INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27, DE 20 DE AGOSTO DE 2014

Documentos relacionados
GOVERNO DE ALAGOAS SECRETARIA DA FAZENDA

Parecer Consultoria Tributária Segmentos STDA Declaração do Simples Nacional relativa à Substituição Tributária e ao Diferencial de Alíquota no

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 08/2010. O SECRETÁRIO DA FAZENDA DO ESTADO DO CEARÁ, no uso de suas atribuições legais e,

O PREFEITO MUNICIPAL DE TERESINA, Estado do Piauí, no uso das atribuições legais que lhe confere a Lei Orgânica do Município, e

ESTADO DE ALAGOAS GABINETE DO GOVERNADOR

ESTADO DE ALAGOAS GABINETE DO GOVERNADOR

Adicional na alíquota do ICMS destinado ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza do Paraná - FECOP Versão 1.0

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 881/07-GSF, DE 25 DE OUTUBRO DE 2007.

SISTEMA ISS - CURITIBA LIVRO ELETRÔNICO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2011

Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas. Novo Mercado de. Renda Fixa

Obrigações Estaduais de Alagoas - Agosto 2011

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO CAFÉ TORRADO E MOÍDO

CCA BERNARDON DESTAQUES DA SEMANA: CONTADORES E ADVOGADOS SEMANÁRIO Nº 22/2014 1ª SEMANA JUNHO DE 2014

Resumo do Regulamento de Utilização do Cartão Business Travel Bradesco

NORMA DE EXECUÇÃO Nº 03, DE 21 DE JUNHO DE 2011

SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS CIRCULAR SUSEP N.º 528, DE 25 DE FEVEREIRO DE 2016.

CONVÊNIO ICMS 108, DE 28 DE SETEMBRO DE 2012

Instrução Normativa RFB nº 1.127, de 7 de fevereiro de 2011

ESTADO DE MATO GROSSO CONTROLADORIA-GERAL DO ESTADO - CGE/MT

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Modelo simplificado dos livros P3 e P7 27/10/14

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. RESOLUÇÃO do CNE (ainda depende Homologação do Ministro da Educação)

Parecer Consultoria Tributária Segmentos IPI Devolução

COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS CRH/SES G RUPO DE G ESTÃO DE P ESSOAS NÚCLEO DE SUPORTE À G ESTÃO DE PESSOAS

Educação Fiscal. Treinamento sobre assuntos fiscais. Maria Fernanda da Silva e Paulo Sérgio Ramos Covo 28/03/2014


Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 732, DE 2011

PREÇOS DOS SERVIÇOS DE ACREDITAÇÃO DE ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO E DE INSPEÇÃO

Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais Superintendência de Tributação Diretoria de Orientação e Legislação Tributária

RESOLUÇÃO CONJUNTA ANA, IEMA E IGAM Nº 553, DE 8 DE AGOSTO DE 2011

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB Credenciada pelo Decreto Estadual N 7.344, de

Instrução Normativa SRF nº 682, de 4 de outubro de 2006

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

CARTA CIRCULAR Nº 3.721, DE 24 DE AGOSTO DE 2015

Dispõe sobre autorização de afastamento do País de servidores e empregados do Ministério da Fazenda e suas entidades vinculadas.

I - o inciso I do 13 do artigo 406-C: (Ajuste SINIEF 01/16, efeitos a partir de )

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Diferencial de alíquota para produtos com destino industrialização

Ato Normativo nº 556/2008-PGJ, de 15/10/2008 (Pt. n /08)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

2. Procedimentos Gerais no Fiplan para o registro de bens Importação em Andamento Material de Consumo... 4

Prefeitura Municipal de Santa Barbara-BA. A Prefeitura Municipal de Santa Barbara, Estado Da Bahia Visando a Transparência dos Seus Atos Vem PUBLICAR.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Redução Juros sobre Multa Punitiva. Redução Multa Punitiva. Parcela Única 60% 60% 75% 75% - N/A

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE RELACIONAMENTO REDE SCB REDE DOS SERVIÇOS DE CRÉDITO DO BRASIL LTDA. PROGRAMA "De Olho no Ponto"

