REGULAMENTO DA VENDA AMBULANTE

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Transcrição:

REGULAMENTO DA VENDA AMBULANTE Proposta aprovada em reunião da Câmara Municipal de 7 de Dezembro de 1987. Aprovado pela Assembleia Municipal em Sessão de 29 de Abril de 1988. a) - Alteração aprovada em reunião da Câmara Municipal de 11 de Fevereiro de 1991. Aprovada pela Assembleia Municipal em Sessão de 30 de Abril de 1991

Artigo 1º. APLICAÇÃO DESTE REGULAMENTO O presente Regulamento, elaborado de acordo com o Decreto-Lei nº 122/79, de 8 de Maio, é aplicável a todos os indivíduos que no Município de Vila Nova de Famalicão exercem a actividade de venda ambulante conforme está definida no artigo seguinte. Artigo 2º DEFINIÇÃO DE VENDA AMBULANTE 1 Para efeitos deste Regulamento consideram-se dois tipos de venda: a) A venda ambulante propriamente dita; b) A venda ambulante em lugares fixos. 2 O exercício da venda ambulante é vedado às sociedades, aos mandatários e aos que exerçam outra actividade profissional, não podendo ainda ser praticada por interposta pessoa. 1º. - Exceptuam-se do âmbito da aplicação do presente Regulamento a distribuição domiciliária efectuada por conta de comerciantes com estabelecimentos fixo, a venda de lotaria, jornais e outras publicações periódicas, castanhas assadas, gelados e doces regionais. 2º. - Sem prejuízo do disposto no parágrafo anterior, deverá a venda de jornais e de outras publicações periódicas, ser efectuada por forma a que a ocupação do solo não cause qualquer embaraço à livre circulação dos peões. Artigo 3º. DEFINIÇÃO DO VENDEDOR AMBULANTE São considerados vendedores ambulantes para os fins e efeitos do presente Regulamento: a) - Todos aqueles que, transportando produtos e mercadorias do seu comércio por si ou por qualquer meio adequado, as vendam ao público consumidor pelos lugares do respectivo transito.

b) - Todos aqueles que, fora dos Mercados Municipais e em lugares fixos demarcados no artigo 14º., nº 1 e 2, transaccionem os produtos e mercadorias que transportem, utilizando na venda os seus meios próprios ou outros que a Câmara ponha à sua disposição. c) - Todos aqueles que transportando os produtos e mercadorias em veículos, neles efectuem as respectivas transacções, quer pelos lugares do seu trânsito, quer em lugares fixos demarcados no artigo 14º., nº 1 e 2, fora dos Mercados Municipais. d) - Todos aqueles que, utilizando veículos automóveis ou atrelados neles confeccionem, na via publica ou em lugares determinados no artigo 14º., refeições ligeiras ou outros produtos comestíveis preparados de forma tradicional. Artigo 4º. INSCRIÇÃO DE VENDEDORES AMBULANTES 1. A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão a requerimento dos interessados, emitirá o cartão para o exercício da Venda Ambulante o qual será válido para a área do concelho de Vila Nova de Famalicão e para o período de um ano. 2. O cartão será o do modelo anexo ao Decreto Lei nº 122/79, de 8 de Maio. 3. Para a concessão e renovação do cartão deverão os interessados apresentar para além do requerimento, elaborado em impresso próprio fornecido pela Secretaria da Câmara e autorização prévia para o exercício da actividade, e quando se trate da venda de produtos alimentares, o boletim de sanidade. 4. Do requerimento constará, para além da conveniente identificação dos interessados, a indicação da situação pessoal destes no que concerne à sua profissão actual ou anterior, habilitações, emprego ou desemprego, invalidez ou assistência e composição, rendimentos e encargos do respectivo agregado familiar. 5. A indicação da situação pessoal dos interessados poderá ser dispensada em relação aos que tenham exercido, de modo continuado, durante três anos, a actividade de vendedor ambulante. 6. A renovação anual do cartão de vendedor ambulante, deverá ser requerida até 30 dias antes de caduca a respectiva validade. 7.- Para além do impresso referido neste artigo, os interessados deverão preencher o impresso destinado ao registo na Direcção-Geral do Comércio Interno, para

