Revoga a Lei a n.º 22/2012 de 30 de maio que aprova o regime jurídico da reorganização administrativa territorial autárquica

Documentos relacionados
PROJETO DE LEI N.º212/XII-1ª. Exposição de motivos

PROJECTO DE LEI N.º 1/VIII AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL

Orçamento Participativo de Vila Nova de Cerveira

REGIMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE VILA FLOR

CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO BÁSICO

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO 2015

Ponto Proposta das Normas do Orçamento Participativo de Pombal

REGULAMENTO INTERNO DA COMISSÃO DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS DE FRONTEIRA


Parlamento dos Jovens 2015

PROJECTO DE RESOLUÇÃO N.º 95/VIII COMBATE À INSEGURANÇA E VIOLÊNCIA EM MEIO ESCOLAR

Institui, na forma do art. 43 da Constituição Federal, a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia SUDAM, estabelece a sua composição, natureza

CALHETA D ESPERANÇAS

Comissão avalia o impacto do financiamento para as regiões e lança um debate sobre a próxima ronda da política de coesão

Como o Departamento Jurídico pode Auxiliar a Empresa em Tempos de Crise

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NO SERVIÇO PÚBLICO NO BRASIL

Revisão da LFL: áreas críticas e tipos de solução. Rui Nuno Baleiras Vogal Executivo Conselho das Finanças Públicas

Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores

Regulamento de Funcionamento. da Junta de Freguesia de Arroios, Preâmbulo

Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Piracaia PIRAPREV CNPJ: / Política de Responsabilidade Social

Preâmbulo. Objetivos. Metodologia

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO NORMAS DE PARTICIPAÇÃO. Capítulo I Disposições gerais

REGULAMENTO. Orçamento Participativo de Arruda dos Vinhos

Aula 2 Estágios de Uso Estratégico dos Sistemas de Informaçã

DIREITOS POLITICOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO TRABALHO. Recomendação 193. Genebra, 20 de junho de Tradução do Texto Oficial

RECOMENDA AO GOVERNO A ADOÇÃO DE MEDIDAS QUE PROMOVAM A CAPITALIZAÇÃO DAS EMPRESAS E A DIVERSIFICAÇÃO DAS SUAS FONTES DE FINANCIAMENTO

COMISSAO DE ASSUNTOS PARLAMENTARES, AMBIENTE E TRABALHO RELATORIO E PARECER

Exposição de motivos

PROJETO DE LEI N.º 235/XIII/1.ª

O Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil

CPCJ P E N A C O V A C O M I S S Ã O D E P R O T E C Ç Ã O D E C R I A N Ç A S E J O V E N S REGULAMENTO INTERNO

RAMPOLIM/ Progride, Medida 1

/FACE: 1

PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Grupo Parlamentar. Projeto de Resolução nº 1387/XII/4ª

PROJETO DE REGULAMENTO DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DE ALENQUER

Nº 93 - ANO VI Quinta - feira, 24 de Outubro de Projeto autoriza Município sem corpo de bombeiros a criar brigada de incêndio

Programa Operacional Regional Alentejo 2014/2020

Orçamento Participativo. Carta de Princípios

Sobre o combate à pobreza

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DO TRABALHO, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL

Apoio à Economia Circular no Portugal O caso do PO SEUR. Helena Pinheiro de Azevedo

REGIMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE VILA VERDE

APROVA AS LINHAS FUNDAMENTAIS PARA A ELABORAÇÂO E EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE SIMPLIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA E DESBUROCRATIZAÇÃO SIMPLEX II

Dados internacionais de catalogação Biblioteca Curt Nimuendajú

PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTOR DE FORMAÇÃO

Inovação substantiva na Administração Pública

Projeto de Lei n.º 260/XII/1.ª

WLADIMIR AUGUSTO CORREIA BRITO PROFESSOR DA ESCOLA DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DO MINHO

Perspectivas de atuação da Assemae para fomento do saneamento básico no Brasil. Aparecido Hojaij Presidente da Assemae

AS INSTITUIÇÕES EUROPEIAS

Tipologias dos Vales Simplificados

Cidades Analíticas. das Cidades Inteligentes em Portugal

Natália de Oliveira Fontoura. Diretoria de Estudos e Políticas Sociais Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília, março de 2014

