Palavra da ABEEólica. Atenciosamente, Elbia Melo



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Transcrição:

BOLETIM ANUAL DE GERAÇÃO EÓLICA - 2012

Palavra da ABEEólica energia eólica tem experimentado um exponencial e virtuoso crescimento no Brasil. De 2009 a 2012, nos leilões dos quais a fonte eó- A lica participou, foram contratados aproximadamente 7,1 GW em novos projetos. Tais projetos têm elevado e elevarão ainda mais o volume de instalações de energia eólica no País, totalizando 8,8 GW de capacidade instalada até 2017, cerca de três vezes a capacidade atual de 2,5 GW. Os projetos ainda não operantes atrairão mais de 10 bilhões de dólares em investimentos de 2013 a 2017. Em razão da trajetória de sucesso da fonte eólica no Brasil, a ABEEólica Associação Brasileira de Energia Eólica, instituição que congrega e representa o setor eólico nacional, tem a satisfação de apresentar o Boletim Anual do Setor Eólico 2012. Este documento reúne números e informações relevantes sobre a capacidade instalada no País no período mencionado, geração realizada, fator de capacidade, evolução da capacidade instalada e as diversas contribuições da fonte, como, por exemplo, para a redução dos encargos de serviços do sistema e a redução da emissão de CO2, entre outros aspectos. O ano de 2012 foi muito relevante para a consolidação da energia eólica na matriz elétrica brasileira. Nesse período foram registrados os mais altos índices de geração de energia pelos parques eólicos no País. Os últimos doze meses também representaram um marco para a fase competitiva da fonte, com a entrega dos parques eólicos vendidos no 2º Leilão de Energia de Reserva, de 2009. Esses parques produziram em torno de 50% de sua capacidade instalada em 2012, com destaque para o segundo semestre do ano. Além disso, alguns empreendimentos chegaram a ultrapassar os 50% do fator de capacidade. A produção média da fonte no ano passado foi de 556,26 MW, sendo que o pico foi registrado no mês de outubro, com a marca de 771 MW médios. Outro número importante diz respeito à capacidade instalada, que cresceu de 1.430,5 MW em 2011 para 2.507,8 MW em 2012. A ABEEólica divulgará anualmente o Boletim Anual de Geração Eólica, no mês de fevereiro, a partir da análise dos dados oficiais de geração da fonte. Dessa forma será possível observar a evolução da energia eólica no Brasil e sua valiosa e crescente contribuição para a Matriz Elétrica Nacional. Atenciosamente, Elbia Melo

SUMÁRIO Capacidade Instalada no Brasil Todas as Fontes Geração Realizada Fator de Capacidade 4 5 5 Contribuição da Fonte Eólica aos Reservatórios das Hidrelétricas 6 Contribuição da Fonte Eólica para a Redução dos Encargos de Serviços do Sistema 8 Contribuição da Fonte Eólica para o Abastecimento Residencial 8 Contribuição da Fonte Eólica para a redução da emissão de CO 2 Evolução da Capacidade Instalada da Fonte Eólica Considerações Finais 9 10 10

Capacidade Instalada no Brasil Todas as Fontes ano de 2012 terminou com 2.507,8 MW de potência eólica instalada, distribuída em 108 parques O eólicos, representando um crescimento de aproximadamente 73% de potência e um acréscimo de 40 parques em relação a dezembro de 2011, quando a eólica possuía 68 parques e 1.450 MW. O gráfico 1 abaixo ilustra a participação das fontes na matriz elétrica brasileira em dezembro de 2012. A capacidade instalada de 2,5 GW é composta por 1,3 GW (52%) referente ao PROINFA e 1,2 GW (48%) referente aos leilões e mercado livre. Para melhor visualização e entendimento da evolução da energia eólica no Brasil, neste estudo o PROINFA será enquadrado como a 1ª fase da energia eólica e os parques contratados a partir do LER 2009 serão enquadrados como 2ª. fase da energia eólica. Gráfico 1- Matriz Elétrica Brasileira (Fonte: Aneel/ABEEólica) A principal diferença entre a 1ª.fase e a 2ª fase está relacionada ao avanço tecnológico dos aerogeradores. Os primeiros parques eólicos do PROINFA utilizam aerogeradores de 600 kw e altura de 48 metros enquanto os novos aerogeradores possuem entre 1,6 MW e 3 MW de potência e altura de 100 metros. O gráfico 2 mostra a evolução da capacidade instalada em 2012 e a sua composição, de acordo com a fase de implantação. Gráfico 2 Evolução da Capacidade Instalada em 2012 4

