A Microbiologia no controlo das IACS. Valquíria Alves Coimbra 2014

Documentos relacionados
Microbiologia no controlo e prevenção de IACS. Valquíria Alves Viana do Castelo 2014

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA: SUA IMPORTÂNCIA PARA O CONTROLE DE INFECÇÃO

Planilha de Notificação o de Indicadores Epidemiológicos de IRAS do Estado de São S o Paulo CVE/COVISA: como preencher?

BACTÉRIA CEPAS PADRÃO DERIVADAS ATCC

Avaliação de uma fração proteica de 38 a 40 kda isolada de Acinetobacter baumannii como alvo para imunoterapia

Relatório do I Seminário Nacional da Rede de Monitoramento e Controle da Resistência Microbiana em Serviços de Saúde

PROFILAXIA CIRÚRGICA. Valquíria Alves

POLÍTICA DE CONTROLO DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS COM RESISTÊNCIA À METICILINA (MRSA) NA UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE MATOSINHOS, EPE (ULSM)

Doenças que necessitam de Precaução Aérea. TB pulmonar ou laríngea bacilífera Varicela / Herpes Zoster Sarampo

MICROBIOLOGIA CLÍNICA PERGUNTAS & RESPOSTAS

PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO DAS RESISTÊNCIAS AOS ANTIMICROBIANOS

Controle de Infecção Hospitalar e o Serviço de Higiene e Limpeza

NEW DELHI METALO-BETA-LACTAMASE NDM. Marcelo Pillonetto LACEN/PR Curitiba, 04 de julho de 2013

Serviço de Controle de Infecção Hospitalar

ESPECTRO AMPLIADO (ESBL)

ABRIL 2015 Aerobiose 24h/35 C ± 1 C. BAL- 106CI Klebsiella pneumoniae ABRIL BAL- 108 CI Proteus mirabilis ABRIL 2015

BACTÉRIA CEPAS PADRÃO DERIVADAS ATCC

BACTÉRIA CEPAS PADRÃO DERIVADAS ATCC. Controle Interno de

Doente do sexo feminino, obesa, com 60 anos apresenta insuficiência venosa crónica, febre, sinais inflamatórios numa perna e não é diabética.

BACTÉRIAS GRAM NEGATIVAS MULTIRRESISTENTES

Avaliação fenotípica da enzima Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

BACTÉRIA CEPAS PADRÃO DERIVADAS ATCC. Controle Interno de MICRORGANISMO ORIGEM VALIDADE INCUBAÇÃO 1 LOTE

Aula Prática administrada aos alunos do 4º e 5º períodos do curso de graduação em medicina no Ambulatório de Ginecologia do UH-UMI.

Parecer do Grupo de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Grupo de Avaliação de Tecnologias em Saúde 11/07

Tratamento das infecções por gram -

Antibioticoterapia NA UTI. Sammylle Gomes de Castro PERC

Enfª Ms. Rosangela de Oliveira Serviço Estadual de Controle de Infecção/COVSAN/SVS/SES-MT

Código: PLANO PLANO. Ano 2009 Pg : 2/10. TÍTULO: Plano de Qualidade: MICROBIOLOGIA

USAR OS ANTIBIÓTICOS DE FORMA RESPONSÁVEL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

ARTIGO ORIGINAL HÉLIO S. SADER 1, RODRIGO E. MENDES 1, ANA C. GALES 1, RONALD N. JONES 2, MICHAEL A. PFALLER 2, CASSIA ZOCCOLI 3, JORGE SAMPAIO 4

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

ETIOLOGIA DAS INFECÇÕES DO TRACTO URINÁRIO e sua Susceptibilidade aos Antimicrobianos

Análise da frequência e resistência dos agentes causadores de infecção do trato urinário em pacientes da santa Casa da cidade Mogi Mirim

Diretrizes. Clínicas para o Manejo de Meningoencefalites

RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO FINAL (Observação: as informações prestadas neste relatório poderão, no todo ou em parte, ser publicadas pela FAPESC.