POLÍTICAS SOCIAIS DE COMBATE A POBREZA, NA GARANTIA DE DIREITOS: UM BREVE RELATO

Gestão Pública Democrática

A LEI DE BASES DA ECONOMIA SOCIAL (LBES) PALAVRAS-CHAVE: Lei de Bases Economia Social Princípios estruturantes - CRP Princípios orientadores - LBES

ESTATUTO DAS LIGAS ACADÊMICAS Diretoria de Extensão e Assuntos Comunitários

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2008

União das Freguesias de Aljustrel e Rio de Moinhos

A8-0215/1 ALTERAÇÕES DO PARLAMENTO EUROPEU * à proposta da Comissão

Estados Fracos no Sistema Internacional: O caso de África. David Sogge Seminário 23 de Novembro de 2012 Projecto Contraponto CIDAC Lisboa

Projetos - Vales Vocacionado para apoiar as PME. Apresentação de Candidaturas 2ª fase até 31 d Agosto Se precisa de:

Resultados do Projeto de Melhoria 5ª Edição da Semana Aberta. Um Espaço Aberto à Comunidade

Diretrizes e Política de Prevenção Contra Fraudes Organização CAPEMISA SEGURADORA DE VIDA E PREVIDÊNCIA S/A (CNPJ:

HAVE A SILCA COPY COPY HAVE A SILCA COPY. Duplicadoras Electrónicas HAVE A SILCA COPY HAVE A SILCA COPY HAVE A SILCA COPY HAVE A COPY

A aposta em investimento em energias renovaveis em STP

O BENEFÍCIO DA PRESTAÇÃO CONTINUADA FRENTE À CONVENÇÃO SOBRE DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. Maria Aparecida Gugel 1

Plano de Articulação Curricular

Discurso de Tomada de Posse do Exmo. Senhor Presidente da Federação Portuguesa de Lutas Amadoras Dr. Pedro Silva

Prémio Cooperação e Solidariedade António Sérgio Formulário de candidatura Boas Práticas

Microcrédito e Comércio Justo

PROPOSTA DE LEI N.º 77/VIII ALTERA O REGIME PENAL DO TRÁFICO E DETENÇÃO DE ARMAS. Exposição de motivos

Conselho Municipal de Meio Ambiente CONSEMAC Câmara Setorial Permanente de Educação Ambiental CSPEA Parecer 03/2013 Março 2013

2 O primeiro ano de atribuição do PRÉMIO foi o ano de 2007 (dois mil e sete).

O PAPEL DOS MUNICÍPIOS NA CONSOLIDAÇÃO DO SUS DENISE RINEHART ASSESSORA TÉCNICA

Acesso ao Serviço Nacional de Saúde: equidade, gastos e moderação. Pedro Pita Barros

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. Jardins de Infância da Rede Privada Instituições Particulares de Solidariedade Social RELATÓRIO DO JARDIM DE INFÂNCIA

Comunicação de Crise na Saúde

e2o Net() n MOÇÃO DE APELO 3a, CAIXA; "MOÇÃO DE APELO AO GOVERNO FEDERAL E AO MINISTÉRIO DAS CIDADES PARA QUE PUBLIQUE A LISTA DE ENTIDADES

CONTRIBUTOS DA NOVA REGULAMENTAÇÃOPARA A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFÍCIOS. alinedelgado@quercusancn.org quercus@quercus.pt

Mobilidade: implicações económicas. Prof. João Confraria ( UCP )

REGIMENTO ESPECÍFICO BASQUETEBOL. Câmara Municipal de Lisboa e Juntas de Freguesia Olisipíadas 2ª edição

PLANO MUNICIPAL DE ATRAÇÃO DE INVESTIMENTO

BOLSAS ES JOVEM / NOS ALIVE. 3. ª e d i ç ã o BOLSAS ES JOVEM / NOS ALIVE REGULAMENTO

GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS SECRETARIA DE ESTADO DA GESTÃO PÚBLICA SUPERINTENDÊNCIA DA ESCOLA DE GOVERNO REGULAMENTO DO CONCURSO DE AÇÕES INOVADORAS

EDITAL 21/2015 PARA ELEIÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DISCENTE NA CONGREGAÇÃO DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE BARUERI PADRE DANILO JOSÉ DE OLIVEIRA OHL.

