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Transcrição:

MICROECONOMIA Estuda a formação de preços em mercados específicos; Como consumidores e empresas interagem no mercado e como decidem os preços e a quantidade para satisfazer a ambos simultaneamente.; Decidem preço e quantidade de um determinado bem num mercado específico MICROECONOMIA E ECONOMIA DE EMPRESAS CUIDADO: Não confundir microeconomia com economia de empresas: ECONOMIA DE EMPRESAS visão contábil financeira do seu produto. MICROECONOMIA estuda o funcionamento da oferta e demanda na formação do preço no mercado. PRESSUPOSTOS BÁSICOS PARA ANÁILISE MICROECONÔMICA Condição coeteris parubus todas as demais variáveis permanecem constantes. O Papel dos preços relativos mais relevantes que os preços absolutos. Preço relativo preço de um bem em relação ao preço de outro bem similar 1

OBJETIVOS DA EMPRESA Analise tradicional O empresário sempre busca maximizar seu lucro total otimizando a utilização dos recursos disponíveis (principio da racionalidade) Correntes alternativas Busca como objetivo aumentar a participação no mercado APLICAÇÕES DA MICROECONOMIA a nível de empresas: Políticas de preços; Previsões de vendas; Previsões de custos de produção; Avaliação e elaboração de projetos; Definição de mercados, políticas de propaganda, etc. APLICAÇÕES DA MICROECONOMIA A nível de política econômica: Efeito dos impostos sobre mercado específico; Políticas de subsídios; Fixação de preços mínimos; Controle de preços; Política salarial, Tarifas públicas; Lei antitruste, etc. 2

AÇÃO DO GOVERNO Para conter os abusos de mercado o governo dispõe do CADE Conselho Administrativo de Direito Econômico. Funções do CADE: a) Julgar processos administrativos relativos à abusos do poder econômico; b) Analisar fusões de empresas que podem criar situações de monopólio ou maior domínio de mercado DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO Os Fundamentos da análise da demanda estão alicerçados no conceito subjetivo de utilidade. Utilidade: grau de satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem adquirir no mercado. A demanda baseia-se na teoria do valorutilidade, diferente da teoria do Valortrabalho. DEMANDA DE MERCADO Conceito: A demanda pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir no mercado. Ela depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. Variáveis: preço do bem, preço dos outros bens, renda do consumidor, gosto, preferência, propaganda, etc. 3

LEI GERAL DA DEMANDA Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem (coeteris paribus). Essa relação chama-se: Lei Geral da Demanda. ESCALA DE PROCURA Alternativa de preço 1,00 3,00 6,00 8,00 10,00 Quantidade demandada 12.000 8.000 6.000 3.000 2.000 GRÁFICO CURVA DA DEMANDA 10,00. 8,00. 6,00. 4,00. 2,00. 2.000 4.000 6.000 10.000 12.000 4

OBSERVAÇÃO A curva (ou escala) de procura revela as preferências dos consumidores, sob a hipótese de que estão maximizando sua utilidade. Ela inclina de cima pra baixo, no sentido da esquerda pra direita refletindo o fato de que a quantidade procurada de um determinado bem varia inversamente com relação ao seu preço FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A LEI GERAL DA DEMANDA Dois fatores contribuem para que a quantidade demandada caia quando há um aumento no preço do bem: a) efeito substituição: o consumidor busca outro bem similar de menor preço b) efeito renda: como o consumidor não teve aumento de renda, ele não consegue mais comprar a mesma quantidade VARIAVEIS QUE ALTERAM A DEMANDA Para a maioria dos produtos, a demanda é alterada em função das seguintes variáveis: Renda dos consumidores; Preços dos outros bens; Hábitos, Gostos, etc. 5

