LEI Nº. 886, DE 22 DE MARÇO DE 2011

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Transcrição:

LEI Nº. 886, DE 22 DE MARÇO DE 2011 Dispõe sobre o Parcelamento de Débitos Tributários e Não Tributários inscritos ou não em Dívida Ativa, concede remissão da multa e juros decorrentes de dívida ativa, e dá outras providencias. ORCELEI DALLA BARBA, Prefeito Municipal de Mato Queimado, Estado do Rio Grande do Sul, faz saber, que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Fica o poder Executivo autorizado a proceder o parcelamento dos débitos tributários e não tributários, inscritos ou não em dívida ativa do Município, e a conceder remissão nos termos desta Lei. 1 - A remissão e/ou o parcelamento somente serão concedidos mediante preenchimento de formulário padrão, protocolizado pelo contribuinte, proprietário do imóvel, procurador legalmente instituído e com poderes para tal ou por terceiro que demonstre, cabal e documentalmente, interesse na liquidação do débito, importando tal ação na expressa confissão irretratável e indivisível quanto à sua certeza, liquidez e exigibilidade. 2 - Considera-se terceiro interessado o locatário, o cessionário, o usufrutuário, o donatário, o comodatário, o arrendatário, o posseiro a qualquer título, o representante legal e/ou procurador regularmente constituído, o cônjuge ou companheiro do proprietário do imóvel ou do terceiro, seus descendentes ou ascendentes até segundo grau, colateral, herdeiro ou inventariante, este mediante prova documental idônea dessa qualidade. Art. 2º - A concessão da remissão será de juros e multas de mora incidentes sobre a totalidade inscrita em divida ativa, tributária ou não tributária, em cobrança administrativa e/ou judicial, com vencimentos até 31 de Janeiro de 2011, para os contribuintes que quitarem todo o saldo devedor até 30 de Abril de 2011, vedado concede-la sobre o valor principal originário. 1º. Aos contribuintes que efetuarem o pagamento integral de débitos vencidos até 31 de Janeiro de 2011, em parcela única, até a data prevista no caput deste artigo, será concedida

remissão de 100% (cem por cento) dos juros e anistia da multa de mora. Art. 3º - O parcelamento a que se refere o artigo 1, serão sobre os créditos tributários e não tributários vencidos até 31 de Janeiro de 2011, inscritos ou não em dívida ativa, ajuizados e a ajuizar, inclusive aqueles, objeto de acordo de parcelamento anterior não cumprido pelo contribuinte e, fica limitado em até 18 parcelas, mensais e sucessivas, com o primeiro vencimento no ato da assinatura do contrato e da confissão de dívida, e as demais vencíveis conforme o termo de parcelamento a ser lavrado na repartição tributária, devendo ser requerido pelo contribuinte e obedecer aos seguintes requisitos: 1º O valor total a parcelar de cada tributo, não poderá ser inferior a R$ 100,00 (Cem reais). 2º Em nenhuma hipótese o valor de cada parcela poderá ser inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais). Art. 4º - O atraso em qualquer das parcelas motivará a incidência de multa e juros calculados sobre a parcela em atraso até a data do efetivo pagamento, nos termos do Código Tributário Municipal. 2º. O parcelamento compreende os débitos oriundos de dividas tributárias e não tributárias, inscritas ou não em dívida ativa que tiveram o fato gerador até a data de 31 de Dezembro de 2010. 3º O parcelamento previsto no caput deste artigo, inclui ainda os débitos tributários que se encontram em fase de cobrança judicial, desde que efetuem o pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios junto ao Fórum da Comarca de São Luiz Gonzaga. Art. 5º. A concessão do parcelamento de débito será realizada mediante termo de confissão de dívida. Art. 6º. O parcelamento de débito será automaticamente rescindido quando o contribuinte deixar de pagar três (3) prestações consecutivas ou cinco intercaladas. Parágrafo único. Rescindido o parcelamento apurar-se-á o saldo devedor, excluídos proporcionalmente os valores pagos, providenciando-se encaminhamento do total do débito apurado para inscrição em dívida ativa e posterior cobrança judicial. Art. 7º - Fica igualmente o Poder Executivo autorizado a proceder na cobrança dos créditos tributários e