Discurso. (Em Defesa da Autonomia)

REGULAMENTO Orçamento Participativo de Águeda

DECLARAÇÃO DA PRAIA DECLARARAM:

REGULAMENTO ELEITORAL. Artigo 1.º (Objecto)

DIREITO TRIBUTÁRIO. NÍVEL DE ENSINO: Graduação CARGA HORÁRIA: 80h PROFESSOR-AUTOR: Evandro Sérgio Lopes da Silva APRESENTAÇÃO

RECOMENDAÇÃO nº 03/2014

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2013

PROJETO DE LEI N.º, DE 2005 (Do Sr. Dr. HELENO)

PROJECTO DE DECRETO LEGISLATIVO REGIONAL. Apoio Financeiro à Aquisição de Habitação Própria. Programa Casa Própria. Senhoras e Senhores Deputados

China. A história da China é marcada por ciclos econômicos cuja crise provocava a ascensão de uma nova dinastia.

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

Transcrição:

PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 303/XII-2ª Revoga a Lei a n.º 22/2012 de 30 de maio que aprova o regime jurídico da reorganização administrativa territorial autárquica Preâmbulo Numa atitude de arrogância e autoritarismo, o Governo e os partidos que o suportam, PSD e CDS-PP, aprovaram a lei que estabelece os critérios para a extinção de freguesias em Portugal - Lei nº22/2012, de 30 de maio que aprova o regime jurídico da reorganização administrativa territorial autárquica. A aprovação desta lei decorreu num período de grande contestação pelas autarquias, entidades locais, trabalhadores e população. Destaca-se alguns momentos que ficaram marcados pela clara rejeição da extinção de freguesias no nosso país: no Congresso da ANAFRE em dezembro de 2011, no Encontro Nacional de Freguesias em março de 2012, na grandiosa manifestação em defesa das freguesias no passado dia 31 de março e mais recentemente, no 2º Encontro Nacional de Freguesias realizado a 15 de setembro de 2012 e no XX Congresso (extraordinário) da ANMP realizado a 29 de setembro de 2012, em que, as respetivas conclusões reivindicam a revogação da Lei nº22/2012, de 30 de maio. Mesmo perante a forte contestação com expressão a nível nacional, o Governo, o PSD e o CDS-PP insistem em avançar com uma medida que todos rejeitam, e que simultaneamente, lhes está a criar dificuldades e os fragiliza. O Governo impôs uma proposta amplamente rejeitada nas ruas e nos órgãos autárquicos. Aliás, devido à luta das populações, dos trabalhadores, das entidades locais e das autarquias, há muito que o calendário previsto para a concretização da extinção de freguesias não decorre como o Governo pretendia, enfraquecendo ainda mais a sua posição.

2 Em todo o processo, nunca houve uma séria intenção, quer do Governo, quer do PSD e do CDS-PP em promover uma verdadeira discussão e auscultação das comunidades locais. Desde o primeiro momento, para os membros do Governo, a extinção de freguesias seria para concretizar, ignorando as centenas de moções e tomadas de posição de órgãos autárquicos e a contestação geral. Na Assembleia da República, o PSD e o CDS-PP sempre pretenderam que a discussão na generalidade e na especialidade sucedesse o mais rapidamente possível, o que veio a confirmar a ausência de ponderação e análise no articulado que acabou por ser aprovado pela maioria. A lei pretende única e exclusivamente extinguir freguesias e não promover uma reorganização administrativa territorial; nem o conteúdo da lei vai ao encontro dos princípios enunciados na mesma. Uma séria reorganização administrativa do território passa pela concretização da regionalização como determina a Constituição da República Portuguesa, assente num processo de descentralização que promova o desenvolvimento económico e a autonomia. O objetivo de liquidação de mais de um milhar de freguesias no país vai ao encontro dos objetivos do Pacto de Agressão da troika e das opções políticas do Governo PSD/CDS-PP, de desmantelamento do Poder Local Democrático. O PCP opôs-se veementemente à extinção de freguesias e alertou que esta medida seria uma peça da ofensiva global ao Poder Local Democrático, como se veio a comprovar com a aprovação de legislação no âmbito do setor empresarial local, da redução de dirigentes locais e do programa de apoio à economia local. Valorizamos e reconhecemos o enorme contributo dos órgãos de freguesia e dos seus eleitos na melhoria das condições de vida das respetivas populações, na resolução dos seus problemas e na prestação de serviços públicos. Em muitas freguesias, após o encerramento da escola, da extensão de saúde, do posto dos CTT, o único serviço público que resta é a junta de freguesia.