DEMANDA E QUANTIDADE DEMANDADA Há uma diferença entre demanda e quantidade demandada: Demanda: toda curva. Ela depende da renda do consumidor. (Se houver um aumento na renda do consumidor, aumentará demanda Quantidade demandada: Um ponto qualquer na curva da demanda. Ela depende do preço do bem. Se houver uma redução no preço do bem, aumentará a quantidade demandada. DESLOCAMENTO DA CURVA DA DEMANDA Quando há uma variação na renda do consumidor há também um deslocamento na curva da demanda: Bens normais e bens superiores: a curva desloca-se para a direita DESLOCAMENTO DA CURVA DA DEMANDA Bens inferiores: a curva desloca-se para a esquerda 6

OFERTA DE MERCADO Conceito: É as várias quantidades que os produtores (ou vendedores) desejam oferecer ao mercado num determinado período de tempo. Lei Geral da Oferta: A quantidade ofertada está correlacionada com o preço do bem, ou seja: Se aumenta o preço, aumentará a quantidade ofertada. ESCALA DE OFERTA Alternativa de preço 1,00 3,00 6,00 8,00 10,00 Quantidade demandada 1.000 5.000 6.000 11.000 13.000 GRÁFICO CURVA DA OFERTA 10,00.. 8,00.. 6,00. 3,00. 1,00.. 1.000 5.000 6.000 11.000 13.000 7

LEI GERAL DA OFERTA Há relação direta entre a quantidade ofertada e o preço de bem deve-se ao fato de que (coeteris paribus) um aumento do preço no mercado estimula empresas a produzirem mais para aumentar sua receita. OFERTA E QUANTIDADE OFERTADA Oferta: toda curva (ou escala) das quantidades em diferentes níveis de preço. Quantidade ofertada: um determinado ponto na curva da oferta. EQUILIBRIO DE MERCADO A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado: Se o preço é muito alto, as pessoas não compram ( falta demanda) Se for muito baixo,as empresas não produzem (escassez do bem) 8

TENDÊNCIA DE MERCADO preço Quantidade Procurada Qtde ofertada Situação de mercado 1,00 3,00 6,00 8,00 10,00 11.000 9.000 6.000 4.000 2.000 1.000 3.000 6.000 8.000 10.000 Escassez de oferta Escassez de oferta Equilíbrio de mercado Escassez de procura Escassez de procura GRÁFICO DO PONTO DE EQUILIBRIO 10,00.. 8,00.. 6,00. 3,00. 1,00.. 1.000 5.000 6.000 11.000 13.000 INTERFERÊNCIA DO GOVERNO NO EQUILÍBRIO D EMERCADO Estabelecimentos de impostos: impostos diretos, impostos indiretos, imposto específico, imposto ad valorem. Política de preços mínimos na agricultura: protege o agricultor das flutuações dos preços no mercado e forma um estoque regulador Tabelamento de preço: visando coibir abusos de preços 9

ELASTICIDADE Conceito: Elasticidade representa a sensibilidade (reação) do consumidor com relação às variações de preços e da renda: Os principais graus de elasticidade são: a) Elasticidade-preco da demanda; b) Elasticidade-renda da demanda; c) Elasticidade-preco cruzada da demanda; d) Elasticidade-preco da oferta ELASTICIDADE-PRECO DA DEMANDA Este coeficiente mede a variação percentual da quantidade procurada de um bem em relação a um a variação percentual em seu preço. O grau de elasticidade-preço da demanda (Epd) é dado pela seguinte fórmula: Epd = Variação% em Q Variação% em P EXEMPLO: Ao preço inicial de 20,00, a quantidade demandada era 30 unidade, reduzindo seu preço para 16,00, a quantidade demandada aumentou para 39 unidades. Qual o grau de elasticidade-preço da demanda deste bem? 16 20 = -4-4 20 = -0,2, ou -20% 39-30 = 9 9 30 = 0,30, ou 30% Epd = 30% -20% Epd = - 1,5, ou 1,5 Obs: Isso significa que para cada ponto percentual de redução no preço causará um aumento de 1,5% na quantidade demandada deste bem 10

