Licenciamento ambiental e normatização de novas tecnologias para tratamento de dejetos

Documentos relacionados
Considerar os fundamentos legais apresentados na IN , na IN e ainda:

Projeto Gestão Ambiental Agropecuária UFA FRIMESA.

Licenciamento Ambiental Suinocultura

Cartilha para Cartilha para Licenciamento Licenciamento Ambiental Ambiental

UTILIZAÇÃO AGRÍCOLA DO LODO DE ESGOTO NO ESTADO DO PARANÁ - Licenciamento Ambiental PORTO ALEGRE

Roteiro Orientativo para Licença Prévia

1. Documentos Administrativos (original ou fotocópia autenticada)

SECRETARIA DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE PORTARIA N.º 05/89 - SSMA

ANEXO I DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA PARA O PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Módulo 2. Requisitos Legais Identificação da Legislação Aplicável Requisito da norma ISO Exercícios.

Bovinocultura de Leite e Meio Ambiente. Henrique Bartels, Eng. Agr., DSc

LICENCIAMENTO AGROSSILVIPASTORIL

Direito Ambiental. Licenciamento Ambiental. Professora Viviane Brenner.

Portaria IAP nº 260 DE 26/11/2014

Tecnologias de Tratamento de Dejetos. Dr. Airton Kunz

Modelo de gestão ambiental para a suinocultura. Rodrigo S. Nicoloso Eng. Agrônomo, Dr. Núcleo Temático de Meio Ambiente Embrapa Suínos e Aves

Relatório de Ensaios Engequisa Nº 10317/16 Revisão 00

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE EFLUENTES DE ARARUAMA, SAQUAREMA E SILVA JARDIM

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE EFLUENTES DE ARARUAMA, SAQUAREMA E SILVA JARDIM

APLICAÇÃO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS NO SOLO

SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE EFLUENTES DE ARARUAMA, SAQUAREMA E SILVA JARDIM

RESOLUÇÃO Nº 001/07-SEMA

SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE

Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais Curso de Zootecnia Disciplina de Manejo e fertilidade do Solo ADUBAÇÃO ORGÂNICA

4 Reciclagem do lodo para utilização final na agricultura

Instituto de Engenharia do Paraná ABES-PR Setembro -2016

Regulamentação do uso de efluentes de biodigestor na fertirrigação. Gabriel Vidal Gaspar Engenheiro Ambiental Mestrado em Saneamento Ambiental

Prefeitura Municipal de Arroio do Meio - Departamento do Meio Ambiente/DMA Formulário para Licenciamento Ambiental

IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELO USO IRREGULAR DE DEJETOS DE SUÍNOS NO SOLO

TRATAMENTO DO EFLUENTES

Prof. Dr. Luciano dos Santos Rodrigues EV-UFMG. Contato: Telefone: (31)

Licenciamento ambiental para empresas produtoras de álcool

Instrui as diretrizes técnicas para o licenciamento ambiental da atividade de suinocultura.

Portaria IAP nº 259 DE 26/11/2014

RESOLUÇÃO N 005, DE 26 DE FEVEREIRO DE Revoga Instrução Normativa 11, de

SEMINÁRIO MINEIRO DE REUSO DE ÁGUA E EFLUENTE REUSO DA ÁGUA NO CONTEXTO DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

Equipe Principal: Jonas Irineu dos Santos Filho, Marcelo Miele,

Legislação. Princípios da Modelagem e Controle da Qualidade da Água Superficial Regina Kishi, Página 1

ANA LÚCIA MASTRASCUSA RODRIGUES Serviço da Região do Uruguai Departamento de Qualidade Ambiental FEPAM

Ciclo Hidrológico AUGUSTO HEINE

FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE PALMAS DIRETORIA DE CONTROLE AMBIENTAL GERÊNCIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

APLICAÇÃO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS NO SOLO

Redução da Poluição em Rios do Semiárido Mediante a Aplicação de Efluentes Domésticos Urbanos na Agricultura Estudo de Caso no Rio Jacuípe

