Energia. Guia para Professores



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Transcrição:

Energia Guia para Professores

Energia - Guia para professores 3 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO...5 1.1 Apresentação... 5 1.2 Objetivos do Programa Educação Ambiental nas Escolas... 5 1.3 Trabalho com Projetos nas Escolas... 5 1.3.1 Materiais Pedagógicos de Apoio... 5 2. ORIENTAÇÕES GERAIS...6 2.1 As Etapas do Programa... 6 2.1.2 Papel das Escolas / Professores... 6 3. INTRODUÇÃO AO TEMA...6 3.1 Breve Histórico sobre Educação Ambiental... 6 3.2 Conceitos... 6 3.3. Utilizando os Conceitos... 7 4. SUGESTÕES DE ATIVIDADES...9 4.1. Português... 9 4.2. Matemática... 13 4.3 Ciências... 14 5. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA...15 5.1.Livros... 15 5.2.Sites... 16 6. ANEXOS...17 6.1 Anexo I... 17 Tabela de Aparelhos... 17 6.2 Anexo II... 19 Pilha comum... 19

Energia - Guia para professores 5 1. INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação O Programa Educação Ambiental nas Escolas foi desenvolvido para professores do ensino fundamental e educadores ambientais. Trata-se de um programa que visa o reforço das aptidões curriculares básicas do ensino através da sensibilização de alunos do ensino fundamental para os assuntos relacionados à educação ambiental. Nesse ciclo, introduziremos o tema energia, a partir de conteúdos como as diferentes fontes de energia, os benefícios e prejuízos de cada tipo, o consumo diário em diferentes ambientes e o funcionamento da eletricidade. Este programa convida os professores a envolverem os alunos na tarefa de conhecer e reconhecer de onde vêm os diferentes tipos de energia que fazem parte do cotidiano, ampliando o repertório sobre seus usos, de forma que eles tenham subsídios para relacionar os problemas envolvendo seu consumo e desperdício para viver em uma sociedade que priorize a sustentabilidade. 1.2 Objetivos do Programa Educação Ambiental nas Escolas Os objetivos gerais do programa são: trabalhar questões ambientais, concentrando-se nos problemas sociais, econômicos e políticos, trazendo subsídios para auxiliar o professor na sala de aula à formação de valores e atitudes dos alunos. O programa pretende colaborar na atuação individual e coletiva dos estudantes para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais em escolas das redes pública e privada do primeiro ciclo do ensino fundamental (1o ao 5o ano). O programa pretende promover atitudes dos alunos e da comunidade envolvida que colaborem para mudar localmente os padrões de ação, de acordo com uma visão mais comprometida com a conservação do meio ambiente. 1.3 Trabalho com Projetos nas Escolas Os projetos constituem uma forma amplamente reconhecida de organizar o trabalho didático, especialmente por seu caráter interdisciplinar, permitindo a integração dos diferentes campos de conhecimento e abrindo espaço para a inclusão de conhecimentos extra-escolares (temas transversais). O Programa Educação Ambiental nas Escolas propõe, por meio da atuação dos professores, uma ação educativa continuada, através da transversalidade do tema, auxiliando na elaboração de projetos, principalmente de português e matemática, voltados para a realidade da comunidade. 1.3.1 Materiais Pedagógicos de Apoio Guia para os professores Cartilha sobre o tema para os alunos E-mail para suporte de dúvidas: eduambiental@viagutenberg.com.br

6 Energia - Guia para professores 2. ORIENTAÇÕES GERAIS 2.1 As Etapas do Programa Programa Educação Ambiental nas Escolas Parceria Repertório para professores Desenvolvimento do tema Resultados Definição de parcerias com órgãos e entidades ligadas ao tema Entrega de material didático (guia e cartilhas) Capacitações para os professores com técnica ambiental Despertar o interesse dos alunos através do tratamento do tema em sala de aula Elaboração de trabalhos pelos alunos Avaliação dos trabalhos dos alunos Premiação Avaliação de Resultados Relatório Final 2.1.2 Papel das Escolas / Professores Confirmação do recebimento dos materiais com o fornecimento de dados cadastrais na hora da entrega Compromisso em incentivar a capacitação dos professores Compromisso com a sensibilização dos alunos sobre o tema Incentivo a elaboração de projetos sobre o tema abordado e o entorno da escola Participação na reunião de feedback e preenchimento da pesquisa sobre o programa 3. INTRODUÇÃO AO TEMA 3.1 Breve Histórico sobre Educação Ambiental No Brasil, as discussões acerca da educação ambiental tomaram força em meados da década de 1980. Esse debate chegou à área educacional com sua inclusão nos Parâmetros Curriculares Nacionais e na publicação da lei federal que define a Política Nacional de Educação Ambiental PNEA (9.795/1999). Tais instrumentos legais e documentos oficiais asseguram ao tema um caráter transversal, indispensável e indissociável da política educacional brasileira. 3.2 Conceitos Uma maneira de instigar o interesse dos alunos é chamar sua atenção sobre a importância da energia em seu dia-a-dia, já que, muitas vezes, eles não percebem os seus diversos usos. Por exemplo, estamos acostumados a utilizar equipamentos que nos proporcionam conforto graças à utilização de energia, como os automóveis, as lâmpadas que iluminam a escola, as casas e as ruas, os eletrodomésticos, o computador e o celular. Por muito tempo, o ser humano usou, sobretudo, a energia solar, mas aprendeu a dominar a utilização da energia dos ventos (eólica), da água e a tração animal, além de ampliar cada vez mais o raio de ação do próprio braço humano. O ritmo do desenvolvimento da humanidade sofreu uma mudança significativa com a criação e massificação do uso da máquina a vapor, em meados do século XVIII, e a possibilidade de armazenamento de energia, o que ampliou a possibilidade de seu uso, e a descoberta de outras fontes de energia. Atualmente, são várias as fontes de energia presentes no cotidiano, que podem ser classificadas como renováveis (solar, eólica e hidráulica, na maioria das vezes) e como não-renováveis (carvão mineral, petróleo, gás natural e energia nuclear).

