B O L E T I M OFERECIMENTO SEXTA-FEIRA, 19 DE JUNHO DE 2015 NÚMERO DO DIA US$ 918 foi a arrecadação nos EUA de Paixões Unidas, filme que conta a história da Fifa EDIÇÃO 278 Programa sócio-torcedor une hinos rivais em vídeo polêmico POR ADALBERTO LEISTER FILHO A Brahma e o Movimento por um Futebol Melhor lançam, hoje, um filme publicitário ousado, conclamando a união das torcidas rivais de Rio de Janeiro e São Paulo na adesão ao programa. Uma das principais ferramentas recentes para geração de receitas para os clubes, o programa une os hinos oficiais de São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos em uma única letra. A versão carioca faz a mesma iniciativa com as letras dos hinos de Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. Essa campanha reforça a crença de Brahma que, juntos, os torcedores podem fazer um futebol brasileiro melhor, afirmou Marcelo Tucci, diretor de marketing da fabricante de cerveja, que encabeça a iniciativa do Movimento por um Futebol Melhor. A Brahma vem, ao longo de toda sua trajetória com o futebol, reforçado iniciativas e investimentos para um modelo de gestão sustentável do esporte. O programa de sócio-torcedor é a grande iniciativa para transformar a realidade do futebol profissional brasileiro, acrescentou o executivo. A ideia polêmica da agência Africa, que montou o filme, foi que a união das letras fizesse um sentido único. Na edição da peça publicitária, a miscelânea de hinos toma um novo sentido, dando a ideia de uma mesma canção. O futebol tem algumas máximas: não se joga sozinho, não se ganha sozinho. Esse filme é um filme de união. Todos os hinos juntos. Juntos por um futebol melhor. Um verdadeiro ganha- -ganha: os times, os torcedores e o nosso futebol ganham. Nada mais justo, diz Sergio Gordilho, copresidente e CCO da Africa. O Movimento por um Futebol Melhor reúne quase um milhão de sócios-torcedores de 63 clubes do país que integram a iniciativa. Nos últimos dois anos, o programa já gerou um aumento de faturamento estimado em mais de R$ 200 milhões às equipes só com a adesão de novos associados. 1
Audiência mostra que o público se importa é com a bola rolando DA REDAÇÃO POR PRISCILA BERTOZZI repórter da Máquina do Esporte O Brasil perdeu para a Colômbia com uma atuação pífia na última quarta-feira. Ainda assim, o jogo teve audiência superior à da novela das 21h, Babilônia, ícone do horário nobre da TV brasileira. É um fato: a Copa América do Chile, um dos epicentros da crise do futebol mundial, chegou para mostrar que o torcedor se importa mesmo é com a bola rolando. Assim, o escândalo que parecia assolar todo o esporte há três semanas começa a esfriar. O caso vem perdendo força na mídia. As marcas voltaram a ativar seus produtos. Novos contratos de patrocínio foram assinados. E, pasmem, surgem os primeiros rumores de que a renúncia de Joseph Blatter à presidência da Fifa foi somente uma estratégia para apaziguar os ânimos exaltados e pode afinal não ser efetivada. O público dá de ombros para tudo isso. Faz parte da cultura do torcedor fazer cobranças apenas sobre o que lhe convém: bons resultados dentro de campo. Resta ao mercado e à mídia o papel de fomentadores da memória recente e pouco decente da corrupção que insiste em macular o futebol em todas as esferas. Depois de todas as revelações sobre cobrança de propinao, fraudes e mais uma coleção de outras contravenções, não há espaço para mais uma geração de blá blá blá. É difícil não cair no clichê de que é hora de mudança no futebol, mas é preciso entender que se há um ponto final nesse capítulo sujo, ele passa pelo comportamento de quem, de fato, faz a diferença. Para aprimorar gestão do clube, Corinthians adota novo software POR REDAÇÃO O Corinthians adotou o software TOTVS, uma nova plataforma de gestão, com o intuito de deixar as contas mais transparentes para patrocinadores, investidores e sócio-torcedores. Segundo o clube, a ferramenta possibilitará a gestão de todos setores administrativos, que passarão a atuar de forma mais integrada. O clube também contratou a unidade de consultoria da empresa, para ajudar na implantação do sistema. Antes da adoção do software, o Corinthians utilizava um software de mercado, que fora adaptado às necessidades do time. Pelo sistema antigo, muitas informações eram armazenadas fora, não endo integradas, gerando trabalho adicional de consolidação de dados. Com o software de gestão da TOTVS ganharemos eficiência operacional, além de mais controle, comentou Alessandro Gonçalves, superintendente de TI do Corinthians. O software da TOTVS já foi adotado por outros 14 clubes do futebol brasileiro, como Cruzeiro, Internacional, Sport, Botafogo e Ponte Preta. A expertise da companhia e as atualizações constantes da legislação são os diferenciais para a adoção da ferramenta, afirma Lélio Souza, diretor da empresa. O sistema entrará em funcionamento até o início de 2016. A ideia é que esse software também seja adotado pela Arena Corinthians no futuro. 2