não tributários, em caráter administrativo ou por execução fiscal, constituídos ou não, como também inscritos ou a inscrever em dívida ativa, de acordo com a presente legislação e com o disposto na Lei Federal 6.830/80, combinado com o artigo 156, I, II, III e IV da Constituição Federal e artigo 142 e alterações da Lei 5.172/66, de 25.10.1966. 1º - Os créditos de que trata o caput deste artigo poderão ser parcelados em, no máximo 18 parcelas mensais e consecutivas, obedecidos os valores mínimos da parcela de acordo com o 2, do artigo 1 desta Lei, alcançando tão somente os que tiveram fato gerador ocorrido até a data de 31 de Dezembro de 2010. Art. 8º - Os contribuintes serão notificados e terão um prazo até 30 de abril de 2011, para requer o seu parcelamento, ou efetuar o acerto. Art. 9º - Os débitos não satisfeitos pelo devedor serão encaminhados para a cobrança judicial, após regularmente lançados e constituídos em dívida ativa, compreendendo a tributária e não tributária, abrangendo o valor do principal, atualização monetária, juros legais, multa e demais encargos previstos em Lei ou contrato, bem como os denominados acessórios. Parágrafo Único Em caso de cobrança judicial, sem prejuízo dos acréscimos legais e contratuais a cargo do devedor, incidirá, a partir da propositura da ação, custas e despesas judiciais, honorários advocatícios, verbas indenizatórias e demais encargos previstos na legislação, ainda que o pagamento se dê no curso do processo executivo. Art. 10. O Poder Executivo fica dispensado de promover a execução judicial dos créditos tributários e nãotributários, inscritos ou não em dívida ativa, que, em relação a cada contribuinte e computados o principal, juros, multa e correção monetária, sejam de valor inferior a R$ 300,00 (trezentos reais), desde que este valor não seja resultado de acordo pactuado com o Município. 1º. O Órgão Jurídico do Município fica autorizado a requerer a desistência das ações de execução fiscal que tenham por objeto créditos de valor inferior ao definido no caput deste artigo, já computados os honorários de sucumbência fixados, desde que a execução não tenha sido embargada e o contribuinte recolher em juízo o valor das custas e demais despesas do processo.

2º. Sempre que o valor total da dívida do contribuinte ultrapassar o valor estabelecido neste artigo, o Poder Executivo diligenciará para que seja promovida a execução fiscal, ressalvada a hipótese de parcelamento em vigor. Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação. Gabinete do Prefeito Municipal em 22 de Março de 2011. Registre-se e Publique-se. ORCELEI DALLA BARBA Prefeito Municipal ORLANDO THOMAS Secretário da Administração Finanças e Planejamento.

COMPOSIÇÃO DOS CRÉDITOS 2010 ATÉ 31/01/2011 Origem Principal Multas Juros/Out Total COMPOSIÇÃO DIVIDA TRIBUTÁRIA IPTU 4.251,16 4.251,16 TASS TAXAS SERVIÇO DE 208,68 208,68 SAÚDE ISS 31,33 31,33 Cont. Melhoria 1.388,28 1.388,28 Calçamento TFV taxa Fiscalização e 213,04 213,04 Vistoria Cont. Melhoria ASFALTO 10.093,49 10.093,49 Cont. Melhoria Passeio 295,74 295,74 Divida Ativa Tributária 16.481,72 COMPOSIÇÃO DIVIDA TRIBUTÁRIA Água 3.117,15 3.117,15 Adubos 2008 1.801,80 1.801,80 Restituições 16.745,13 16.745,13 Divida Ativa Não 16.745,13 Tributário Total 33.226,85