IV - Planta geral, com quadro de áreas, em escala adequada, da implantação do empreendimento, incluindo o sistema de tratamento e disposição final

Ademar Barros da Silva Antônio Raimundo de Sousa Luciano José de Oliveira Accioly

Portaria IAP Nº 256 DE 16/09/2013

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA

Estratégias para o Cadastramento Ambiental Rural no Paraná

Instrução Normativa IDAF nº 15 DE 23/10/2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE MORRO REDONDO

PROCEDIMENTOS CO-PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS NO ESTADO DO PARANÁ. São Paulo, 04 de novembro de 2004

SISTEMAS NATURAIS PARA TRATAMENTO DE RESÍDUOS LÍQUIDOS DE BOVINOCULTURA DE LEITE

Proteção e recuperação de mananciais para abastecimento público de água

Documento Assinado Digitalmente

COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS DE ANIMAIS. Karolina Von Zuben Augusto Zootecnista Dra em Engenharia Agrícola B.I.T.A. Busca Inteligente em Tecnologia Animal

SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE

ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIRAIARAS

OUTORGA PARA USO DE ÁGUAS IRRIGAÇÃO CANA PEDE ÁGUA RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO

Caracterização físico-química de efluente de indústria de laticínios tratado por sistema de lagoas de estabilização

Documento Assinado Digitalmente

SEMINÁRIO FIESP GESTÃO DA ÁGUA A CRISE NÃO ACABOU

NORMATIVA CONCIDADE E CMMA 01/2014

03 - EFLUENTES LÍQUIDOS

Gestão Ambiental, Uso e Manejo de Dejetos Animais no Estado de Carolina do Norte. Regiões Fisiográficas do Estado

Roteiro de Solicitação

Procedimentos para apresentação de documentação para licenciamento municipal ambiental.

Regularização ambiental na suinocultura

Documento Assinado Digitalmente

Uso de Lodo de Esgoto em Solos. Experiência Brasileira

Documento Assinado Digitalmente

Para o atendimento pleno à sociedade com SOLUÇÕES EM ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE a Plonus está estruturada em nove EIXOS TEMÁTICOS.

Plano de Ação 8: Separação de fases e compostagem da fração sólida dos dejetos de suínos

GESTÃO AMBIENTAL NA INDÚSTRIA. Renato das Chagas e Silva Engenheiro Químico Divisão de Controle da Poluição Industrial FEPAM

P ORTARIA Nº. 10/2010

SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO PARA GESTÃO DOS DEJETOS DE SUÍNOS

Licenciamento Ambiental

Documento Assinado Digitalmente

Qualidade e Conservação Ambiental TH041

BEM-VINDO a mais um Curso

Certificação ambiental de produtos

Manejo de solos para piscicultura

Construção e M anejo de Tanques em Piscicultura. Z ootec. M S c. Daniel M ontagner

Documento Assinado Digitalmente

PCS 502 CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA. Aula 6: Sistema de Avaliação da Aptidão Agrícola do Solo. Prof. Marx Leandro Naves Silva

Um modelo de gestão ambiental para a suinocultura. Rodrigo S. Nicoloso Eng. Agrônomo, Dr. Núcleo Temático de Meio Ambiente Embrapa Suínos e Aves

Suinocultura: efluentes? Suinocultura ao ar livre. Suinocultura confinada. Composição dos dejetos. Composição dos dejetos

Potencial de Uso Agrícola das Terras

Documento Assinado Digitalmente

FORMULÁRIO DE CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS DE TRATAMENTO (DECANTADOR DE LAGOAS) E UTILIZAÇÃO DE DEJETOS SUÍNOS

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE ÁGUA DE CORPO HÍDRICO E DE EFLUENTE TRATADO DE ABATEDOURO DE BOVINOS

ESTUDOS TÉCNICOS NO ÂMBITO DO LICENCIAMENTO PCA/RCA

PCS 502 CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA. Aula 5: Levantamento Conservacionista e classes de capacidade. Prof. Marx Leandro Naves Silva

