PLANO DE GESTÃO RISCOS DE CORRUPÇÃO INFRACÇÕES CONEXAS

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Transcrição:

PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS 1

ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 3 2 CARACTERIZAÇÃO DA DIRECÇÃO GERAL DE PROTECÇÃO SOCIAL AOS FUNCIONÁRIOS E AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ADSE)... 4 2.1 Missão e atribuições... 4 2.2 Estrutura orgânica... 5 2.3 Recursos humanos e financeiros... 6 3 IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS... 7 3.1 Áreas de risco de corrupção e infracções conexas... 7 3.1.1 Contratação pública... 8 3.1.2 Atribuição de benefícios públicos... 9 3.1.3 Processamento de facturação de prestadores... 10 3.2 Definição do grau de risco... 11 3.3 Identificação dos processos... 12 3.4 Descrição das situações que potenciam o risco de corrupção e enunciação das medidas de prevenção aplicáveis... 12 4 APLICAÇÃO DO PLANO E MONITORIZAÇÃO... 14 4.1 Cronograma e responsáveis pela aplicação das medidas previstas... 14 4.2 Programa de monitorização... 14 2

1 INTRODUÇÃO O presente plano foi elaborado no quadro da recomendação que o Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC) deliberou adoptar, na reunião de 1 de Julho de 2009, sobre a elaboração de planos de gestão de riscos de corrupção e infracções conexas. Esta recomendação surge na sequência da análise das respostas ao questionário destinado a servir de guia na avaliação dos riscos nas áreas da contratação pública e da concessão de benefícios públicos, dirigido aos serviços e organismos da Administração Pública Central, Regional, directa e indirecta, bem como a todos os Municípios, incluindo o sector empresarial local. Os objectivos centrais prosseguidos com este instrumento são identificar as situações potenciadoras de riscos de corrupção e infracções conexas, elencar medidas preventivas e correctivas, que possibilitem a eliminação do risco ou minimizem a probabilidade da sua ocorrência, e também definir a metodologia de adopção e monitorização dessas medidas, com identificação dos responsáveis por estas acções. Como base para elaboração do plano em apreço teve-se também em conta o guião de apoio, difundido pelo CPC, no qual se estabelece uma estrutura padrão para o documento, bem como a estrutura comum de conteúdo produzida pela Inspecção-Geral de Finanças, no âmbito do Ministério das Finanças e da Administração Pública (MFAP). 3

2 CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL 2.1 Missão e atribuições Nos termos definidos no Decreto Regulamentar nº23/2007, de 29 de Março, a DIRECÇÃO GERAL DE PROTECÇÃO SOCIAL AOS FUNCIONÁRIOS E AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ADSE) tem por missão assegurar a protecção aos beneficiários nos domínios da promoção da saúde, prevenção da doença, tratamento e reabilitação. A ADSE prossegue as seguintes atribuições: a)- Organizar, implementar, orientar e controlar todas as formas de protecção social, em estreita colaboração com a Direcção-Geral da Administração e Emprego Público e com os serviços e instituições dependentes do Ministério da Saúde, do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e outros organismos estatais ou particulares congéneres; b)- Propor as medidas adequadas à utilização dos recursos que lhe sejam atribuídos, por forma a prosseguir os seus fins dentro dos princípios de uma gestão por objectivos; c)- Celebrar os acordos, convenções, contratos e protocolos que interessem ao desempenho da sua missão e acompanhar o rigoroso cumprimento dos mesmos; d)- Promover o registo dos encargos familiares na Administração Pública e propor a definição de critérios de aplicação do direito às respectivas prestações; e)- Proceder à gestão dos benefícios a aplicar no domínio da protecção social da Administração Pública; f)- Administrar as receitas decorrentes do desconto obrigatório para a ADSE; g)- Controlar e fiscalizar as situações de doença; h)- Contribuir para o desenvolvimento da acção social, em articulação com os Serviços Sociais da Administração Pública; i)- Propor ou participar na elaboração dos projectos de diploma relativos às atribuições que prossegue; j)- Desenvolver os mecanismos de controlo inerentes à atribuição de benefícios; k)- Aplicar aos beneficiários as sanções previstas na lei quando se detectem infracções às normas e regulamentos da ADSE. 4

2.2 Estrutura orgânica A estrutura orgânica actual, traduzida no organograma apresentado, decorre do modelo de organização interna dos serviços que obedece ao seguinte modelo estrutural misto: a) O modelo de estrutura matricial, na área da revisão e acompanhamento da administração de benefícios; b) O modelo de estrutura hierarquizada, nas restantes áreas de actividade. Figura I - Organograma da ADSE Os responsáveis da ADSE nas diversas áreas funcionais estão identificados no organograma (Fig. I). 5

2.3 Recursos humanos e financeiros O mapa de pessoal proposto pela Direcção-Geral apresenta-se no mapa constante no Anexo I. Adicionalmente, disporá ainda de contratos de prestação de serviço com pessoal médico, na modalidade de avença, para a realização de juntas médicas e de verificação domiciliária de doença a nível nacional. Em matéria de recursos financeiros, o orçamento para 2010 será o seguinte: OE Receitas próprias Total Encargos de saúde 205,6 253,4 459,0 Administração 10,3 10,3 Total 215,9 253,4 469,3 Quadro I Orçamento da ADSE 2010 (unid.: Milhões de euros) 6

