ATA da 53ª Reunião Ordinária da Comissão Técnica do Meio Ambiente do Setor Carbonífero - CTMASC. Data: 30 de outubro de 2008 Hora: 16 h Local: SIECESC



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Transcrição:

1 2 3 4 5 6 Data: 30 de outubro de 2008 Hora: 16 h Local: SIECESC Presentes: NOME: E - MAIL: EMPRESA: 01 Jussara Gonçalves da Silveira Jussara.silveira@satc.edu.br SATC/CTCL 02 Adhyles Bortot adhyles@fatma.sc.gov.br FATMA 03 Mirlene Meis Amboni mirlene.amboni@satc.edu.br SATC/CTCL 04 Helvis Comin helvis@grupocomin.com.br COMIN 05 Anderson B. Soares aborghetti@cetem.gov.br CETEM 06 Hilton A. Geviéski hagcsn@engeplus.com.br CSN 07 Claudionir da Silva Claudionir1969@hotmail.com Carbonífera Rio Deserto 08 João Hector Zanette jhector@riodeserto.com.br Carbonífera Rio Deserto 09 Márcio Zanuz Marcio.zanuz@satc.edu.br SATC/CTCL 10 Damião Guedes Damião.guedes@satc.edu.br SATC/CTCL 11 Márcia Raquel R. de Souza marciaraquel@carbocri.vcom.br Carbonífera Criciúma 12 Mario Valente Possa mpossa@cetem.gov.br CETEM 13 Murilo Bez mambiente@carboniferacatarinense.com.br Carbonífera Catarinense 14 James A Polz jpolz@engeplus.com.br CSN 15 José Luiz A. dos Santos Coopambiental@terra.com.br Cooperminas 16 Valter Dagostin Junior Valter@carboniferametropolitana.com.br Carbonífera Metropolitana 17 Graziela Torres Rodrigues Graziela.rodrigues@satc.edu.br SATC/CTCL 18 Maria Gisele Ronconi de Souza Maria.souza@satc.edu.br SATC/CTCL 19 Ronaldo Moreira Ronaldo.moreira@satc.edu.br SATC/CTCL 20 Norberto Buogo Mbuogo@bol.com.br CSN 21 Dino Comin CSN 22 Clair Baillargeou Clair@prolab.com.br PROLAB 23 Carlos Henrique Schneider Schneider@carbocri.com.br Carbonífera Criciúma 24 Mariane Brogni Pazzetto Mariane.pazzetto@satc.edu.br SATC/CTCL 25 Morgane Brogni Pazzetto Morgane.pazzetto@satc.edu.br SATC/CTCL 26 Antônio Carlos Dalmolin Acmdalmolin@yahoo.com.br Carbonífera Gabriella 7 8 9 10 11 Pauta: 1. Abertura e aprovação da pauta; 2. Aprovação da ata da 52ª Reunião Ordinária; 3. Entrega do CD de atualização da legislação do setor mineral;

12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 4. Projetos de estudo e monitoramento dos solos na recuperação ambiental UDESC de Lages; 5. Estudo da atuação das bactérias na formação de DAM e tratamento de efluentes Clair da PROBOLAB; 6. Apresentação do estudo de coberturas secas da Carbonífera Criciúma; 7. Informes a. Projetos apresentados à FAPESC. 8. Outros assuntos; 9. Encerramento. 1. Abertura e aprovação da pauta Deu-se início a 53ª reunião da CTMASC, às 16h, do dia 30/10/2008, com a leitura da pauta feita pelo coordenador desta Comissão, o Sr. Damião Maciel Guedes. 2. Aprovação da Ata da 52ª Reunião da CTMASC Não havendo demais sugestões a serem acrescidas a Ata da 52ª Reunião da CTMASC, a mesma foi aprovada pelos membros da reunião. 3. Entrega do CD de atualização da legislação do setor mineral Conforme previsto em pauta, foram entregues os CDs condizentes a atualização da legislação do setor mineral aos presentes. 4. Projetos de estudo e monitoramento dos solos na recuperação ambiental UDESC de Lages Minutos seguintes, foi dada a palavra aos Professores do departamento de solos da UDESC Lages, a Sra. Marilúcia Campos, Sr. Julio César e Sr. Jackson, para que apresentassem um plano de ação baseado na negociação entre UDESC e SATC e no relatório de monitoramento das áreas que foram recuperadas. A Sra. Marilúcia Iniciou a apresentação, resgatando que em 1998 foi entrado em contato com a Carbonífera Catarinense, com o objetivo de iniciar um trabalho relacionado a estudo de solos em três minas, indicadas pelo Sr. Paulo Felipe. Este estudo gerou uma tese e um programa pelo CNPQ, que foi um plano de pesquisa em pós-graduação, onde foram produzidas quatro dissertações, dois artigos científicos, além de seis projetos, que contemplam a microbiologia, física, e fertilidade no solo em áreas de mineração de carvão. Ressaltou ainda, que a UDESC foi convidada pela FAPESC, para fazer parte da rede de laboratórios compartilhados que iniciou em 2007 e ainda está em construção. A UDESC recebeu dois desses laboratórios, sendo um na área de manejo do solo e o outro na área de recuperação ambiental de áreas degradadas pela mineração de carvão. Após, explicou que o objetivo desta rede seria desenvolver tecnologias que dêem suporte para recuperação de áreas degradadas, diminuindo o custo da recuperação ambiental, partindo do pressuposto que o solo é um agente importante, que vai comandar o desenvolvimento e a estrutura das espécies que habitam sobre ele. Em seguida teceu a seguinte explicação: A natureza leva milhares de anos para construir o