Modelo de gestão ambiental para a suinocultura. Rodrigo S. Nicoloso Eng. Agrônomo, Dr. Núcleo Temático de Meio Ambiente Embrapa Suínos e Aves

Transcrição:

Licenciamento ambiental e normatização de novas tecnologias para tratamento de dejetos

LICENCIAMENTO AMBIENTAL LEGISLAÇÃO ESTADUAL Resolução CEMA n.º 65/2008: Estabelece os procedimentos para o licenciamento ambiental; IN 105.006/2002 Suinocultura Resolução SEMA nº 24/2008 - Avicultura

LICENCIAMENTO LP LICENÇA PRÉVIA LI-LICENÇA DE INSTALAÇÃO LO-LICENÇA DE OPERAÇÃO LAS- LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA DLAE-DISPENSA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL ESTADUAL AA- AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS: SISTEMÁTICA DO LICENCIAMENTO SGA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL O SGA é uma solução informatizada que, dentre demais facilidades, permite aos usuários a requisição de licenças pela Internet e consultas relacionadas ao processo.

SUINOCULTURA Nº de produtores no Paraná :FONTE: SEAB/DERAL(2016) 105.000 ocasionais /consumo próprio em torno de 30.000 produtores comerciais

Business Intelligence (BI), sistema de dados que gera indicadores estratégicos importantes para monitoramento e análise de informações.

Modalidade Processos Renovação de Licença Ambiental de Operação (RLO) 1.485 Licença Ambiental Prévia (LP) 1.164 Licença Ambiental de Operação (LO) 1.029 Licença Ambiental de Instalação (LI) 1.021 Licença de Operação de Regularização (LO-R) 347 Renovação de Licença Ambiental de Instalação (RLI) 124 Licença Ambiental Simplificada (LAS) 32 Autorização Ambiental (AA) 12 Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual (DLAE) 12 Renovaçao de Licença Ambiental Simplificada (RLAS) 5 Licença Ambiental Simplificada de Regularização (LAS-R) 4 TOTAL 5.235 Regional Processos ERTOL 3204 ERFOZ 475 ERPGO 442 ERCAS 364 ERBEL 268 ERIRA 189 ERPAB 62 ERGUA 53 ERCMO 34 ERCBA 31 ERUMU 27 ERPIT 25 ERJAC 19 ERLON 10 ERIVA 9 ERUVI 9 ERMAG 6 ERPVI 4 ERCOP 2 ERCIA 1 ERLIT 1 TOTAL 5235

AVICULTURA 23.000 aviários no Paraná FONTE: site ADAPAR

Regional Processos ERTOL 1696 Modalidade Processos Licença Ambiental Prévia (LP) 2.005 Licença Ambiental de Instalação (LI) 1.802 Licença Ambiental de Operação (LO) 1.109 Licença Ambiental Simplificada (LAS) 872 Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual (DLAE) 762 Licença de Operação de Regularização (LO-R) 534 Renovação de Licença Ambiental de Operação (RLO) 478 Licença Ambiental Simplificada de Regularização (LAS-R) 211 Renovação de Licença Ambiental de Instalação (RLI) 172 Renovaçao de Licença Ambiental Simplificada (RLAS) 147 TOTAL 8.092 ERBEL 738 ERCAS 738 ERMAG 734 ERPGO 557 ERCIA 550 ERFOZ 522 ERLON 465 ERPAB 434 ERUMU 322 ERCMO 300 ERPVI 299 ERJAC 230 ERCBA 160 ERIRA 155 ERIVA 121 ERCOP 113 ERGUA 34 ERUVI 9 ERPIT 1 TOTAL 8.092

Licenciamento Dispensa de Licenciamento Ambiental- DLAE Empreendimentos com baixo potencial poluidor Avicultura área de criação menor que 1.500 m 2 Suinocultura até 5 animais para ciclo completo até 10 animais para terminação

Licenciamento Licença Ambiental Simplificada - LAS Empreendimentos de pequeno porte Localização e a concepção Instalação Operação RESOLUÇÃO CEMA nº 088, 27 de agosto de 2013 competência dos órgãos municipais capacitados

