UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS. Vitor Hugo Panhóca

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Transcrição:

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS Vitor Hugo Panhóca Fotoativação de materiais resinosos com diferentes fontes de luz (resinas compostas restauradoras, cimentos resinosos e cimentos de ionômero de vidro) São Carlos 2007 Vitor Hugo Panhóca

Fotoativação de materiais resinosos com diferentes fontes de luz (resinas compostas restauradoras, cimentos resinosos e cimentos de ionômero de vidro) Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Física de São Carlos, como requisito para conclusão do Curso de Aperfeiçoamento em Terapias Fotônicas uso de lasers e leds nas áreas da saúde. Orientadora: Prof. Dra. Alessandra Nara de Souza Rastelli São Carlos 2007

Sabedoria é o conhecimento temperado pelo juízo. Peter Drucker Panhóca, Vitor Hugo Fotoativação de materiais resinosos com diferentes fontes de luz (resinas compostas restauradoras, cimentos resinosos e cimentos de ionômero de vidro / Vitor Hugo Panhóca; orientadora Alessandra Nara de Souza Rastelli. São Carlos, 2007. 69 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Aperfeiçoamento em Terapias Fotônicas a Lasers e Leds nas áreas da Saúde) Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo. 1. Polimerização. 2. Aparelhos fotopolimezadores. 3. Laser. 4.Led. 5. Resinas compostas. I. Título.

Dedicatória Aos meus pais, Heitor e Neide pelo apoio diário em minha vida e educação o que permitiu que eu chegasse até aqui. À minha amada mulher, Maria Luiza pela compreensão, carinho e apoio em todos os momentos, o que me fortalece permitindo minha dedicação aos estudos e evolução profissional. Ao meu filho, Lorenzo pelos momentos de alegria e convivência que me estimulam na luta para superar as dificuldades diárias.

Agradecimentos A Deus por minha criação e formação o que permitiu a graça e capacidade de poder evoluir como pessoa e profissionalmente. Aos meus pais, meu filho, familiares e em especial minha mulher pelas palavras de incentivo, carinho e amparo que me proporcionam um alicerce para construir e desenvolver meu trabalho. A todos aqueles que, diretamente ou indiretamente, entre eles: mestrandos, professores convidados, alunos, secretárias, funcionários, que participaram do curso de aperfeiçoamento e colaboraram com a realização deste trabalho. Meu sincero agradecimento ao Prof. Dr. Vanderlei S. Bagnato, por ter aberto as portas da Universidade e do seu laboratório para que eu pudesse aprimorar meus conhecimentos científicos e evoluir também profissionalmente. As suas orientações me permitiram aprimorar mais meus estudos e me interessar por pesquisa na área de fotônica. À competente Profª. Drª. Rosane Lizarelli, por sua dedicação na transmissão de conhecimento sobre terapias fotônicas em saúde que enriqueceram meus conhecimentos na área. À estimada orientadora Profª. Drª. Alessandra Rastelli, pelos ensinamentos e orientação objetiva que fizeram que meu raciocínio flui-se de maneira mais lógica contribuindo significativamente para a completa realização deste trabalho.

Ao amigo e cirurgião-dentista Fernando Florez sempre atencioso para responder minhas dúvidas sobre fotônica durante o curso ou mesmo no laboratório o que estimulou meu aprofundamento no conhecimento da aplicação do LASER e LED na odontologia. Aos colegas de turma, pela convivência agradável e pelos conhecimentos e experiências compartilhadas: Adilson, Adriana, Ana Helena, Ana Maria, Antonio Almeida Neto, Almeida Filho, Andréia, Eliana, Eveline, Deise, Fernanda Morani, Fernanda, Isabelle, Marco Antonio, Maria Aparecida, Marília, Marli, Mílvia, Miriam, Rosário, Paula, Renata Lizarelli, Renata Campi, Salete, Tabajara, Tatiana. A MMOPTICS LTDA, que cedeu os aparelhos de LED e LASER para que possibilitasse meu desenvolvimento técnico na manipulação de tais aparelhos.

LISTA DE ABREVIATURAS ANOVA Análise de variância B/S Base / Superfície cm centímetros ISO International Standardization Organization J Joules LASER Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation LED Diodo emissor de luz QTH Quartzo Tungstênio Halogênio PAC Arco Plasma UV Ultravioleta C Grau Celsius h Horas HV Dureza Vickers NDK Dureza Knoop g Gramas min Minutos mm Milímetros mw/ cm2 Miliwatts por centímetro quadrado nm Nanômetro s Segundos Tp Pico de temperatura de polimerização W Watts

LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - Resinas compostas...45 FIGURA 2 - Lâmpada halógena e aparelho de luz halógena...51 FIGURA 3 - Aparelho de arco de plasma...53 FIGURA 4 - LED e aparelho de LED...54 FIGURA 5 - Aparelho LASER de Argônio...55

LISTA DE TABELAS Tabela 01 - Tipos de LEDs...48 Tabela 02 - Vantagens e desvantagens das lâmpadas halógenas, arco de plasma, LED e LASER...56

Resumo RESUMO A intensidade de luz emitida pelos fotoativadores tem sido considerada um dos fatores mais importantes na fotoativação, uma vez que a variação dos valores da intensidade de luz podem promover alterações significantes na taxa de polimerização dos materiais resinosos, causando deficiência de adaptação marginal, na resistência de união dos mesmos ao dente e na dureza de superfície. É de conhecimento geral, desde a década de 1970, que a luz azul pode ser usada para fotoativar a reação de polimerização de resinas. Para esta aplicação específica, as lâmpadas halógenas e LED são as fontes de luz utilizadas mais freqüentemente. A luz azul com comprimento de onda entre 410 e 500 nm é extremamente importante, levando-se em consideração que a canforoquinona, fotoiniciador comum para os materiais odontológicos, possui absorção máxima dentro desta faixa (465 nm). Atualmente, há quatro tipos diferentes de tecnologia para a fotopolimerização utilizados na prática odontológica: lâmpadas halógenas, lâmpadas de arco de plasma, LED e LASER. Após revisão da literatura sobre fotoativação de materiais resinoso realizado neste trabalho, pudemos concluir que: a contração da resina diminui com a utilização de LED, comparada com diferentes fontes de luz; uma das principais vantagens dos LEDs é que ela pode gerar um espectro emissor estreito ideal para a polimerização de resinas odontológica compostas; a luz halógena apresenta maior variação de temperatura em relação aos sistemas LEDs, porém dentro de limite seguro; os aparelhos de arco de plasma desenvolvem elevadas temperaturas e possuem custo alto e Laser de Argônio apresenta adequado desempenho de polimerização dos materiais resinosos, porém o custo do aparelho é alto. Palavras-chave: Polimerização. Aparelhos fotopolimezadores. Laser. Led. Resinas compostas.

