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Transcrição:

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UMA OPORTUNIDADE A NÃO PERDER O Programa Operacional (PO) Regional do Centro 2007-2013, que aqui se apresenta em versão resumida 1, é um instrumento do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) com aplicação exclusiva à Região Centro. Para além deste programa, que é financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), o QREN intervém ainda na Região através do PO Factores de Competitividade (financiado igualmente pelo FEDER), do PO Valorização do Território (financiado pelo FEDER e pelo Fundo de Coesão) e do PO Potencial Humano (financiado pelo Fundo Social Europeu). A intervenção dos Fundos Estruturais na Região inclui ainda, fora do âmbito do QREN, o Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural e o Fundo Europeu das Pescas. Se tivermos em conta, por um lado, os problemas de coesão que persistem na Região e o desafio da competitividade com que esta está confrontada e, por outro lado, a elevada dimensão (que porventura não se repetirá) do pacote financeiro que o QREN coloca ao dispor dos agentes regionais para comparticipação nos seus investimentos, facilmente nos apercebemos de que este quarto Quadro Comunitário de Apoio constitui uma grande oportunidade, que não pode ser desperdiçada, para se conseguirem soluções decisivas para aqueles problemas e para se vencer aquele desafio. De facto, o PO Centro, só por si, dispõe de uma dotação FEDER de 1,7 mil milhões de euros, a que se associa uma comparticipação nacional de cerca de 1,2 mil milhões, alavancando um investimento total de 2,9 mil milhões de euros nos sete anos de realização do programa. Considerando a verba total atribuída a Portugal para as Regiões Convergência a título de FEDER e FSE para este período (cerca de 15 mil milhões de euros), correspondem à Região Centro em termos proporcionais cerca de 5 mil milhões de euros, significando um investimento total na Região associado a estes dois Fundos entre 8 e 9 mil milhões de euros. Para além dos números, o novo PO Centro (no espírito do QREN) é inovador nas suas prioridades e objectivos, alinhando-se pela Estratégia de Lisboa (conhecimento, inovação e competitividade, para assegurar crescimento e emprego) e pela Agenda de Gotemburgo (desenvolvimento sustentável), assim como nas suas áreas de intervenção, pois aplica-se também a projectos empresariais ao mesmo tempo que mantém ou reforça a sua acção em domínios onde já intervinha anteriormente, como a ciência e tecnologia, o desenvolvimento urbano e a valorização do território. Traz ainda inovações no modelo de governação, quer pela via dos seus órgãos de gestão técnica, aconselhamento estratégico e direcção política, quer pela possibilidade de delegação de competências de gestão, nomeadamente em associações de municípios organizadas territorialmente de acordo com as unidades de nível III da NUTS. 3 Com a assinatura do programa realizada no dia 17 de Outubro de 2007 pela Comissão Europeia e pelo Governo Português inicia-se a fase da sua implementação. Cabe agora aos agentes promotores de investimentos apresentarem as suas candidaturas a financiamento, de acordo com a regulamentação adoptada para as diversas áreas de intervenção previstas. É imperioso (e indispensável para obter financiamento) que os projectos sejam de elevada qualidade e que neles haja um compromisso com a eficiência, pois só com investimentos com estas características será possível à Região dar o passo de gigante em matéria de produtividade que constitui, em definitivo, a única saída possível ao mesmo tempo para os seus problemas de competitividade e de coesão (pois esta última não terá sustentabilidade sem a âncora da primeira). Ao programa, que foi preparado para estar, ele próprio, à altura deste desafio resta, assim, aguardar a chegada desses projectos. Alfredo Marques Presidente da Comissão Directiva Outubro de 2007 (1) Para conhecer a versão completa do programa e a regulamentação, consultar o site da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro: www.ccdrc.pt

Índice 5 Estrutura do Programa Operacional Regional do Centro 2007-2013 Estrutura do Programa 7 Eixo 1 Competividade, Inovação e Conhecimento Operacional Regional 11 17 19 21 Eixo 2 Desenvolvimento das cidades e dos sistemas urbanos Eixo 3 Consolidação e qualificação dos espaços sub-regionais Eixo 4 Protecção e valorização ambiental Eixo 5 Governação e capacitação institucional do Centro 2007-2013 Edição Fotografia Programa Operacional Regional do Centro 2007-2013 Rua Bernardim Ribeiro, 80 3000-069 Coimbra Capa: António Luís Campos Eixo 1: Biocant Eixo 2: Polis Coimbra Eixo 3: Pinus Verde Restantes: Stock.xchng Design e Impressão Modjo Design, Lda