ELASTICIDADE E TIPOS DE DEMANDA Quando se trata de elasticidade-preço da demanda, temos três tipos de demanda: a) Demanda elástica: A variação da quantidade demandada supera a a variação do preço; Epd > 1,0 Demanda inelástica: A variação percentual no preço provoca uma variação percentual relativamente menor na quantidade demandada: Epd < 1,0. Demanda de elsticidade-preço unitária: as variações são iguais Epd = 1,0 FATORES QUE INFLUENCIAM NO GRAU DE ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais bens substitutos houver, maior será o grau de elasticidade-preço da demanda do bem; Essencialidade do bem: Se o bem é essencial, seu preço não influencia a decisão do consumidor, portanto, demanda inelástica; Importância do preço do bem no orçamento do consumidor: se o preço o bem é irrisório em relação ao orçamento do consumidor, ela praticamente não notará as variações em seu preço, portanto, demanda inelástica. INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA E ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA Se o governo criar um imposto, ou aumentar a alíquota de um já existente, a empresa tentará repassá-lo para o consumidor, via aumento de preço. Nesse caso: a) Demanda inelástica: a empresa consegue repassar o aumento pois o consumidor não tem opções. b)demanda elástica: devido as opções que o consumidor tem de substituir o bem, a empresa terá dificuldade em repassá-lo. Terá que tentar diminuir outros custos. 11

RELAÇÃO ENTRE RECEITA TOTAL E GRAU DE ELASTICIDADE A receita total do produtor é definida pelo preço do bem x a quantidade vendida. Nesse caso, para aumentar sua receita total ele terá que executar políticas de preços de acordo com o tipo de demanda do bem: Demanda elástica: uma redução no preço causa um aumento na receita total; Demanda inelástica: um aumento no preço provoca um aumento na receita total ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA Este coeficiente mede a variação percentual da quantidade da mercadoria comprada resultante da variação percentual na renda do consumidor. Nesse caso, temos três tipos de bens: a)bem superior, (ou de luxo): Er > 1,0 Se houver um aumento na renda do consumidor, haverá um aumento na quantidade demandada deste bem. b) Bem Inferior; Er < 0 aumento da renda do consumidor causa uma diminuição na quantidade demandada deste bem; c) Bem normal: Er> 0, <1,0 aumento na renda causará um aumento menor na demanda do bem. ELASTICIDADE-PRECO CRUZADA DA DEMANDA; Conceito semelhante ao da elasticidadepreço da demanda, a diferença está no fato de que se quer saber qual a mudança percentual que ocorre na quantidade demandada de um bem, quando há uma variação no preço de outro concorrente. Ex: aumentando o preço da coca em 10%, qual será a porcentagem de aumento na quantidade demandada do guaraná 12

ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA O mesmo raciocínio utilizado para a demanda aplica-se para a oferta, apenas o resultado da elasticidade (Epo) será positivo Epo = variação% Q variação% P Obs: assim como a demanda, existem produtos de oferta elástica e oferta inelástica. Oferta elástica: O produtor consegue aumentar a quantidade ofertada quando há um aumento no preço do bem (ex: produtos industrializados) Oferta inelástica: O produtor não consegue aumentar a quantidade ofertada no momento em que o preço aumenta (exemplo: produtos agrícolas) QUESTÕES: 1- Explique o conceito de demanda (ou procura) 2- Analisando a curva da demanda, cite as duas razões que explicam porque a quantidade demandada cai quando a uma elevação no preço do bem. 3- Explique a diferença entre demanda e quantidade demandada. 4- Analisando o conceito de Elasticidade-preço da demanda, cite um produto de demanda inelástica e explique o por que. 5- Cite pelo menos dois tipos de interferência do governo no equilíbrio de mercado. 6- Cite pelo menos duas variáveis que interfere na demanda e duas que interfere na oferta de um bem. QUESTÕES: 7- Como se dá o equilíbrio de mercado na concorrência perfeita? 8- Explique o que acontece com o produto quando seu preço está abaixo e quando está acima do preço de equilíbrio. 9- Por que a elasticidade-preço da demanda do sal é próxima a zero? 10- Defina: elasticidade-renda, elasticidade-preço cruzada da demanda e elasticidade-preço da oferta; 11- Por que, nas relações comerciais,os países industrializados levam vantagens em relação aos agrícolas? 13