Geração Realizada gráfico 3 abaixo mostra a geração realizada pela fonte eólica em 2012 em 3 linhas de tendência 1ª O fase, 2ª fase e total. A geração realizada pelos parques eólicos da 1ª fase foi maior que a geração realizada pelos parques eólicos da 2ª fase, em função da maior capacidade instalada. A geração eólica no Brasil bateu seu recorde histórico no mês de outubro, com a marca de 771 MW médios. Gráfico 3 Geração realizada em 2012 (Fonte: CCEE/ABEEólica) Fator de Capacidade Fator de Capacidade (FC) da fonte eólica representa a proporção (razão percentual) entre a geração efetiva da usina em um período de tempo e a capacidade total nesse mesmo período. O O gráfico 4 mostra o fator de capacidade realizado pelos parques eólicos em 2012. Gráfico 4 Fator de Capacidade em 2012 (Fonte: ONS/CCEE/ABEEólica) 5

No gráfico 4 é possível perceber o ótimo desempenho dos parques eólicos da 2ª fase, em função dos avanços tecnológicos e da localização dos parques. A tabela 1 mostra os fatores de capacidade médios realizados em 2012. Parques eólicos Fator de capacidade (%) 1ª fase 27% 2º fase 54% Total 33% Tabela 1 Fatores de Capacidade Médios em 2012 Contribuição da Fonte Eólica aos Reservatórios das Hidrelétricas Cauê Mendonça fonte hidrelétrica é responsável por 70% da capacidade instalada do Brasil e os reservatórios A das usinas possuem grande importância para a segurança do suprimento de energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional SIN, ao funcionarem como baterias nos momentos de baixos índices hidrológicos. Nesse contexto, a fonte eólica exerce uma função muito importante no SIN, ao fornecer energia elétrica com maior intensidade no segundo semestre do ano, ocasionando, portanto, melhores índices de armazenamento nos reservatórios. Em função da capacidade instalada da fonte eólica 6

representar 2% da matriz elétrica brasileira, o impacto no armazenamento dos reservatórios em 2012 ainda é pequeno. Neste estudo foram feitas simulações utilizando os reservatórios das hidrelétricas dos submercados Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO) e Nordeste (NE). O gráfico 5 compara as curvas de Energia Armazenada (EAR) das hidrelétricas do submercado SE/CO considerando a geração eólica realizada e caso não existisse fonte eólica em 2012. Em função da grande capacidade de armazenamento do submercado SE/CO, a fonte eólica foi responsável por um aumento do nível de armazenamento de 0,35% em dezembro de 2012. Gráfico 5 Comparação entre EAR no SE/CO com e sem fonte eólica em 2012 (Fonte: ONS/ABEEólica) No gráfico 6 são comparadas as curvas de EAR das hidrelétricas do submercado NE supondo uma alocação de toda a energia eólica gerada em 2012 para esse subsistema. Nessa simulação, toda a geração eólica realizada em 2012 proporcionaria um aumento de armazenamento de 1,22% em dezembro de 2012 nos reservatórios do submercado NE. Gráfico 6 Comparação entre EAR no NE com e sem energia eólica em 2012 (Fonte: ONS/ABEEólica) 7

Contribuição da Fonte Eólica para a redução dos Encargos de Serviços do Sistema Em 2012, devido aos baixos índices de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas, foi necessário o despacho das usinas termelétricas por razões de segurança energética, dando origem aos ESS SENERG (Encargos por Razão de Segurança Energética). O gráfico 7 compara os valores de encargos cobrados em 2012 (linha azul) com os valores de encargos que seriam cobrados, no mínimo, caso não existisse a fonte eólica no sistema elétrico brasileiro (linha vermelha). Somente em dezembro de 2012, a fonte eólica foi responsável por evitar cerca de R$ 500 milhões em Encargos por Razão de Segurança Energética. Se considerarmos o ano todo, a fonte eólica foi responsável por evitar cerca de R$ 1,6 bilhões. Se as usinas eólicas não existissem, o total de encargos recolhidos seria de R$ 3,4 bilhões, o dobro do valor realmente cobrado dos consumidores. Gráfico 7 Encargos por Razão de Segurança Energética em 2012 (Fonte: CCEE/ABEEólica) Contribuição da Fonte Eólica para o abastecimento residencial importância da energia eólica gerada em 2012 também pode ser medida pela quantidade de A lares brasileiros servidos por essa fonte. De acordo com a resenha mensal publicada pela Empresa de Pesquisa Energética EPE, o consumo médio residencial no Brasil é de 160 kwh. O gráfico 8 mostra a quantidade de residências mensalmente abastecidas com a geração eólica realizada em 2012. 8