3 IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS 3.1 Áreas de risco de corrupção e infracções conexas Procedeu-se à identificação das áreas de actividade onde se possam evidenciar situações violadoras dos princípios da prossecução do interesse público, da igualdade de tratamento, da proporcionalidade, da transparência, da justiça, da imparcialidade, da boa fé e da boa administração. Concluiu-se que as áreas mais susceptíveis a tais situações são as da(o): o contratação pública de bens e serviços; o concessão de benefícios públicos, e; o processamentos da facturação de prestadores. Nestas áreas de risco foram identificados pontos críticos nos quais são desencadeadas acções e tomadas decisões que podem alterar o significado ou a evolução de determinado processo e que, por esse motivo, se tornam passíveis de comportarem fenómenos de corrupção. Tais pontos críticos estão ilustrados nos esquemas que de seguida se apresentam. 7

3.1.1 Contratação pública Esquema I Processo de contratação pública Genericamente, os riscos específicos dos pontos críticos seleccionados na contratação pública de bens e serviços estão associados: o as especificações ou requisitos previamente definidos revelam-se insuficientes ou incompletas; o Não são elaborados relatórios de acompanhamento e/ou de avaliação do desempenho dos fornecedores dos bens e dos prestadores de serviços; o Não existe informação suficiente que permita detectar situações indiciadoras de conluio entre concorrentes e de eventual corrupção de funcionários; o Não se dispõe de informação suficiente sobre a evolução económica e financeira dos fornecedores. No entanto, as contratações passaram a ter outro enquadramento jurídico e outros procedimentos. Por outro lado, as contratações que envolvem encargos financeiros mais expressivos não exigirão qualquer processo de adjudicação em 2010. 8

3.1.2 Atribuição de benefícios públicos PEDIDOS DE REEMBOLSO Recepção de documentos Análise prévia e classificação Digitalização e recolha de dados Devolução Validação Aprovados Controlo Pagamentos Esquema II Pedidos de reembolso Os riscos específicos dos pontos críticos seleccionados na concessão de benefícios públicos são os seguintes: o Digitalização de cópias de documentos de quitação; o Não obediência ao processamento sequencial em função da cronologia da entrega dos documentos na Direcção-Geral; 9

o Codificação errada; o Pagamento indevido, de montante ou a beneficiário. 3.1.3 Processamento de facturação de prestadores PROCESSAMENTO DE FACTURAÇÃO DE PRESTADORES Recepção e validação de ficheiros electrónicos de dados de facturação Recepção de facturas e documentos de suporte Devolução Verificação de conformidade com o ficheiro TED Registo Conferência Liquidação Pagamentos Esquema III Processamento de facturação de prestadores Os riscos específicos dos pontos críticos seleccionados no processamento de facturação de prestadores são os seguintes: o Verificação documental inadequada; 10

o Não obediência ao processamento sequencial em função da cronologia da entrega dos documentos na Direcção-Geral; o Pagamento indevido; o Falta de retenção de verbas em dívida à Segurança Social e à Administração fiscal. 3.2 Definição do grau de risco O risco associado às diferentes situações identificadas é graduado em função de duas variáveis: o a probabilidade da ocorrência das situações que comportam o risco e; o o impacto estimado das infracções que pode suscitar. Assim, serão de estabelecer as seguintes classificações: A Probabilidade de ocorrência: o Alta: O risco decorre de um processo corrente e frequente da organização. o Média: O risco está associado a um processo esporádico da organização que se admite que venha a ocorrer ao longo do ano. o Baixa: O risco decorre de um processo que apenas ocorrerá em circunstâncias excepcionais B Impacto previsível: o Alto: Da situação de risco identificada podem decorrer prejuízos financeiros significativos para o Estado e a violação grave dos princípios associados ao interesse público, lesando a credibilidade do organismo e do próprio Estado. o Médio: A situação de risco pode comportar prejuízos financeiros para o Estado e perturbar o normal funcionamento do organismo. o Baixo: A situação de risco em causa não tem potencial para provocar prejuízos financeiros ao Estado, não sendo as infracções susceptíveis de ser praticadas causadoras de danos relevantes na imagem e operacionalidade da instituição. 11