53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 perfil de solo, com o desenvolvimento das plantas, de acordo com vários fatores, como, material de origem, clima, relevo e outros. Este tempo de desenvolvimento, constrói as propriedades químicas, físicas e biológicas do mesmo. A partir do momento que se tem uma modificação do solo, acontece uma desestruturação. Quando a parte química do mesmo é modificada, principalmente se houver pirita, a questão torna-se ainda mais complexa, porque este material irá oxidar, gerando acidez nos elementos presentes, de modo que, outros elementos também serão gerados em virtude desse ataque ácido, como, ferro e alumínio. O sulfato resultante da oxidação vai embora juntamente com as plantas, sendo este elemento muito importante para elas, gerando uma diminuição de concentração do mesmo no solo. Outra questão, é que do ponto de vista das concentrações de fósforo, nitrogênio e bório, principalmente pela paralisação da atividade microbiológica, a partir do momento em que se têm uma queda de Ph abaixo de 4, é que isto paralisa a nitrificação, necessária para a incorporação do nitrogênio no solo, o que evita o crescimento das plantas. Em seguida, apresentou algumas fotos da Mina do Apertado, onde mencionou a situação do solo nessa área antes do trabalho desenvolvido, sendo que este apresentava o Ph entre 4 e 2,5. Disse, que nesta área não foi trabalhado somente com calcário, mas com outros corretores de acidez, que são resíduos de indústrias. Logo, mencionou os indicadores biológicos trabalhados, sendo estes; a atividade microbiana da decomposição da matéria orgânica e a mineralização dos nutrientes, que depende da decomposição da matéria orgânica e da atividade microbiológica. Neste sentido, se não há um Ph de conforto para estas bactérias, elas irão paralisar e os nutrientes presentes, que são os mais fáceis da planta absorver, não serão disponibilizados no sistema novamente. Além disso, existe uma relação entre a parte biológica e a física, pois os fungos, as bactérias e a decomposição da matéria orgânica atuam na agregação do solo. Mencionou ainda, que durante esse período, além das seis dissertações iniciadas, foi montado um plano de ação, que contempla a recuperação e o monitoramento de solo e cobertura vegetal de áreas degradadas pela mineração e depósito de rejeito. Comentou que, a UDESC conta com uma equipe composta por onze profissionais da área de solos, e dois da área de engenharia florestal. Destacou que o objetivo desses trabalhos é monitorar os indicadores de qualidade física, química e biológica e o estabelecimento da cobertura vegetal em áreas de mineração e selecionar os indicadores que possam ser utilizados na diagnose e no monitoramento da área estudada. Além disso, é necessário selecionar metodologias de recuperação entre solo e cobertura vegetal que proporcione uma diminuição no custo da recuperação ambiental. Após, apresentou as metas do projeto, sendo elas: a) Estabelecer metodologias de recuperação de solo e da cobertura vegetal, b) seleção de indicadores da qualidade do solo e da água entorno dessa mina, c) formação de recursos humanos e geração de conhecimento e sua divulgação para os interessados. Apresentou também, os subprojetos: a) Monitoramento do solo e desenvolvimento da vegetação em treze áreas de mineração, b) Seleção de indicadores e qualidade, químicos, físicos e biológicos, c) O uso de materiais corretivos da acidez e retardadores da oxidação da pirita, d) O uso do fosfato natural, e) A variação do grau de recuperação do solo da Mina do Apertado, f) Definição de um Plano amostral, g) Escolha de métodos para o potencial da matéria orgânica, h) Uma avaliação da capacidade de remoção de cobre, ferro, manganês e zinco, i) Seleção dos indicadores da qualidade química da água no entorno das áreas recuperadas. Em seguida, a Srta. Marilúcia colocou-se a disposição para o esclarecimento de dúvidas. Nesta ocasião, o Sr. Hilton Geviéski, da Companhia Siderúrgica Nacional - CSN, disse que, o que mais lhe chamou atenção na apresentação, foi o uso de fosfato para diminuir a taxa de oxidação da pirita, questionando como isso ocorre. Em resposta, a Srta. Marilúcia disse que o ferro da pirita tem uma relação química muito forte com o fosfato, sendo que quando o fosfato é aplicado ele é

