O reflexo das normas brasileiras de contabilidade com vigência em 2018 na profissão contábil
Agenda 1. O que muda para 2018? 2. Como se preparar? 3. O que é preciso fazer ainda em 2017? 4.Instrumentos Financeiros 5. Reconhecimento de Receitas 6.O que vem depois... 2
O que muda para 2018? Pronunciamentos Contábeis (CPCs) 1. Receita de Contrato com Cliente Pronunciamento Técnico CPC 47 (IFRS 15) 2. Instrumentos Financeiros Pronunciamento Técnico CPC 48 (IFRS 9) Aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com vigência para 1.1.2018 Interpretações Técnicas (ICPCs) 1. Transações em Moeda Estrangeira e Adiantamentos ICPC 21 Processo de audiência pública concluído, ora em fase de emissão 3
Como se preparar? Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC www.cpc.org.br Conselho Federal de Contabilidade CFC www.cfc.org.br Comissão de Valores Mobiliários CVM www.cvm.gov.br IFRS Foundation www.ifrs.org 4
O que é preciso fazer ainda em 2017? Pronunciamento Técnico CPC 23 Determina a necessidade de divulgar, em relação a novos Pronunciamentos, Interpretações ou Orientação já emitidos cuja vigência se dará em futuros exercícios: informação disponível ou razoavelmente estimável que seja relevante para avaliar o possível impacto das aplicação do novo pronunciamento avaliação do impacto que se espera que a aplicação inicial do Pronunciamento, Interpretação ou Orientação tenha nas demonstrações contábeis da entidade ou, se esse impacto não for conhecido ou razoavelmente estimável, da explicação acerca dessa impossibilidade Portanto é requerida a avaliação das informações acima e a adequada divulgação nas demonstrações financeiras de 2017 5
Nova norma sobre reconhecimento de receita CPC 47 (IFRS 15) Fatos e circunstâncias Diversidade de aplicação prática Pronunciamentos genéricos Ambiente de negócios mais complexo Reconhecimento de receita dos diferentes elementos: Vantagens aos clientes (descontos, bonificações, produtos e serviços gratuitos ) Vendas incorporando serviços a produtos Fidelização de clientes 6
Nova norma sobre reconhecimento de receita CPC 47 (IFRS 15) Atual (CPC 30/CPC 17) CPC 47 Tradicional - modelos separados por: Bens Serviços Contratos de construção Modelo único para obrigações de performance (compromissos de entrega) Cumpridas ao longo do tempo Cumpridas em um determinado momento Transferência de riscos e benefícios Transferência de controle Orientação limitada sobre: Acordos com elementos múltiplos Receita variável Licenças Mais orientação: Separação de elementos, alocação do preço da transação, receita variável, licenças, opções, contratos de recompra, etc.. Receita: 20x0 $ 1.200; 20x1 - $ 0 Receita: 20x0 $ 1.000; 20x1 - $ 200 7
Modelo dos 5 passos 1º passo Identificar as características do contrato 2º passo - Identificar as obrigações de performance no contrato 3º passo - Determinar o preço da transação 4º passo - Alocar o preço da transação 5º passo - Reconhecer a receita consoante a obrigação de performance 8
Modelo dos 5 passos 1º passo Identificar as características do contrato Contrato com com o cliente o cliente 2º passo - Identificar as obrigações de performance no contrato 3º passo - Determinar o preço da transação 4º passo - Alocar o preço da transação 5º passo - Reconhecer a receita consoante a obrigação de performance 9
Modelo dos 5 passos 1º passo Identificar as características do contrato Contrato com com o cliente o cliente 2º passo - Identificar as obrigações de performance no contrato 3º passo - Determinar o preço da transação Obrigação de performance 1 Obrigação de performance 2 Obrigação de performance 3 Obrigação de performance 4 Obrigação de performance 5 4º passo - Alocar o preço da transação Obrigação de performance 6 5º passo - Reconhecer a receita consoante a obrigação de performance 10