Energia - Guia para professores 7 Segue abaixo uma breve explicação sobre cada tipo de fonte de energia: (Professor, utilize-as para discutir as informações da pág. 4 da cartilha Faísca e a família Silva economizam energia.) Energia solar: é a captação de energia luminosa advinda do Sol, que pode ser usada diretamente para o aquecimento de água ou convertida em energia elétrica ou mecânica. É um recurso renovável e que não polui o ambiente, porém ainda é considerado caro para implantação em larga escala. Energia eólica: é originada da força do vento, que move os aerogeradores responsáveis pela produção de energia elétrica. É um recurso renovável e não libera poluição para o ambiente. Os grupos de pás eólicas precisam ser implantados em um local com regime de ventos adequado. Energia hidráulica: resulta da conversão da energia potencial associada a uma queda d água em energia mecânica por meio de turbinas hidráulicas ou moinhos de água. Apresenta impacto ambiental em sua implantação, porque exige o alagamento de vastas áreas e a mudança do curso de rios, interferindo na vida de espécies que deles vivem e dependem. Carvão mineral: é um combustível fóssil usado para produzir energia elétrica em usinas termelétricas, a partir da energia liberada sob a forma de calor. É um recurso não-renovável e polui o ar com fuligem preta e com a grande liberação de gás carbônico resultante de sua queima. Petróleo: é um combustível fóssil utilizado em máquinas de combustão interna para gerar energia. É um recurso não-renovável e, como o carvão mineral, polui o ambiente com a liberação de gás carbônico. Gás natural: é de origem fóssil e, por ser encontrado em estado gasoso, não precisa ser atomizado para queimar, o que resulta em uma combustão limpa, com reduzida emissão de poluentes e melhor rendimento térmico. É um recurso não-renovável e a sua combustão é completa, liberando gás carbônico e vapor d água. Na indústria, é utilizado como combustível para fornecimento de calor, geração de eletricidade e como força motriz. Também é muito utilizado em residências, comércio e veículos. Energia nuclear: é a utilização de reações envolvendo elementos químicos radiativos, como o urânio, para obtenção de energia para gerar calor, que é convertido em energia mecânica através de turbinas e em eletricidade por turbogeradores. É um recurso não-renovável e apresenta grande eficiência de produção de energia. Apresenta risco de contaminação ambiental por radiação nuclear. Energia geotérmica: é a energia obtida a partir do calor proveniente do interior da Terra. O planeta é composto de grandes placas formadas por rochas derretidas, em que há zonas onde a temperatura é muito maior, dispondo de elevado potencial geotérmico. As fontes de energia geotérmica podem ser de rochas secas quentes, rochas úmidas quentes e vapor seco, sendo todos os tipos eficientes na geração de eletricidade. 3.3. Utilizando os Conceitos Trabalhar os conceitos sobre energia nas séries iniciais do ensino fundamental requer um investimento em atividades lúdicas e de sensibilização, para que os alunos sintam-se parte desse processo de consumo e desperdício de energia. Como esse é o objetivo principal deste projeto, trazemos a sugestão de algumas atividades que possam suscitar discussões e reflexões dos alunos em sala de aula, tornando-os multiplicadores desses saberes. As informações apresentadas abaixo podem servir como apoio para entender as diferenças entre biodiesel e gasolina, como também a diferença entre as lâmpadas incandescentes e fluorescentes, temas muito discutidos nos dias de hoje, e que podem ser discutidos com os alunos, fazendo um paralelo com o que é apresentado na cartilha e nas reportagens das atividades de Português 4.1.3 e 4.1.5. A utilização das energias renováveis em substituição aos combustíveis fósseis é uma direção viável e vantajosa. Pois, além de serem praticamente inesgotáveis, as energias renováveis podem apresentar impacto ambiental muito baixo ou quase nulo, sem afetar o balanço térmico ou a composição atmosférica do planeta.