efeitos de cadastro comercial, cujo modelo foi aprovado por despacho conjunto dos Ministros do Plano e da Administração do Território e da Indústria e Comércio. 8. A Câmara fica obrigada a enviar o duplicado do impresso a que se refere o número anterior à Direcção-Geral do Comércio Interno no prazo de 30 dias após a sua recepção. Único O cartão de vendedor é pessoal e intransmissível. Artigo 5.º DEVERES DOS VENDEDORES AMBULANTES Os vendedores ambulantes ficam obrigados: a) - A afixar em lugar bem visível ao público, nos tabuleiros, bancadas, pavilhões e veículos ou atrelados utilizados na venda, a indicação do nome, morada e número do cartão do respectivo vendedor; b) - A manter em rigoroso estado de asseio e higiene, balcões ou bancadas utilizadas para venda, exposição, arrumação ou depósito dos produtos; c) - A conservar os produtos que trazem à venda nas condições higiénicas impostas ao seu comércio pelas Leis e Regulamentos aplicáveis; d) - A afixar, de forma bem visível para o público, tabelas, letreiros ou etiquetas, indicando o preço dos produtos, géneros e artigos expostos; e) - A comportar-se com civismo nas suas relações com o público. Artigo 6.º INTERDIÇÕES AOS VENDEDORES AMBULANTES É interdito aos vendedores ambulantes: a) - Impedir ou dificultar por qualquer forma o trânsito nos locais destinados à circulação de veículos e peões; b) - Impedir ou dificultar o acesso aos meios de transporte público e às paragens dos respectivos veículos; c) - Impedir ou dificultar o acesso a Monumentos e Edifícios públicos ou privados, bem como o acesso ou exposição dos estabelecimentos comerciais ou lojas de venda ao público;

d) - Lançar no solo quaisquer desperdícios, restos, lixo ou outros materiais susceptíveis de pejarem ou conspurcarem a via pública; e) - Fazer propaganda sonora. Artigo 7.º BOLETIM DE SANIDADE 1. Os indivíduos que intervenham no acondicionamento, transporte ou venda de produtos alimentares serão, obrigatoriamente, portadores do boletim de sanidade, nos termos da legislação em vigor. 2. Sempre que suscitem dúvidas sobre o estado de sanidade do vendedor, ou de qualquer dos indivíduos referidos no número anterior, serão estes intimados a apresentarem-se à autoridade sanitária competente, para inspecção. Artigo 8.º TABULEIROS DE VENDA-DIMENSÕES 1. Na exposição e venda dos produtos do seu comércio deverão os vendedores ambulantes utilizar individualmente tabuleiro, em dimensões não superiores a 1 m x 1,20 m e colocado a uma altura mínima de 0,40 m do solo, salvo nos casos em que os meios para o efeito postos à disposição pela Câmara Municipal ou o transporte utilizado justifiquem a sua dispensa. 2. A Câmara Municipal poderá em casos devidamente justificados mediante solicitação por escrito, dispensar o uso de tabuleiros relativamente à venda ambulante que se revista de características especiais. Artigo 9.º CARACTERISTICAS ESPECIAIS DOS TABULEIROS Os tabuleiros, balcões ou bancadas utilizadas para exposição, venda comercialização de produtos alimentares deverão ser construídos de material resistente a traços ou sulcos e facilmente laváveis.

Artigo 10.º ACONDICIONAMENTO DOS PRODUTOS 1. No transporte, arrumação, exposição e arrecadação dos produtos é obrigatório separar os alimentos dos de natureza diferente, bem como de entre cada um deles, os que de algum modo possam ser afectados pela proximidade dos outros. 2. Quando fora da venda, os produtos alimentares devem ser guardados em lugares adequados à preservação do seu estado, e bem assim em condições higiosanitários que os protejam de poeiras, contaminações ou contactos que de qualquer modo possam afectar a saúde dos consumidores. 3. Na embalagem ou acondicionamento de produtos alimentares só poderá ser usado papel ou outro material que ainda não tenha sido utilizado e que não contenha desenhos, pinturas ou dizeres impressos ou escritos na parte interior. Artigo 11.º PUBLICIDADE DOS PRODUTOS Não são permitidas, como meio de sugestionar aquisições pelo público, falsas descrições ou informações sobre a identidade, origem, natureza, composição, qualidade, propriedades ou utilidade dos produtos expostos à venda. Artigo 12.º PREÇOS Os preços terão de ser praticados de conformidade com a legislação em vigor. Artigo13.º HORÁRIOS E VENDAS O período de exercício da actividade dos vendedores ambulantes é do comércio concelhio de acordo com o Regulamento Municipal de Abertura e Encerramento Semanal dos Estabelecimentos Comerciais.