Impacto de novas instalações na incidência de infecção hospitalar. Filipe Macedo Enf.º GCL-PPCIRA (Hospital Vila Franca de Xira)

Antimicrobianos: onde estamos e para onde vamos?

Epidemiologia, microbiologia e tratamento das infecções por Acinetobacter

Controle de bactéria multirresistente

Resistência aos Antimicrobianos em Infecção do Trato Urinário Comunitária. Rubens Dias Instituto Biomédico, UNIRIO

CARACTERÍSTICAS DAS INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS EM IDOSOS INTERNADOS

Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter spp: mecanismos de resistência e aspectos para a terapia. Beatriz M Moreira

PRECAUÇÕES FRENTE ÀS BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES.

3. Administre antibióticos de amplo espectro, de preferência bactericidas, em dose máxima e sem correção de dose para insuficiência renal ou

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO. ALICE OKUMURA Nefrologia Pediátrica - UFBa

Dra. Thaís Guimarães

Incidência bacteriana da Escherichia coli e perfil de resistência a antimicrobianos em pacientes de um hospital oncológico

Critérios rios Diagnósticos e Indicadores Infecção do Trato Urinário ITU Infecção Gastrointestinal IGI. Hospitais de Longa Permanência.

MINISTÉRIO DA SAÚDE HOSPITAL GERAL DE BONSUCESSO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR ROTINA A 24 - Revisada em 29/10/2010

Hospital Universitário Pedro Ernesto Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Guia de Antibioticoterapia 2014

Prof. Dr. Jorge Luiz Nobre Rodrigues Dpto de Saúde Comunitária da UFC Faculdade de Medicina

NÚCLEO MUNICIPAL DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR NMCIH / CCD/ COVISA/ SMPSP

Bactérias Multirresistentes: Como eu controlo?

ISOLAMENTO DE Serratia marcescens PRODUTORA DE IMP E KPC: RELATO DE CASO

STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTES (MARSA) ISOLADOS EM PSITACÍDEOS

A infeção invasiva em Portugal: E nas crianças? Projeto INSA/Hospitais/SPP

Avaliação da resistência microbiana em hospitais privados de Fortaleza - Ceará*

An update on the Portuguese Program on Prevention and Control of Infection and Antimicrobial Resistance

ANTIBIÓTICOS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS INFECÇÕES NO RN

Mecanismos de Aquisição de Resistência Bacteriana Antimicrobianos.

PLANO DE AÇÃO Prevenção da Disseminação de Enterobactérias Resistentes a Carbapenens (ERC) no HIAE. Serviço de Controle de Infecção Hospitalar

GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA O ANO DE 2011

KEFADIM. ceftazidima pentaidratada. Pó para solução injetável 1g

β-lactamases na família Enterobacteriaceae: Métodos de detecção e prevalência

AVALIAÇÃO CLÍNICA E MICROBIOLÓGICA DE ÚLCERAS VENOSAS DE PACIENTES ATENDIDOS EM SALAS DE CURATIVOS DE UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DE GOIÂNIA (GO) *

Estimativa do número de casos no Brasil. A diminuição do Haemophylus influenzae com a vacinação. Os casos de doença meningocócica

O papel do ambiente na transmissão de infecção. Enf. Angela F. Sola SCIH - Hospital Nove de Julho Mestre pela Disciplina de Infectologia UNIFESP

CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER Doc. nº. CAISM/ONCO24 Área de Oncologia Enfermaria de Oncologia Página 1 de 12

Estudo dos factores de risco associados a infecções do tracto urinário em idosos institucionalizados

Profilaxia intraparto para EGB. Importância para o RN. Profª Drª Roseli Calil Hospital da Mulher - CAISM/UNICAMP