8 Energia - Guia para professores Neste sentido, devemos estar atentos às disponibilidades de energia, refletindo sobre os benefícios e problemas decorrentes do progresso, e reforçar a necessidade de serem tomados os devidos cuidados com o seu uso. Precisamos pensar em como utilizar fontes alternativas menos danosas ao ambiente, como a implantação de energia a partir dos recursos renováveis (solar e eólica). Ao decidirmos o tipo de automóvel que vamos comprar, por exemplo, tomamos uma decisão que está diretamente relacionada ao ambiente: com que tipo de combustível esse veículo funciona? O álcool combustível é conhecido como combustível limpo porque, levando em consideração as emissões de poluentes dos motores a gasolina, realmente ele é menos prejudicial ao ambiente. Ele libera uma quantidade muito menor de gás carbônico durante sua queima e é extraído de uma matéria-prima vegetal renovável, a cana-de-açúcar. A gasolina, por sua vez, é mais poluente e, como derivado do petróleo, é um recurso não-renovável. Outro combustível que é foco de discussões políticas, econômicas e científicas é o biodiesel. Ele é biodegradável e renovável e advém de matérias-primas vegetais, como a soja e a mamona, tendo emissão de poluentes equivalente à do álcool. É preciso, no entanto, não confundir o biodiesel produzido exclusivamente de fontes vegetais o chamado B100 ou biodiesel 100%, com a mistura diesel-biodiesel vendida em postos de combustível, que contém 2% de biodiesel misturado ao diesel convencional. A partir de 2013, o volume de adição será elevado para 5%. Por razões técnicas e econômicas, o biodiesel puro ainda não é comercializado no país. Outra decisão que podemos tomar para minimizar o nosso gasto de energia é a escolha do tipo de lâmpada que vamos ter em nossas casas: lâmpadas incandescentes ou fluorescentes? A lâmpada incandescente é um dispositivo que transforma energia elétrica em energia luminosa e térmica. A corrente elétrica passa pelos filamentos de tungstênio enquanto a lâmpada estiver acesa, mas apenas 5% da energia elétrica são transformados em luz, enquanto os 95% restantes são transformados em calor. Já as lâmpadas fluorescentes funcionam a partir da ionização por raios ultravioleta do material à base de fósforo que está no tubo de vidro, produzindo luz visível. As lâmpadas fluorescentes são de duas a quatro vezes mais eficientes do que as lâmpadas incandescentes, tendo vida útil de até 20 mil horas de uso, em comparação às mil horas das incandescentes. Com essas informações, fica fácil tomar a decisão mais econômica para nós e a mais benéfica para o ambiente. Curiosidade: diferentemente do que ocorre com as lâmpadas fluorescentes, a vida útil das incandescentes não depende do número de acionamentos, e sim do período em que elas permanecem acesas. A energia aplicada à lâmpada deteriora o filamento, provocando o seu rompimento. Algumas idéias que podem ser discutidas com os alunos sobre como economizar energia, retomando os conteúdos trabalhados na cartilha: Não deixar as luzes acesas quando não estiver no cômodo; Abrir as janelas para aproveitar a luz do sol; Não deixar a televisão ou o rádio ligado quando ninguém estiver assistindo ou ouvindo; Economizar água, não deixando torneiras abertas e tomando banhos mais curtos; Utilizar mais transportes públicos ou optar por fazer trajetos curtos a pé ou de bicicleta; Pedir aos pais que troquem as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes; Pedir aos pais, se tiverem carro flex, que optem por utilizar álcool combustível ao invés de gasolina.

Energia - Guia para professores 9 4. SUGESTÕES DE ATIVIDADES 4.1. Português 4.1.1 Leitura da cartilha e do diário do Faísca Para que os alunos compreendam a linguagem e os temas apresentados na cartilha, a leitura do texto em sala de aula é uma forma de discutir os principais conceitos trabalhados, como também de garantir que todos entendam as principais mensagens da história. Dica: Ao fazer a leitura, enfatize as informações contidas nos quadros que aparecem no fim das páginas. Eles trazem informações como quais são os tipos de energia, quais os principais consumidores e as propostas e conselhos sobre como economizar energia. Proponha aos alunos que descrevam os acontecimentos mais importantes que acontecem ao longo de cada dia do astronauta Faísca no planeta Azul, construindo um diário-resumo. Veja o exemplo abaixo: Dias Dia 1 Dia 2 Dia 3... Acontecimentos importantes Faísca precisa buscar Economizaços para fazer sua nave voltar ao planeta Farrapo. Faísca ensina a família Silva quais são os tipos de energia e como é o gasto de energia no Brasil e na casa dos Silvas. Em seguida, peça aos alunos que leiam suas anotações. A socialização das produções individuais permite intervir e ressaltar os pontos importantes que aparecem (ou deixam de aparecer) em cada diário-resumo. Dependendo da faixa etária, o diário pode ser construído coletivamente: o professor escreve no quadro o que foi discutido e fazem sua própria anotação no caderno. O resumo pessoal permite que eles aprendam a retirar as informações mais significativas da discussão, facilitando o entendimento dos conteúdos abordados na discussão. 4.1.2 Listagem sobre as formas de energia que os alunos utilizam no dia-a-dia Partindo da leitura da cartilha e da elaboração do diário-resumo do Faísca, peça aos alunos que listem todas as atividades que eles realizam em seu dia-a-dia (em casa e na escola) que necessitam de alguma forma de energia, desde o momento em que acordam até a hora de ir dormir. Essa atividade tem como objetivo mostrar que a energia é muito utilizada na maioria das tarefas diárias. É fundamental que eles percebam em que momentos utilizam os diferentes tipos de energia. Coloque-se nessa conversa, contando em que situações você também utiliza a energia, chamando a atenção para ações que você faz e que são diferentes das realizadas pelos alunos, como utilizar a máquina de lavar, o ferro de passar ou dirigir um automóvel. 4.1.3 Atitudes para economizar energia Após a discussão sobre as atividades que os alunos realizam diariamente e que têm gasto de energia, proponha a leitura da reportagem abaixo, para que eles comecem a refletir sobre as maneiras de poupar energia. Reportagem adaptada da Revista Ciência Hoje online, escrita por Emilio Lèbre La Rovere, do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro)