Abstract ABSTRACT The intensity of the emitted light by the curing units has been considered as one of the most important factors in curing light, once the variation of the values of the intensity of light can promote significant alterations in the rate of polymerization of resinous materials, causing some marginal adaptation failure in the resistance of their adhesion to the tooth and in the hardness of the surface. It is well-known that since the 1970s blue light can be used to cure light compound resins. For this specific application halogen curing lamps and LED are the most frequently used. Blue light with wave lengths raging between 410 and 500 nm is extremely important if we take into account the fact that the camphorquinone, a common photoinitiator for the dental materials has maximum absorption within this range (465 nm). At present there are four different types of technology for curing light used in dental practice: Halogen curing lamps, plasma arch lights, LED and LASER. After reviewing the literature about curing light of resinous materials done in this work, we can conclude that: the resin contraction decrease once LED is used if compared with other different sources of light; one of the main advantages of LED is that it can generate a narrow emitting spectrum ideal for the polymerization of compound odontological resins; the halogen light presents a greater temperature variations in relation to the LED system, but within a safe limit; the devices of plasma arch light develop high temperatures and have a high cost and Argon Laser presents adequate performance of polymerization of the resinous material, but the cost of the device is high. Key-words: Laser. Led. Light curing units. Composite resin. Polymerization.

SUMÁRIO SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 13 2 PROPOSIÇÃO 17 3 REVISÃO DE LITERATURA 17 3.1 Lâmpada Halógena 17 3.2 Lâmpadas de Arco de Plasma 22 3.3 LED 34 3.4 Laser 48 4 DISCUSSÃO 52 4.1 Lâmpadas Halógenas 57 4.2 Lâmpadas de Arco de Plasma 58 4.3 LED 28 4.4 Laser 42 5 CONCLUSÕES 57 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 57

1 INTRODUÇÃO Os materiais resinosos, como a resina composta, vêm sendo utilizados na Odontologia a mais de 30 anos e passam por constantes modificações, proporcionando melhores propriedades mecânicas e resultados estéticos mais satisfatórios aos pacientes. Os materiais atuais são complexos e tecnicamente sofisticados. Assim, para evitar que a seleção seja efetuada somente de acordo com a preferência do cirurgião-dentista, torna-se importante compreender as propriedades físicas, mecânicas e biológicas, assim como o comportamento clínico desses materiais restauradores. Fatores como a morfologia e o tamanho das partículas têm grande influência nas diversas propriedades do material, tais como: lisura de superfície, viscosidade, resistência à fratura, desgaste, dureza, contração e profundidade de polimerização (CONSANI et al., 2002). No início, os compósitos eram ativados por reação química, posteriormente por ativação física por meio da luz ultravioleta e atualmente pela luz visível, emitida por diferentes fontes de luz, responsáveis pela excitação das substâncias fotossensíveis, que reagem com o agente iniciador da reação (CONSANI et al., 2002). O sistema de luz visível apresenta inúmeras vantagens sobre os sistemas anteriormente utilizados, promovendo adequada polimerização. Uma adequada polimerização é considerada uma das principais causas do sucesso clínico. Por outro lado, o grau da polimerização também pode ser influenciado pelo direcionamento da luz, condições técnicas do aparelho e características do material (CONSANI et al., 2002).

A intensidade de luz emitida pelos fotoativadores tem sido considerada um dos fatores mais importantes no desempenho dessas unidades, uma vez que a variação dos valores de intensidade de luz pode promover alterações significantes na taxa de polimerização dos materiais resinosos, causando deficiência de adaptação marginal, na resistência da união dos mesmos ao dente e na dureza de superfície (CONSANI et al., 2002). Atualmente, a maioria dos aparelhos fotoativadores encontrados no mercado exibem intensidade de luz em torno de 500 mw/cm 2. Isto leva a crer que a maioria dos problemas relacionados com a deficiência de polimerização devido à baixa intensidade de luz, estaria solucionado. No entanto, uma das características inerente aos materiais resinosos odontológicos impondo restrições às técnicas restauradoras é a contração de polimerização. A taxa de contração de polimerização é alta e promove tensão na região da união dente-restauração, criando espaço que certamente será propício à invasão de fluidos bucais e bactérias (FRAUNHOFER, 1971). A técnica de inserção do compósito na cavidade é muito importante e procura-se por meio dela minimizar o efeito da contração de polimerização. A inserção do compósito em camadas horizontais ou inclinadas é o artifício de técnica mais utilizado para diminuir os efeitos da contração de polimerização. RUEGGEBERG et al., em 1994 verificaram que em profundidades maiores que 2 mm a polimerização era incompleta, causada pelas mudanças na intensidade luminosa e no tempo de exposição. Assim, a espessura das camadas incrementais não deveria ultrapassar 2 mm para que a polimerização fosse completa, não afetando a dureza e outras propriedades do material.

O método de polimerização pode também ser um artifício no controle dessa contração, por meio da ativação inicial em baixa intensidade de luz, seguida por posterior exposição com alta intensidade. Essa técnica promoverá melhor adaptação marginal da restauração, devido ao relaxamento das tensões ocorrido no compósito durante a fase da polimerização inicial. Porém, nesse caso, a taxa de exposição à luz fica diminuída, podendo interferir no grau de polimerização dos materiais odontológicos e, conseqüentemente, afetar a dureza do material (CONSANI et al., 2002). Além da alta qualidade dos materiais e de um sistema eficiente de adesão dentinária, o êxito em longo prazo das restaurações de resinas compostas depende de uma polimerização adequada e completa. Recentemente, a eficiência das fotoativadores é geralmente expressa em termos da densidade do fluxo de radiação, também conhecida por intensidade da luz (mw/cm 2 ). Intensidades elevadas eram consideradas um requisito imprescindível para polimerizações completas, principalmente em cavidades profundas. A polimerização incompleta de uma resina composta pode resultar na deterioração de suas propriedades mecânicas e físicas. Além disso, o composto fica mais suscetível à descoloração e causa um aumento na absorção de água. Apenas um segmento muito pequeno da faixa espectral é suficientemente eficaz para iniciar a polimerização. Consequentemente, o espectro da emissão é também um fator determinante na qualidade da fotopolimerização. As lâmpadas halógenas, dispositivos de polimerização odontológica usada com maior freqüência, emitem um espectro contínuo do qual apenas uma pequena parte pode ser utilizada para iniciar o processo de polimerização. Grande parte da luz