Da conjugação das duas variáveis apresentadas resultam cinco níveis de risco, evidenciados no quadro: GRAU DE RISCO (GR) Probabilidade de ocorrência (PO) Alta (A) Média (M) Baixa (B) Impacto previsível (IP) Alto Muito elevado Elevado Médio Médio Elevado Médio Baixo Baixo Médio Baixo Muito baixo Quadro II Tipologia do risco 3.3 Identificação dos processos Da actividade da organização, considerando as áreas de risco estabelecidas, identificaram-se os seguintes processos susceptíveis de comportar riscos de corrupção e infracções conexas: DESIGNAÇÃO DO PROCESSO Contratação de serviços de limpeza e segurança Contratação de bens e serviços informáticos Pedidos de reembolso de despesas de saúde Processamento da facturação de prestadores Quadro III- Listagem de processos 3.4 Descrição das situações que potenciam o risco de corrupção e enunciação das medidas de prevenção aplicáveis No âmbito dos processos elencados, considerando os pontos críticos das áreas respectivas, foram identificados os riscos específicos da organização. Esta identificação suportou-se, designadamente, no levantamento dos circuitos processuais, em análises documentais e em informações complementares, resultantes de relatórios de auditoria (externa ou internas), queixas de particulares, etc. Foi ainda utilizado como referencial o questionário sobre avaliação da gestão de riscos elaborado pelo CPC. As medidas de prevenção a adoptar, foram estabelecidas em função do grau 12

de risco das situações, visando evitá-lo, eliminando a sua causa, ou preveni-lo, procurando minimizar a probabilidade da sua ocorrência ou do seu impacto negativo. PROCESSO Contratação de serviços de limpeza e segurança Contratação de bens e serviços informáticos Pedidos de reembolso de despesas de saúde Processamento facturação prestadores da de GRAU DE RISCO UNIDADE ORGÂNICA SITUAÇÕES QUE POTENCIAM RISCOS DE CORRUPÇÃO PO IP GR Não se dispõe de informação DAPAT suficiente sobre a evolução económica e financeira dos B B MB fornecedores. Não se dispõe de informação DSI suficiente sobre a evolução económica e financeira dos B B MB fornecedores. DPC Digitalização de cópias de documentos de quitação B B MB Não obediência ao processamento sequencial em GEDOC função da cronologia da entrega B B MB dos documentos na Direcção Geral DPC, DRP Codificação errada B B MB DPC, DIF Pagamento indevido B B MB DICOF, GAP Verificação documental inadequada B B MB Não obediência ao processamento sequencial em DICOF, GEDOC função da cronologia da entrega B B MB dos documentos na Direcção Geral DICOF, DIF Pagamento indevido B B MB Falta de retenção de verbas em DICOF, DSI, DIF dívida à Segurança Social e à M M M Administração fiscal MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS A ADOPTAR Solicitar informação financeira, designadamente relatório de contas Solicitar informação financeira, designadamente relatório de contas O sistema de informação de reembolsos valida a existência de documentos em duplicado Digitalização em prazos inferiores a três dias após a recepção na Direcção Geral Processo de validação dos reembolsos e tratamento das reclamações dos beneficiários Identificação das situações e emissão da respectiva guia de reposição Análise por técnicos superiores da DICOF ou auditorias do GAP Optimização dos critérios de selecção Salvaguardar o tratamento da facturação de um mês depois de concluído o processamento do mês imediatamente anterior Proceder à identificação das situações e proceder ao movimento de regularização Insistir com a Administração Fiscal e com a Segurança Social o pedido de colaboração Quadro IV - Situações de risco vs medidas de prevenção 13

4 APLICAÇÃO DO PLANO E MONITORIZAÇÃO 4.1 Cronograma e responsáveis pela aplicação das medidas previstas A aplicação das medidas enunciadas no ponto 3.4 deste plano deverá ser assegurada pelos responsáveis indicados no quadro seguinte: Medidas PERIODICIDADE Unidade orgânica Responsável directo Solicitar informação financeira, designadamente relatório de contas ANUAL DAPAT DSI Dirigentes das unidades orgânicas O sistema de informação de reembolsos valida a existência de documentos em duplicado Todos os processos DPC Dirigentes das unidades orgânicas Digitalização em prazos inferiores a três dias após a recepção na Direcção Geral Diário GEDOC Dirigentes das unidades orgânicas Processo de validação dos reembolsos e tratamento das reclamações dos beneficiários Sempre que ocorram DPC DRP Dirigentes das unidades orgânicas Identificação das situações e emissão da respectiva guia de reposição Sempre que ocorram DPC DIF Dirigentes das unidades orgânicas Análise por técnicos superiores da DICOF ou auditorias do GAP Mensalmente e por amostragem DICOF GAP Dirigentes das unidades orgânicas Salvaguardar o tratamento da facturação de um mês depois de concluído o processamento do mês imediatamente Mensalmente DICOF Dirigentes das unidades orgânicas anterior Proceder à identificação das situações e proceder ao movimento de regularização Sempre que ocorram DICOF DIF Dirigentes das unidades orgânicas Insistir com a Administração Fiscal e com a Segurança Social o pedido de colaboração Trimestralmente DSI Dirigentes das unidades orgânicas Quadro V Medidas de prevenção 4.2 Programa de monitorização No final do ano será elaborado um relatório de execução, contemplando, nomeadamente: o Identificação das medidas adoptadas e das medidas por adoptar; o Descrição dos riscos eliminados ou cujo impacto foi reduzido e daqueles que se mantêm; o Riscos identificados ao longo do ano que não foram contemplados no plano inicial. 14

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ANEXOS 16

Anexo I 17

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