INTERVENÇÃO E EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: DROGAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS

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Transcrição:

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA INTERVENÇÃO E EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: DROGAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS BORK, Luany Caroline Adamovicz 1 BARRETO, Maynara Fernanda Carvalho 2 FLORIANO, Lara Simone Messias 3 CASSIMIRO, Gabriele Nogueira 4 SANTOS, Therency Kamila dos 5 RESUMO O uso de drogas ilícitas nos últimos anos tem aumentado em um ritmo alarmante, onde seus efeitos ultrapassam todas as fronteiras sociais, econômicas e políticas, causando uma problemática de difícil controle na população mundial. O consumo das drogas, de modo geral, tem início na adolescência. Este é um momento de diferenciação em que "naturalmente" o adolescente afasta-se da família e adere ao seu grupo de iguais, devido aos fatores deparados nessa etapa. Devido a dificuldade dos usuários aderir o tratamento, a educação e promoção em saúde, que visam alcançar a melhoria da qualidade de vida da população, com enfoque na prevenção voltada a evitar ou minimizar os problemas, ganham destaque. Objetivou-se neste estudo alegar a importância da educação e promoção em saúde como ferramenta fundamental de contribuição para a prevenção do uso drogas. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa descritiva.foram realizados 6 encontros com 3 turmas diferentes denominadas A, B e C de alunos matriculados na 7º série,e, aplicados pré e pós testes. No pré teste, a turma A obteve 93 (46 %) acertos, a turma B 95 (51 %) acertos e a turma C 93 ( 55 %) acertos. As três turmas obtiveram uma média de 51 % de acertos de questões do pré teste. No final da palestra ministrada, a turma A atingiu o total de 109 acertos (54%), a turma B atingiu 79 % e a turma C 86 % de questões acertadas. Conclui- se que após a palestra ministrada houve uma melhora significativa em relação ao conhecimento que os alunos possuíam anteriormente. Desse modo, é de suma importância a proposta do programa de extensão em atuar juntamente com os adolescentes na tentativa em sensibiliza- los sobre a problemática do Crack. PALAVRAS CHAVE Drogas. Educação em Saúde. Adolescente. 1 Acadêmica do 4º ano do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Estadual de Ponta Grossa -Pr, apresentadora e autora, luadamovicz@hotmail.com 2 Acadêmica do 4º ano do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Estadual de Ponta Grossa -Pr, apresentadora e autora, maynara_barreto@hotmail.com 3 Mestre em enfermagem, Docente da Universidade Estadual de Ponta Grossa PR, coautora, laramessias@ig.com.br 4 Acadêmica do 4º ano do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Estadual de Ponta Grossa- PR, coautora, gabi_nc16@hotmail.com 5 Enfermeira graduada pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, coautora,thety_tks@hotmail.com