10 Energia - Guia para professores Economizar no que for possível Como você pode entrar no grande esforço coletivo para racionalizar o uso de energia? Vou propor um desafio: você deve observar todos os cômodos de sua casa e tentar identificar alguma forma de desperdício de energia! Quer uma ajuda? Observe, por exemplo, se tem alguma lâmpada acesa desnecessariamente, se o chuveiro está ligado na temperatura alta, esperando por alguém que nem chegou ao banheiro ou se o rádio está cantando para os mosquitos. Caso perceba alguma falha desse tipo, seja rápido e contorne a situação. Surgindo alguma reclamação, diga que você está agindo pelo bem da natureza. Já pensou em um mundo sem energia elétrica? Pense também no que seria de nós sem a gasolina e o óleo diesel, por exemplo. Os meios de transporte não teriam se desenvolvido tanto. Logo, estaríamos todos limitados a percorrer distâncias mais curtas do que podemos percorrer em um ônibus ou avião. Acho que já deu para se convencer de que nós realmente dependemos dessas formas de energia. Mas o X do problema está nas usinas térmicas, refinarias de petróleo, centrais hidrelétricas etc. Essas indústrias transformam as fontes de energia da natureza em formas de energia adequadas para o nosso uso final. Colaboram, assim, para o nosso desenvolvimento e conforto, mas, ao mesmo tempo, podem agredir o meio ambiente, seja com a poluição do ar, a inundação de grandes áreas ou com o risco de desastres ecológicos. A saída não está em voltar a viver como no tempo das cavernas. A idéia é usar a energia de maneira inteligente. O que, em outras palavras, quer dizer economizar, para que não tenhamos de construir tantas unidades industriais de transformação de energia. Além disso, precisamos buscar alternativas que provoquem menos danos ao meio ambiente. Um exemplo vem do Brasil: o álcool. Os pesquisadores descobriram que a cana-de-açúcar pode fornecer o álcool, um combustível alternativo para os automóveis. O melhor dessa história é que a cana, produto típico do Brasil, é uma fonte renovável de energia, pois pode ser plantada na quantidade de que precisamos. Outro ponto é que a produção do álcool, assim como a sua queima para fazer os carros andarem, polui menos o ar do que a transformação do petróleo e a queima dos combustíveis que derivam dele. Mas, até que o volume de energia de que precisamos possa ser suprido por essas fontes alternativas, o jeito será continuar dependendo das fontes tradicionais: petróleo, hidreletricidade e energia nuclear. E o melhor a fazer é encontrar meios de economizar essa energia. Bom, depois disso tudo, acho que você pode aproveitar a hora do jantar e fazer um discurso para conscientizar sua família da necessidade de poupar energia e também da importância das fontes alternativas. Capricha, hein! Leia com os alunos a reportagem e sugira que eles observem e ajam contra o desperdício de energia em sua casa durante um fim de semana. Eles devem trazer anotadas as observações e ações contra o desperdício em casa para socializá-las com o grupo. Com os alunos sentados em círculo, peça que contem que atitudes eles observaram durante o fim de semana que causavam desperdício de energia e como agiram para inibi-las. Enquanto eles relatam suas observações, faça as anotações no quadro. Assim, os alunos terão uma visão geral sobre os hábitos de vida de cada um e poderão fazer uma discussão sobre a situação do grupo. Quem gasta mais energia? Quem gasta menos? Como podemos economizar? 4.1.4 Entrevista sobre os hábitos das pessoas Como discutido anteriormente, uma das maneiras de fazer uma escolha consciente sobre um recurso energético é comprar um carro flex. Esse tipo de automóvel pode utilizar álcool combustível, que é menos poluente comparado à gasolina, além de ser um recurso renovável.

