Região: Área longa e estreita seguindo o curso do rio Nilo. Mais de 1.000km de extensão e cerca de 30 quilômetros de largura máxima

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Transcrição:

EGITO ANTIGO

Região: Área longa e estreita seguindo o curso do rio Nilo. Mais de 1.000km de extensão e cerca de 30 quilômetros de largura máxima

O território divide-se em: Baixo Egito (Egito Inferior) - NORTE Com clima semitemperado e seco, contudo muito bem servido pelo Nilo para irrigação. Alto Egito (Egito Superior) - SUL Com clima tropical, relativa precipitação, e muitas vezes inundado pelo Nilo.

O território divide-se em: Baixo Egito (Egito Inferior) - NORTE Com clima semitemperado e seco, contudo muito bem servido pelo Nilo para irrigação. Alto Egito (Egito Superior) - SUL Com clima tropical, relativa precipitação, e muitas vezes inundado pelo Nilo.

A civilização egípcia durou mais de 3.000 anos com características que pouco mudaram durante esse período. É essa durabilidade que dá uma qualidade estática à cultura egípcia e explica uma crença bastante difundida de que o Egito nunca mudou. [...] durante toda a sua história, os egípcios deliberadamente mantiveram fidelidade à sua forma original. (Jaguaribe)

Durante o processo de formação da civilização egípcia, formaram-se dois reinos, o do sul e o do norte. Mais tarde, afirmam vários pesquisadores, o sul conquistou o norte e impôs a unificação (que foi desfeita posteriormente). É a partir da unificação que se formam os fundamentos da cultura egípcia. O rei passa a ser reconhecido como a encarnação do deus Horus e protegido por duas deusas: Nekbet (Alto Egito) encarnada em um corvo Buto (Baixo Egito) sob a forma de cobra

O centro da vida egípcia era o rei, considerado a encarnação da divindade Horus. Faraó continuidade entre o divino e o humano, entre o cósmico e o social.

Classes sociais: Classe superior: família real, nobreza, altos funcionários Classe média: funcionários de nível intermediário, sacerdotes, comerciantes, fazendeiros Classe baixa: artesãos, camponeses livres Escravos

Visão de mundo: estática, fixa e imutável desde o momento da criação, guardando as características originais. Só existem mudanças cíclicas (mas as fases dos ciclos são imutáveis)

Só existem mudanças cíclicas (mas as fases dos ciclos são imutáveis) A ordem social é parte da ordem cósmica, decretada pelos deuses. Convicção da vida eterna que se segue à morte e à preocupação com a sobrevivência do espírito. A vida post-mortem foi sempre associada à preservação do corpo pela mumificação ou por meio das imagens. Túmulo: exigência para acolher o corpo e as imagens do morto. Povo pragmático. Orientados no sentido de alcançar a felicidade pessoal e o gozo da vida. Tutancamon

As características gerais da arquitetura egípcia podem ser classificadas: solidez e durabilidade sentimento de eternidade.

No Egito, sobretudo nos primeiros tempos, há um grande contraste entre a cidade e arquitetura provisória dos vivos e a cidade e arquitetura eterna dos mortos. A arquitetura egípcia pode ser dividida em duas: a arquitetura dos mortos (divina e eterna) que é a dominante. Feita com materiais duráveis como a pedra. É feita para ser vista de longe, como a pirâmides, obeliscos, estatuas gigantes. a arquitetura dos vivos, insignificante e transitória. A arquitetura dos vivos, inclusive os palácios dos faraós, é feita de materiais menos duráveis como os tijolos. Logo destruídas, são abandonadas (moradas temporárias).

Terceira dinastia revolução arquitetônica com Imhotep, conselheiro e arquiteto do rei Zoser (em 2.700 a.c.), que construiu a primeira pirâmide de pedra (com 60m de altura) e o complexo funerário em Saqqara.

Pirâmide de pedra e o complexo funerário em Saqqara. Imhotep substitui o uso de tijolo prensado por pedra branca....considerado por historiadores como o primeiro arquiteto e engenheiro...

