos compreendidos nesta lei cumpram sua função pública, social e ambiental, em benefício do Estado e da sociedade. Art. 3º A Política de Gestão de Ativos do Estado baseia-se nos seguintes princípios: I gestão centralizada, administração descentralizada; II uso de análises custo-benefício em apoio à tomada de decisão; III consideração das práticas de mercado no que tange às transações que envolvam o setor privado; IV promoção da otimização dos ativos, evitando ociosidades, subutilizações ou desvios de finalidade pública; e V alinhamento entre os processos de gestão e administração dos ativos. Art. 4º O Sistema de Gestão de Ativos do Estado tem a seguinte estrutura: I Comitê Gestor de Ativos; II Órgão Executivo; e III Agências Setoriais. Seção I Do Comitê Gestor de Ativos Art. 5º Fica criado o Comitê Gestor de Ativos, com a atribuição de ser o órgão superior da Política de Gestão de Ativos do Estado, de caráter consultivo, propositivo, deliberativo e diretivo. Art. 6º O Comitê Gestor de Ativos será composto pelos Secretários de Estado abaixo nominados, na condição de membros titulares, e pelos representantes por esses indicados, na condição de suplentes, designados por ato do Governador do Estado: I - Secretário de Estado da Secretaria da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos SMARH, que o presidirá; II - Secretário de Estado da Secretaria do Planejamento, Governança e Gestão SPGG; III - Casa Civil CC; IV - Secretário de Estado da Secretaria da Fazenda SEFAZ; V Procurador-Geral do Estado PGE.

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 3 de julho de 2017. PRO 2 1º A participação no Comitê Gestor de Ativos é considerada como função de relevante interesse público, não ensejando, por si só, qualquer remuneração adicional, podendo ser custeadas despesas com deslocamento, hospedagem e alimentação. 2º À Secretaria da Modernização Administrativa e Recursos Humanos compete prover a estrutura administrativa e os recursos humanos e financeiros necessários à organização e funcionamento do Comitê Gestor de Ativos. Art. 7º Ao Comitê Gestor de Ativos compete: I formular as políticas, estabelecer diretrizes e expedir orientações pertinentes à Gestão de Ativos do Estado, devendo monitorar seu cumprimento; II deliberar sobre a venda, doação e permuta dos ativos imóveis; III deliberar sobre o uso dos recursos gerados no âmbito da Gestão de Ativos do Estado e creditados em conta vinculada do Fundo Estadual de Gestão Patrimonial - FEGEP, nos termos do art. 16 desta Lei; e IV deliberar sobre o uso não oneroso dos ativos imóveis. Seção II Do Órgão Executivo Art. 8º A Secretaria da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos exercerá as atribuições de Órgão Executivo do Sistema de Gestão de Ativos do Estado, através do Departamento de Administração do Patrimônio do Estado. Art. 9º Ao Órgão Executivo compete: I - auxiliar o Comitê Gestor de Ativos na implementação da Política de Gestão de Ativos do Estado; II - fiscalizar, zelar e expedir orientações às Agências Setoriais para que sejam mantidas a destinação, o interesse público, o uso e a integridade física dos ativos. III - administrar os ativos que não estejam sendo utilizados pelo serviço público, promovendo o seu uso racional, catalogando para alienação aqueles considerados inservíveis; IV - intervir nos processos de aquisição e de alienação dos ativos imóveis; V - autorizar a alienação do domínio útil de imóvel foreiro; VI - manter atualizado cadastro próprio dos ativos do Estado; e VII - auxiliar o Comitê Gestor de Ativos na operacionalização do FEGEP em caráter executivo. Art. 10. O imóvel que não esteja afetado ao uso público, sendo considerado como inservível à Administração Pública, deverá ser catalogado para alienação. Seção III Das Agências Setoriais Art. 11. Os órgãos e entidades do Estado com destinação de uso de ativos têm a atribuição de Agência Setorial, para os fins desta Lei. Art. 12. À Agência Setorial compete: I responsabilizar-se pelo uso, zelo, guarda e manutenção dos ativos à sua disposição, bem como pelo adimplemento dos tributos e encargos incidentes sobre os ativos, observadas as finalidades para as quais foram destinados; II observar as orientações e dar cumprimento às instruções expedidas pelo Comitê Gestor e pelo Órgão Executivo; e III prestar informações relativas a ativos destinados ao seu uso; e