Energia - Guia para professores 11 Proponha aos alunos que façam entrevistas com donos de carros flex para ver se eles fizeram essa escolha de maneira consciente ou não. As perguntas que podem aparecer nas entrevistas são: Quantos carros você tem? Você sabe o que é carro flex? Seu(s) carro(s) é(são) flex? Por que você escolheu comprar um carro flex? (se a pessoa tiver carro flex). Por que você não optou por comprar um carro flex? (se a pessoa não tiver carro flex). Você vê alguma vantagem em ter ou optar por comprar um carro flex? Após uma semana, discuta as respostas que apareceram nas entrevistas e analise com os alunos as escolhas das pessoas sobre ter ou não ter um carro flex. Caso seja constatado que a maioria das pessoas não fez uma escolha ambientalmente responsável - comprou apenas porque o álcool é mais barato -, proponha que os alunos elaborem uma campanha para explicar os benefícios do carro flex e divulguem as mensagens na escola e no local onde moram. O objetivo da atividade é proporcionar aos alunos um olhar crítico sobre suas escolhas e as dos outros. Ela deve mostrar que nossos hábitos de vida geraram impactos ambientais e, por isso, devem ser analisados, criticados e pesquisados, para que se tornem escolhas conscientes. 4.1.5 Atividade de sensibilização A sensibilização dos alunos é uma ótima forma de conscientização e faz com que eles se sintam parte dos fenômenos. A idéia agora é propor que eles passem um dia inteiro sem utilizar nenhum tipo de energia, ou seja, eles não devem utilizar luz elétrica, assistir televisão, comer alimentos da geladeira ou jogar videogame, entre outras tarefas, como as citadas na atividade 4.1.2. Após essa experiência, peça a cada um para contar como foi o seu dia sem energia e, feita a troca de idéias, proponha que eles escrevam uma redação contando o que mais sentiram falta, o que não fez falta e o que não dá para fazer sem energia, para que eles formalizem por escrito o que sentiram. 4.1.6 Diferentes tipos de lâmpadas Mostre aos alunos que uma das escolhas que podemos fazer para diminuir o desperdício de energia é a do tipo de lâmpada que teremos em casa ou na escola. Leve para a sala de aula um exemplar de cada tipo de lâmpada (incandescente e fluorescente), para explicar as diferenças a partir da leitura da reportagem abaixo. Reportagem adaptada da Ciência Hoje das Crianças, no 38, escrita por Gilberto de Martino Jannuzzi, do Departamento de Energia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas):

12 Energia - Guia para professores Se liga! Entenda como funcionam as lâmpadas incandescentes e fluorescentes Há 150 anos, as casas eram iluminadas à vela ou com lamparinas a querosene. Imagine o perigo e a chateação! Havia hora para acender e apagar os lampiões da rua... Pensando bem, desde que o homem aprendeu a fazer fogo, passaram-se séculos até acendermos, num gesto simples, as modernas lâmpadas elétricas, tão comuns e familiares que vamos explicar como funcionam. A eletricidade é hoje a principal fonte de energia usada para produzir luz artificial. A lâmpada incandescente foi inventada por Thomas Edison, em 1877. Ela funciona pela passagem de uma corrente elétrica por um fio fino em forma de espiral (como o de seu caderno) e de alta resistência elétrica. O fio está dentro de uma ampola de vidro que contém um gás ou vácuo (se não fosse assim, a lâmpada pegaria fogo). O aquecimento do fio emite luz: quanto maior a temperatura do fio, maior a quantidade de luz produzida. Por isso, há lâmpadas fracas e fortes. Sempre que acendemos e apagamos a lâmpada, o fio vai gastando até que se rompe e não deixa mais passar a corrente elétrica e a lâmpada deixa de produzir luz. Muitas lâmpadas incandescentes são usadas no dia-a-dia e apresentam funções diferentes, como a luz para geladeira, farol de carro, estúdio de foto e assim por diante. Já as lâmpadas fluorescentes são conhecidas como luz fria, pois liberam menos calor para o ambiente do que as incandescentes. Elas começaram a ser produzidas a partir de 1945. A lâmpada fluorescente é constituída por um tubo de vidro em forma de W ou de U. O tubo é preenchido com um gás e é coberto com uma camada de pó fluorescente. Essa lâmpada também possui um fio, só que com uma função diferente da que tinha na lâmpada incandescente. Ao passar pelo fio, a corrente elétrica libera o gás de dentro da lâmpada e, dessa forma, emite energia. A luz é produzida pelo encontro desse gás com o pó fluorescente que está no tubo. Lâmpadas fluorescentes conseguem emitir maior quantidade de luz que as incandescentes e consomem menos energia elétrica. Assim, se você precisar de uma lâmpada para seu quarto, peça a seus pais para comprarem uma fluorescente. Eles vão chiar por causa do preço. Mas você pode dizer que, além de economizar energia, ela dura muito mais tempo. O objetivo dessa atividade é que os alunos saibam diferenciar as lâmpadas incandescentes das fluorescentes ao olhar para elas. Além disso, eles devem entender que as lâmpadas incandescentes gastam mais energia elétrica e duram menos do que as fluorescentes, ou seja, as fluorescentes são mais benéficas para o meio ambiente e, conseqüentemente, para nós. 4.1.7 Gasto de energia na escola Para aquecer a turma para esta atividade, faça um passeio com os alunos pelos diferentes espaços da escola (salas de aula, corredores, banheiros, cantina, sala dos professores, secretaria, sala de informática, quadra e biblioteca, entre outros locais) e peça que eles anotem todos os tipos de energia utilizados. Eles devem observar: a quantidade de lâmpadas e aparelhos eletrônicos ligados; os tipos de lâmpadas usadas (incandescente ou fluorescente); locais que deveriam aproveitar a luz do sol ao invés de utilizar lâmpadas; locais que ficam com a luz acesa mesmo sem ninguém; aparelhos eletrônicos em modo stand by.