Modelo dos 5 passos 1º passo Identificar as características do contrato Contrato com com o cliente o cliente 2º passo - Identificar as obrigações de desempenho no contrato 3º passo - Determinar o preço da transação 4º passo - Alocar o preço da transação Preço da transação Desconto, bônus, etc Elemento variável de receita Obrigação de performance 1 Obrigação de performance 2 Obrigação de performance 3 Obrigação de performance 4 Obrigação de performance 5 Obrigação de performance 6 5º passo - Reconhecer a receita consoante a obrigação de performance 11
Modelo dos 5 passos 1º passo Identificar as características do contrato Contrato com o cliente 2º passo - Identificar as obrigações de performance no contrato 3º passo - Determinar o preço da transação 4º passo - Alocar o preço da transação Preço da transação Desconto, bônus, etc Elemento variável de receita Obrigação de performance 1 Obrigação de performance 2 Obrigação de performance 3 Obrigação de performance 4 Obrigação de performance 5 Obrigação de performance 6 5º passo - Reconhecer a receita consoante a obrigação de performance 12
Modelo dos 5 passos 1º passo Identificar as características do contrato Contrato com o cliente 2º passo - Identificar as obrigações de performance no contrato 3º passo - Determinar o preço da transação 4º passo - Alocar o preço da transação Preço da transação Desconto, bônus, etc Elemento variável de receita Preço individual relativo 1 Preço individual relativo 2 Preço individual relativo 3 Preço individual relativo 4 Preço individual relativo 5 Preço individual relativo 6 5º passo - Reconhecer a receita consoante a obrigação de performance 13
Modelo dos 5 passos 1º passo Identificar as características do contrato Contrato com o cliente 2º passo - Identificar as obrigações de desempenho no contrato 3º passo - Determinar o preço da transação 4º passo - Alocar o preço da transação Preço da transação Desconto, bônus, etc Elemento variável de receita Preço individual relativo 1 Preço individual relativo 2 Preço individual relativo 3 Preço individual relativo 4 Preço individual relativo 5 Preço individual relativo 6 5º passo - Reconhecer a receita consoante a obrigação de performance PIR 1 PIR 2 PIR 3 Momento 0 Momento 2 Momento 4 Momento 6 Momento 1 Momento 3 Momento 5 Momento 7 PIR 4 PIR 5 14
Visão geral dos potenciais impactos por indústria Diferentes implicações nos vários modelos de negócios Serviços adicionais Garantias Manutenção e produtos Automotivo Licenças Elementos múltiplos Preços variáveis Software Serviços e produtos subsidiados Licenças Pagamentos pelo cumprimento de metas Elementos múltiplos Healthcare & Pharma Licenças Preços variáveis Elementos múltiplos Equipamentos subsidiados Media Preços variáveis Transferência do controle Energia/ Mineração Contratos de recompra Preços variáveis Efeito do dinheiro no tempos Custos de contratos Pagamentos pelo cumprimento de metas Preços variáveis Garantias Efeito do dinheiro no tempo Cartões de fidelidade Direito a devolução Montagem Combinação de contratos Pagamentos pelo cumprimento de metas Custos de contratos Elementos múltiplos Imobiliário Engenharia e construção Varejo Transporte e logística Telecom Divulgações impactadas Treinamentos das equipes Revisão de todos os contratos Assuntos específicos da indústria
Resumo Mudança no mindset. Aplicação das considerações associadas ao reconhecimento de receita: Identificação das obrigações de performance Preço da transação Contrato com o cliente Preço individual relativo 1 Preço individual relativo 2 Alocação do preço às obrigações de performance Avaliação dos diferentes momentos do reconhecimento de receita: Em um determinado momento Em um período de tempo Desconto, bônus, etc Elemento variável de receita Preço individual relativo 3 Preço individual relativo 4 Preço individual relativo 5 Preço individual relativo 6 Identificação de pagamentos aos clientes e elementos variáveis de receita. PIR 1 Momento 0 Momento 1 Momento 2 Momento 3 PIR 2 PIR 3 Momento 4 Momento 5 Momento 6 Momento 7 Ampliação dos processos de divulgação. PIR 4 PIR 5 16