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 3 de julho de 2017. PRO 3 IV levar ao imediato conhecimento do Órgão Executivo as ocorrências relacionadas ao ativo e que exijam providências de regularização. Art. 13. O Agente Setorial será designado pela autoridade máxima de cada entidade, para o exercício das competências estabelecidas no artigo 12 desta Lei. CAPITULO II DA ALIENAÇÃO DOS BENS IMÓVEIS Art. 14. A venda dos imóveis por preço de liquidação forçada, na forma do regulamento, deverá ser realizada na modalidade de leilão ou concorrência. Art. 15. No ato legislativo que autoriza a doação e no respectivo termo, constarão a finalidade e o prazo para cumprimento dos encargos impostos ao donatário. Parágrafo único. O encargo de que trata o caput deste artigo será permanente, revertendo automaticamente o imóvel à propriedade do Estado, se: I - não for cumprida, dentro do prazo, a finalidade da doação; II - cessarem as razões que justificaram a doação; ou III - ao imóvel, no todo ou em parte, vier a ser dada aplicação diversa da prevista. CAPÍTULO III DO FUNDO ESTADUAL DE GESTÃO PATRIMONIAL Art. 16. Os recursos gerados no âmbito da Gestão de Ativos do Estado serão creditados em conta especial vinculada ao Fundo Estadual de Gestão Patrimonial FEGEP, criado pela Lei nº 12.144, de 1º de setembro de 2004, e somente poderão ser utilizados, mediante prévia aprovação formal do Comitê Gestor de Ativos, para despesas correntes e de capital relacionadas com atos e atividades da Gestão de Ativos do Estado. Art. 17. Na Lei nº 12.144, de 1º de setembro de 2004, que cria o Fundo Estadual de Gestão Patrimonial FEGEP e dá outras providências, o art. 5º passa a viger com a seguinte redação: Art. 5º A administração, a fiscalização e a orientação técnica do Fundo serão exercidos pelo Comitê Gestor de Ativos e pelo Órgão Executivo, no âmbito da Política de Gestão de Ativos do Estado. Art. 18. Na Lei nº 12.144/04, o art. 7º passa a viger com a seguinte redação: Art. 7º Os bens imóveis do Estado não utilizados pelos Órgãos da Administração Direta, colocados à disposição de entidades ou pessoas, terão caráter oneroso, podendo ser excepcionalizado para órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, ou ainda, às entidades ou pessoas jurídicas conveniadas com o Estado. Parágrafo único. Na ocorrência da excepcionalização de que trata este artigo, deverá ser dada publicidade dos motivos da dispensa do pagamento do ônus. CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 19. A Secretaria da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos poderá editar instruções complementares para fins de execução desta lei, incluindo um programa de informação e capacitação para os órgãos integrantes da Administração Pública Estadual.

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 3 de julho de 2017. PRO 4 Art. 20. Os ativos do Estado não abrangidos por esta lei, incluindo terras devolutas e aqueles destinados à regularização fundiária, serão regidos por legislação específica. Art. 21. Ficam revogados o artigo 6º da Lei nº 12.144, de 1º de setembro de 2004, e o artigo 5º da Lei nº 14.954, de 30 de novembro de 2016. JUSTIFICATIVA O projeto de lei que ora encaminho a essa Egrégia Casa Legislativa visa a estabelecer a Política e o Sistema de Gestão de Ativos do Estado do Rio Grande do Sul, e dá outras providências. Esta proposta vem dar suporte à criação do Programa de Aproveitamento e Gestão dos Imóveis no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul, instituído pela Lei nº 14.954, de 30 de novembro de 2016. O programa, que já foi iniciado, está trazendo grande agilidade ao Estado para as negociações de seu patrimônio, pois permite a alienação de bens imóveis por meio de leilões, bem como por meio de permuta por outros imóveis, ou permuta por área construída. Nesse sentido, também possibilita a correta destinação de imóveis que, mesmo não sendo alienados, podem dar algum resultado à Administração. Assim, o Estado pode ceder imóveis a particulares ou a outros entes e órgãos públicos, de forma onerosa ou não, assim como pode impor critérios para a cedência, tais como a edificação de algum prédio em contrapartida à cedência. Com isso, a proposição tem por objetivo modernizar os sistemas de gestão e controle do patrimônio móvel e imóvel utilizados pela administração direta, pelas autarquias, por fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público e empresas cujo capital o Estado tenha participação majoritária, bem como pelas demais entidades direta ou indiretamente controladas. O Projeto em epígrafe altera a concepção da administração do Patrimônio do Estado, traçando novas diretrizes de gestão, com intuito de otimizar a utilização, conservação, controle e gerenciamento de bens móveis e imóveis. São diversos os desafios para que a propriedade de bens não se torne um grande problema de gestão. A legislação pátria criou mecanismos direcionados à manutenção do patrimônio Estatal, condição essa que hoje é analisada com olhar um tanto crítico, tendo em vista as dificuldades enfrentadas para o gerenciamento do patrimônio público. A proposta institui um sistema de gestão de ativos pertencentes ao Estado, de forma centralizada quanto a sua estrutura, porém, de forma descentralizada com relação à gestão, compartilhando responsabilidades de todos os órgãos e unidades da administração do Estado, unificando a legislação e esclarecendo pontos em aberto. Estas são, pois, as razões que justificam a presente proposição. OF.GG/SL - 93 Porto Alegre, 29 de junho de 2017.

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 3 de julho de 2017. PRO 5 Senhor Presidente: Dirijo-me a Vossa Excelência para encaminhar-lhe, no uso da prerrogativa que me é conferida pelo artigo 82, inciso III, da Constituição do Estado, o anexo Projeto de Lei que estabelece a Política e o Sistema de Gestão de Ativos do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências, e altera a Lei nº 12.144, de 1º de setembro de 2004, que cria o Fundo Estadual de Gestão Patrimonial FEGEP e dá outras providências, a fim de ser submetido à apreciação dessa Egrégia Assembleia Legislativa. proposta. A justificativa que acompanha o Expediente evidencia as razões e a finalidade da presente Atenciosamente, JOSÉ IVO SARTORI, Governador do Estado. Excelentíssimo Senhor Deputado EDEGAR PRETTO, Digníssimo Presidente da Assembleia Legislativa, Palácio Farroupilha, NESTA CAPITAL.