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

NOVIDADES E PRINCIPAIS DÚVIDAS

COMPANHIA LUZ E FORÇA SANTA CRUZ 1ª. EMISSÃO PÚBLICA DE DEBÊNTURES RELATÓRIO ANUAL DO AGENTE FIDUCIÁRIO EXERCÍCIO DE 2013

São contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep, incidente sobre Receitas Governamentais, a

LEI Nº / de abril de Autoria: Poder Executivo Municipal

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 25, DE 15 DE ABRIL DE 2003

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 49, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2011

Gestão do Malha Fina GMF - Procedimentos Gerais

I IRPJ, CSLL, PIS e COFINS, excetuados os recolhimentos vinculados às operações de comércio exterior, a

RESOLUÇÃO Nº Dispõe sobre o Adicional de Qualificação no âmbito da Justiça Eleitoral.

Boletim Técnico esocial

DECRETO ADMINISTRATIVO N. 121, DE 3 DE MAIO DE Publicado no Diário da Assembléia nº 1.478

SPED GESTÃO E TREINAMENTO LTDA Av. Guilherme Cotching, 1948, Conj. 20 V. Maria São Paulo SP (11) /

Centro de Estudos e Pesquisas 28 Organização Social em Saúde - RJ CNPJ nº /

Parecer Consultoria Tributária de Segmentos Transferência de Crédito de ICMS de Fornecedor Optante do Simples Nacional

67. As ME e EPP, optantes ou não pelo Simples Nacional, podem emitir que tipo de nota fiscal?

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Entrada de Conhecimento de Transporte Rodoviário

PORTARIA Nº 72, DE 01 DE FEVEREIRO DE 2012

DECRETO nº 2.303/2012

III VIDEOCONFERÊNCIA DO SIMPLES NACIONAL NO ESTADO DA BAHIA

NORMA DE ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS NORMATIVOS - NOR 101

b) 40% (quarenta por cento) das penalidades pecuniárias por descumprimento de obrigações acessórias;

CONSIDERANDO a transparência e segurança que resultará da implementação do novo modelo gerencial para a definição da política tarifária;

LUIZ CARLOS FRANKLIN DA SILVA

ATO DO 1º SECRETÁRIO Nº 61, de 2009

LEI COMPLEMENTAR N 059, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2009.

CCA BERNARDON DESTAQUES DA SEMANA: CONTADORES E ADVOGADOS SEMANÁRIO Nº 36/2014 2ª SEMANA SETEMBRO DE 2014

INSTRUÇÃO CVM Nº 551, DE 25 DE SETEMBRO DE 2014

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

COORDENAÇÃO DA SECRETARIA DO CONSELHO DIRETOR E CNSP

Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

ICMS ANTECIPADO ESPECIAL - NÃO OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL

Declaração de Serviços Tomados

Simples Nacional - Obrigações fiscais acessórias - Roteiro de Procedimentos

DECRETO N 1801/2012 DECRETA:

INDRA BRASIL SOLUÇÕES E SERVIÇOS TECNOLÓGICOS S.A. 1ª. EMISSÃO PÚBLICA DE DEBÊNTURES RELATÓRIO ANUAL DO AGENTE FIDUCIÁRIO EXERCÍCIO DE 2013

Referência: Resolução CGSN nº 122/15 - Simples Nacional - esocial, supressão de atividades permitidas, ativos intangíveis Alterações.

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Crédito diferencial de alíquota no Ativo Imobilizado - SP

Instrução Normativa do Programa de Pós-Graduação em Administração: Mestrado Profissional

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CONSELHO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DE SÃO PAULO CREA-SP ATO NORMATIVO Nº, DE DE DE.

DECRETO Nº 2.655, DE 02 DE JULHO DE 1998

PROGRAMA ICMS ANTECIPADO ESPECIAL COM GLOSA DE CRÉDITO. 1. O que é o Programa de ICMS ANTECIPADO GLOSA DE CRÉDITO?

ORIENTAÇÕES SOBRE CONCILIAÇÃO BANCÁRIA (ELABORAÇÃO E ENCAMINHAMENTO AO AUDESP)

DECRETO EXECUTIVO nº. 014/2012 D E C R E T A:

DECRETO Nº DE 13 DE MARÇO DE 2014

SEMANA DE NEGOCIAÇÃO FISCAL 2015 (nov/2015) CONCEITOS / ABRANGÊNCIA

Guerra Fiscal Impactos da Resolução do Senado Federal 13 / Março de 2013

Minuta de Instrução Normativa

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. CAMPO GRANDE-MS, 6 DE MAIO DE 2015.