Energia - Guia para professores 13 Volte para a sala de aula e construa a tabela abaixo com os alunos, que eles devem preencher com as observações feitas ao longo do trajeto: (o quadro é apenas uma sugestão e pode ser modificado de acordo com a realidade de cada escola). Local da escola Salas de aula Secretaria Tipo de material / energia utilizada Lâmpadas fluorescentes Computador Quantidade Tempo de uso Tempo de uso sem ninguém Esse local recebe luz do sol 4 8 horas por dia 3 horas por dia Sim 2 8 horas por dia 2 horas por dia Sim Lâmpadas incandescentes 6 8 horas por dia 1 hora por dia Algumas informações não podem ser obtidas apenas por observação. Assim, para que os alunos obtenham o máximo de dados possíveis, proponha a elaboração de entrevistas com diferentes funcionários da escola. Para elaborá-la, eles devem fazer uma listagem prévia dos funcionários da escola e preparar as perguntas que serão feitas. Ensine aos alunos como elaborar uma entrevista estruturada e como abordar os entrevistados. Sugira perguntas simples, do tipo: Quantas horas você utiliza o computador? Você utiliza a luz do sol ao invés de luz elétrica nesse ambiente? A luz fica apagada quando não há ninguém aqui dentro? É necessário que fiquem todas as lâmpadas acesas nesse local? Essa dinâmica faz os alunos sentirem-se parte integrante da escola, ultrapassando os limites da sala de aula, interagindo com outros sujeitos, o que permite a construção de uma identidade com a escola e o exercício de sua autonomia enquanto cidadãos. 4.1.8 Carta ao diretor da escola Após a observação e o levantamento do gasto de energia produzido na escola, sente em círculo com os alunos e peça que eles discutam suas anotações. Com as informações coletadas nas entrevistas e as da cartilha, estimule os alunos a elaborar uma carta ao diretor da escola propondo soluções para a redução do gasto de energia. Essa carta deve conter argumentos que convençam as pessoas responsáveis por essa decisão, de modo que a proposta do grupo possa ser aceita. Sugestão: Se for possível, analise a conta de luz da escola antes de desenvolver este trabalho com os alunos. Faça nova análise no mês seguinte, para que eles façam a comparação.caso não tenha havido mudança, proponha aos alunos que elaborem uma nova campanha de conscientização. 4.2. Matemática 4.2.1 Analisando a conta de luz Para instigar os alunos a refletir sobre seu gasto de energia em casa, peça que tragam uma conta de luz e ensine-os como ler as informações registradas pela concessionária elétrica e a entender como se faz o cálculo do gasto de energia, utilizando como base a pág. 14 da cartilha. Peça que eles comparem suas contas com os demais colegas, para analisar os que gastam mais energia e os que gastam menos e quais são os motivos do desperdício ou da economia de cada um.

14 Energia - Guia para professores Esse é um momento de troca de experiências que faz com que os alunos analisem situações reais e comparem suas atitudes com um grupo que apresenta uma realidade semelhante. Com os alunos maiores (8 a 10 anos), pode-se pedir que listem os aparelhos elétricos que têm em casa e façam um cálculo aproximado do gasto de energia utilizando a tabela do Anexo I para comparar com a sua conta de luz. 4.2.2 Calculando os gastos de energia: Materiais Tabela de consumo de energia (em anexo) e lista dos aparelhos que os alunos têm em casa. Como fazer? 1º Peça aos alunos que listem e quantifiquem todos os aparelhos eletrônicos e lâmpadas que possuem em casa, com o auxílio dos pais ou adultos responsáveis. 2º Os alunos devem estimar o tempo de uso de cada aparelho. 3º Eles devem trazer as informações para a aula e socializar com os demais colegas. 4º O passo seguinte é calcular o consumo, com base na tabela do Anexo I e na explicação a seguir. O cálculo Como calcular o custo mensal de um equipamento em meu orçamento doméstico? Antes de mais nada, é preciso conhecer a potência do equipamento. Peça para um adulto responsável procurar no manual do fabricante esta informação 1. Em seguida, faça o cálculo da seguinte forma: Potência do Equipamento W x Número de horas utilizadas x Número de dias de uso mês 1000 Para achar o valor em reais, multiplique o consumo médio mensal em kwh (quilowatts-hora) pelo valor da tarifa cobrada pela concessionária local (está na conta de luz) 2. Discussão Que aparelhos gastam mais energia? Quais gastam menos? Como você pode reduzir o consumo de energia em sua residência? De onde vem a energia que abastece sua casa? E a escola? Sugestão: Pedir aos alunos que tragam a conta de luz depois de um mês para fazer a comparação e analisar se houve conscientização e mudança de hábito no grupo. (Lembre aos alunos que, no inverno, gasta-se mais energia do que no verão, porque se toma banho mais quente e escurece mais cedo) 4.3 Ciências 4.3.1 Montagem de uma pilha vegetal: Materiais necessários uma batata ou um tomate 2 placas de zinco 2 pedaços de grafite com 3 cm cada um 4 garras tipo jacaré uma calculadora 3 pedaços de fios de 20 cm 1 palha de aço 1. Outra alternativa é o professor fornecer os manuais em sala de aula para que os alunos pesquisem com seu auxílio. 2. Com auxilio de adulto responsável ou informação fornecida pelo professor.