Qual o seu gênero? Platéia. Profundidade. Definições 19/05/2013. Tratamento de Infecções de Pele e Partes Moles. Masculino Feminino A definir

Discos para teste da sensibilidade antimicrobiana

Infecções neonatais hospitalares

NOVAS INDICAÇÕES DE ANTIGOS ANTIBIÓTICOS TICOS. Profa assistente da UERJ e UGF Coordenadora CCIH-HUPE. HUPE Médica consultora da INFECTO

Resistência a antimicrobianos. Keite da Silva Nogueira

Unitermos: Klebsiella pneumoniae carbapenemase, Betalactamase, Resistência bacteriana a antimicrobianos, Infecção hospitalar

Parecer do Grupo de Avaliação de Tecnologia em Saúde 14/2007

Infeções associadas aos cuidados de saúde no contexto do CHCB. Vasco Lino

1º Curso de Antimicrobianos da AECIHERJ INTRODUÇÃO A ANTIBIÓTICOS DRA. DEBORA OTERO

Boas práticas para assistência ao paciente portador de agentes multiresistentes: medidas de prevenção e controle *

Precauções Padrão. Precaução Padrão

AVALIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA E PERFIL DE SENSIBILIDADE DE MICRORGANISMOS ISOLADOS DE UROCULTURAS REALIZADAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Isolamentos e Precauções

TEMAS. Sepse grave e Choque Séptico Microrganismos produtores de KPC A problemática da Resistência Microbiana nas UTIs

PREVALÊNCIA MICROBIANA EM DIVERSAS AMOSTRAS CLÍNICAS OBTIDAS DE PACIENTES DO CTI DE UM HOSPITAL MILITAR

PROGRAMAS DE USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA

DIRETORIA COLEGIADA RESOLUÇÃO-RDC No- 44, DE 26 DE OUTUBRO DE 2010 DOU de 28/10/2010

INFECÇÃO POR Staphylococcus aureus

Núcleo de Vigilância em Estabelecimentos de Saúde/Infec

Infecção Intestinal/ Coprocultura

Relatório ESTUDO EUROPEU DE PREVALÊNCIA DE INFEÇÃO ASSOCIADA A CUIDADOS DE SAÚDE E USO DE ANTIBIÓTICOS EM UNIDADES DE CUIDADOS CONTINUADOS

MARILUCE DA ROCHA JASKULSKI

Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Transcrição:

A Microbiologia no controlo das IACS Valquíria Alves Coimbra 2014

Microbiologia: Componente essencial em qualquer Programa de Controlo de Infecção PPCIRA 2013 Clinical Microbiology and Infection Prevention Daniel J. And Michael A. Saubolle JOURNAL OF CLINICAL MICROBIOLOGY, Sept. 2011, p. S57 S60 Hospital Epidemiology and Infection Control, Lippincott Willians & Wilkins, Philadelphia,2004

A Microbiologia no controlo das IACS Elaborar Normas de colheita e transporte Racionalização dos pedidos microbiológicos Analítico Utilizar métodos validados e actualizados Usar um programa de avaliação da qualidade Definir regras de valorização clínica Préanalítico Pósanalítico Relatar informação clinicamente relevante Em tempo útil

A Microbiologia no controlo das IACS Fornecer alertas diários

Fluxograma do modo de funcionamento do Sistema de Alerta de Microrganismos Problema Isolado Microrganismo Problema Alerta! CCI informada via e-mail Informação de alerta no SAM CCI visita serviço e verifica implementação de medidas de contenção ou contacta com Unidade de Saúde onde o doente é seguido ou está internado.