*Lei Complementar 374/2009: CAPÍTULO I DA INSCRIÇÃO, LEGALIZAÇÃO E BAIXA

Transcrição:

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27, DE 20 DE AGOSTO DE 2014 * Publicada no DOE em 27/08/14 Dispõe sobre os procedimentos de fiscalização das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições (Simples Nacional), instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e dá outras providências. O SECRETÁRIO DA FAZENDA DO ESTADO DO CEARÁ, no uso de suas atribuições legais, e Considerando a necessidade de implementação da fiscalização das Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional; Considerando também a necessidade de adequação dos sistemas corporativos da Secretaria da Fazenda (SEFAZ) às situações previstas na Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011; Considerando, por fim, a necessidade de estabelecer procedimentos uniformes e sistemáticos relativos às ações fiscais sobre as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional, no âmbito da SEFAZ, RESOLVE: Art. 1º Os procedimentos de fiscalização exercidos pelos agentes fiscais que têm competência para promover ações fiscais sobre as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional, visando apurar o descumprimento de obrigação tributária, conforme o disposto na Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011, regemse pelo disposto nesta Instrução Normativa. Parágrafo único. O exercício das atribuições dos agentes fiscais com competência para efetuar as ações fiscais de que trata o caput deste artigo é regido pelos arts. 1, 2 e 4 do Decreto nº 29.978, de 30 de novembro de 2009. Art. 2º Os procedimentos a que se refere o caput do art. 1º serão realizados com a observância do seguinte: NOTA: Inciso I com redação determinada pelo art. 1.º, I, da Inst. Normativa n.º 31/2014 (DOE de 24/9/2014).

I a solicitação de ação fiscal, emissão de ato designatório e lavratura do Termo de Início de Fiscalização serão feitas exclusivamente por meio de sistema específico de controle de ação fiscal da Secretaria da Fazenda (SEFAZ); Redação original do inciso I: I - a solicitação de ação fiscal, emissão de ato designatório e lavratura de auto de infração serão feitas exclusivamente por meio de sistema específico de controle de ação fiscal da Secretaria da Fazenda (SEFAZ); II - o ato designatório deve ser emitido no Projeto Auditoria Fiscal Restrita e vinculado a um código específico da tabela de motivos do sistema específico de controle de ação fiscal da SEFAZ; III - antes da inclusão da solicitação de ação fiscal para período ou períodos de apuração iniciados a partir de 1º de julho de 2007, o servidor responsável deverá analisar o histórico do contribuinte no Sistema Cadastro e no Portal do Simples Nacional, no endereço eletrônico para verificação de data efetiva da inclusão ou exclusão nesse regime; IV - a solicitação de ação fiscal e a posterior emissão do ato designatório correspondente serão efetuadas de acordo com o regime de recolhimento do contribuinte; V - na hipótese de ocorrência de enquadramento do contribuinte em mais de um regime de recolhimento, dentro do mesmo exercício, deverá ser emitido um ato designatório específico para o período correspondente a cada regime; VI o Mandado de Ação Fiscal (MAF), emitido pelo sistema específico de controle de ação fiscal da SEFAZ, será incluído no Sistema Único de Fiscalização, Lançamento e Contencioso (SEFISC), no módulo de Registro da Ação Fiscal, e este alimentará automaticamente a ação fiscal no módulo Auto de Infração e Notificação Fiscal (AINF); VII - após emissão do MAF, a autoridade fiscal deverá registrar o início da ação fiscal no SEFISC em até 7 (sete) dias, conforme disposto no 1º do art. 78 da Resolução CGSN nº 94, de 2011; VIII na hipótese de ações fiscais relativas a períodos já fiscalizados, a autoridade fiscal deverá tomar conhecimento das ações já realizadas, dos valores já lançados e das informações contidas no SEFISC, observando-se as limitações práticas e legais dos procedimentos fiscalizatórios, bem como as ações já realizadas no sistema específico de controle de ação fiscal da SEFAZ; IX a partir do registro do MAF, os prazos serão controlados pelo SEFISC, inclusive para a relação contenciosa, se existente; X os valores das omissões de receitas, diferença de base de cálculo e insuficiência de recolhimento, resultantes das receitas de substituição tributária do ICMS, deverão ser inseridas no AINF, mesmo que não incida ICMS no âmbito do Simples Nacional, contudo servirão para a composição dos demais tributos. 1º A fiscalização do cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional far-se-á somente em relação ao ICMS, nos termos do 2º do art. 129 da da Resolução CGSN nº 94, de 2011. 2º O disposto no inciso VII do caput deste artigo aplica-se às ações fiscais registradas desde 1º de janeiro de 2014.