emitida possui um comprimento de onda ineficiente, devendo, portanto ser filtrada. Embora os comprimentos de onda remanescentes cheguem a atingir a cavidade, essa luz não chega a ser eficaz, ou é apenas parcialmente eficaz, para produzir a polimerização. Além disso, pode causar uma elevação indesejável da temperatura. Ao contrário das lâmpadas halógenas, os LEDs (diodos emissores de luz) produzem luz azul por intermédio de uma combinação de vários semicondutores. Uma das principais vantagens deste tipo de tecnologia é que ela pode gerar um espectro emissor estreito ideal para a polimerização de resinas odontológica compostas. Consequentemente, a luz emitida pelas lâmpadas LED é muito mais eficiente e não geram grandes intensidades de luz em seus recuos inerentes. É de conhecimento geral, desde a década de 1970, que a luz azul pode ser usada para fotopolimerizar resinas compostas. Para esta aplicação específica, as lâmpadas halógenas são as fontes de luz utilizadas mais freqüentemente. Luz azul com comprimentos de onda entre 410 e 500 nm são extremamente importantes, levando-se em consideração que a canforoquinona, fotoiniciador comum para os materiais odontológicos, possui absorção máxima dentro desta faixa (465 nm). Quando a canforoquinona é exposta à luz, na presença de coiniciadores como as aminas, por exemplo, ocorre à formação de radicais que, por sua vez, iniciam o processo de polimerização. Atualmente, há quatro tipos diferentes de tecnologia para a fotopolimerização utilizados na prática odontológica: 1. Lâmpadas halógenas. 2. Lâmpadas de arco de plasma.

3. Lâmpadas LED. 4. Laser. Como há grandes variações nos respectivos modos de geração de luz azul, as vantagens e desvantagens das diferentes tecnologias serão apresentadas na discussão deste trabalho. 2 PROPOSIÇÃO 2 PROPOSIÇÃO A proposta do presente trabalho é fazer uma revisão da literatura pertinente sobre fotoativação de materiais resinosos com diferentes fontes de luz e deixar minhas conclusões. 3 REVISÃO DE LITERATURA 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 Lâmpada Halógena Correr Sobrinho et al. (2000), realizaram um estudo a fim de avaliar a correlação entre a intensidade de luz emitida por aparelhos fotopolimerizadores e o tempo de exposição, no grau de polimerização de resinas compostas pela mensuração da dureza Knoop. Foram confeccionadas amostras com a resina

composta Herculite XRV (Kerr), A 3 de 5mm de diâmetro e 2mm de altura que foram preparadas em moldes de cobre, cobertas com tiras de poliéster e polimerizadas por 30s com 50, 130, 180, 220, 280 e 520mW/cm 2 de intensidade de luz, utilizando os aparelhos Heliomat (Vivadent), Fibralux (Dabi-Atlante) e Visilux 2 (3M). A potência de todos os aparelhos foi medida utilizando-se um radiômetro (Demetron). As demais amostras foram fotopolimerizadas por 45, 60, 75, 90, 105, 120, 135, 150, 165 e 180s utilizando 130, 220 e 280mW/cm 2. Os valores de dureza Knoop da superfície e da base das amostras foram medidas após 24h, utilizando 50g de carga e tempo de permanência de 30s. Foram realizadas cinco medidas em cada superfície e estabelecida a média da amostra. Os dados foram submetidos à análise estatística empregando o teste de Tukey. Os resultados indicaram que os aparelhos fotopolimerizadores com maior intensidade de luz apresentaram melhores valores de dureza Knoop tanto na superfície como na base das amostras, sendo que a superfície sempre apresentou melhores valores de dureza em relação à base, após 30s de exposição. Os valores obtidos na superfície foram estatisticamente superiores comparados com os valores da base (p< 0,05) para a intensidade de 130, 220 e 280mW/ cm2 depois de 30, 45 e 60s de exposição. Em 2000, Yap estudou, através do teste de microdureza, o impacto da variação da profundidade da cavidade e o tempo da exposição de luz na efetividade de polimerização de duas resinas compostas. Analisou também, a afirmação dos fabricantes de que os seus materiais restauradores polimerizariam eficientemente em até 4 e 5mm quando expostos à luz por 40s. Foram utilizadas as resinas Ariston phc (Vivadent) e Surefil (Dentsply) na cor A2 que foram

inseridas em moldes cilíndricos de plástico com cavidades de 2 a 4mm de profundidade e 5mm de diâmetro. Cada amostra foi fotopolimerizada por 40s pelo fotopolimerizador Spectrum (Dentsply). Posteriormente, as amostras foram posicionadas para a análise da dureza Knoop, com a carga de 500g por 15s, empregada na superfície e base. As amostras foram complementarmente fotopolimerizadas em incrementos de 20s até que atingissem 120s de irradiação. A mensuração da dureza da superfície e base foi realizada a cada período de irradiação. Os resultados mostraram que a eficácia da polimerização diminuiu significativamente com o aumento da profundidade da cavidade em todos os tempos de exposição avaliados. Aumentando o tempo de exposição, aumenta-se a extensão de polimerização nas cavidades com 3 e 4mm. Os incrementos de resina composta avaliados não devem ser maiores que 2mm para promover uniforme e máxima polimerização. A influência da intensidade de luz e cor de uma resina composta quanto ao grau de dureza Knoop foram analisados por Martins et al. (2002). Corpos-deprova foram confeccionados utilizando-se matrizes de poliéster envoltas por um anel de cobre contendo uma cavidade padronizada de 6mm de diâmetro por 2mm de espessura. As cavidades foram preenchidas com a resina composta Fill Magic (Vigodent) nas cores A3, B3, C3, D3 e I, fotopolimerizadas através do fotopolimerizador Elipar Trilight (ESPE), calibrado para produzir três intensidades de luz diferentes: 450mW/cm 2, 800mW/cm 2 e uma intensidade de luz crescente de 100 a 800mW/cm 2. Foram confeccionados 90 corpos-de-prova com o tempo de exposição da resina à luz halógena de 40s. Os corpos-de-prova foram armazenados em tubos de ensaio com água destilada a 37 ± 1 C. Após este