Licença Prévia (LP) Licenciamento Aprova localização e concepção

Exigências para Licença Prévia (LP) SUINOCULTURA E AVICULTURA 1. as áreas devem ser de uso rural e estar em conformidade com as diretrizes de zoneamento do município; 2. a área do empreendimento, incluindo armazenagem, tratamento e disposição final de estercos, deve situar-se a uma distância mínima de corpos hídricos, de modo a não atingir áreas de preservação permanente, conforme estabelecido no Código Florestal ; 3. a área do empreendimento, incluindo armazenagem, tratamento e destinação final de estercos, deve situar-se a uma distância mínima conforme estabelecido no Código Sanitário do Estado.

Principais problemas locacionais: proximidade com área urbana Falta de delimitação das áreas de expansão urbana pelos municípios Proximidade com outra atividade não compatível Montante da captação de água de mananciais de abastecimento

Licenciamento- Licença de Instalação (LI) Aprova instalação do empreendimento ou atividade. Planos Programas Projetos Medidas de controle ambiental

Licenciamento- Licença de Instalação (LI) Principais aspectos que devem ser considerados na elaboração do PCA: Eficiência do sistema proposto X destinação final Área disponível para aplicação dos dejetos Atendimento dos condicionantes da Licença Prévia estabelecidas pelo IAP Viabilidade econômica Legislações pertinentes Ministério da Agricultura (MAPA) e ADAPAR

Licenciamento- Licença de Instalação (LI) IAP não valida tecnologias!!!!!!!!

TRATAMENTO DE DEJETOS DE SUÍNOS Os dejetos gerados pela atividade de suinocultura, em função do seu alto grau de poluição, deverão obrigatoriamente sofrer armazenamento e/ou tratamento primário Sistemas de Armazenamento devem ser dimensionados de acordo com a produção diária de dejetos e, no caso de disposição no solo, de acordo com a área disponível para aplicação, tipo de cultura e período de aplicação

PARÂMETROS DE DEJETO BRUTO DE SUÍNOS : PARÂMETROS MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA ph 6,5 9,0 7,75 DBO (mg/l) 5.000 15.500 10.250 DQO (mg/l) 12.500 38.750 25.625 Sólidos Totais (mg/l) 12.697 49.432 22.399 Sólidos Voláteis (mg/l) 8.429 39.024 16.389 Sólidos Fixos (mg/l) 4.268 10.408 6.010 Sólidos Sedimentávies (mg/l) 220 850 429 NTK (mg/l) 1.660 3.710 2.374 Pt 320 1.180 578 Kt 260 1.140 536 Fonte: EMBRAPA/CNPSA; KONZEN (1980); IAP

PADRÕES DE LANÇAMENTO DE DEJETO DE SUÍNOS : EM CORPOS HÍDRICOS: Os valores máximos admissíveis para o lançamento de efluentes de suinocultura em corpos hídricos, são os seguintes: ph entre 5 a 9; temperatura: inferior a 40 o C, sendo que a elevação de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3ºC; materiais sedimentáveis: até 1 ml/litro em teste de 1 hora em cone Imhoff para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes; regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vezes a vazão média do período de atividade diária do empreendimento; óleos e graxas: óleos vegetais e gorduras animais até 50 mg/l; ausência de materiais flutuantes; DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) até 50 mg/ l ou menor (outorga) DQO (Demanda Química de Oxigênio) até 150 mg/ l ou menor (outorga) Cobre: 1,0 mg/l de Cu; Zinco: 5,0 mg/l de Zn; Nitrogênio amoniacal total: 20 mg/l N

ESCOLHA DA TECNOLOGIA É DECISÃO DO SUINOCULTOR VIABILIDADETÉCNICA VIABILIDADE ECONOMICA DIMINUIÇÃO DO TEMPO DE RETENÇÃO HIDRAULICA OTIMIZAÇÃO DE ÁREA PARA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA GERAÇÃO DE ENERGIA/COGERAÇÃO/REDUÇÃO DE CUSTO REDUÇÃO DO VOLUME CONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES PARA USO AGRÍCOLA

TRATAMENTO DE DEJETOS DE SUÍNOS Gradeamento/peneiramento/decantadores/ biodigestores etc ARMAZENAMENTO USO AGRÍCOLA CURSO HÍDRICO INVIÁVEL ECONOMICAMENTE

Licenciamento Licença de Operação (LO) Autoriza a operação da atividade ou empreendimento Após verificar cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e as condicionantes determinadas para a operação.