Nova norma sobre reconhecimento de receita Reflexões Finais As receitas estão sendo reconhecidas no valor e período adequados? Estão sendo feitas as divulgações necessárias? Como serão considerados os impactos tributários? 17
Instrumentos Financeiros Principais aspectos 1. Classificação e Mensuração Visão Geral 2. Redução ao Valor Recuperável (Impairment) 3. Proteção por hedge (Hedge Accounting) 18
Classificação e Mensuração visão geral Ativos financeiros CPC 38 (IAS 39) CPC 48 (IFRS 9) Mantido até o vencimento Custo amortizado Empréstimos e recebíveis Disponível para venda Negociação Valor justo Resultado Outros resultados abrangentes 19
IFRS9 Classificação e Mensuração de Ativos Financeiros 20
Classificação e Mensuração Instrumentos patrimoniais Instrumentos patrimoniais mensurados pelo Valor Justo por Meio do Resultado (FVTPL) Opção por mensurar pelo Valor Justo por Meio de Outros Resultados Abrangentes (FVOCI) caso não mantido para negociação Sem posterior reciclagem caso mensurado pelo FVOCI 21
Classificação e Mensuração Instrumentos de dívida Somente Pagamentos de Principal e Juros (SPPI) e avaliações de modelo de negócio SPPI Avaliação de modelo de negócio. 22
Classificação e Mensuração Instrumentos de dívida Os fluxos de caixa são considerados somente principal e juros? Qual é o modelo de negócio? Qual é a categoria de mensuração? Existem opções alternativas disponíveis? Sim (p. ex., instrumentos de dívida: empréstimos e recebíveis, títulos de renda fixa) Manter para obter os fluxos de caixa contratuais Manter para obter os fluxos de caixa contratuais e vender Custo amortizado FVTOCI com realizações Opção de FVTPL* Opção de FVTPL* Não Não relevante FVTPL * Pode ser designado em caráter irrevogável como FVTPL, caso isso reduza ou elimine um descasamento contábil 23
Classificação e mensuração Resumo do impacto sobre as empresas! As ações são medidas ao FVTPL, a menos que se opte pelo FVOCI. A administração deve avaliar se os instrumentos de dívida atendem ao requisito do SPPI. Se atende SPPI, avaliar o modelo de negócio, a fim de determinar se a base de mensuração é o custo amortizado ou FVOCI. Opção para designar como FVTPL em caso de descasamento contábil. Instrumentos que não se enquadram nos requisitos acima são avaliados ao FVTPL. Não há bifurcação de derivativos embutidos para ativos financeiros Provável impacto em ativos disponíveis para venda que poderiam anteriormente ser medidos de forma voluntária pelo FVOCI. 24
Impairment de ativos financeiros Modelo geral Mudança na qualidade de crédito desde o reconhecimento inicial Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Realizável (Reconhecimento inicial*) Fraco desempenho (Ativos com aumento significativo no risco de crédito desde o reconhecimento inicial*) Reconhecimento de Perdas de Crédito Esperadas (ECL) Difícil recuperação (Ativos com crédito impaired) ECL para 12 meses ECL em todo ciclo de vida ECL em todo ciclo de vida Receita de juros Juros efetivos sobre o valor contábil bruto Juros efetivos sobre o valor contábil bruto Juros efetivos sobre o valor contábil do custo amortizado (p. ex., líquido de provisão para crédito) *exceto para ativos com crédito impaired originados ou comprados 25
Impairment de ativos financeiros Mensuração e simplificações operacionais Contas a receber de clientes ou ativos que não contêm um componente de financiamento significativo: Contas a receber de clientes ou ativos contratados sem componente de financiamento significativo Abordagem simplificada: ECL ECL em todo ciclo de vida 26
Impairment de ativos financeiros Mensuração e simplificações operacionais Arrendamentos a receber e contas a receber de clientes ou ativos que contêm um componente de financiamento significativo: Contas a receber de clientes ou ativos contratados com um componente de financiamento significativo + arrendamentos a receber Escolha de política Abordagem simplificada Modelo geral Escolha de política ECL em todo ciclo de vida Monitorar aumentos significativos de risco de crédito 27