99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 rapidamente absorvido pela superfície da pirita, essa superfície capeia a pirita com o tempo e reduz a oxidação dela, pois irá diminuir o contato com a água. O Sr. Carlos H. Schneider falou que achou muito interessante a questão da utilização de materiais adsorventes no tratamento de Drenagem Ácida de Mina, dando margem a um debate sobre a referida questão, entre os participantes da reunião, onde foi abordada a utilização de rejeito orgânico (esterco suíno) para a solução deste problema. Após sanar as dúvidas dos presentes, a Sra. Marilúcia finalizou a apresentação, citando que o plano de ação foi traçado, mas que as Empresas precisam definir o que há de mais urgente, para que se possa trabalhar nas linhas solicitadas. Por fim, havendo pouco tempo para dar continuidade ao assunto, ficou definido que este tema seria abordado em uma nova ocasião, onde as Empresas definiriam com maior detalhe as linhas de interesse. 5. Estudo de Coberturas Secas da Carbonífera Criciúma Foi concedida a palavra para a Engª. Márcia Raquel de Souza, da Carbonífera Criciúma, para que desse início a apresentação do Estudo de Coberturas Secas, desenvolvido pela Carbonífera Criciúma, onde mencionou que, o Projeto teve início em 2003, e foi inaugurado em outubro/2007, sendo financiado pelo FINEP. Após, explicou aos membros da reunião o conceito de Coberturas Secas, explicando que, Coberturas Secas são arranjos de diferentes materiais porosos, solos e materiais não reativos, ou já sintéticos com diferentes características, espessuras, densidades e etc., com o objetivo de minimizar os impactos ambientais, com a redução do fluxo de água e oxigênio no interior da pilha. Mencionou que, os tipos de cobertura podem ser: a) Coberturas de solo com a argila compactada, b) barreira capilar, c) barreira geoquímica. Após, falou da unidade piloto, que constitui basicamente de simulação de parte do depósito de rejeito, com diferentes tipos de coberturas secas, e a partir disso é possível avaliar o desempenho de cada cobertura. A partir dessa unidade pode-se coletar as seguintes informações: Qualidade de drenagem ácida, volume do efluente, dados metereológicos, umidade e fluxo de água nas camadas e o escoamento superficial. Quanto aos depósitos simulados, foram impostas condições dos materiais de cobertura de proteção, definidos em laboratório, que são: Densidade, espessura do material de cobertura e o grau de compactação. A partir disso, é possível medir os resultados, estabelecendo-os com as condições impostas. Em seguida, apresentou as etapas do projeto, que são: a) Definição da caracterização do material da região, envolvendo baixo custo e também envolvendo materiais que a partir de ensaios de campo e laboratório fossem adequados, b) Definição das dimensões das camadas por modelagem numérica, com a espessura, posição de resíduos, para obter eficiência, c) Implantação da unidade piloto para monitorar os dados. Após, foi mostrado um fluxograma com as atividades do projeto. Explicou que o local utilizado para estudo foi a Carbonífera Criciúma Mina Verdinho, onde existem três células com diferentes coberturas, um laboratório para realização de parte das análises de águas e uma estação metereológica. Ressaltou que este estudo já foi feito em laboratório, mas que em escala piloto é o único do Brasil. Após foram apresentadas as dimensões, composições e como são feitas as coletas de cada célula. Mencionou também, a instrumentação utilizada em todas as coberturas, que proporciona dados de umidade, sucção e temperatura. A estação é composta por quatro unidades, sendo estas, as células, as cápsulas, o laboratório e a estação metereológicas. Em seguida, apresentou algumas análises preliminares dos quatro efluentes, onde se pode perceber que na célula quatro, apenas um parâmetro está fora do CONAMA, que é o manganês. Destacou ainda, que se procurou colocar as células nas condições mais próximas da realidade possível, para que o resultado fosse confiável. Logo, abriu a apresentação para que os presentes fizessem seus

144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 questionamentos. Após o esclarecimento dos mesmos, finalizou a apresentação. Por derradeiro, o Sr. Hilton parabenizou a Empresa pela importância do trabalho desenvolvido. 6. Estudo da atuação das bactérias na formação de DAM e tratamento de efluentes Clair da PROLAB Em virtude da escassez de tempo para a apresentação da Profª. Clair, sobre o Estudo da atuação das bactérias na formação de DAM e tratamento de efluentes, a referida apresentação foi transferida para a 54ª Reunião da CTMASC. 7. Informes: a. Projeto apresentado à FAPESC; O Eng Márcio Zanuz, comunicou aos presentes que o Núcleo de Meio Ambiente do Centro Tecnológico Carvão Limpo da SATC encaminhou dois Projetos à FAPESC, sendo um referente à construção do CTCL e o outro condizente ao estudo de drenagem ácida e esgotos domésticos, inclusive com a previsão de uma construção piloto. 8. Encerramento. Sem mais, a 53 reunião da CTMASC, foi encerrada às 18h26min do dia 30/10/2008. Secretária: Jussara Gonçalves da Silveira