3º Excluem-se do controle a que se refere o inciso IX do caput deste artigo os autos lavrados em razão do ICMS devido nos termos do inciso XIII do 1º do art. 13 da Lei Complementar nº 123, de 2006, que continuam a ser controlados pelo sistema específico de controle de ação fiscal da SEFAZ. Art. 3º Fica a Célula de Planejamento e Acompanhamento (CEPAC) responsável pelo planejamento, seleção, preparo, programação, acompanhamento e controle das ações fiscais de acordo com os critérios, parâmetros e diretrizes estabelecidos por esse órgão para estas atividades. 1º O planejamento das ações fiscais será periódico, inclusive em relação às baixas cadastrais e aquelas objetos de denúncia interna ou externa ou de solicitação de verificação de informações a pedido de órgãos da Administração Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. 2º A execução das ações fiscais fica a cargo das unidades fazendárias que as promovem, conforme suas respectivas competências e atribuições. 3º As ações fiscais de demanda externa requisitória terão precedência sobre as demais ações fiscais. Art. 4º A fiscalização de ME ou EPP, optante pelo Simples Nacional, com mais de um estabelecimento inscrito no Cadastro Geral da Fazenda (CGF), poderá ocorrer simultaneamente sobre todos os estabelecimentos localizados no Estado do Ceará e será exercida em conformidade com as atribuições da autoridade competente. Parágrafo único. Para efeito de enquadramento nas faixas de receita bruta anual e aplicação do percentual do ICMS das ME e EPP optantes pelo Simples Nacional a que se refere o caput deste artigo, considera-se a receita bruta de todos os estabelecimentos da empresa nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração (RBT12), inclusive quando localizados em outras unidades da Federação. Art. 5º Para efeito de cálculo do ICMS apurado na forma do Simples Nacional, devem ser observadas as disposições da Resolução CGSN nº 94, de 2011. Art. 6º O ICMS de que trata o inciso XIII do 1º do art. 13 da Lei Complementar nº 123, de 2006, será calculado de acordo com o que dispõe a legislação estadual. Art. 7º Para fundamentar a constituição do crédito tributário, o agente detentor da ação fiscal poderá utilizar as informações necessárias ao levantamento econômico-financeiro e fiscal do estabelecimento, obtidas diretamente do contribuinte ou a partir das fontes abaixo indicadas, e lançá-las em programa eletrônico disponibilizado pela Coordenadoria da Administração Tributária (CATRI): I - informações do Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS) e do Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional - Declaratório (PGDAS-D); II - informações da Declaração Única e Simplificada de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DASN), da Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS), da Declaração de Informações Econômico-Fiscais (DIEF) e da Escrituração Fiscal Digital (EFD), fornecidas pelo contribuinte e por terceiros, quando for o caso;