SUINOCULTURA NO PARANÁ

SUINOCULTURA NO PARANÁ 17,6% do rebanho nacional (2015) 1º maior produtor do Brasil 7.134.055 de cabeças 61.352,873 m 3 /dia de dejetos (8,6L/dia) Unidade Frigorífica de Assis Chateaubriand UFA da empresa FrimesaCooperativa Central. frigorífico de grande porte abaterá até 2030 cerca de 15.000 suínos por dia considerando 262 dias úteis, serão produzidos e abatidos cerca de 4.000.000 de suínos no frigorífico. Utilizando-se o conceito de equivalente populacional um suíno, em média, equivale a 3,5 pessoas. (LINDNER, 1999). 7.134.055 CABEÇAS=24.969.192 PESSOAS=PARANÁ TEM 11 MILHÕES DE HABITANTES Disposição no solo

DISPOSIÇÃO DE DEJETOS NO SOLO USO AGRÍCOLA Considera-se a disposição de dejetos de suínos no solo para uso agrícola quando o mesmo for aplicado em solo para fins agrícolas e florestais, como condicionador ou fertilizante, de modo a proporcionar efeitos benéficos para o solo e para as espécies nele cultivadas.

APLICAÇÃO DE DEJETOS DE SUÍNOS NO SOLO PARA FINS AGRÍCOLAS 1. Disponibilidade de área para aplicação 2. Área de aplicação apta 3. Época de aplicação Aspectos: 4. Forma de Aplicação 5. Culturas 6. Fertilidade do solo 7. Recomendação de adubação 8. Teores de nutrientes nos dejetos

PARÂMETROS DE UTILIZAÇÃO DOS DEJETOS NO SOLO PARA FINS AGRÍCOLAS Área de aplicação sistema de classificação de risco ambiental das terras para uso agronômico de dejetos de suínos((paula SOUZA,M.L., FOWLER,R.B. E BLEY JR, C.J., 2003, ANEXO 5). CLASSES DE RISCO AMBIENTAL I - Terras sem risco ambiental aparente II - Terras de baixo risco ambiental III - Terras de médio risco ambiental IV - Terras de alto risco ambiental V - Terras inaptas

PARÂMETROS DE UTILIZAÇÃO DOS DEJETOS NO SOLO PARA FINS AGRÍCOLAS SUBCLASSES DE RISCO AMBIENTAL PR - profundidade TE - textura PE - pedregosidade DR - drenagem RE - relevo HI - hidromorfismo RI- risco ambiental de inundação