período, foram realizados os testes de dureza Knoop utilizando uma carga de 100g por 10s de permanência, na região de superfície e fundo. Os resultados mostraram que houve diferença estatística em relação à intensidade de luz, entretanto em relação à cor, não houve diferença estatística. Os autores concluíram que a cor da resina composta não influencia a dureza Knoop e que a intensidade progressiva promoveu os maiores resultados de dureza Knoop. Em 2005, França et al., realizaram um trabalho in vitro com o objetivo de avaliar através de espectrofotometria a influência das técnicas de inserção incremental e de fotopolimerização progressiva na microinfiltração de cavidades Classe V. Foram preparadas 40 cavidades cilíndricas na superfície radicular vestibular de incisivos bovinos e preenchidas com resina composta (Z250). Os espécimes foram divididos em quatro grupos: I: a resina foi inserida em camada única e fotopolimerizada por 40 segundos; II: a resina foi inserida em camada única e fotopolimerizada progressivamente com um aparelho "soft-start"; III: a resina foi inserida em duas camadas e fotopolimerizada por 40 segundos; IV: a resina foi inserida em duas camadas e fotopolimerizada progressivamente. Em seguida os espécimes foram submetidos a 3.000 ciclos térmicos a 5 ± 2 C e 55 ± 2 C, preparados, corados com azul de metileno a 2%, seccionados, triturados e avaliados em espectrofotometria para se quantificar o corante infiltrado. Os dados foram submetidos a ANOVA. Os resultados demonstraram as seguintes médias: inserção única e fotopolimerização convencional (I): 0,06075 µg/ml; inserção única e fotopolimerização progressiva (II): 0,04030 µg/ml; inserção incremental e fotopolimerização convencional (III): 0,04648 µg/ml; inserção incremental e fotopolimerização progressiva (IV): 0,04339 µg/ml. Não foram encontradas

diferenças estatísticas significativas entre as médias. Observou-se que o aparelho Degulux "soft-start" emite uma intensidade de luz inicial muito alta para promover fotopolimerização progressiva. Zanchi et al. (2006), em um estudo com o objetivo de avaliar o estresse de contração de três resinas compostas sob diferentes métodos de fotoativação: fotoativação convencional halógena (G1), fotoativação "soft-start" halógena (G2) e fotoativação por LED (G3). As resinas compostas testadas foram a Filtek Z-100 (3M/ESPE), Filtek Z-250 (3M/ESPE) e Solitaire 2 (Heraeus Kulzer). Para G1, um aparelho fotoativador XL-3000 (3M/ESPE) com intensidade de 507 mw/cm 2 foi empregado. Em G2, o mesmo aparelho foi utilizado, mas com a intensidade reduzida nos primeiros 20 s (166 mw/cm 2 ); em G3 foi utilizado um fotoativador LED Ultrablue I (DMC) com intensidade de 125 mw/cm 2. O teste foi realizado com uma máquina de ensaio universal DL 2000 (EMIC) e duas matrizes metálicas com um espaço de 1 mm entre elas. A resina composta foi inserida no espaço entre as matrizes e fotopolimerizada de acordo com o protocolo supracitado. O estresse foi registrado nos diferentes períodos de tempo: 10, 20, 40, 60, 90 e 120 s. Um aumento linear significante do estresse de contração em relação ao tempo foi observado, exceto para a Z-100 em G2. No geral, a fotoativação por LED (G3) reduziu o estresse gerado em comparação com a fotoativação convencional halógena (G1). Em G3, a resina com co-iniciador na sua composição apresentou menor estresse em comparação com as outras resinas testadas. A combinação entre resina composta e o método de fotoativação produziu diferentes padrões de comportamento do estresse. A polimerização com LED reduziu o estresse de

contração inicial nos três materiais e foi influenciada pela presença de coiniciadores nas resinas compostas. 3.2 Lâmpadas de Arco de Plasma Hannig e Bott (1999) realizaram um estudo in vitro com o propósito de medir o aumento da temperatura da câmara pulpar durante a fotoativação de resina composta com vários aparelhos de luz, prepararam uma cavidade classe II em um molar extraído onde uma camada de resina composta com 02 mm foi aplicada à caixa proximal da cavidade, sendo que esta foi fotoativada com os aparelhos: Heliolux II (H; 320 mw/cm2), QHL 75 (Q; 505 mw/cm2), Astralis 5 (A; 515 mw/cm2), Optilux 500 (O; 670 mw/cm2), Elipar Highlight (EH; 730 mw/cm2), ADT 1000 PAC (P; 1196 mw/cm2). O tempo de fotoativação foi 40 s (H, A, Q, O, EH), 5 e 10 s (P). Utilizaram um medidor de temperatura tipo-k posicionado na junção polpa-dentina. Os valores médios foram calculados de 10 medidas com cada aparelho fotoativador. O teste-t de Dunnett e Anova foi usado para análises estatísticas. As mudanças de temperatura máxima variaram significativamente dependendo do aparelho de luz usado: 2.9 ^ 0.38C (H), 4.7 ^ 0.58C (A), 5.4 ^ 0.38C (P, 5 s), 5.6 ^ 0.48C (Q), 6.1 ^ 0.28C (EH, modalidade 2-fases: 100 mw/cm 2 sobre 10 s, 730 mw/cm 2 sobre 30 s), 6.9 ^ 0.48C (EH), 7.3 ^ 0.38C (O), 7.8 ^ 0.98C (P, 10 s). Concluiram que aparelhos de fotoativação com saída elevada de energia (A, EH, O, P, Q) causam aumento de temperatura significativamente maior da câmara da pulpar em comparação à luz convencional (H).

Conseqüentemente, os clínicos devem estar cientes do perigo térmico potencial à polpa que pôde resultar da fotoativação de resinas compostas. Cunha et al. (2001) pesquisaram a influência de quatro métodos de fotoativação sobre a dureza Knoop de cinco resinas compostas Z100 (3M), TPH (Dentsply), Solitaire (Heraeus Kulzer), Alert (Jeneric - Pentron) e Wave (SDI). Cinco amostras cilíndricas de 3mm de diâmetro por 5mm de altura foram preparadas em uma matriz bipartida para cada resina composta e cada método de ativação utilizado. A fotoativação foi realizada empregando-se quatro diferentes métodos: luz contínua (520mW/cm 2 por 40s); dupla intensidade de luz (150mW/cm2 durante 30s); luz pulsátil (520mW/cm 2 por 60s) e por arco de plasma de Xenônio (2300 mw/cm 2 por 3 s), sendo posteriormente armazenadas por 24h a 37 o C. Foi realizada a mensuração da dureza Knoop utilizando-se uma carga de 50g por 30s. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (5%). Os resultados indicaram que a dureza na região de superfície foi maior do que a dureza nas profundidades de 1,5; 2,5 e 4mm e região de fundo, independentemente do tipo de resina e de método de fotoativação. O método de fotoativação por luz contínua e por dupla intensidade de luz não diferiu entre si, porém foram superiores aos métodos de fotoativação por luz pulsátil e por arco de plasma de Xenônio, independentemente da profundidade e do tipo de compósito. O compósito Z-100 obteve o mais alto valor de dureza, seguido pelas resinas compostas Alert, TPH, Solitaire e Wave. Lim, Owens e Wells (2001), realizaram um estudo considerando a profundidade de polimerização de quatro resinas compostas usando três