Energia - Guia para professores 15 Como fazer 1o. Na pilha vegetal, os eletrodos são o grafite e uma placa de zinco. Para isso, as placas de zinco devem estar bem limpas (utilize palhas de aço para limpá-las até que fiquem brilhantes). 2o. Corte a batata ou o tomate ao meio e introduza uma placa de zinco e um grafite em cada um. 3o. Coloque uma garra de jacaré ligada por um fio de uma placa de zinco de um vegetal a outra garra de jacaré ligada ao grafite do outro. Ligue a outra placa de zinco e o outro grafite por meio de garras de jacaré com os eletrodos respectivos da calculadora (leia a discussão para esclarecer quaisquer dúvidas). Discussão As placas de zinco correspondem ao pólo negativo da pilha (doador de elétrons) deve ser conectada ao contato da calculadora que tem a mola, enquanto o grafite (condutor de corrente elétrica), corresponde ao pólo positivo da pilha, deve ser conectado ao outro contato. Mostre aos alunos um esquema de uma pilha comum por dentro (Anexo II) para comparar com a pilha vegetal, esperando que eles identifiquem a presença do grafite e do zinco em ambas. 5. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 5.1.Livros Branco, S. M. (2004). Energia e Meio Ambiente. 2a. ed. São Paulo: Moderna Cunha, E. C. N & Reis, L. B. (2006). Energia Elétrica e Sustentabilidade. São Paulo: Editora Manole. Dias, G. F. (2004). Educação Ambiental: Princípios e Práticas. 9a. ed. Editora Gaia. Dias, R. A., Mattos, C. R. & Balestieri, J. A. P. (2007). Uso Racional da Energia: ensino e cidadania. Editora Unesp. Dreidemy, J. & Gombert, J. (2007). Eu Apago a Luz para Economizar Energia. Editora Girafa. Leite, A. D. (2007). A Energia do Brasil. Editora Campus. Loureiro, C. F. B. (2005), Complexidade e Dialética: Contribuições à Práxis Política e Emancipatória em Educação Ambiental. Educ. e Soc., vol. 26, n. 93, p. 1473 1494, Set. / Dez: Campinas Michel, F. (2005). A Energia em Pequenos Passos. Editora Nacional. Montanari, V. (2003). Energia nossa de cada dia. 2a. ed: Moderna. Reis, L. B & Silveira, S. (2000). Energia Elétrica para o Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Edusp. Saito, C. H. (2002), Política Nacional de Educação Ambiental e Construção da Cidadania: Desafios Contemporâneos. In: Educação Ambiental: Abordagens Múltiplas. Org. Ruscheinsky. p. 49 60. Porto Alegre: Artmed. Tolmasquim, M. T. (2005). Geração de Energia Elétrica no Brasil. São Paulo: Interciencia.

16 Energia - Guia para professores Travassos, E. G. (2004). A Prática da Educação Ambiental nas Escolas. 2a. ed. Editora Mediação. Tundisi, H. S. F. (1991). Usos de Energia: Sistemas, Fontes e Alternativas: do Fogo ao Gradiente. Editora Atual. Walisiewicz, M. (2008). Energia Alternativa: Solar, Eólica, Hidrelétrica e biocombustíveis. São Paulo: Publifolha. 5.2.Sites Agência Nacional de Energia Elétrica www.aneel.gov.br Centrais Elétricas Brasileiras S. A. www.eletrobras.gov.br Comissão Nacional de Energia Nuclear www.cnen.gov.br Fundação Energia e Saneamento www.energiaesaneamento.org.br FUNDACIÓN MAPFRE www.fundacionmapfre.com.br Fundação SOS Mata Atlântica www.sosmataatlantica.org.br Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis www.ibama.gov.br Mater Natura Instituto de Estudos Ambientais www.maternatura.org.br Ministério de Minas e Energia www.mme.gov.br Ministério do Meio Ambiente www.mma.gov.br Portais www.ambientebrasil.com.br www.portaldomeioambiente.org.br www.energiahoje.com www.abcdaenergia.com www.canalenergia.com.br WWF Brasil www.wwwf.org.br