FEDER NACIONAL TOTAL 1 702 1 179 2 897 1. Competitividade, Inovação e Conhecimento Empreendedorismo inovador (micro e pequenas empresas); Projectos de I&DT, em particular realizados em cooperação entre micro e pequenas empresas e entidades do Sistema Científico e Tecnológico; Qualificação de micro e pequenas empresas; Desenvolvimento da Sociedade do Conhecimento; Redes de Ciência e Tecnologia; Projectos de infra-estruturas, equipamentos e redes de suporte à actividade empresarial; Energias renováveis; Acções colectivas de desenvolvimento empresarial. 2. Desenvolvimento das Cidades e dos Sistemas Urbanos 577 505 1 082 250 237 487 Competividade, Inovação e Conhecimento 6 Parcerias para a regeneração urbana; Redes urbanas para a competitividade e inovação; Mobilidade urbana. 3. Consolidação e Qualificação dos Espaços Sub-Regionais Qualificação integrada de espaços sub-regionais (equipamentos e infra-estruturas para a coesão social e territorial; redes de mobilidade); Valorização de recursos específicos do território. 4. Protecção e Valorização Ambiental 468 200 668 211 133 344 Eixo 1 Prevenção e gestão de riscos naturais e tecnológicos; Gestão de recursos hídricos; Gestão activa da Rede Natura e Biodiversidade; Valorização e Ordenamento da Orla Costeira; Estímulo à reciclagem e reutilização de resíduos; Ciclo Urbano da Água. 5. Governação e Capacitação Institucional 141 94 235 Governo electrónico regional e local; Facilitar a relação das empresas e dos cidadãos com a administração desconcentrada e local; Promoção institucional da região 6. Assistência Técnica 55 10 65 Gestão, acompanhamento, avaliação, controlo, informação e comunicação de PO OBS: O total inclui ainda um montante de 16,5 milhões de euros de financiamento do BEI

O PO Centro para 2007-2013, que adoptará a marca MAIS CENTRO como ideia mobilizadora para a entre esta área de intervenção e a primeira (no que respeita a localização, como factores de competitividade das empresas e empresas existentes) reside no facto de que se trata aqui de das regiões, trata-se aqui de impulsionar a requalificação de Região (que precisa de MAIS em variados aspectos, incluindo mais de si própria), desdobra-se em cinco Eixos operacionais que a seguir se descrevem (sendo um sexto Eixo dedicado à assistência investimentos de carácter exclusivamente incorpóreo, tipicamente de menor dimensão do que os da primeira intervenção, com uma espaços já existentes, a criação de novos espaços qualificados e a introdução de novos modelos de gestão, incluindo-se nesta técnica ao programa). função de complementaridade em relação a estes últimos e com intervenção a criação de condições ou estruturas para transferência uma relativa autonomia. de tecnologia e incubação de empresas. Ao nível da logística, incluem-se intervenções de pequena dimensão quando integradas Visa-se neste primeiro Eixo o reforço da competitividade, da conhecimentos aplicáveis à produção de bens ou serviços. Os Sociedade do conhecimento nestas áreas de acolhimento para a inovação empresarial. inovação e do conhecimento na Região, que se assumem, no projectos poderão ser desenvolvidos pelas empresas sem recurso âmbito da estratégia regional, como vectores-chave do ao sistema científico e tecnológico (SCT), mas nesta área de O desenvolvimento da Sociedade do Conhecimento constitui uma desenvolvimento. Trata-se, assim, do Eixo de maior dimensão intervenção estimula-se a sua articulação com entidades deste outra área de intervenção deste Eixo. Trata-se aqui de apoiar, Energias renováveis financeira do programa, dispondo de uma dotação que representa 34% do orçamento total. Incluem-se aqui diferentes tipos de sistema, assim como a cooperação entre as próprias empresas. nomeadamente, a constituição de espaços Internet e de espaços virtuais. Este Eixo inclui ainda uma área destinada a intervenções complementares em redes de energia, colmatando falhas de intervenções. A concretização da articulação referida far-se-á, para além da mercado, designadamente no fornecimento do gás natural Empreendedorismo inovador procura espontânea por parte das empresas, pela via da realização Redes de Ciência e Tecnologia (Unidades Autónomas de Gás) e na ligação à rede eléctrica de de estratégias de eficiência colectiva, que consistem na locais de produção de electricidade com base em fontes renováveis. Uma das áreas de intervenção será a do empreendedorismo, sensibilização, por iniciativa da Gestão do Programa, dos actores Uma outra área de intervenção encontra-se nas Redes de Ciência 8 procurando-se aqui dar um impulso à criação na Região de novas pertinentes de conjuntos de sectores inter-ligados entre si, de e Tecnologia. Estimular as actividades de investigação científica 9 São também enquadráveis projectos-piloto de energias renováveis. micro e pequenas empresas portadoras de inovação, seja pela modo a potenciar as economias (externas) de proximidade e tecnológica com uma base territorial faz parte de um portfolio Tendo em conta a necessidade de reduzir os consumos energéticos via da introdução de novos processos tecnológicos para produtos (nomeadamente territorial) existentes na região. São exemplos diversificado e complementar de políticas de desenvolvimento provenientes de combustíveis fósseis e as potencialidades da existentes, seja por meio do lançamento de novos produtos ou destes clusters, na Região Centro, a floresta, a saúde e científico e tecnológico com relevância para o desenvolvimento Região Centro em matéria de energias renováveis, visa-se nesta novas variedades de produtos existentes, ou ainda através da biotecnologia, o habitat e as indústrias do mar. regional. Os critérios de proximidade geográfica podem beneficiar área de intervenção a exploração de novas formas de energia ou as associações entre os diversos actores de Ciência e Tecnologia introdução de novas formas de organização empresarial ou novos de novas soluções tecnológicas para formas de energias já métodos de comercialização e marketing. Visa-se ainda aqui Qualificação de PME e as suas sinergias. Trata-se aqui de criar ou reforçar redes de utilizadas. Trata-se, assim, de impulsionar projectos-piloto (e não instituições científicas. operar o upgrading tecnológico e organizacional em empresas projectos para a actividade corrente de produção, comercialização Este Eixo comporta, por outro lado, o apoio à qualificação das existentes. ou utilização) de energias nos domínios hídrico, eólico, solar, micro e pequenas empresas. Trata-se aqui de estimular a introdução Áreas de acolhimento empresarial energia dos oceanos, geotermia, biomassa, biogás e nesta categoria de empresas de factores complexos de Projectos de I&DT biocombustíveis. competitividade, susceptíveis de assegurar ganhos de eficiência Este Eixo comporta, por outro lado, uma área de intervenção na Uma segunda área de intervenção encontra-se na I&DT com fins industriais. Trata-se aqui de apoiar o esforço regional de I&DT, a realizar sobretudo por empresas, para a criação de novos em domínios como a qualidade, a energia, a organização e outros, ou de gerar acréscimos de valor para a empresa pela via do design, da moda ou da internacionalização. A distinção essencial qual se visa o apoio a espaços de acolhimento para a inovação empresarial. Considerando a importância da localização da actividade produtiva e do modelo de gestão dos espaços de