Gráfico 8 Residências abastecidas pela Fonte Eólica em 2012 (Fonte: EPE/ABEEólica) Em média, foram abastecidas cerca de 2,5 milhões de residências por mês e, considerando uma média de 3 pessoas por residência, foram 7,5 milhões de habitantes. A energia gerada pela fonte eólica em 2012 foi capaz, portanto, de fornecer energia elétrica residencial a uma população igual à da cidade do Rio de Janeiro, que possui 6,3 milhões de habitantes, de acordo com o censo 2010 do IBGE. Contribuição da Fonte Eólica para a redução da emissão de CO 2 Ao gerar energia elétrica a partir da força dos ventos, os Parques Eólicos substituem outras fontes de geração de energia elétrica que emitem CO 2. O Gráfico 9 mostra a quantidade de emissões de CO 2 evitada pela fonte eólica a cada mês. O total de emissões evitadas em 2012 foi de 1,2 Mtoneladas de CO 2. Gráfico 9 Emissões de CO 2 evitadas por mês em 2012 (Fonte: ONS/MCTI/ECONERGY/ABEEólica) 9

Evolução da Capacidade Instalada da Fonte Eólica gráfico 10 ilustra a evolução da capacidade instalada da fonte eólica e a previsão de crescimento O em função das contratações já realizados nos leilões regulados e também no mercado livre. Gráfico 10- Evolução da Capacidade Instalada no Brasil (Fonte: Aneel/ABEEólica) Considerações Finais Desde 2005, a fonte eólica passou a contribuir na matriz elétrica brasileira e, a cada ano, sua participação se torna mais importante. O fornecimento de energia elétrica com qualidade e segurança são fatores fundamentais para o desenvolvimento do País. Com a geração eólica, o índice de armazenamento dos reservatórios em 2012 já foi beneficiado e, nos próximos anos, esse benefício será ainda maior fato que proporcionará maior autonomia e segurança de suprimento. No caso dos reservatórios do submercado Nordeste, caso toda a geração eólica fosse destinada a esse subsistema, o índice de armazenamento em dezembro de 2012 seria 1,22% maior. Por meio das decisões de operação, também é possível minimizar o despacho das usinas termelétricas por razão de segurança energética e reduzir os valores de pagamento de encargos de serviços de sistema. Em 2012, toda a energia eólica gerada foi responsável por evitar o pagamento de R$ 1,6 bilhões de Encargos por Razão de Segurança Energética. 10

A fonte eólica também mostra sua importância ao evitar as emissões de gases de efeito estufa. Somente em 2012, a emissão de 1,2 Mtoneladas de CO 2 foi evitada. Além das contribuições para o SIN e para o meio ambiente, a capacidade eólica implementada em 2012 foi responsável pela geração de R$ 3,5 bilhões em investimentos e 15 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Sobre a ABEEólica Razão de Ser Associação Brasileira de Energia Eólica - ABEEólica, pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, fundada em 2002, congrega, em todo o Brasil, empresas pertencentes à cadeia produtiva de energia eólica. Missão Inserir a produção de energia eólica como fonte da matriz energética nacional, promovendo a competitividade, consolidação e sustentabilidade da indústria de energia eólica. Visão Ser reconhecida como a associação que representa de forma legítima, ética e transparente a cadeia produtiva da indústria. Valores Qualidade, ética e respeito à legislação; Responsabilidade socioambiental; Sustentabilidade; Transparência; Cooperação com todos os integrantes da cadeia produtiva. Corpo funcional Baseado no conceito de gestão profissional, o formato de governança da ABEEólica é composto por um presidente executivo, na figura de Elbia Melo, um Conselho de Administração, formado por 25 membros e presidido por Otavio Silveira, e um Conselho Fiscal, sendo os conselheiros oriundos de empresas associadas. Nossa estrutura Presidente Executiva - Elbia Melo Coordenação Administrativa Financeira - Clovis Mendes e Christiane Santos Coordenação Técnica, Regulação e Infraestrutura - Sandro Yamamoto, Emiliana Fonseca e Francine Pisni Coordenação de Relações Institucionais e Imprensa -Marcela Ruas e Felipe Vieira Presidente do Conselho de Administração - Otávio Silveira Vice Presidência do Conselho de Administração - Eduardo Leonetti Lopes, Laura Fonseca Porto, Lauro Fiuza Júnior, Paulo Celso Guerra Lage, Pedro Figueiredo Cavalcanti, Renato Amaral, Marcio Severi, Rosana Rodrigues dos Santos Cauê Mendonça Associe-se à ABEEólica O contato pode ser feito por meio dos e-mails: marcela.ruas@abeeolica.org.br e comunicacao@abeeolica.org.br 11