Energia - Guia para professores 17 6. ANEXOS 6.1 Anexo I Tabela de Aparelhos 3 Aparelhos Elétricos Consumo Potência Média Dias estimados Média Médio Mensal Watts Uso/Mês Utilização/Dia (Kwh) Aparelho de som 3 em 1 80 20 3 h 4,8 Aparelho de som pequeno 20 30 4 h 2,4 Aquecedor de ambiente 1550 15 8 h 186,0 Aquecedor de mamadeira 100 30 15 min 0,75 Ar-condicionado 7.500 BTU 1000 30 8 h 120 Ar-condicionado 10.000 BTU 1350 30 8 h 162 Ar-condicionado 12.000 BTU 1450 30 8 h 174 Ar-condicionado 15.000 BTU 2000 30 8 h 240 Ar-condicionado 18.000 BTU 2100 30 8 h 252 Aspirador de pó 100 30 20 min 10,0 Boiler 50 e 60 l 1500 30 6 h 270,0 Boiler 100 l 2030 30 6 h 365,4 Boiler 200 a 500 l 3000 30 6 h 540,0 Bomba d água 1/4 CV 335 30 30 min 5,02 Bomba d água 1/2 CV 613 30 30 min 9,20 Bomba d água 3/4 CV 849 30 30 min 12,74 Bomba d água 1 CV 1051 30 30 min 15,77 Bomba aquário grande 10 30 24 h 7,2 Bomba aquário pequeno 5 30 24 h 3,6 Cafeteira elétrica 600 30 1 h 18,0 Churrasqueira 3800 5 4 h 76,0 Chuveiro elétrico 3500 30 40 min ** 70,0 Circulador ar grande 200 30 8 h 48,0 Circulador ar pequeno/médio 90 30 8 h 21,6 Computador / impressora / estabilizador 180 30 3 h 16,2 Cortador de grama pequeno 500 2 2 h 2,0 Espremedor de frutas 65 20 10 min 0,22 Exaustor fogão 170 30 4 h 20,4 Exaustor parede 110 30 4 h 13,2 Ferro elétrico automático 1000 12 1 h 12,0 Fogão comum 60 30 5 min 0,15 Fogão elétrico 4 chapas 9120 30 4 h 1094,4 Forno à resistência grande 1500 30 1 h 45,0 Forno à resistência pequeno 800 20 1 h 16,0 Forno microondas 1200 30 2O min 12,0 Freezer vertical/horizontal 130 - - 50 3. Fonte : http://www.eletrobras.gov.br

18 Energia - Guia para professores Frigobar 70 - - 25,0 Geladeira1 porta 90 - - 30 Geladeira 2 portas 130 - - 55 Grill 900 10 30 min 4,5 Lâmpada fluorescente Compacta - 11W 11 30 5 h 1,65 Lâmpada fluorescente Compacta - 15 W 15 30 5 h 2,2 Lâmpada fluorescente Compacta - 23 W 23 30 5 h 3,5 Lâmpada incandescente - 40 W 40 30 5 h 6,0 Lâmpada incandescente - 60 W 60 30 5 h 9,0 Lâmpada incandescente -100 W 100 30 5 h 15,0 Lavadora de louças 1500 30 40 min 30,0 Lavadora de roupas 500 12 1 h 6,0 Liquidificador 300 15 15 min 1,1 Máquina de costura 100 10 3 h 3,9 Máquina de furar 350 1 1 h 0,35 Microcomputador 120 30 3 h 10,8 Multiprocessador 420 20 1 h 8,4 Nebulizador 40 5 8 h 1,6 Panela elétrica 1100 20 2 h 44,0 Rádio elétrico grande 45 30 10 h 13,5 Rádio elétrico pequeno 10 30 10 h 3,0 Rádio relógio 5 30 24 h 3,6 Secador de cabelo grande 1400 30 10 min 7,0 Secador de cabelos pequeno 600 30 15 h 4,5 Secadora de roupa grande 3500 12 1 h 42,0 Secadora de roupa pequena 1000 8 1 h 8 Secretária eletrônica 20 30 24 h 14,4 Torneira elétrica 3500 30 30 min 52,5 Torradeira 800 30 10 min 4,0 Tv em cores - 14 60 30 5 h 9,0 Tv em cores - 18 70 30 5 h 10,5 Tv em cores - 20 90 30 5 h 13,5 Tv em cores - 29 110 30 5 h 16,5 Tv portátil 40 30 5 h 6,0 Ventilador de teto 120 30 8 h 28,8 Ventilador pequeno 65 30 8 h 15,6 Videocassete 10 8 2 h 0,16 Videogame 15 15 4 h 0,9

Energia - Guia para professores 19 6.2 Anexo II Pilha comum Terminal negativo vai para a capa de zinco Terminal positivo vai para a barra de grafite situada no centro da pilha seca Vedação com cera Barra de grafite Dióxido de manganês, carbono pulverizado, sal, amoníaco (pasta condutora) Revestimento metálico Capa de zinco Revestimento de papel