Microrganismos problema: Microrganismos de fácil transmissão Microrganismos multirresistentes

Microrganismos Problema: Fácil transmissão: Infecções em crianças por vírus sincicial respiratório, parainfluenza, metapneumovírus, enterovírus Infecções por Influenza A Infecções entéricas, em doentes incontinentes, por E. coli enterohemorrágica O157:H7, Shigella, hepatite A ou rotavírus Clostridium dificille Mycobacterium tuberculosis

Microrganismos Problema MDR: Placeholder for your own subheadline Enterococcus spp. resistentes à vancomicina; Streptococcus pneumoniae com resistência elevada à penicilina; Staphylococcus aureus resistentes à meticilina MRSA;

Microrganismos Problema MDR: Placeholder for your own subheadline Acinetobacter spp multirresistente; Pseudomonas aeruginosa resistentes aos carbapenemes ou multirresistentes Enterobacteriacae resistentes às cefalosporinas de 3ª geração (E. coli, Klebsiella spp,), aos carbapenemes, produtores de ESBL ou multirresistentes

A Microbiologia no controlo das IACS Fornecer alertas diários Vigilância activa

Estratégias para o Controlo das IACS na ULSM Abordagem multidisciplinar Decisão institucional Doentes de maior risco Formação Precauções básicas Utilização racional de antibióticos Vigilância Rastreio activo Isolamento de contacto Acinetobacter baumannii MR MRSA

A Microbiologia no controlo das IACS Vigilância activa rastreio de colonização por MRSA e Acinetobacter baumannii MR Em 2007 introdução de exame cultural de rastreio de Acinetobacter baumannii MR Em 2008 introdução de teste rápido de rastreio de MRSA por PCR em tempo real em regime de urgência ( 24/7)

A Microbiologia no controlo das IACS Fornecer alertas diários Vigilância activa Caracterizar e divulgar a ecologia microbiana

Microrganismos 2013 N=6846

A Microbiologia no controlo das IACS Fornecer alertas diários Vigilância activa Caracterizar e divulgar a ecologia microbiana Avaliar e divulgar o perfil de susceptibilidade das estirpes mais prevalentes

Avaliar o perfil de susceptibilidade das estirpes mais prevalentes Criar orientações para a terapêutica empírica

Estirpes da comunidade mais prevalentes (% de Susceptibilidade) - 2013 Escherichia coli Klebsiella pneumoniae Proteus mirabilis Klebsiella oxytoca Enterobacter cloacae Morganella morganii Pseud. aeruginosa Staphylococcus aureus Staph. saprophyticus Enterococcus faecalis menos resistências Total de Estirpes Beta - lactâmicos Ampicilina Amox-Ac.clavulânico Oxacilina Cef - Acetil/Sódica 91 91 72 72 94 94 76 76 Cefotaxima Ceftazidima Piperacilina -Taz Meropenem/Imip 81 83 Aminoglicosídeos Gentamicina Outros Nitrofurantoína Cotrimoxazol Ciprofloxacina Clindamicina Ác. Fusídico Fosfomicina 1738 347 223 54 47 39 53 83 94 98 69 77 72 62 90 96 75 96 88 89 87 62 94 100 72 82 65 69 85 98 56 99* 74* 80 96 100 54* 85 100 87 150 79 78 91 60 166 40 71 85 100 99 98 69 95 162 100 75 100 Clin Infect Dis 52: e103-e120 < 50% de sensibilidade entre 50 e 80% de sensibilidade >80% de sensibilidade Resistências Naturais Serviço de Patologia Clínica - Microbiologia l ULS Matosinhos - Hospital Pedro Hispano