Artigo 14.º LOCAIS DE VENDA 1 A venda ambulante em locais fixos é permitida: a) - Aos domingos, no recinto da Feira, na parte compreendida entre o Rio Pelhe e o arruamento, a Norte, que passa junto de Adega Cooperativa; b) - Em dias festivos na área da Cidade ou nas vésperas deste em local a designar pela Câmara Municipal; c) - Em dias festivos de cada freguesia, em local a designar pela respectiva Junta de Freguesia. Artigo 15.º ZONAS DE PROTECÇÃO É interdita a venda ambulante em locais fixos: a) - Junto de escolas, hospitais e repartições públicas; b) - Junto de cemitérios, Igrejas e outros locais de culto, excepto em dias festivos; c) - Junto de museus, monumentos e similares; d) - Dentro ou nas imediações do Pavilhão Gimnodesportivo Municipal; f) - Nos passeios que ladeiam arruamentos destinados a veículos e nas faixas separadores de arruamentos, e g) - Em alamedas, praças e jardins, excepto se em dias festivos e após autorização da Câmara Municipal. Artigo 16.º RESTRIÇÕES À VENDA AMBULANTE-ARTIGOS Fica proibida a venda ambulante dos seguintes produtos: 1. Carnes verdes, ensacadas, fumadas e enlatadas e miudezas comestíveis; 2. Bebidas com excepção de refrigerantes e águas minerais quando nas suas embalagens de origem, da água e dos preparados com água à base de xaropes e do referido na alínea d) do artigo 3º. 3. Medicamentos e especialidades farmacêuticas.

4. Desinfectantes, insecticidas, fungicidas, herbicidas, parasiticidas, raticidas e semelhantes. 5. Sementes, plantas e ervas medicinais e respectivos preparados. 6. Móveis antigos de mobiliário, colchoaria e antiguidades. 7. Tapeçarias, alcatifas, carpetes, passadeiras, tapetes, oleados e artigos de estofador. 8. Aparelhagem radioeléctrica, máquinas e utensílios eléctricos ou a gás, candeeiros, lustres, seus acessórios ou partes separadas, e material para instalações eléctricas. 9. Instrumentos musicais, discos e afins, outros artigos musicais, seus acessórios e partes separadas. 10. Materiais de construção, metais e ferragens. 11. Veículos automóveis, reboques, velocípedes com ou sem motor e acessórios. 12. Combustíveis líquidos, sólidos e gasosos, com excepção do petróleo, álcool desnaturado, carvão e lenha. 13. Instrumentos profissionais e científicos e aparelhos de medida e verificação com excepção das ferramentas e utensílios semelhantes de uso doméstico ou artesanal. 14. Material para fotografia e cinema e artigos da óptica, oculista, relojoaria e respectivas peças separadas ou acessórios. 15. Borracha e plásticos em folha ou tubo ou acessórios. 16. Armas e munições, pólvora e quaisquer outros materiais explosivos ou detonantes. 17. Moedas e notas de banco. Artigo 17.º ENTIDADES FISCALIZADORAS 1. A prevenção e acção correctiva das normas constantes do presente Regulamento e bem como de legislação anexa, é da competência da Direcção-Geral da Fiscalização Económica, da Inspecção do Trabalho, da Polícia de Segurança Pública, da Guarda Nacional Republicana, da Guarda Fiscal, das autoridades sanitárias, da Fiscalização Municipal e demais entidades policiais e fiscais.