III - documentos fiscais; IV - arquivos eletrônicos ou documentação técnica referentes a arquivos eletrônicos; V - livros fiscais e contábeis; VI - impressos de natureza fiscal ou comercial; VII - informações prestadas por terceiros, relacionadas com as operações ou prestações efetuadas pelo contribuinte fiscalizado, conforme previsto no art. 815 do Decreto 24.569, de 31 de julho de 1997; VIII - outros papéis que contenham registros de negócios e atividades econômicas ou financeiras relacionadas com a atividade produtiva ou comercial do contribuinte; IX informações fiscais oriundas de outros entes federados, baseados em convênios, protocolos ou termos de cooperação técnico-fiscal; 1º O programa eletrônico previsto no caput deste artigo será disponibilizado na Intranet da Secretaria da Fazenda (SEFAZ), para uso auxiliar nas ações fiscais promovidas sobre as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional. 2º Quando a utilização do programa eletrônico previsto no caput deste artigo resultar em autos de infração lavrados por meio do SEFISC ou de sistema específico de controle de ação fiscal da SEFAZ, os documentos gerados por este programa serão obrigatoriamente anexados aos autos, sendo obrigatória a entrega de cópia dos documentos ao contribuinte. 3º O programa eletrônico previsto no caput deste artigo consiste em uma planilha eletrônica com a seguinte estrutura: I - dados cadastrais do contribuinte e informações sobre a ação fiscal; II - dados referentes à entrada de mercadorias; III - dados referentes às receitas operacionais; IV - despesas efetivamente pagas no período fiscalizado; V - receitas não operacionais efetivamente recebidas no período fiscalizado; VI - saldos das contas Fornecedores, Clientes, Caixa e Bancos; VII - Demonstração de Entradas e Saídas de Caixa (DESC); VIII - apuração das omissões de receitas decorrentes das vendas através de cartões de crédito e de débito; IX - identificação das infrações relacionadas com omissão de receitas, mercadoria depositada em situação irregular, diferença de base de cálculo e insuficiência de recolhimento dos tributos devidos pelos optantes no âmbito do Simples Nacional; X - apuração de omissão de entrada decorrente de mercadorias encontradas em situação fiscal irregular ou decorrente de levantamento quantitativo unitário; XI - apuração da substituição tributária do ICMS por entrada e por saída interna; XII - apuração de débitos referentes ao ICMS Antecipado, ICMS Substituição Tributária por entradas interestaduais, ICMS Diferencial de Alíquota e Adicional para o FECOP, registrados no Sistema COMETA ou SITRAM; XIII - identificação do descumprimento de obrigações acessórias; XIV - identificação de infrações relacionadas ao uso irregular de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF); XV - apuração de infrações relacionadas ao extravio de documentos fiscais; XVI - identificação dos motivos de exclusão do Simples Nacional, constatados pelo agente fiscal no decorrer da ação fiscal; XVII - outras informações necessárias à apuração do ICMS no Simples Nacional.

4º As omissões de receitas poderão ser calculadas a partir da DESC e das diferenças de vendas por meio de cartão de crédito e de débito. 5º Para efeito de apuração de omissão de entrada, poderão ser utilizados quaisquer sistemas de levantamento do estoque disponibilizados pela SEFAZ. Art. 8º No caso de infração caracterizada por omissão de receita, cada exercício fiscalizado deverá corresponder a um auto de infração, observando que, para identificação do mês da ocorrência e cobrança da taxa de juros, serão aplicadas as regras previstas no art. 79 do Decreto nº 24.569, de 1997. NOTA: Parágrafo único com redação determinada pelo art. 1.º, II, da Inst. Normativa n.º 31/2014 (DOE de 24/9/2014). Parágrafo único. As fiscalizações exercidas através do SEFISC, em relação a todos os tributos abrangidos pelo Simples Nacional, terão periodicidade mensal de apuração do crédito tributário, e obedecerão à legislação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Lei Complementar n 123, de 2006. Redação original do parágrafo único: Parágrafo único. As fiscalizações exercidas através do SEFISC terão periodicidade mensal de apuração do crédito tributário e obedecerão à legislação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Lei Complementar nº 123, de 2006. Art. 9º O crédito tributário resultante da insuficiência de recolhimento dos tributos do Simples Nacional por erro na segregação de receitas de que tratam os arts. 25 e 26 da Resolução CGSN nº 94, de 2011, bem como das omissões de receitas ou diferenças de base de cálculo, deverá ser detalhado mês a mês, com suas respectivas datas de vencimento previstas na Lei Complementar nº 123, de 2006. 1º Para efeito de classificação das receitas da ME ou EPP no AINF, entende-se como: I omissão de receitas: a falta de informação das receitas apuradas pelos agentes fiscais na escrituração contábil fiscal, e a falta de declaração delas na DASN ou PGDAS-D, observando-se o disposto nos arts. 82 e 83 da Resolução CGSN nº 94, de 2011; II diferença de base de cálculo: receitas apuradas pelos agentes fiscais que têm escrituração contábil fiscal, mas não estão declaradas na DASN ou PGDAS-D; III segregação incorreta: receitas apuradas pelos agentes fiscais com lançamento pelo sujeito passivo na escrituração contábil fiscal e declaradas na DASN ou PGDAS-D, mas segregada incorretamente, nos termos dos arts. 25 e 26 da Resolução CGSN nº 94, de 2011; IV receita declarada mantida: receitas com escrita fiscal e contábil, e declaradas corretamente na DASN e no PGDAS-D. 2º Os débitos relativos ao ICMS e demais tributos resultantes das informações declaradas na DASN ou PGDAS-D encontram-se devidamente constituídos. Art. 10. As penalidades resultantes do lançamento do crédito tributário dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional serão aplicadas de acordo com a Lei Federal nº 9.430,