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 2 Introdução O uso de drogas ilícitas nos últimos anos tem aumentado em um ritmo alarmante, onde seus efeitos ultrapassam todas as fronteiras sociais, econômicas e políticas, causando uma problemática de difícil controle na população mundial. Neste sentido, está problemática acaba resultando no aumento de gastos em tratamento hospitalar, índices de acidentes de trabalho, acidentes de trânsito, violência urbana, mortes prematuras, violência doméstica, falta de integração às atividades escolares, além de seus diversos malefícios, os quais promovem o isolamento social e a desagregação familiar do sujeito dependente da droga (CARLINI, et. al, 2002). O consumo das drogas, de modo geral, tem início na adolescência. Este é um momento de diferenciação em que "naturalmente" o adolescente afasta-se da família e adere ao seu grupo de iguais, devido aos fatores deparados nessa etapa. O jovem fica exposto a conflitos, dentre eles os psicossociais, busca pela auto-estima, necessidade por uma integração social, e a de independência familiar, testando assim, as diversas possibilidades da vida adulta, de ter poder e controle sobre si mesmo (MARQUES; CRUZ, 2000). Além destes fatores supracitados que levam o jovem a rebeldia da adolescência, tem-se a disseminação e o aumento da procura das drogas, a saber: fácil acesso ao mercado ilegal, baixo custo de algumas dessas drogas ilegais e a sensação de euforia nostálgica. Além disso, conflitos individuais e sociais colaboram com a procura deste mundo das drogas, pois os sujeitos acabam encontrando refúgio e serenidade (MENDONÇA, 2010). Após um primeiro contato com estas substâncias, o tempo, para se tornar dependente químico é relativo. Neste sentido, a dependência química é definida como o conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos no qual o uso de uma substância alcança uma importância muito maior do que outros comportamentos que antes tinham valor para o indivíduo, tornando-se um importante problema de saúde pública (COSTA, 2006). Com isso, o indivíduo ao utilizar substâncias ilícitas em grande quantidade ao ponto de se tornar um dependente químico, acaba perdendo a liberdade de escolha, isto é, o sujeito se torna incapaz de escolher se vai consumir a substância psicoativa e a quantidade a ser ingerida suficiente para satisfazê-lo (SUPERA, 2009). No Brasil, uma variedade de alternativas são ofertadas aos usuários que desejam e buscam tratamento, onde os indivíduos optam pelo tratamento mais adequado ao seu perfil e/ou suas necessidades. Entretanto, as substâncias psicoativas levam os sujeitos a abandonarem qualquer tipo de mediação social, ficando aprisionados a um mundo regrado pela urgência do uso da droga, dificultando estratégias de enfrentamento (SCHENKER, 2004). Devido a dificuldade dos usuários aderir ao tratamento, a educação e promoção em saúde, visam alcançar a melhoria da qualidade de vida da população, com enfoque na prevenção, voltada a evitar ou minimizar os problemas, ganhando um destaque (GELBCKE, PADILHA, 2004). Objetivos Alegar a importância da educação e promoção em saúde como ferramenta fundamental de contribuição para a prevenção do uso drogas. Metodologia Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa descritiva desenvolvido pelo projeto de extensão Educação permanente a discentes no enfrentamento ao crack e outras drogas. Para a realização do estudo ocorreram seis encontros no colégio CAIC, (Centro de Atenção Integral à Criança) com três turmas (total de 79 alunos matriculados na 7ª série), nas segundas e terças-feiras das 13h50 às 16h30,no ano de 2012, onde os acadêmicos dos cursos de Bacharelado em Enfermagem e Medicina proferiram palestras abordando o seguinte tema: Drogas e suas consequências. Como forma de avaliação, foi distribuído um pré-teste e um pós-teste com questões relacionadas à temática durante as palestras Os pré e pós-testes possuíam as mesmas questões para verificar se os alunos obtiveram conhecimento. Após os encontros foram analisados todos os pré e pós testes e em seguida foi realizado uma comparação em relação a quantidade de acertos dos alunos antes e depois dos encontros. Resultados No primeiro dia de encontro com os alunos, foi realizada a apresentação dos acadêmicos palestrantes, e então, houve a distribuição do pré-teste contendo sete perguntas objetivas para os alunos com as devidas orientações para o seu preenchimento. Após os 6 encontros foi aplicado o pós

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 3 teste contendo as mesmas questões e a mesma ordem que o pré teste, a fim de saber se os alunos haviam adquirido conhecimento. Os resultados do pré e pós teste da turma A, B e C foram os seguintes: Tabela 1 Porcentagem de acertos no pré teste das turmas A, B e C PRÉ TESTE TURMA A ( N = 29) TURMA B ( N =26) TURMA C ( N =24) TOTAL ( N= 79) 1. O que são 15 acertos -52 %; 8 acertos 30%; 16 acertos -66%; 49 % drogas? 2. Exemplos de drogas lícitas no Brasil são: 3. O uso do tabaco causa: 4. Qual é a droga mais consumida no mundo: 5. O que é o crack? 6. O uso de drogas, com o tempo, pode causar 7. O que são drogas ilícitas? 6 acertos 21 %; 10 acertos-38%; 7 acertos - 29%; 29 % 7 acertos 24 %; 5 acertos 15%; 7 acertos - 29% ; 22 % 17 acertos- 59 %; 19 acertos 73%; 16 acertos - 66% 66 % 9 acertos 31 %; 11 acertos 42 %; 8 acertos - 33%; 35 % 19 acertos- 66 %; 21 acertos 80%; 24 acertos - 100%; 82 % 20 acertos- 69 %; 21 acertos 80%; 15 acertos - 62%; 70 % TOTAL 46 % 51 % 55 % 51 % Fonte: Esta tabela mostra os resultados obtidos no pré teste (As autoras, 2013). Tabela 2 Porcentagem de acertos no pós teste das turmas A, B e C PÓS TESTE TURMA A ( N = 29) TURMA B ( N =26) TURMA C ( N =24) TOTAL (N = 79) 1. O que são 20 acertos 69 %; 14 acertos 73%; 21 acertos - 88%; 77 % drogas? 2. Exemplos de drogas lícitas no Brasil são: 3. O uso do tabaco causa: 4. Qual é a droga mais consumida no mundo: 5. O que é o crack? 6. O uso de drogas, com o tempo, pode 14 acertos 48 %; 14 acertos 73%; 20 acertos - 83%; 68% 12 acertos 41 %; 16 acertos 84% 22 acertos - 94%; 73 % 15 acertos 52 %; 17 acertos 89% 22 acertos - 94%; 78 % 13 acertos 45 %; 12 acertos 63% 17 acertos- 72%; 60 % 18 acertos 62 %; 17 acertos 89% 21 acertos - 88%; 80 %