Impairment de ativos financeiros Mensuração e simplificações operacionais Alternativa prática para ativos financeiros com baixo risco de crédito: Opção ECL para 12 meses O ativo possui "baixo risco de crédito" na data do balanço? Houve um aumento significativo no risco de crédito? Escolha de política Sim ECL em todo ciclo de vida 28
Impairment de ativos financeiros Resumo dos principais impactos! Impacto mínimo sobre as contas a receber de curto prazo devido à sua natureza A matriz da provisão pode ser aplicada para medir a provisão de perda para contas a receber de curto prazo. No entanto, é preciso considerar informações prospectivas. Arrendamentos a receber, contas a receber de clientes ou ativos contratados reconhecidos de acordo com o IFRS 15 que contêm um componente de financiamento significativo podem ser avaliados por meio do modelo simplificado ou do modelo geral. Desafio para aplicação do modelo geral para ativos fora do escopo das simplificações operacionais (p. ex. títulos de dívida). Necessário avaliar se houve aumento significativo no risco de crédito e medir as perdas de crédito esperadas durante todo ciclo de vida. 29
Proteção por hedge - Como as empresas se beneficiam com o IFRS 9? Simplificação da contabilidade por hedge e alinhamento com a estratégia de gerenciamento de risco da entidade O teste de eficácia agora é menos rigoroso Principais benefícios relacionados à proteção por hedge Exclui muitas das restrições que dificultavam a aplicação de contabilidade por hedge de acordo com a norma IAS 39 As exposições que têm permissão para proteção por hedge foram expandidas. P. ex., componentes de risco de itens não financeiros 30
O que vem depois... CPC 06 R2 (IFRS 16) Arrendamento Mercantil, Vigência 2019 Audiencia pública CPC/CVM/CFC encerrada no inicio de outubro/17 CPC 49 Contabilidade de Seguros, Vigência 2021 Em fase de elaboração 31
CPC 06 R2 (IFRS 16) a nova norma de arrendamento (vigência a partir de 01/01/2019) 20 de janeiro de 2016, Financial Times Mudança drástica na contabilidade para trazer mais transparência 13 de janeiro de 2016, Financial Times A nova norma acrescenta US$3 trilhões de arrendamentos aos balanços patrimoniais 13 de janeiro de 2016, Valor Econômico Leasing vai somar dívida de US$ 2,2 trilhões em balanços 32
CPC 06 R2 (IFRS 16) - principais impactos 1 2 Impacto em indicadores de desempenho (KPIs): EBIT/EBITDA, índices de endividamento, etc Discussão se concentra na definição, ao invés da classificação de um contrato de arrendamento 3 4 Adaptação de sistemas e processos para identificar e mensurar contratos de arrendamento Divulgação dos potenciais efeitos decorrentes do IFRS 16. 2019 não está tão longe! 33
CPC 06 R2 (IFRS 16) - visão geral - Arrendatário O arrendatário reconhece o direito de uso do ativo e o passivo de arrendamento para quase todos os contratos de arrendamento Isenções para os arrendamentos de curto prazo de ativos de baixo valor Balanço patrimonial do arrendatário Direito de uso do ativo Passivo de arrendamento Rubrica separada Depreciação de acordo com o ou IAS 16 (método linear ou Rubrica na qual o ativo outro método sistemático) subjacente é apresentado 34
CPC 06 R2 (IFRS 16) - visão geral Arrendatário 75 60 O arrendatário reconhece o direito de uso do ativo e o passivo de arrendamento para quase todos os contratos de arrendamento IFRS 16 (despesa total) Demonstração do resultado do arrendatário Depreciação e amortização Despesa de depreciação direito de uso do ativo Despesa financeira Despesa financeira sobre o passivo de arrendamento IAS 17 (arrendamento operacional) 45 30 15 IFRS 16 amortização do direito de uso despesa financeira 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 35
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