3 Não há nenhuma vantagem para o país e para as populações na redução do número de freguesias e de eleitos locais. Os reais objetivos do Governo são: o empobrecimento democrático; a liquidação da capacidade reivindicativa da população, que muitos autarcas dão voz; o aprofundamento das assimetrias e a perda de coesão territorial, económica e social; o maior abandono das populações; o acentuar da desertificação, sobretudo no interior do país e o ataque ao emprego público, com a consequente destruição de milhares de postos de trabalho, conduzindo ao despedimento dos trabalhadores. A apresentação por parte do Governo do objetivo de extinguir freguesias está encoberta por uma grande mistificação, recorrendo a falsos argumentos para justificar o injustificável. Afirmaram o reforço da coesão, quando na realidade conduzirá ao agravamento das assimetrias e das desigualdades entre territórios, já que os territórios mais fortes tenderão a juntar-se aos mais ricos, enquanto aos mais fracos resultará um maior abandono. Afirmaram ganhos de eficiência e de escala, quando na verdade haverá menos proximidade, menos recursos e menor capacidade para resolver os problemas das populações. E anunciaram a melhoria da prestação de serviços públicos, quando a sede das novas freguesias localizar-se-ão a dezenas de quilómetros das populações. A Lei nº22/2012, de 30 de maio define critérios cegos e quantitativos para a extinção de freguesias, não considerando as necessidades das populações, a identidade e a cultura local, as especificidades e as características de cada território. Desvaloriza, vergonhosamente, a posição tomada pelos eleitos autárquicos, seja ao nível dos órgãos de freguesia, seja ao nível dos órgãos municipais, ao criar a Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território, ao mesmo tempo que tenta transferir para as Assembleias Municipais o papel de coveiras das freguesias. Introduz elementos de uma inaceitável pressão e chantagem sobre as autarquias, para tomarem decisões concordantes com o que o Governo pretende, com a possibilidade de aumentar em 15% o Fundo de Financiamento das Freguesias para as que aceitarem extinguirem-se ou através de um mecanismo de flexibilidade que permite uma redução de 20% na aplicação dos critérios determinados pela lei.

4 Mas o Governo, o PSD e o CDS-PP vão ainda mais longe, ao atribuir competências à Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território que extravasam claramente os princípios democráticos. Isto é, cabe a esta unidade técnica a verificação da conformidade das pronúncias e caso não estejam de acordo com os critérios da lei, a pronúncia é simplesmente ignorada, como se a Assembleia Municipal não tivesse tomado uma posição. Para este Governo, democracia é só quando as opiniões e posições estão de acordo com a sua, caso contrário, é como se não existissem. Nos casos de não conformidade da pronúncia, será a unidade técnica que apresentará uma proposta de extinção de freguesias, que será posteriormente remetida para a Assembleia Municipal. Foi exatamente pela falta de legitimidade democrática desta unidade técnica que a ANAFRE e a ANMP entenderam não designar nenhum representante. Face ao exposto, fica evidente que o único propósito do Governo, do PSD e do CDS-PP é atacar o regime democrático conquistado pela Revolução de Abril, afastar o Poder Local Democrático das populações e reduzir a participação popular. Desta forma o Grupo Parlamentar do PCP propõe a revogação da lei nº22/2012, de 30 de maio, que se limita à extinção de freguesias. Defendemos o aprofundamento da autonomia do Poder Local Democrático, a sua proximidade às populações e o reforço da sua capacidade de intervenção e dos respetivos meios, que permitam corresponder às expetativas das populações e melhorar a sua qualidade de vida. Nos termos legais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do PCP apresenta o seguinte Projeto de Lei: Artigo 1º Objeto e âmbito A presente lei revoga a Lei n.º 22/2012 de 30 de maio, que aprova o regime jurídico da reorganização administrativa territorial autárquica, repristinando as normas por esta revogadas.

5 Artigo 2º Entrada em vigor O presente diploma entra em vigor no dia seguinte após a sua publicação. Assembleia da República, 12 de outubro de 2012 Os Deputados, PAULA SANTOS; PAULO SÁ; JOÃO RAMOS; FRANCISCO LOPES; JOÃO OLIVEIRA; AGOSTINHO LOPES; HONÓRIO NOVO; LURDES RIBEIRO; BRUNO DIAS; MIGUEL TIAGO; RITA RATO; BERNARDINO SOARES