O NOSSO SÉCULO É FASCISTA!

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Transcrição:

A/495439 O NOSSO SÉCULO É FASCISTA! O MUNDO VISTO POR SALAZAR E FRANCO (1936-1945) MANUEL LOFF

ÍNDICE Apresentação e Agradecimentos 9 CAPÍTULO 1: As Ditaduras Ibéricas na Nova Ordem Eurofascista: Uma Aproximação ao Problema 15 1.1. A Nova Ordem: um conceito contaminado pela excepcionalidade do Nazismo 18 1.1.1. Um projecto do Nazismo em guerra? 18 1.1.2. Um projecto das elites alemãs ou especificamente nazi? 21 1.1.3. A excepcionalidade do Nazismo 28 1.2. Perspectiva de análise: a Nova Ordem como oportunidade histórica, como aparência de Fim da História 32 1.2.1. O carácter revelador da II Guerra Mundial 32 1.2.2. Fim da História e ideia-guia 34 1.2.3. A Nova Ordem como instrumento e modelo da mudança 36 1.2.4- A permanente expectativa das ditaduras ibéricas perante a Nova Ordem 43 1.3. Questões metodológicas 50 1.3.1. Investigações co-relacionadas 50 1.3.2. O problema 69 1.3.3. As fontes e as personagens 78 CAPÍTULO 2: Os Pressupostos Ideológicos 113 2.1.0 «novo» 115 2.2. Um revolucionarismo fascista 120 2.3.0 «imperativo» da Ordem 130 2.4. (O regresso à) Unidade 138 2.5. Uma nova (velha...) moral social 147 2.6. Uma educação revisionista, uma identidade católica 164

2.7. Contra a «ditadura plutocrática» 179 2.8. Exterminar o «vírus comunista» 187 CAPÍTULO 3: História e Império 203 3.1. Revisão historicista da História 205 3.2. A necessidade de uma «consciência imperial» portuguesa 225 3.3. «Tentação» franquista de um Império 235 CAPÍTULO 4: A Lógica dos «Grandes Espaços Continentais» 253 4.1. A Europa/Ocidente 264 4-2. Europeísmo fascista 269 4.3. Antiamericanismo: um choque inevitável de continentes 273 4.4- «Euro-Africa» 305 CAPÍTULO 5: O «Saneamento» Político da Europa 329 5.1. A «grande mentira» de Versalhes e de Genebra 331 5.2. «Artifícios sem sentido» 335 5.3. «La hora de Portugal pasó» 349 5.4. A percepção salazarista de Espanha: da recuperação de Sardinha ao Bloco Ibérico 365 5.5. A Guerra de Espanha, «derrota das democracias» 417 5.6. A «Cruzada Europeia Antibolchevista» 420 CAPÍTULO 6: A Nova Ordem como Corolário da Evolução Recente Europeia 475 6.1. «Linha geral europeia» 477 6.2. A percepção dos dois regimes directores da Nova Ordem 513 6.3. A permanente «admiração» por Salazar 528 6.4. A «Nova Ordem económica»: uma «Comunidade Europeia» 538 6.5. O princípio da hierarquia aplicado à vida internacional europeia: uma recepção ambígua de uma inevitabilidade percepcionada 571

CAPÍTULO 7: Do Projecto à Prática: a «Construção da Nova Ordem» 583 7.1. Superar o «paroquialismo» nacionalista 585 7.2. A retórica da diversidade em troca da colaboração 587 7.3. Participar na «construção da Nova Ordem» 595 7.3.1. Da derrota da França à invasão da União Soviética: perplexidade de Salazar 595 7.3.2. 1941: as «condições de solução para a crise ocidental» e as veleidades latinas de Salazar 607 7.3.3. A Espanha franquista na Nova Ordem 617 7.3.4. Braços espanhóis para o esforço económico de guerra alemão 632 7.3.5. A cimeira de Sevilha: Salazar e o falseamento da descrição da relação luso-alemã 639 7.3.6. Um bloco latino na Nova Ordem 657 7.3.7. Viragem neutralista da Espanha de Franco em 1942? 663 CAPÍTULO 8: Perante a Colaboração e a Resistência 705 8.1. Os prenúncios da Nova Ordem: Manchukuo, Abissínia, Espanha, Áustria, Sudetas, Checoslováquia, Eslováquia, Albânia 707 8.2. A Nova Ordem construída contra as democracias plutocráticas: Polónia, Noruega, Dinamarca, Islândia, Países Baixos, Bélgica, Grécia 727 8.3.0 naco mais saboroso da Nova Ordem: Vichy, a França arrependida e colaboradora 743 8.4- Salazar e uma solução à Pétain para Portugal 769 8.5. A «primera realización dei nuevo orden europeo preconizado por el Eje»: a Croácia ustasha 781 8.6. A Nova Ordem colonial e genocida: territórios ocupados da U.R.S.S., Repúblicas Bálticas 813 8.7. Os últimos despojos da Nova Ordem: uma «cortês reserva» perante Salò, «ignorar o grau da pressão» na Hungria 828 8.8. A percepção da Resistência antinazi: «terroristas» partidários do «regresso ao passado» 854

CAPÍTULO 9: Várias Conclusões e Um Epílogo 899 Glossário e Fontes Bibliográficas 933 Glossário 933 Fontes Documentais e Bibliográficas Referidas 934 I. Arquivísticas 934 II. Documentos publicados, publicística, memorialística 934 Il.a) Portugueses 934 Il.b) Espanhóis 937 II.c) Outros 940 III. Fontes secundárias 940