de 27 de dezembro de 1996, e com o disposto nos art. 84 a 90 da Resolução CGSN nº 94, de 2011. 1º O lançamento do crédito tributário do ICMS nas infrações não abrangidas pelo Simples Nacional, inclusive as de natureza acessória, obedecerão aos procedimentos e regras disciplinadas pela legislação deste Estado, inclusive quanto às multas de ofício, redução e juros de mora. NOTA: 2.º com redação determinada pelo art. 1.º, III, da Inst. Normativa n.º 31/2014 (DOE de 24/9/2014). 2º A competência para autuação por descumprimento de obrigação acessória é privativa da administração tributária perante a qual a obrigação deveria ter sido cumprida. Redação original do 2.º: 2º A competência para autuação por descumprimento de obrigação acessória é privativa da SEFAZ, perante a qual a obrigação deveria ter sido cumprida. Art. 11. As ações fiscais desenvolvidas pela SEFAZ deverão ser registradas posteriormente no SEFISC, no Portal do Simples Nacional, no sítio da Receita Federal do Brasil. NOTA: Art. 12 com redação determinada pelo art. 1.º, IV, da Inst. Normativa n.º 31/2014 (DOE de 24/9/2014). Art. 12. Aplicam-se as reduções constantes no parágrafo único do art. 87 da Resolução CGSN nº 94, de 2011, para pagamento dos créditos tributários lançados de ofício em decorrência das infrações à legislação do Simples Nacional, de que trata o art. 85 da Resolução CGSN n 94, de 2011. Parágrafo único. Relativamente ao auto de infração decorrente de lançamento abrangido ou não pela legislação do Simples Nacional, aplicam-se os ritos processuais previstos na Lei nº 15.614, de 29 de maio de 2014. (NR) Redação original do art. 12: Art. 12. Aplicam-se o rito e as reduções constantes no parágrafo único do art. 87 da Resolução CGSN nº 94, de 2011, para pagamento ou impugnação dos créditos tributários lançados de ofício em decorrência das infrações à legislação do Simples Nacional, de que trata o art. 85 da Resolução CGSN n 94, de 2011. Parágrafo único. Relativamente ao auto de infração decorrente de lançamento não abrangido pela legislação do Simples Nacional, aplicam-se os ritos processuais previstos na Lei nº 15.614, de 29 de maio de 2014. Art. 14. Configurada uma das hipóteses de exclusão do Simples Nacional conforme disposto na Resolução CGSN nº 94, de 2011, com observância dos procedimentos

previstos na Instrução Normativa nº 13, de 18 de junho de 2008, o agente fiscal responsável pela ação fiscal deverá encaminhar processo com documentos comprobatórios da ocorrência da exclusão para a CEXAT da circunscrição fiscal da empresa objeto da ação fiscal, que providenciará o registro da exclusão no Portal do Simples Nacional. Parágrafo único. Quando a exclusão de ofício gerar efeitos retroativos à data da opção, o agente fiscal deverá comunicar o fato ao supervisor da ação fiscal para que este adote as devidas providências, inclusive com a emissão de novo ato designatório que indique motivo e projeto adequados ao novo regime de recolhimento. Art. 15. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, exceto quanto aos artigos abaixo relacionados, que iniciam sua vigência a partir de 1º de janeiro de 2014: I - incisos VI, VII, VIII, IX e X do art. 2º; II - 1º do art. 7º; III - parágrafo único do art. 8º. Art. 16. Revoga-se a Instrução Normativa nº 44, de 28 de dezembro de 2011. SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, aos 20 de agosto de 2014. JOÃO MARCOS MAIA Secretário da Fazenda