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 4 causar 7. O que são drogas ilícitas? 17 acertos 59 %; 15 acertos 79% 20 acertos - 84%; 74 % TOTAL 54 % 79 % 86 % 73 % Fonte: Esta tabela mostra os resultados obtidos no pós teste (As autoras, 2013). No pré teste, a turma A obteve 93 (46 %) acertos, a turma B 95 (51 %) acertos e a turma C 93 (55 %) acertos. As três turmas obtiveram uma média de 51 % de acertos de questões do pré teste. Nota-se que a questão 6, (O uso de drogas, com o tempo, pode causar) foi a questão que teve maior porcentagem de acertos e a questão 3 (O uso do tabaco causa) foi a que teve menor porcentagem de acerto. No final da palestra ministrada, a turma A atingiu o total de 109 acertos (54%), a turma B atingiu 79 % e a turma C 86 % de questões acertadas. Isso mostra que após os encontros tanto a turma A, B e C obtiveram um aumento de conhecimento em relação a drogas e suas consequências. Nota-se ainda que a questão 5 (O que é o crack?) foi a questão com menos porcentagem de acertos e a questão 6 (O uso de drogas, com o tempo, pode causar) foi a questão com maior numero de acertos. Observa-se que a turma B e a turma C avançaram significativamente na aquisição de conhecimento após os encontros. A turma B no pré teste obteve 51 % de acertos e no pós teste 79%. A turma C no pré teste possuía 55 % de acertos e no pós teste 86% de acertos. Em relação as questões que no pós teste tiveram um declínio de acertos, é necessário que ocorra uma nova educação permanente para estes alunos por meio de novos encontros. Conclusões É clara a necessidade da intervenção, principalmente, a educação permanente na fase da adolescência. A problemática do crack não requer somente ações dos serviços de saúde, mas sim da política de educação, assistência social, enfim, é o conjunto das políticas públicas que pode modificar essa realidade social (MOCELIN, MOREIRA, 2010). Comparando o pré e pós-teste, pode-se perceber que após a palestra ministrada aos alunos da 7º série do Colégio CAIC, houve uma melhora significativa em relação ao conhecimento que os alunos possuíam anteriormente ao assunto. Este resultado possui extrema relevância uma vez que a média de idade dos alunos é 13 anos e estes estão na fase da adolescência, época de intensas mudanças físicas e psicológicas onde a tendência da participação em um grupo de amigos que possuem gostos em comum, sobre sai o modelo dado pelos amigos e obscurece a exigência dada pelos pais. Desse modo, é de suma importância a proposta do programa de extensão em atuar juntamente com os adolescentes na tentativa em sensibiliza- los sobre a problemática do Crack. Referências CARLINI, E.A.; GALDURÓZ, F.J.C.; NOTO, A.R.; NAPPO, S.A.; I Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil: Estudo Envolvendo as 107 Maiores Cidades do País. Disponível em: http://www.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/levantamento_brasil/parte_1.pdf. Acesso: 12 de abril de 2013 COSTA, S. F. As Políticas Públicas e as Comunidades Terapêuticas nos atendimentos à Dependência Química. 2006 GELBCKE, F. L.; PADILHA, M. I. C. S.. O Fenômeno das Drogas no Contexto da Promoção da Saúde. Vol. 13. Florianópolis Santa Catarina Brasil. Texto e Contexto Enfermagem, abril-junho, n.002. 2004. MARQUES, A. C. P. R.; CRUZ, M. S. O adolescente e o uso de drogas. Rev. Bras. Psiquiatr. [online],, vol.22, suppl.2, pp. 32-36. ISSN 1516-4446, 2000.

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 5 MENDONÇA, L. O. M. Crack, o refúgio dos desesperados, à luz do programa nacional de combate às drogas. Revista da SJRJ, Vol. 17, nº 29, 2010. MOCELIN, C. E.; MOREIRA, N. S. Adolescentes e o Crack: uma relação de dor e sofrimento. Promovendo Saúde na Contemporaneidade: desafios de pesquisa, ensino e extensão. Santa Maria, RS. 08 a 11 de junho de 2010. Disponível em: http://www.unifra.br/eventos/jis2010/trabalhos/45.pdf Acesso em 12 de abril de 2013 SCHENKER; M.; MINAYO; M. C. S. A importância da família no tratamento do uso abusivo de drogas: uma revisão da literatura. 3Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20(3):649-659, mai-jun, 2004. SUPERA - Sistema para detecção do Uso abusivo e dependência de substâncias Psicoativas: Encaminhamento, intervenção breve, Reinserção social e Acompanhamento. Efeitos de substâncias psicoativas no organismo. Módulo 2. 3ª Edição. Brasília. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2009.