diferentes aparelhos fotopolimerizadores. Preparos circulares de classe I, com 5mm de profundidade e 4mm de diâmetro foram realizados em 120 molares extraídos. As resinas compostas Synergy (Coltene) resina compactável, Revolution (Kerr) resina flow, Vitalescence (Ultradent) resina microhíbrida, Z-100 (3M)(ESPE) resina híbrida foram utilizadas para a confecção dos corpos-de-prova. Todos os materiais foram fotopolimerizados seguindo as orientações do fabricante, com três diferentes aparelhos; VIP (Bisco) aparelho fotopolimerizador, Virtuoso (Dent Mat) arco de xenônio, Henry Schein Visible aparelho fotopolimerizador. As resinas foram fotopolimerizadas em incrementos de 5mm. Depois de inserida a resina e fotopolimerizada, o dente foi seccionado verticalmente e submetido ao teste de profundidade de polimerização usando uma sonda periodontal, e dureza à penetração, utilizando uma sonda exploradora aplicando uma força penetrante à resina, registrando assim, onde a endentação ocorreu. Os resultados mostraram que a resina Synergy apresentou melhor profundidade de polimerização (4,4mm) e a resina Revolution apresentou a menor profundidade de polimerização (3mm) utilizando-se todos os aparelhos testados. Os aparelhos fotopolimerizadores VIP e Schein Visible apresentaram-se semelhantemente bons, na polimerização de todas as resinas, atingindo a média de 4,5mm de profundidade de polimerização. O aparelho fotopolimerizador Virtuoso apresentou os piores resultados obtendo, como média total, 2,4mm de profundidade de polimerização. Em 2003, Schulze et al., investigaram as alterações na cor e microdureza de cinco resinas, nas cores A 2 e U, quimicamente ativadas, Isopast Variant (Vivadent), Alfacomp (Voco), Bisfil II (Bisco), Superlux P/Anterior (DMG),

Permalute (Ultradent) e cinco resinas fotoativadas Helioprogress (Vivadent), Polofil (Voco), Pyramid Enamel (Bisco), Superlux Solar (DMG), Vitalescence (Ultradent) em função da aceleração do tempo a partir da exposição à luz. De cada material utilizado cinco amostras de resina foram embebidas em resina epóxia anteriormente a determinação da microdureza Knoop da superfície do espécime. Para a análise da cor com espectrofotômetro, três discos por resina foram preparados. Após a mensuração do valor inicial da cor da dureza Knoop, onde foi utilizada a carga de 500g, as mesmas amostras foram expostas a uma luz de arco de xenônio e água em uma máquina Weather-Ometer com energia radiante de 150KJ/m 2 por 122h. A microdureza e a cor foram novamente determinadas seguindo o tratamento de envelhecimento. Cada material apresentou um significante aumento na microdureza após o tratamento de envelhecimento (p< 0,05). Comparando as alterações na microdureza (em %) dos materiais fotoativados com os materiais quimicamente ativados, não foi encontrada diferença estatística. Perceptíveis diferenças de cor puderam ser observadas em todos os materiais. Três marcas mostraram pequenas diferenças Δ E* = 1,6-2,2, enquanto quatro resinas tiveram Δ E* variando de 6,2 a 15,5. Uma correlação significante entre os valores de microdureza e alteração de cor não pode ser estabelecida. Nomoto, McCabe e Hirano (2004), avaliaram as características de dois tipos de aparelhos polimerizadores recentemente desenvolvidos; arco de plasma e LED, em comparação com o aparelho convencional de tungstênio-halôgenio. A intensidade de luz e a distribuição espectral da luz destes aparelhos, o aumento de temperatura do esmalte bovino e a profundidade de polimerização da resina

exposta, em cada aparelho, foi investigada. Os aparelhos de luz halógena New Light- VL II (GC), plasma Apollo 95 E, Apollo 95 E Elite, Arc Light IIM, Credi II, Flipo, e de LED Elipar Free Light, LUXOMAX foram utilizados para polimerizar as resinas Clearfil AP-X (Kuraray), Z100 (3M), Z 250 (3M) nas cores A2 e C4 para a confecção de amostras. As resinas foram inseridas em moldes de aço inoxidável com cavidades cilíndricas de 4mm de diâmetro e 8mm de profundidade. O aparelho de LED polimerizou as amostras por 20, 40 ou 60s, o aparelho de arco de plasma por 3, 6 ou 9s e o de tungstêniohalogênio por 20s. Após as amostras serem armazenadas a 23 o C em recipiente a prova de luz, o material não polimerizado foi removido e o restante foi medido com um micrômetro. A intensidade de luz e a profundidade de polimerização foram determinadas de acordo com os padrões da ISO. A distribuição espectral foi medida por um espectroradiômetro. O aumento da temperatura induzido pela irradiação foi medido usando um termopar. A intensidade de luz na faixa de 400-515nm emitidas pelo arco de plasma foi maior do que aquela de outros tipos de aparelhos. Luz na região UV-A foi emitida a partir de alguns aparelhos de arco de plasma. Os tempos de irradiação requeridos foram de 6 a 9s para os aparelhos de arco de plasma e 40 a 60s para os aparelhos de LED a fim de criar uma profundidade de polimerização igual àquela produzida pelos aparelhos de luz de tungstênio-halogênio com 20s de irradiação. A temperatura elevou-se com o aumento do tempo de irradiação para o aparelho polimerizador. O aumento de temperatura foi de 15 o C a 60 o C para o aparelho de arco de plasma, por volta de 15 o C para o aparelho convencional de luz halógena e abaixo de 10 o C para os aparelhos de LED. Ambos os aparelhos arco de plasma e aparelho de LED

requerem maior tempo de irradiação que aqueles recomendados pelos seus respectivos fabricantes. Os profissionais devem ficar atentos aos aumentos térmicos potencial e o risco dos raios UV-A quando usado os aparelhos de arco de plasma. Correr et al. (2005) realizaram estudo com objetivo de avaliar o efeito do aumento da densidade de energia na dureza Knoop das resinas compostas Z250 e Esthet-X. Cavidades cilíndricas (3 mm de diâmetro X 3mm de profundidade) foram preparadas na superfície vestibular de 144 incisivos bovinos. As resinas compostas foram inseridas em incremento único e fotopolimerizadas com diferentes unidades e tempos de fotopolimerização: luz halógena convencional (700 mw/cm 2 ; 20 s, 30 s and 40 s); LED (diodo emissor de luz; 440 mw/cm 2 ; 20 s, 30 s and 40 s); PAC (arco de plasma de xenônio; 1700 mw/cm 2 ; 3 s, 4,5 s and 6 s). Os espécimes foram armazenados a 37ºC durante 24 h, previamente à realização das leituras de dureza Knoop. Foram realizadas três leituras por profundidade: superfície, 1 mm e 2 mm. Os dados foram submetidos a ANOVA e ao teste de Tukey (p<0,05). Independente da unidade de fotopolimerização ou da densidade de energia, a dureza do compósito Z-250 foi estatisticamente superior do que o compósito Esthet-X (p<0.05). A dureza dos compósitos fotoativados por PAC foi estatisticamente inferior em relação aos compósitos fotoativados por luz halógena ou LED (p<0.05) que, por sua vez, não diferiram entre si, independentemente da profundidade. O aumento do tempo de exposição produziu compósitos com maiores valores de dureza Knoop quando se utilizou LED ou PAC (p<0.05). Para luz halógena o aumento do tempo de exposição não influenciou os valores de dureza (p>0.05). Os valores de dureza Knoop