Estatueta de bronze de Imhotep no Louvre. Imhotep interpretado por Arnold Vosloo nos filmes a Múmia e o retorno da Múmia. Os filmes não conferem com os fatos históricos.

Os estágios sucessivos da construção da Pirâmide de Zóser foram a mastaba (M) e as aplicações do projeto (P1 e P2). As pirâmides. A solução de um enigma. Joseph Davidovits e Margie Morris, Editora Record, 1988, Rio de Janeiro-RJ, pp. 120-129.

Pedras utilizadas

Quarta Dinastia grandes construtores de pirâmides (considerada a fase clássica do Antigo Egito). Mobilização de grande contingente de mão-de-obra e redução das atividades produtivas, com o conseqüente empobrecimento do país. As três maiores pirâmides do Egito em ordem de grandeza: Quéops, Quéfren e Miquerinos

Esfinge

Quinta Dinastia (2.500 a 2.350 a.c.) construção de pirâmides em menor escala. Importação de materiais inexistentes no território egípcio através de expedições militares e econômicas. Tendência à descentralização do país. O poder gradualmente deslocou-se do rei para as províncias. Décima segunda Dinastia - reunificação do Egito. São adotadas políticas muito expansivas, que se reflete no comércio com os fenícios, expedições à Líbia e à Núbia, com a anexação desta última ao território egípcio. Comércio marítimo com Creta e no Mar Vermelho. Grande florescimento da arte e da literatura. Décima terceira Dinastia retorno ao separatismo.

Décima oitava dinastia o reinado de Amenhotep I marca o início da formação do império egípcio. Tutmosis II (que governou o Egito entre 1490 e 1436 a.c.) foi um grande político, militar e grande construtor. Seu reinado propiciou ao Egito uma das maiores extensões territoriais.

O período de governo dos ramisídios (de Ramisés IV a Ramisés XI 1.116 a 1.090 a.c.) foi marcado pela decadência. Perdeu-se o controle da Síria e da Palestina para os assírios. Em 672 a.c. os egípcios foram derrotados pelos assírios.

Entre 663 a 524 a.c. é retomada a independência egípcia. A marinha é reconstruída, há ressurgimento cultural com ênfase no Antigo Egito. A prosperidade volta ao país. A Assíria, maior ameaça estrangeira ao Egito entrou em colapso e foi sucedida pela Babilônia. Os babilônios não dominaram o Egito, mas os persas sim. Trigésima dinastia o Egito re-estabelece a independência com Nectanebe I, que tenta reorganizar a nação.

PAPIRIFORME

PALMIFORME

PALMIFORME

Planta em perspectiva do templo de Karnak

Templo de Karnak

Templo de Karnak

Templo de Karnak

Templo de Karnak

Templo de Karnak

Templo de Karnak Ramisés IV

Templo de Karnak Ramisés IV

Templo de Hatshepsut

Templo de Hatshepsut

Templo de Hatshepsut

Templo de Hatshepsut

Templo de Hatshepsut

Templo de Hatshepsut

Mumificação

Mumificação

A decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das atitudes religiosas. Suas características gerais são: ausência de três dimensões; ignorância da profundidade; colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil. Quanto a hierarquia na pintura: eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino; As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de

Crença em vários deuses que, no caso dos deuses masculinos, combinavam forma humana com cabeça de animal.

Deus Horus deus do céu, criador do universo e da ordem.

Deusas Hator (deusa da alegria e da festa) e Isis (mais popular no Egito, modelo de mãe e esposa, representa a magia e os mistérios do Egito).

Deusas Maat (deusa da verdade e da justiça) e Hator (deusa da alegria e da festa) e.

Anúbis, deus dos mortos e da mumificação.

Thot, deus da sabedoria.

Riqueza da simbologia egípcia.

Embarcação feita de papiro muito utilizada pelos pescadores egípcios.