Para mais informações consultar o site da ULSM Escherichia coli Klebsiella pneumoniae Proteus mirabilis Enterobacter cloacae Pseud. aeruginosa Staphylococcus aureus Enterococcus faecalis Enterococcus faecium Estirpes hospitalares mais prevalentes (% de Susceptibilidade) - 2013 Total de Estirpes 308 174 69 35 142 145 106 72 Beta - lactâmicos Ampicilina 47 55 100 8 Amox-Ac.clavulânico 76 40 78 Oxacilina 52 Cefotaxima 90 51 99 72 Ceftazidima Piperacilina -Taz 85 39 99 69 78 79 Meropenem/Imip 100 100 100 100 76 75 Aminoglicosídeos Gentamicina 93 68 87 97 86 67 78 Amicacina 97 90 100 97 90 Outros Nitrofurantoína 98 99 Cotrimoxazol 75 49 67 91 100 Ciprofloxacina 73 44 59 86 68 Linezolide 100 100 100 Vancomicina 100 100 75 Colistina 99 < 50% de sensibilidade entre 50 e 80% de sensibilidade >80% de sensibilidade Resistências Naturais Microrganismo multirresistente + frequente

A Microbiologia no controlo das IACS Fornecer alertas diários Vigilância activa Caracterizar e divulgar a ecologia microbiana Avaliar e divulgar o perfil de susceptibilidade das estirpes mais prevalentes Monitorizar e divulgar resistências

Streptococcus pneumoniae R Penicilina

Streptococcus pneumoniae R Penicilina Orientações da British Thoracic ; IDSA/ATS; Sociedade Portuguesa de Pneumologia ; normas nacionais

Pseudomonas aeruginosa

Pseudomonas aeruginosa Evolução de Resistências

Escherichia coli

Escherichia coli ESBL+ Número de estirpes estudadas por ano

Klebsiella pneumoniae

Klebsiella pneumoniae ESBL+ Número de estirpes estudadas por ano

Staphylococcus aureus

Evolução da taxa e densidade de incidência de MRSA 100% 3,00 90% 2,80 80% 2,50 70% 60% 67% 62% 1,90 66% 1,80 62% 65% 56% 57% 57% 2,00 50% 48% 1,50 40% 1,20 1,30 30% 0,95 0,95 1,00 20% 0,68 0,59 0,50 10% 0% 580 429 356 285 276 218 189 139 145 0,00 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Taxa OXA

Clostridium difficille 50 0,40 43 40 38 0,28 0,31 0,30 30 29 20 10 13 0,09 19 0,14 0,20 17 0,13 0,17 19 22 0,19 22 0,18 0,20 0,10 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 13 19 38 29 43 17 19 22 22 N Número de estirpes estudadas por ano 0,00

Norma nº 004/2013 de 21/02/2013 atualizada a 08/08/2013 ASSUNTO: Vigilância Epidemiológica das Resistências aos Antimicrobianos PARA: Todos os laboratórios do Sistema Nacional de Saúde Microrganismos problema - notificação, com uma periodicidade de 3 meses, no máximo: a. Origem invasiva (do Sangue e LCR): Pseudomonas aeruginosa 15 Acinetobacter spp. 1 Enterobacteriaceae 154 Staphylococcus aureus 14 Enterococcus faecalis 22 Enterococcus faecium 1 Streptococcus pneumoniae 15 b. Outra origem: Clostridium difficile.

Proportion of Methicillin resistant Staphylococcus aureus (MRSA) isolates in participating countries in 2012

Proporção de MRSA isolados em hemoculturas e LCR em Portugal e ULSM em 2007-2012 Proporção (%) de MRSA - HPH Proporção (%) de MRSA - Portugal 59,7% 60,0% 48,4% 52,9% 41,2% 49,1% 53,4% 54,6% 53,8% 45,9% 35,0% 31,5% 38 21 33 28 21 17 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Proporção de Escherichia coli com Resistência a Cefalosporinas de 3ªg isoladas em hemoculturas e LCR em Portugal e ULSM em 2007-2012 Proporção (%) R 3ªg Cef-HPH Proporção (%) R 3ªg Cef-Portugal 14,7% 11,2% 11,2% 7,7% 2,6% 11,8% 9,8% 10,8% 4,4% 12,1% 6,0% 0,0% 91 77 72 90 61 75 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Proporção de Klebsiella pneumoniae com Resistência a Cefalosporinas de 3ªg isoladas em hemoculturas e LCR em Portugal e ULSM em 2007-2012 Proporção (%) R 3ªg Cef-HPH Proporção (%) R 3ªg Cef-Portugal 52,9% 44,3% 41,1% 32,6% 29,1% 28,8% 30,7% 36,2% 18,2% 18,2% 17,5% 6,5% Seite 43 24 23 35 17 22 20 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Microrganismos alerta: Microrganismos de fácil transmissão MDR XDR PDR Clin Microbio Infect. 2012 Mar;18(3):268-81. Multidrug-resistant, extensively drug-resistant and pandrug-resistant bacteria: an international expert proposal for interim standard definitions for acquired resistance.