diminuíram com o aumento da profundidade. O aumento da densidade de energia produziu compósitos com maior dureza Knoop quando o LED e o PAC foram utilizados como fontes de polimerização (AU). 3.3 LED Em 2000, Jandt et al., avaliaram a profundidade de polimerização e força compressiva de resinas compostas polimerizadas com aparelhos de LED ou aparelhos convencionais de luz halógena. As resinas compostas TPH Spectrum (Dentsply) nas cores A2 e A4 foram fotopolimerizadas por 40s com o aparelho de luz halógena Spectrum (Dentsply) e um aparelho com 27 LEDs azuis (Nichia Chem. Ind.). A profundidade de polimerização foi medida a partir de dez amostras de 4mm de diâmetro e 8mm de profundidade com o uso de um penetrômetro. Os resultados foram comparados usando o teste estatístico t-student. Forças compressivas foram determinadas após 6 e 72h, para 6 amostras de 4mm de diâmetro e 6mm de profundidade para cada cor depois de ser polimerizada por 40s. Os grupos foram comparados estatisticamente usando o teste de ANOVA. O aparelho de luz halógena promoveu uma profundidade de polimerização significantemente maior (A 2-6,40mm, A 4-5,19mm) que o aparelho de LED (A 2-5,33mm, A 4-4,27mm). Ambos os aparelhos polimerizaram a resina composta mais profundamente do que o proposto pela ISO 4049 e o fabricante. O teste ANOVA mostrou que não houve diferença significante na força compressiva das amostras produzidas tanto com o aparelho de LED como de para o de luz halógena. Diferenças significantes na força compressiva das amostras

armazenadas por 6 e 72h e amostras com diferentes cores foram confirmadas no teste estatístico. O espectro de luz de ambas as unidades diferiram fortemente. Enquanto o aparelho de luz halógena mostrou uma larga distribuição do comprimento de onda comum com pico de energia de 497nm, o aparelho de LED emitiu a maior quantidade de luz produzida a 465nm. O aparelho de LED produziu um total de 350mW/cm 2 enquanto o aparelho de luz halógena produziu um total de irradiação de 755mW/cm 2. Os resultados mostraram que ambos os aparelhos promoveram suficiente potência para ultrapassar as necessidades mínimas em relação às resinas compostas (profundidade de polimerização de acordo com ISO 4049 e força compressiva indicada pelo fabricante). A força compressiva das resinas compostas polimerizadas em condições laboratoriais com um aparelho de LED foram estatisticamente equivalentes àquelas polimerizadas com o aparelho de luz halógena convencional. Sendo que o aparelho de LED possui vantagens inerentes, tais como potência constante durante a vida útil dos diodos e um grande potencial para alcançar uma qualidade de polimerização da resina satisfatória clinicamente. As propriedades flexurais de resinas compostas com três diferentes cores, polimerizadas com aparelhos de LED e de luz halógena, foram analisadas por Stahl et al. (2000), tendo como objetivo explicar a efetividade dos aparelhos de LED em relação aos aparelhos de luz halógena. Foi utilizado o aparelho de luz halógena Spectrum 201 R (Denstply) com 755mW/cm 2 e um aparelho contendo 27 LEDs (Nichia Chem. Ind.) com 350mW/cm 2. As resinas; TPH Spectrum (Denstply), Z-100 (3M)(ESPE) nas cores A 2 e A 4 e Solitaire (Heraeus Kulzer) nas cores A 2 e A 3 foram utilizadas. As propriedades flexurais foram testadas de acordo

com as normas ISO 4049. As amostras foram confeccionadas em moldes de aço inoxidável de 25 x 2 x 2mm de tamanho. Foram armazenadas por 24h em água antes dos testes mecânicos. Os resultados foram analisados utilizando o teste estatístico ANOVA. Na maioria dos casos não foram encontradas diferenças estatisticamente diferentes na força e módulo flexural entre as resinas compostas polimerizadas com o aparelho de luz halógena ou LED. Em 2001, Kurachi et al., avaliaram a microdureza de uma resina composta polimerizada por cinco aparelhos de LED e uma comparação com aparelho fotopolimerizador convencional de luz halógena K&M (200R). O teste de microdureza foi usado para comparar a eficácia de ambos os tipos de fontes de luz. Nos aparelhos de LED utilizados foram empregados: (L2) dois LEDs, (L3) três LEDs, (L4) quatro LEDs, (L5) cinco LEDs ou (L6) seis LEDs azuis, estas séries de LEDs (Nichia Chem. Ind.) emitiam um pico de luz de 470 nm. A resina composta Z-100 (3M) na cor A3 foi polimerizada por 20, 40, 60, 120 e 180s com os aparelhos a base de LED e por 40s com o aparelho de luz halógena. As amostras de resina foram preparadas com 0,35; 1,25 e 1,8mm de espessura. Cinco amostras de cada grupo foram realizadas. A avaliação da microdureza Vickers foi realizada com três endentações para cada amostra, utilizando 50g de carga com 30s de tempo de permanência. Todas as amostras polimerizadas com os aparelhos a base de LED mostraram menores valores de microdureza quando comparadas as de luz halógena no tempo de polimerização de 40s. O aparelho com seis LEDs mostrou-se o mais eficiente dos aparelhos. Este apresentava a intensidade de luz de 79mW/cm 2, enquanto o de luz halógena obteve a intensidade de luz de 475mW/cm 2. Para todos os aparelhos apresentados,

