Introdução do IPv6 na Administração Pública: planos de ação e coordenação

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Transcrição:

14/04/15 Introdução do IPv6 na Administração Pública: planos de ação e coordenação Fernando M. Silva fernando.silva@tecnico.ulisboa.pt Governo electrónico em Portugal Portugal tem @do um progresso assinalável na área do Governo electrónico nas úl@mas décadas Fonte: European egovernment Benchmark, 2014 Indicadores: Usabilidade, Transparência e a existência de Facilitadores de TI Ins1tuto Superior Técnico Lisboa, Portugal 2 1

Governo electrónico em Portugal Democra@cidade e eficácia do governo electrónico resultam da sua disponibilidade permanente através da Internet A evolução da Internet para IPv6 tem necessariamente que ser acompanhada de forma consistente pela mesma evolução nas infraestruturas e serviços da Administração Pública A adopção do IPv6 na Administração Pública está aquém do crescimento e penetração do protocolo IPv6 em Portugal Lisboa, Portugal 3 Adopção do IPv6 em Portugal Crescimento total de tráfego IPv6 a nível nacional: 1%/mês nos úl@mos 6 meses (fonte: akamai) Resposta dos serviços públicos (fonte: projecto GEN6, monitorização CZ.NIC/IST, hrps://devpub.labs.nic.cz/ipv6- smt- new/country/pt/) Administração.Central Munícipios WWW DNS Mail WWW DNS Mail Apenas.IPv4 64 57 61 Apenas.IPv4 306 290 276 End..IPv6.disponível 0 6 1 End..IPv6.disponível 0 5 13 Serviço.IPv6 0 1 2 Serviço.IPv6 2 13 19 Suporte de IPv6 depende atualmente mais do alojador do serviço do que de uma estratégia coordenada Lisboa, Portugal 4 2

A evolução do IPv4 na AP A evolução da rede da AP em IPv4 resultou de um processo fragmentado, ditado pela explosão da Internet e por necessidades de respostas parcelares por parte de ministérios, serviços e ins@tutos públicos. Atualmente, a maioria dos serviços da AP depende de endereços fornecidos pelos operadores Dependência crí@ca do operador Renumeração obrigatória em Concursos Púbicos que impliquem mudança operador Dificuldade em op@mizar estratégias de encaminhamento entre serviços da AP Lisboa, Portugal 5 Plano de endereçamento IPv6 para a AP Com o IPv6, o fim dos mecanismos de NAT aconselha um endereçamento público independente dos operadores A transição para IPv6 na AP é uma oportunidade única: Possibilidade de estruturar a rede da AP de forma ar@culada Estruturar uma polí@ca de endereçamento global Op@mizar polí@cas encaminhamento Obter independência dos operadores a nível de endereçamento e encaminhamento Se nada for feito, a transição para IPv6 ocorrerá de forma lenta e fragmentada, ditada apenas pela oferta de serviços dos operadores, com custos futuros para a organização e ar<culação dos serviços públicos. Lisboa, Portugal 6 3

Propostas para um plano de ação para a AP Definição de uma estratégia coordenada para a adopção do IPv6 a nível da AP Infraestruturas de comunicação Serviços (portais web, mail, dns, etc) Definição de um plano de endereçamento próprio para a AP Fortemente aconselhável a criação de um LIR (Local Internet Registry) para toda a AP, que dialogue diretamente com o RIPE/NCC Suporte de IPv6 obrigatório em todos os processos de contratação pública Definição e adopção de requisitos mínimos obrigatórios, mesmo que o deployment efe@vo possa estar condicionado pela infraestrutura existente Lisboa, Portugal 7 Plano de ação: coordenação Iden@ficação de uma en@dade coordenadora para a adopção do IPv6 na AP Formalização da transição através de legislação ou resolução específica do Conselho de Ministros Lisboa, Portugal 8 4

Um possível plano de transição Inventário de recursos 5sicos e lógicos Inventário de arquitetura e funcionalidades Análise de lacunas Definição de plano de acção Definição de plano de endereçamento Definição de plano de transição serviços Implementação Lisboa, Portugal 9 Obrigado fernando.silva@tecnico.ulisboa.pt Lisboa, Portugal 10 5