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Transcrição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA E PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DOUTOR RODRIGO JANOT. VÊM, 1, JOSÉ GUIMARÃES, EDSON SANTOS, RICARDO BERZOINI, todos os Deputados Federais, eleitos pelo Partido dos Trabalhadores como representantes do Estado de São Paulo, Estado do Ceará, Estado do Rio de Janeiro, na Câmara dos Deputados, no exercício de suas atribuições, em cumprimento ao múnus público decorrente do mandato que lhes foram outorgados, vem à presença de V. Excelência, promover a presente 1

REPRESENTAÇÃO com vistas a que se proceda à apuração de possível ilegalidade e ou infração administrativa de natureza praticada por RODRIGO DE GRANDIS, Procurador da República em São Paulo, com endereço institucional na Rua Frei Caneca, 1360, São Paulo SP, face aos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos. BREVE INTRODUÇÃO 2 A Constituição Federal determina em seu art. 37 os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, garantias para os atos da Administração Pública e também para o administrado, o cidadão. A Lei 8625/1993 é a lei orgânica do Ministério Público e nela estão previstos os deveres dos Procuradores da República. O PROCURADOR DA REPÚBLICA RODRIGO DE GRANDIS, PELO QUE APONTAM O NOTICIÁRIO E AS 2

EVIDÊNCIAS A TODOS EXPOSTAS, DESCUMPRIU OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E DEVERES FUNCIONAIS RETRO MENCIONADOS AO DEIXAR DE ENCAMINHAR INVESTIGAÇÃO SOBRE PRÁTICAS DE CORRUPÇÃO DE AGENTES PÚBLICOS LIGADOS AO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Como resultado, também de acordo com o noticiário, temos a impossibilidade de avançar na apuração de crimes de corrupção, a impunidade dos envolvidos, além do ordenamento jurídico violado e dos deveres funcionais desrespeitados, como abaixo se demonstrará. 3 DOS FATOS Em apertada síntese, posto que fato público e notório, está em curso investigação sobre as condutas das empresas SIEMENS e ALSTOM nos procedimentos de licitação para fornecimento de bens para o Governo do Estado de São Paulo, notadamente condutas que caracterizam crime de corrupção envolvendo agentes públicos estaduais paulistas como sujeitos passivos. 3

As investigações tiveram inicio na Alemanha, com tramitações na Suíça, e o Ministério Público Federal em São Paulo foi acionado por seus homólogos germânico e suíço para colaborar, apurando no Brasil a partir das informações compartilhadas, tudo para, aqui e lá, instruir investigações e decorrentes ações penais para punição dos atos que se comprovassem criminosos. Como relatam as noticias, autoridades suíças pediram para que o Ministério Público Federal investigassem a vida financeira de quatro pessoas, entre eles o ex-diretor da CPTM João Roberto Zaniboni, acusado de ter recebido US$ 836 mil, cerca de R$ 1,84 milhão. 4 Os procuradores suíços também pediram que outros três suspeitos de trabalhar como intermediários no pagamento de propina, inclusive o referido Zaniboni, fossem interrogados: Arthur Teixeira, Sérgio Teixeira e José Amaro Pinto Ramos. O Procurador da República responsável pelo caso era Rodrigo de Grandis; os ofícios contendo as demandas de investigação não foram respondidos ou tiveram qualquer encaminhamento: foram arquivados de forma a que não fossem encontrados para resposta ou encaminhamento! 4

Pela ação ou omissão de Rodrigo de Grandis, as apurações das condutas de tais personagens foram arquivadas as noticias relatam que, na Suiça, Procuradores responsáveis por investigar os negócios da empresa ALSTOM arquivaram os expedientes pertinentes aos três suspeitos de terem feito pagamento de propina a funcionários de órgãos públicos no País e a políticos do PSDB. DO DIREITO Os princípios constitucionais previstos no art. 37 da Constituição Federal são aplicáveis a todos os servidores públicos, sem exceção. 5 No caso concreto, o Procurador De Grandis, com sua ação ou omissão, a apurar, violou-os de forma clara: - o principio da legalidade impunha que a conduta do Procurador seguisse o estabelecido pela lei, impunha o cumprimento do dever legal do Procurador, de responder e principalmente encaminhar a investigação requerida, inclusive porque inserida em investigação já em curso de 5

condutas de outros e dos mesmos servidores públicos mencionados no oficio suíço; - o principio da impessoalidade impunha que despersonalizasse a questão e apurasse a conduta, fosse quem fosse o suspeito investigado; - o principio da moralidade, que preconiza que cabe ao agente público distinguir com clareza o bem do mal, o legal do ilegal, o honesto do desonesto, impunha o pronto encaminhamento dos pedidos sendo certo que a violação do princípio da moralidade implica na violação ao princípio da improbidade administrativa, sendo imoral a adoção de conduta por servidor publico que impeça apuração de fatos criminosos e à imoralidade se somará a improbidade, com base no art. 11 da Lei 8429/92. - o principio da eficiência, especialmente espancado no presente caso pelo que se dessume do noticiário, e que impunha ao Procurador De Grandis, como agente público, realizar com presteza, perfeição e rendimento funcional suas funções, respondendo e apurando os crimes, que diga são significativos como conduta, na ousadia e nos valores envolvidos. 6 6