2. Cabe às entidades referidas no número anterior exercer uma acção educativa e esclarecedora dos interessados, podendo, para a regularização de situações anómalos, fixar prazo não superior a trinta dias, sem prejuízo do disposto em legislação especial. Único Considera-se regularizada a situação anómala quando. Dentro do prazo fixado pela entidade fiscalizadora, o interessado se apresente no local indicado na intimação com os documentos ou objectos em conformidade com a norma violada. Artigo 18.º FISCALIZAÇÃO DE ARTIGOS E DOCUMENTOS 1. O vendedor ambulante deverá fazer-se acompanhar, para a apresentação imediata às entidades fiscalizadoras, do cartão de vendedor ambulante devidamente actualizado. 2. O vendedor ambulante deverá fazer-se acompanhar das facturas ou documentos equivalentes comprovativos da aquisição dos produtos para venda ao público, contendo os seguintes elementos: a) - Nome e domicilio do comprador; b) - Nome ou denominação social e a sede ou domicilio do produtor, grossista, retalhista, leiloeiro, serviço alfandegário ou outro fornecedor aos quais haja sido feita a aquisição, e bem assim a data em que esta foi efectuada. c) - Especificação das mercadorias adquiridas, com indicação das respectivas quantidades, preços e valores ilíquidos, descontos, abatimentos ou bónus concedidos e ainda quando for caso disso, das correspondentes marcas, referências e números de séries. 3. A venda ambulante de artigos de artesanato, frutas, produtos hortícolas ou quaisquer outros de fabrico ou produção próprios fica sujeito às disposições do presente Regulamento com excepção do preceituado no número 2. do presente artigo. 4. O vendedor, sempre que lhe seja exigido, terá de indicar às entidades competentes para a fiscalização o lugar onde guarda a sua mercadoria, facultando o acesso ao mesmo.

Artigo 19.º PENALIDADES 1. O exercício da actividade de vendedor ambulante sem autorização válida prevista neste Regulamento constitui contravenção punível com a coima de 7.500$00. 2. São punidos com coima de 2.500$00: a) - As infracções das alíneas a), c) e d) do Artigo 5.º. b) - A exposição de artigos para venda a menos de 0, 40 metros do solo nos termos do n.º 1 do artigo 8.º. c) - A não apresentação do documento previsto no n.º 1 do artigo 18.º ficando ainda obrigado a apresentá-lo no prazo de 48 horas, caso não o apresente incorrerá na penalidade prevista no n.º 1 deste artigo. d) - A infracção a qualquer preceito para o qual não esteja prevista penalidade no presente regulamento. 3 São punidos com a coima de 2.500$00: a) - A falta de separação dos produtos alimentares nos termos do n.º 1 do artigo 10.º. b) - A utilização de papel ou de material em desconformidade com o preceituado no n.º 3 do artigo 10.º. c) - A prática de falsas descrições ou informações referidas no artigo 11.º. d) - A utilização de tabuleiros que não obedeçam às características previstas no artigo 9.º. e) - A falta de higiene e asseio previstos na alínea b) do artigo 5.º. f) - A infracção ao disposto no artigo 6.º. 4 São punidos com a coima de 1.500$00: a) - A falta de apresentação de documentos referidos no n.º 2 do artigo 18.º. b) - Infracção ao n.º 1 do artigo 8.º. 5 É punida com a coima de 1.000$00 a não regularização de situações anómalas, dentro do prazo fixado pela fiscalização, nos termos do n.º 2 do artigo 17.º. 6 É punida com a coima de 5.000$00 a infracção ao artigo 15.º. Único A multas dos números anteriores ficarão prejudicadas se outra pena mais grave por aplicável às infracções descritas nos termos da Lei Geral ou Especial.

Artigo 20.º APREENSÃO DOS INSTRUMENTOS DA CONTAVENÇÃO Serão apreendidos os instrumentos móveis ou semoventes e mercadorias, que caucionarão a responsabilidade do contaventor, nos casos das infracções referidas nos n.º 1, 4 e 5 do artigo anterior. Artigo 21.º NORMAS SUPLETIVAS Em tudo que não estiver disposto no presente Regulamento aplicar-se-á o Decreto-Lei n.º 122/79, de 8 de Maio, com a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 283/86 e a demais legislação publicada. Artigo 22.º ENTRADA EM VIGOR DO REGULAMENTO Edital. O presente Regulamento entra em vigor 30 dias depois da sua publicação em Artigo 23.º vigor. Este regulamento é obrigatoriamente revisto um ano após a sua entrada em