maiores tempos de exposição ou uma camada mais fina de resina são necessários para se alcançar razoáveis valores de microdureza. Apesar das diferenças de irradiação quando comparada com a luz halógena, aparelhos a base de LED mostraram ser um promissor instrumento de polimerização. A eficiência de polimerização de três aparelhos de LED com aparelhos de quartzo tungstênio halogênio (QTH) foi comparada por Leonard et al. (2002), através do teste de microdureza. A potência da densidade (intensidade) e emissão espectral de cada aparelho de LED foi comparado com o aparelho de QTH em ambas variações espectrais 380 a 520nm e 450 a 500nm. Moldes de politetrafluoretileno com 2mm de altura e 8mm de diâmetro foram usados para a confecção de cinco amostras, para cada combinação; tempo de exposição, tipo de resina composta; (microparticulada Silux Plus e híbrida Z 100 (3M)) e fotopolimerizadores de LED - Luma Cure (LumaLite), VersaLux (Centrix) com 7 LEDs, combinação de LED com luz halógena - ZAP Dual Curing (CMS) com 12 LEDs e o aparelho de luz halógena - Optilux 401 (Kerr/ Demetron). As amostras foram armazenadas a seco, em um recipiente a prova de luz, por 24h. Decorrido este período, realizou-se três medidas de dureza Knoop, utilizando 100g de carga com um tempo de permanência de 10s, na superfície e base das amostras, e calculou-se a média entre base/superfície (B/S). O valor de 80% foi indicado como satisfatório para a polimerização. A porcentagem da regressão linear versus tempo de exposição foi realizada e a equação resultante foi utilizada para predizer a exposição de tempo necessária para produzir uma porcentagem de 80% entre B/S. A potência de densidade (potência/ unidade de área) dos aparelhos de LED e de QTH foi medida por um medidor de potência a laser em ambas as variações

de espectro de luz (380-780nm) e a variação do espectro (entre 450 e 500nm) usando a combinação de filtros de ondas curtas e longas. Os resultados demonstraram que a emissão do espectro dos aparelhos de LED refletiram mais a absorção do espectro do fotoiniciador comumente utilizado, canforoquinona. Especificamente, 95% do espectro de emissão VersaLux, 87% do LumaCure, 84% do ZAP LED, e 78% do ZAP combinação LED e QTH esteve entre 450 e 500nm. Em contraste, apenas 56% do espectro de emissão do aparelho de luz halógena Optilux 401 esteve dentro desta variação. Entretanto a densidade de potência entre 450 e 500nm foi ao menos quatro vezes maior para a luz halógena que o aparelho exclusivamente de LED. Como resultado, os aparelhos de LED necessitaram de 39 a 61s para polimerizar 2mm de espessura de resina híbrida e entre 83 a 131s para adequadamente polimerizar a resina de micropartículas. Por comparação, o aparelho QTH necessitou de apenas 21 e 42s para polimerizar a resina híbrida e de micropartículas, respectivamente. Os aparelhos de LED de primeira geração, neste estudo necessitaram de consideravelmente maior tempo de exposição que os aparelhos QTH para polimerizar adequadamente a resina composta híbrida e de micropartículas. Besnault et al. (2003) avaliaram o efeito, in vitro, da polimerização com LED versus Luz halógena nas propriedades mecânicas de três resinas compostas microhíbridas. As resinas compostas Tetric Ceram (Ivoclar/ Vivadent), Charisma (Kulzer), Z100 (3M) e dois aparelhos, Astralis 7 (Ivoclar/ Vivadent) de luz halógena e GC E Light (GC) de LED, contendo 64 LEDs, foram analisados. Seis modos de polimerização foram usados; a) Luz halógena, padrão 40s - 750mW/cm 2 ; b) LED, padrão 40s - 200mW/cm 2 ; c) LED, polimerização rápida 6s - 400mW/cm 2 ; d) LED,

polimerização rápida 12s - 400 mw/cm 2 ; e) LED, polimerização gradual a 39s (20s de 0 350 e 20s 350mW/cm 2 ); f) LED, turbo 10s 350 mw/cm 2. Foram confeccionadas amostras utilizando-se um molde de teflon com 6mm de diâmetro por 2mm de altura, perfazendo um total de trinta amostras por resina utilizada, divididas entre os seis grupos experimentais (n = 5). As amostras foram polidas e foram avaliadas a microdureza da superfície/ base e a força flexural. Foi utilizado um microdurômetro com indentador de diamante Vickers, com a carga de 200g por 30s de permanência, para a mensuração da microdureza na superfície e base das amostras. O teste de flexão foi realizado através da mensuração da altura e largura das amostras. A comparação estatística foi feita usando o teste ANOVA e o teste de Fisher (p < 0,05). A resina Z100 apresentou as melhores propriedades em ambos os testes. Quanto a microdureza da superfície o aparelho de luz halógena apresentou valor semelhante àqueles obtidos com a polimerização gradual e os modelos padrão de polimerização do aparelho de LED para as resinas Tetric Ceram e Charisma. Para a resina Z-100 os maiores valores foram obtidos com o aparelho de luz halógena. Em qualquer um dos materiais, curtos períodos de exposição (polimerização rápida 6s e turbo) exibiram pobres resultados. Em relação a microdureza da base, as amostras fotopolimerizadas com o aparelho de luz halógena apresentaram maiores resultados, mas com propriedades mecânicas bastante semelhante às alcançadas com a rápida polimerização (12s) com o aparelho de LED. A polimerização rápida (6s e turbo) forneceu os menores resultados. Quanto à força flexural, os resultados foram comparáveis àqueles obtidos pela microdureza da base. Os autores concluíram que a polimerização rápida a 12s, proposto pelo novo aparelho de LED parece ser

um limiar entre 40s de polimerização e o modo de polimerização rápida, resultando em algumas interessantes propriedades mecânicas da resina em comparação com o aparelho de luz halógena, economizando, também, um considerável tempo gasto quando se usa a técnica incremental. Soh, Yap e Siow (2003), analisaram a efetividade de polimerização de dois aparelhos de LED; Elipar FreeLight (FL) (3M) contendo 19 LEDs e GC e-light (EL) (GC) contendo 64 LEDs; um aparelho convencional de luz halógena Max (MX) (Dentsply); aparelho de luz halógena de alta intensidade Elipar TriLight (TL) (3M); e um de luz halógena de altíssima intensidade Astralis (AS) (Ivoclar-Vivadent) em variadas profundidades de cavidades. Dez modos de fotopolimerização foram estudados, entre eles: a) FLI- 400mW/cm 2, em 40s; b) FL2-0- 400mW/cm 2, 12s e 400 mw/cm 2, 28s; c) EL1-750mW/cm 2, 10 pulsos x 2s; d) EL2-350mW/cm 2, 40s; e) EL3-600mW/cm 2, 20 s; f) EL4-0- 600mW/cm 2, 20s e 600mW/cm 2, 20s; g) TL1-800mW/cm 2, 40s; h) TL2-100-800mW/cm 2, 15s e 800 mw/cm 2, 25 s; i) AS1-1200mW/cm 2, 10s, j) MX- 400mW/cm 2, 40s. A resina Z-100 (3M) na cor A2 foi utilizada para a confecção das amostras, em moldes com cavidades de 2 a 4mm de profundidade e 4mm de largura. A efetividade de polimerização de cada um dos modos de ativação foi determinada pela medida Knoop da superfície e da base das amostras com 2, 3 e 4mm, utilizando uma carga de 500g pelo tempo de permanência de 15s. Os resultados foram analisados usando o teste estatístico de ANOVA e Scheffe (p< 0,05). Na superfície, a média de dureza Knoop observada com os aparelhos de LED variaram de 55,42 ± 1,47 a 68,54 ± 1,46, enquanto que para a luz halógena estes valores variaram de 62,64 ± 1,87 a 73,14 ± 0,97. Na base, a média de dureza Knoop observada com LED e luz halógena