Por negócios e know-how olímpico, Atlanta visita o Rio POR ADALBERTO LEISTER FILHO Em busca de uma aproximação para troca de experiências olímpicas e realização de negócios, uma delegação da Geórgia, nos EUA, visitou o Brasil nos últimos dias. O Estado, do qual faz parte Atlanta, cidade-irmã do Rio de Janeiro, foi a última sede norte- -americana dos Jogos de Verão. Há grande pressão sobre o governo para concluir as obras a tempo, disse Michael Yoder, cônsul-interino dos EUA no Rio aos integrantes da delegação. Qualquer incentivo que vocês puderem oferecer-lhes sobre sua experiência seria ótimo. O governador Nathan Deal se reuniu com funcionários do Estado e conversou sobre o legado. Ao contrário do Rio, Atlanta não teve atraso nas obras. A maior parte das arenas ficou pronta um ano antes dos Jogos. Houve, porém, dilemas sobre o legado. Alguns locais foram demolidos ou modernizados desde o fim do evento. O grupo também se reuniu com a Finep (Financiadora Pública de Projetos), órgão federal de fomento à tecnologia. No encontro, o legado foi novamente debatido. Para o grupo, os Jogos do Rio- 2016 podem gerar negócios. A maior parte dos grandes contratos já foi fechada. Mas projetos de dimensão menor poderão estar disponíveis em breve para empresas dos Estados Unidos. Os investidores externos, no entanto, devem ter cautela. Há um ditado aqui: o Brasil não é para principiantes, disse Mark Russell, do Serviço Comercial dos EUA no Brasil. Você tem que saber como as coisas funcionam aqui. É necessário smpre ter um parceiro local para fazer negócios, completou. 4
Aposta da CBF, jogo às 11 horas faz sucesso no Brasileirão POR DUDA LOPES O que começou ao acaso se transformou em uma grata novidade do Brasileirão 2015. No domingo, a partida entre Cruzeiro e Chapecoense marcará o sétimo jogo do torneio marcado para as 11 horas de um domingo, o que completará o primeiro ciclo de testes planejados pela CBF. Agora, mais cinco jogos foram marcados para o mesmo horário. A medida começou no Campeonato Paulista, a pedido da Polícia Militar. A ideia era afastar o evento das ondas de protestos marcados em São Paulo. Como o público compareceu em bom número no Allianz Parque, a estratégia foi mantida, agora com o Brasileirão. E a resposta tem sido positiva novamente. Os seis jogos marcados às 11 horas tiveram 19,9 mil torcedores presentes nos estádios em média. No geral, o torneio nacional tem uma média de 13,7 mil pagantes por partida. Com exceção do Grêmio, que foi o primeiro clube a jogar pela manhã, ainda na primeira rodada, todos os mandantes no horário tiveram públicos superiores às suas respectivas média. E mais: os dois melhores públicos do atual torneio foram em jogos matinais. Foram 37 mil pessoas em Palmeiras x Goiás e 35 mil para Internacional x Coritiba. Até os públicos considerados baixos foram acima da média. Ponte Preta e Goiás ficaram com 9,8 mil pagantes, mas a equipe campineira tem colocado 8,8 mil pessoas por jogo neste ano. Os clubes, claro, têm aprovado a ideia. O Atlético Mineiro, por exemplo, abriu mão de jogar no acanhado Independência para enfrentar o Joinville no Mineirão, na manhã do dia 28, às 11 horas. A iniciativa, por outro lado, tem seus dias contados. A CBF deverá encerrar os jogos no horário por razões climáticas. Com o calor da proximidade do verão, o segundo turno deverá ter poucos eventos pela manhã. Na audiência, seleção bate novela na Globo O jogo entre Brasil e Colômbia aconteceu em um horário pouco comum para a Globo: às 21 horas. Ainda assim, a emissora ficou no lucro com a mudança em sua programação. A derrota brasileira rendeu 27,5 pontos de média ao canal carioca, em São Paulo. O número deixa para trás a atual novela das 21 horas. A questão é que, além de a seleção conseguir bons índices com frequência, o drama exibido no horário, Babilônia, tem ido mal no Ibope. A novela global do horário nobre tem ficado com apenas 25 pontos de média neste ano. É o mesmo número obtido pela seleção no amistoso contra a Honduras, na última quarta, às 22 horas. 5