Não só como agente público o Procurador De Grandis violou normas. Também violou normas disciplinares e funcionais como Procurador da República. De fato os membros do Ministério Público têm como deveres, nos termos da Lei 8625/93: Art. 43. São deveres dos membros do Ministério Público, além de outros previstos em lei: I - manter ilibada conduta pública e particular; II - zelar pelo prestígio da Justiça, por suas prerrogativas e pela dignidade de suas funções; 7 III - indicar os fundamentos jurídicos de seus pronunciamentos processuais, elaborando relatório em sua manifestação final ou recursal; IV - obedecer aos prazos processuais; V - assistir aos atos judiciais, quando obrigatória ou conveniente a sua presença; VI - desempenhar, com zelo e presteza, as suas funções; 7

VII - declarar-se suspeito ou impedido, nos termos da lei; VIII - adotar, nos limites de suas atribuições, as providências cabíveis em face da irregularidade de que tenha conhecimento ou que ocorra nos serviços a seu cargo; IX - tratar com urbanidade as partes, testemunhas, funcionários e auxiliares da Justiça; X - residir, se titular, na respectiva Comarca; XI - prestar informações solicitadas pelos órgãos da instituição; 8 XII - identificar-se em suas manifestações funcionais; XIII - atender aos interessados, a qualquer momento, nos casos urgentes; XIV - acatar, no plano administrativo, as decisões dos órgãos da Administração Superior do Ministério Público. (grifo nosso) A ação ou omissão do Procurador De Grandis, que permitiu que ofício de seu conhecimento fosse arquivado 8

por equívoco em pasta de outra natureza, como alegou com tibieza e certo cinismo, aos órgãos de comunicação, é violadora de seus deveres funcionais. Ou por acaso, o Procurador recebe centenas de ofícios da Justiça Suíça, aponto de esquecer de adotar a providência legal? A justificativa do engano é o que apresenta o Procurador De Grandis para explicar sua conduta e é tíbio e cínico porque se limita a este argumento. Por que não informa as medidas encaminhadas, ainda que extemporaneamente? Por que não diz sobre a apuração dos fatos no âmbito administrativo. 9 Não obstante, os indícios da violação dos princípios constitucionais e funcionais supra citadas vieram à luz em matéria publicada no site www.conjur.com.br 1 com o seguinte teor: O MOTIVO FOI QUE, MESMO DEPOIS DE INTIMADO, O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EM SÃO PAULO NÃO PRESTOU AS INFORMAÇÕES 1 Conforme consulta realizada em 29out2013, as 18h30 9

PEDIDAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO DA SUÍÇA. RODRIGO DE GRANDIS (FOTO), RESPONSÁVEL PELAS APURAÇÕES NO BRASIL, DISSE TER HAVIDO FALHA TÉCNICA : OS DOCUMENTOS TERIAM SIDO CATALOGADOS NA GAVETA ERRADA. NOS TERMOS EXPOSTOS, INEGÁVEL QUE HÁ INDÍCIOS DE VIOLAÇÕES A PRINCÍPIOS CONSTITUICIONAIS E DEVERES FUNCIONAIS NA CONDUTA DO PROCURADOR RODRIGO DE GRANDIS. Que com seu comportamento colocou como ineficiente o Poder Judiciário brasileiro perante o Poder Judiciário da Suíça. 10 Cabe a este Conselho, no exercício de sua competência, e a Vossa Excelência, representante máximo do Colegiado, tomar as medidas pertinentes na estrutura deste Conselho para apuração e a penalização do Procurador De Grandis. 10

DA CONCLUSÃO O objetivo desta representação não poderia ser outro: que o Conselho Nacional do Ministério Público apure se de fato aconteceu às violações aos preceitos legais e funcionais que os indícios já apurados apontam, em processo disciplinar que assegure a ampla defesa e o contraditório a Rodrigo de Grandis, e, sendo verdadeiros os fatos, que promova a devida aplicação de penalidade, de forma a fazer com que seja responsabilizado o responsável pela omissão na investigação e apuração dos crimes de corrupção perpetrados pelos agentes do Governo de São Paulo. 11 Isto posto, e considerando que os fatos acima relatados apontam para possíveis ilegalidades praticadas por RODRIGO DE GRANDIS, é a presente para promover esta REPRESENTAÇÃO na certeza de que este Conselho Nacional do Ministério Público encaminhará as medidas cabíveis para apurar o ora apresentado e impedir que os fatos apresentados venham a se repetir, e para chamar à 11

responsabilização, ainda que membros de seus quadros, os agentes públicos envolvidos. São Paulo, 29 de outubro de 2013. Renato Simões Deputado Federal 12 José Guimarães Deputado Federal Líder do Partido dos Trabalhadores Edson Santos Deputado Federal Ricardo Berzoini Deputado Federal. 12