variaram de 46,90 ± 1,73 a 66,46 ± 1,18 e 62,26 ± 1,93 a 70,50 ± 0,87, respectivamente. Diferença significante entre os valores de dureza da superfície e da base foi observada entre diferentes aparelhos de LED e de luz halógena. Embora a polimerização com a maioria dos modos de EL resultaram em dureza Knoop da superfície e da base significativamente menores dos aparelhos convencionais de luz halógena, não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os modos de ativação de FL. Por isso, a efetividade da polimerização com aparelhos de LED é produto dependente. Bennett e Watts (2004), avaliaram a performance de dois aparelhos de LED, em relação a sua potência espectral, irradiação e profundidade de polimerização sobre resinas compostas, comparados a um aparelho convencional de QTH. Os aparelhos de LED Elipar Freelight 1 (3M) (LED 1), Ultralume 2 (Optident) (LED 2) e aparelho de luz halógena Optilux- 500 (Sybron-Kerr) (QTH 1) foram utilizados e para cada aparelho, usado um espectrofotômetro visível UV. A potência do espectro foi medida e a irradiação da luz emitida em função do detector de distância da luz. As resinas compostas Tetric Ceram (Vivadent), na cor A3, Tetric Ceram HB (Vivadent), cor A3, contendo um fotoiniciador adicional respondendo a aproximadamente 435nm, e Tetric Ceram Bleach L (Vivadent) foram utilizadas. Estas resinas compostas apresentam fórmula semelhante, mas diferem na concentração de seus iniciadores e/ ou opacidade. As amostras foram confeccionadas em moldes de aço inoxidável com 4mm de diâmetro e 6mm de altura e a luz polimerizadora foi fixada nas distâncias específicas de 0, 4 e 8mm com períodos de irradiação de 10, 20 e 40s. A profundidade de polimerização foi medida usando um calibrado penetrômetro digital em função da distância da fonte

para os períodos ativação. Os resultados mostraram que cada aparelho liberou um pico no espectro visível da luz. O comprimento de onda máximo para o LED 1, LED 2 e QTH 1 foram 486,4; 458,2 e 495,2nm, respectivamente. Os valores de profundidade de polimerização variaram significativamente (p<0,001) com tempo de irradiação e distância da fonte à amostra para ambos os aparelhos de LED e QTH. A porcentagem de redução nos valores de profundidade de polimerização resultantes do LED versus irradiação pelo QTH aumentou com a distância da fonte/amostra. Os autores concluíram que os aparelhos de LED tiveram uma potência espectral de energia eficiente para as resinas convencionais, mas tiveram uma distância menor comparado com o aparelho de QTH, levando a uma redução na performance nas profundidades de polimerização. Os dados sugerem que os aparelhos de LED podem beneficiar grandemente um futuro desenvolvimento para promover um aumento na irradiação da luz emitida, permitindo um aumento nos valores de profundidade de polimerização, especialmente quando polimerizados a partir de uma certa distância. Braga et al. (2004), avaliaram a microdureza da superfície e da base da resina composta Filtek Z-250 (3M)(ESPE) fotoativada com dois tipos de fontes de luz (halógena e LED), variando também a potência oferecida pelo aparelho de LED. Foram confeccionados 15 corpos-de-prova nas dimensões de 2mm de espessura por 6mm de diâmetro. O grupo G1 foi fotoativado com o aparelho de luz LED, Ultra Blue IS (DMS) com potência ajustada para 200mW/cm 2. O grupo G2 foi fotoativado com o aparelho de LED Ultra Blue IS (DMS) com potência de 600mW/cm 2. Para a fotoativação do grupo G3 utilizou-se o aparelho de luz halógena Optilight 600 (Gnatus) com potência aferida de 400mW/cm 2. Os corpo-

de-prova foram fotopolimerizados por 20s, e cada um deles teve as superfícies de topo e de base divididos em quatro quadrantes. Foi realizado o teste de microdureza com três impressões por quadrante, sendo os resultados submetidos à análise de variância. Os autores verificaram que o grupo G2 apresentou as maiores médias de microdureza (90,0HV na superfície e 79,0HV na base), sendo significativamente maior que os grupos G1 (71,9HV na superfície e 67,1HV na base) e G3 (62,3HV na superfície e 56,5HV na base). Observaram diferença estatisticamente significante na microdureza entre os grupos G1 e G3 e na superfície e base dos corpos-de-prova testados. Concluíram que o emprego de um aparelho de LED de alta potência implicou em valores de microdureza significativamente maiores quando comparados à fonte de luz halógena. Ciccone 1 et al. (2004) apud Firoozmand (2005), avaliaram a influência de sistemas de fotopolimerização de LED Ultraled (Dabi Atlante) e de luz halógena XL 3000 (3M/ESPE) na pesquisa superficial e profunda de resinas compostas Z- 250 e P-60 (3M/ESPE); Charisma e Durafill (Heraeus Kulzer) em relação ao tempo de 0 e 24h e sete dias. Foram confeccionadas 80 amostras, empregando uma matriz de poliuretano preta com 2mm de espessura e 3mm de diâmetro. As resinas foram inseridas na matriz em uma única porção, e ativadas por 40s. Realizaram-se os testes de microdureza (Knoop) e as amostras foram acopladas em placas palatais utilizadas por dez voluntários, os quais foram instruídos quanto ao regime de uso e higiene bucal destas. Outras medidas de microdureza foram feitas após 24h e sete dias da confecção das amostras. Os resultados obtidos 1 CICCONE, J. C. et al. Avaliação in situ da influência de sistemas fotopolimerizadores na microdureza de resinas compostas. Pesq. Odontol. Brás., v. 18, supl., p.138, set. 2004. (Abstract Pa 223). Trabalho apresentado na 21a Reunião Anual do SBPqO.