PRODUÇÃO E CUSTOS Ao analisarmos a teoria da oferta da firma individual nos deparamos com as seguintes teorias de análise microecomica: I Teoria da Produção (teoria); II - Custos de Produção (custos); III - Maximização dos Lucros (nível de produção ideal para se obter maior lucro) Tais instrumentos são fundamentais para a análise dos preços, do emprego e da alocação dos fatores de produção porque: a) Servem de base para a análise das relações entre produção e custos de produção, para formação de preços e desenvolvimento de novas tecnologias; b) Servem de apoio para análise da procura (demanda) por fatores de produção que a empresa utiliza. TEORIA DA PRODUÇÃO PREOCUPA-SE com a relação técnica (ou tecnológica) entre a quantidade física de produtos e de fatores de produção (relações físicas). 14

CONCEITOS BÁSICOS Produção: processo de transformação dos fatores de produção adquiridos pela empresa em produtos ou serviços. Processo de produção: É a combinação dos diversos e diferentes elementos (fatores de produção) para produzir o bem ou serviço final. CONCEITOS BÁSICOS Métodos de produção: Forma como esses fatores são combinados (sempre intensivos em algum fator: ou em recursos humanos (mão-deobra), ou em capital (máquinas e equipamentos), ou em recursos naturais(terra, MP, etc.), ou em tecnologia (inovações tecnológicas) A escolha do método depende de sua eficiência (técnica ou econômica) CONCEITOS BÁSICOS Eficiência técnica: utiliza a menor quantidade de insumos (fatores de produção) e mais tecnologia; (produz mais com a mesma quantidade de insumos ou utiliza-se menos insumos para produzir a mesma quantidade Eficiência econômica: método de produção mais barato (produz mais com os mesmos custos ou a mesma quantidade com custos menores 15

CONCEITOS BÁSICOS Função Produção: É a relação que mostra a quantidade física do produto (bem ou serviço) obtida a partir da quantidade física dos fatores de produção utilizados. Observação: a análise dos fatores de produção pode ser feita a curto ou a longo prazo. ANÁLISE DOS FATORES DE PRODUÇÃO Analise de curto prazo: a curto prazo a empresa opera com fatores de produção fixos e fatores variáveis. Fatores fixos: suas quantidades não variam quando o produto varia (máquinas, equipamentos, instalações, tecnologia, etc.). Fatores variáveis: suas quantidades variam de acordo com o volume de produção (quanto maior a produção maior a necessidade de mãode-obra e de matéria-prima) Análise de longo prazo: a longo prazo todos os fatores são variáveis. PRODUTO TOTAL E PRODUTIVIDADE Produto total: é a quantidade do produto (bem ou serviço) obtido a partir da utilização dos fatores fixos mais variáveis. 16

CURTO E LONGO PRAZO A curto prazo analisa-se a produtividade dos fatores de produção, e a longo prazo analisa-se os rendimentos de escala (ou economia de escala) PRODUTIVIDADE MÉDIA Produtividade média do fator: É obtida pela divisão da quantidade total produzida pelo fator utilizado: Exemplo: utilizando 15 trabalhadores, a produção total de um determinado bem foi 90 unidades. Nesse caso a produtividade média do fator mão-de-obra é 6 unidades (90 unidades 15 trabalhadores). PRODUTIVIDADE MÉDIA DOS FATORES Produtividade Média da mão-de-obra (PMén): PMén = QT do Produto Nº de trabalhadores. Produtividade Média do Capital (PMék): PMék = QT do Produto Nº de Máquinas. Produtividade Média da terra (PMét): PMét = QT do Produto Área cultivada 17