ASPECTO AMBIENTAL (SUB-CLASSES) RE- RELEVO RI- RISCO DE INUNDAÇÃO PE- PEDREGOSIDADE PR- PROFUNDIDADE EFETIVA TE- TEXTURA HI- HIDROMORFISMO DR- DRENAGEM GRAU DE RISCO AMBIENTAL 0-NULO PARÂMETROS PARA CLASSIFICAÇÃO CLASSE DE RISCO I [PLANO (0 a 3%) UNIFORME OU SUAVE ONDULADO(3 a 8 %),UNIFORME 1-LIGEIRO [B d2)] SUAVE ONDULADO DISSECADO[C d1] ONDULADO I (8 a 13 %) UNIFORME II [B d3] SUAVE.ONDUL..M. DISSEC. e [C d2] ONDUL. 2- I DISSEC. e [D d1] ONDULADO II (13 a 20%) MODERADO UNIFORME III 3-FORTE [D d2] ONDULADO II (13 a 20%) MUITO DISSECADO[E d1] FORTE ONDULADO (20 a 45%) IV 4-MUITO [E d2]forte ONDUL. DISSEC.e[F,G] MONTANHOSO FORTE ou ESCARPADO ( >45%) V 0-NULO SEM RISCO DE INUNDAÇÃO I 1-LIGEIRO UMA A CADA MAIS DE 5 ANOS E DURAÇÃO < QUE 2 DIAS II UMA A CADA MAIS DE 5 ANOS E DURAÇAÕ DE 2 A 2-30 DIASUMA A CADA DE 5 ANOS E DURAÇAÕ < 2 MODERADO DIAS III 3-FORTE 4-MUITO FORTE MAIS DE UMA VEZ AO ANO E DURAÇÃO < QUE 2 DIASUMA A CADA DE 5 ANOS E DURAÇAÕ DE 2 A 30 DIAS UMA A CADA DE 5 ANOS E DURAÇAÕ DE > 30 DIAS MAIS DE UMA VEZ AO ANO E DURAÇÃO > QUE 2 DIAS 0-NULO SEM PEDREGOSIDADE I 1-LIGEIRO PEDRAS(2 e 20 cm d) NO SOLO < 15% ou DISTANCIA ENTRE MATACÕES(>20cm )< 30 M OU ROCHAS C/ DIST.< 100M II PEDRAS(2 e 20 cm d) NO SOLO DE 15 A 50%, 2- DISTANCIA DE MATACÕES DE 3 A 3OM. OU MODERADO ROCHAS ENTRE 15 E 100M III 3-FORTE PEDRAS(2 e 20 cm d) NO SOLO 50 a 70%, DISTANCIA DE MATACÕES DE 1 a 3 M. OU ROCHAS ENTRE 3 e 15 M IV 4-MUITO PEDRAS(2 e 20 cm d) NO SOLO > 70%, DISTANCIA FORTE DE MATACÕES < 1 M. OU ROCHAS ENTRE SI < 3 M V 0-NULO MUITO PROFUNDOS : > 2M. I 1-LIGEIRO PROFUNDOS:1,20 A 2,00M II 2- MODERADAMENTE PROFUNDOS: 0,60 A 1,20 M III MODERADO 3-FORTE RASOS: 0,30 A 0,60 M IV 4-MUITO MUITO RASOS: < 0,30 M V 0-NULO FORTE ARGILOSA:DE 35 A 60 % DE ARGILA I 1-LIGEIRO MUITO ARGILOSA: MAIS DE 60 % DE ARGILA II 2- MEDIA: DE 15 A 35 % DE ARGILA III MODERADO 3-FORTE SILTOSA:SILTE > 50 %; ARGILA < 35% e AREIA > IV 4-MUITO ARENOSA: 15% DE 15% ARGILA e > 70 % AREIA V 0-NULO FORTE GLEYZAÇÃO NÃO OBSERVADA I 1-LIGEIRO GLEYZAÇÃO ABAIXO DE 1,O M II 2- GLEYZAÇÃO ENTRE 0,60 e 1,00 M III MODERADO 3-FORTE GLEYZAÇÃO ENTRE 0,30 E 0,60 M IV 4-MUITO GLEYZAÇÃO ACIMA DE 0,30 M V 0-NULO FORTE BOA:SOLOS ARGILOSOS PROFUNDOS I 1-LIGEIRO EXCESSIVA: SOLOS PERMEAVEIS. ARENOSOS PROFUNDOS II 2- MODERADA: PERMEABILIDADE LENTA ENTRE 60 III MODERADO 3-FORTE IMPERFEITA:PERMEABILIDADE E 100CM. e DECLIVE LENTA > 8 % ENTRE 30 IV 4-MUITO POBRE E 60 MUITO CM.(GLEY),DECLIVE POBRE GLEYZAÇÃO >8 NA V FORTE SUPERFICIE IV V