Norma nº 004/2013 de 21/02/2013 atualizada a 08/08/2013 ASSUNTO: Vigilância Epidemiológica das Resistências aos Antimicrobianos PARA: Todos os laboratórios do Sistema Nacional de Saúde Microrganismos alerta - notificação imediata, num prazo de 48 horas: Pseudomonas aeruginosa MR se <5% Acinetobacter spp. MR se <5% Enterobacteriaceae I ou R aos carbapenemes Staphylococcus aureus R vancomicina, daptomicina e linezolide Enterococcus faecalis R Vancomicina se <5% Enterococcus faecium R vancomicina se <5%

Estirpes alerta 2013 (n=11) Estirpes Fenótipos Mecanismos de resistência Enterobacteriaceae(n=4) Klebsiella oxytoca Klebsiella pneumoniae Klebsiella pneumoniae Klebsiella pneumoniae Acinetobacter baumannii (n=5) Pseudomonas aeruginosa (n=2) R ertapenem S imipenem S meropenem R ertapenem S imipenem S meropenem R ertapenem S imipenem S meropenem R ertapenem R imipenem R meropenem (sinergia carbapenemo/dpa) Resistentes carbapenemos + tobramicina + amicacina+ ciprofloxacina + sensível à colistina Resistentes carbapenemos + tobramicina + amicacina+ ciprofloxacina + pip/taz + sensível à colistina e ceftazidima ESBL: ampc adquirida (PMAB) associada a eventual mecanismo de impermeabilidade ESBL: ampc adquirida (PMAB) associada a eventual mecanismo de impermeabilidade ESBL: ampc adquirida (PMAB) associada a eventual mecanismo de impermeabilidade Produção de metalo-beta-lactamase (carbapenemo/dpa) Produção de carbapenemase cromossómica (grupo OXA - 51) Produção de carbapenemase adquirida Produção de carbapenemase cromossómica (grupo OXA - 50)

www.ulsm.pt

A Microbiologia no controlo das IACS Fornecer alertas diários Vigilância activa Caracterizar e divulgar a ecologia microbiana Avaliar e divulgar o perfil de susceptibilidade das estirpes mais prevalentes Monitorizar e divulgar resistências Detecção, investigação e controlo de surtos

Detecção, investigação e controlo de surtos Detecção precoce de clusters ou surtos (Aumentos significativos da incidência de determinado tipo de infecção ou de determinado agente) Rápida notificação, colaboração com a CCI para o rastreio de novos casos, de profissionais de saúde (se necessário) e respectiva determinação de fenótipos Guardar as estirpes para genótipos Clinical Microbiology and Infection Prevention Daniel J. And Michael A. Saubolle JOURNAL OF CLINICAL MICROBIOLOGY, Sept. 2011, p. S57 S60

A Microbiologia no controlo das IACS Fornecer alertas diários Vigilância activa Caracterizar e divulgar a ecologia microbiana Avaliar e divulgar o perfil de susceptibilidade das estirpes mais prevalentes Monitorizar e divulgar resistências Detecção, investigação e controlo de surtos Na CCI.CCIRA PPCIRA

Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA)

Apoio à prescrição de antimicrobianos

Apoio à prescrição de antimicrobianos

na CCI.CCIRA