PRODUTIVIDADE MARGINAL (PMg) É a variação do produto total quando ocorre uma variação no fator de produção. A PMg é obtida pela relação entre a variação da produção e a variação da quantidade utilizada do fator de produção. Ela mostra quanto cada unidade de fator de produção adicionada contribui para aumentar o produto total PRODUTIVIDADE MARGINAL (PMg)- EXEMPLO PMg = do PT do Fator utilizado Exemplo: com 10 trabalhadores a produção diária de um certo bem era 300 unidades, após contratar mais 3 trabalhadores a produção diária subiu para 400 unidades. Qual a produtividade marginal da mão-de-obra? PMgn = do PT do número de trabalhadores. PMgn = (400 300) (13 10) PMgn = 100 3 PMgn = 33,33. Obs: isso significa que cada trabalhador a mais contratado contribui para aumentar a produção em 33,3 unidades. LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES Um dos conceitos mais conhecidos entre os economistas, dentro da teoria da produção, é o da Lei dos Rendimentos decrescentes (desenvolvido por David Ricardo): aumentando-se a quantidade de um fator variável e permanecendo constante a quantidade dos demais fatores, a produção inicialmente crescerá à taxas crescentes, a seguir, após certa quantidade utilizada deste fator variável, ela passará a crescer à taxas descrescentes; continuando o aumento da utilização do fator variável, a produção chegará ao máximo (PMg = 0). A partir deste ponto, cada unidade de fator variável adicionada ocasionará queda na produção. 18

LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES FATOR FIXO Terra (1) -alqueires 10 10 10 10 10 10 10 10 10 FATOR VARIAVEL MÃO- DE-OBRA (2) 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 PRODUTO TOTAL KG (3) 6.0000 14.0000 24.0000 32.0000 38.0000 42.0000 44.0000 44.0000 42.0000 PMé DA MÃO-DE- OBRA (4)=(3) (2) 6,0 7,0 8,0 8,0 7,6 7,0 6,2 5,4 4,6 PMg DA MÃO- DE-OBRA (5) = (3) (2) 6.000 8.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0-2.000 ECONOMIAS DE ESCALA Os rendimentos de escala, ou economias de escala representam a resposta da quantidade produzida a uma variação da quantidade utilizada de todos os fatores de produção, ou seja, quando a empresa aumenta seu tamanho. ECONOMIA DE ESCALA Economia de escala (rendimentos crescentes de escala): quando a variação percentual na quantidade do produto total supera a variação percentual da quantidade dos fatores de produção. Exemplo: se ao aumentar a utilização dos fatores em 10%, o produto total crescer em 20%, significa que houve economia de escala, ou seja, a produtividade dos fatores aumentou 19

DESECONOMIA DE ESCALA Deseconomia de escala (rendimentos decrescentes de escala): quando a variação percentual na quantidade do produto total é menor que a variação percentual da quantidade dos fatores de produção. Exemplo: se ao aumentar a utilização dos fatores em 10%, o produto total crescer em 5%, significa que houve deseconomia de escala, ou queda na produtividade dos fatores RENDIMENTOS DECRESCENTES CAUSA GERADORA Tais causas reside no fato de que o poder de decisão e a capacidade gerencial e administrativa são indivisíveis e incapazes de aumentar, ou seja, pode ocorrer uma descentralização nas decisões que faça com que o aumento de produção obtido não compense o investimento feito na ampliação da empresa. Professor Aroldo Luiz dos Santos Economista pela Puccamp. Pós-graduado em Controladoria e Finanças Empresariais pela Universidade Federal de Lavras. Mestre em Administração pela UnG -Universidade Guarulhos-. PhD em Philosophy in Administration pela FCU - Flórida Christian University-, Orlando, Flórida USA. Perito Econômico Trabalhista. Técnico em Transações Imobiliárias. Delegado Municipal do Conselho Regional de Economia no município de Indaiatuba. Consultor Empresarial em Gestão Estratégica e Financeira e-mail:arlu.s@terra.com.br MSN: arlu.s@hotmail.com www.alksconsultoria.com.br 20