PARÂMETROS DE UTILIZAÇÃO DOS DEJETOS NO SOLO PARA FINS AGRÍCOLAS Taxa de Aplicação (ANEXO 6 da IN) Caracterização dos dejetos método do densímetro (MIRANDA, 1999) Análise de fertilidade e granulométrica do solo Recomendação de adubação - ELEMENTOS LIMITANTES: NITROGENIO E FÓSFORO UTILIZAR RECOMENDAÇÃO MAIS RESTRITIVA IAP não FIXA A TAXA DE APLICAÇÃO

AVICULTURA Resolução SEMA nº 24/2008 Art. 12. Para uso agrícola dos resíduos, devem ser considerados os seguintes aspectos: A cama de aviário deverá sofrer processo de fermentação por no mínimo 10 (dez) dias. A armazenagem deve ser realizada em local adequado, com adoção de medidas que evitem a proliferação de vetores; Taxa de aplicação no solo (quantidade/área) - deve ser calculada com base nas características físico-químicas do resíduo, da interpretação da análise química do solo e da necessidade da cultura, conforme recomendação agronômica; Fica vedada a utilização de material para substrato de cama de aviário com presença de resíduos de produtos químicos para tratamento de madeira.

AVICULTURA Resolução SEMA nº 24/2008- Anexo 3- Diretrizes para elaboração e apresentação de Projetos de Sistemas de Controle de Poluição Ambiental de Empreendimentos Agropecuários Deve constar no projeto: *Recomendação quanto às áreas que receberão os resíduos, considerando os aspectos ambientais das terras e características químicas do solo e necessidade de utilização de técnicas ou práticas de uso, manejo e conservação do solo; *Procedimento de aplicação: época de aplicação, forma de aplicação, culturas, freqüência, técnica de aplicação; *Taxa de aplicação de acordo com a recomendação agronômica;

Normatização de novas tecnologias para tratamento de dejetos O IAP não valida tecnologias As tecnologias são avaliadas no procedimento de licenciamento, no contexto de cada empreendimento A eficiência dos sistemas de tratamento propostos deve ser comprovada: validadas tecnicamente Atender os padrões estabelecidos pelo IAP

Licenciamento e Normatização de novas tecnologias para tratamento de dejetos Disposição adequada de carcaças de animais mortos: Implantar tecnologia recomendada pelas instituições de pesquisa NO CASO DE ALTERAÇÃO DE TECNOLOGIA UTILIZADA PARA DESTINAÇÃO DE ANIMAIS MORTOS EM EMPREENDIMENTOS JÁ LICENCIADOS: SOLICITAR AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE MELHORIA DE SISTEMAS CONFORME ITEM 10 DO ANEXO V DA RES. CEMA 065/2008

Normatização de novas tecnologias para tratamento de dejetos PORTARIA IAP Nº 151 DE 25 DE JULHO DE 2016 - Grupo de Trabalho para estabelecer critérios e condições para o licenciamento ambiental de BOVINOCULTURA Atualização/revisão dos critérios utilizados no licenciamento de suinocultura Sistemas e portes Scandolera - atualizados e já implantados no SGA, com apoio da UFPR Prof. Uso agrícola dos dejetos atualização dos critérios

Necessidade do IAP: Levantamento das propriedades licenciadas no Paraná Regiões aptas para implantação da atividade no Estado 1. Considerar os de teores de fósforo nos manaciais de abastecimento 2. Disponibilidade de áreas aptas para uso agrícola dos dejetos considerando o plantel do Paraná 3. Desenvolver ferramentas de monitoramento do solo Exigir para a obtenção da Licença Prévia, plano de uso agrícola dos dejetos de suinos Gestão integrada entre as empresas e produtores

Animais mortos Estudo da viabilidade econômica para implantar a melhor tecnologia na propriedade Buscar soluções para os entraves legais de sanidade

TUDO QUE NÃO PUDER CONTAR COMO FEZ, NÃO FAÇA - Immanuel Kant Se há razões para não contar então há razões para não fazer... TUDO ME É LÍCITO, MAS NEM TUDO ME CONVÉM I Corintios 6-12 Posso fazer tudo, sou livre...mas não devo...

OBRIGADA!!! IAP/DIMAP/DLP baldanzi@iap.pr.gov.br