10 Acções colectivas de desenvolvimento empresarial A última área de intervenção destina-se à promoção de acções colectivas de desenvolvimento empresarial. Trata-se aqui, nomeadamente, de reforçar a internacionalização da economia da Região, seja pela via da inserção das suas empresas em redes ou circuitos internacionais de comercialização ou de acesso a informação, seja por outros meios de promoção de exportações, ou ainda pela via da captação de investimento proveniente do exterior da Região (doméstico ou IDE). Estratégias de eficiência colectiva Importa realçar, por último (como já foi referido a propósito dos projectos de I&DT), que as intervenções previstas neste Eixo poderão realizar-se, em parte, através da definição de programas integrados para conjuntos específicos de actividades económicas. Tendo em conta o perfil de especialização da Região Centro já existente e as potencialidades da Região em recursos materiais e imateriais, poderão vir a ser definidas estratégias de eficiência colectiva, a realizar através de programas integrados, para conjuntos interligados de actividades e agentes (clusters) em domínios como a floresta, a saúde e biotecnologia, o habitat, as indústrias do mar, ou outros. Este tipo de intervenção requer, necessariamente, o recurso a instrumentos de política pública complementares (outros programas do QREN, programas utilizadores de outros recursos financeiros da União, instrumentos de âmbito nacional). Desenvolvimento das cidades e dos sistemas urbanos Eixo 2

Este Eixo destina-se às cidades e sistemas urbanos, os quais são actores (públicos e privados) através do estabelecimento de do território, mobilidade, etc.); redes de cooperação urbana e assumidos na estratégia regional como vectores fundamentais do parcerias, por outro, são duas características essenciais e territorial, nacionais e internacionais, visando estimular o reforço da inovação e da competitividade e, também, do reforço diferenciadoras desta área de intervenção. conhecimento, a inovação e o desenvolvimento económico e da coesão da Região. O Eixo compreende três áreas de intervenção, social. que a seguir se descrevem. Apoio à realização de parcerias para a regeneração urbana Trata-se, aqui, de promover iniciativas de requalificação e regeneração intra-urbana dirigidas a espaços distintos das cidades, dotando-as globalmente de capacidade inclusiva, de poder de atracção, de meios para o crescimento sustentável, de qualidade de vida e de ordenamento. Está em causa desenvolver quadros de vida que promovam a mobilização e a qualificação dos cidadãos, Redes para a competitividade e inovação urbanas O reforço da competitividade das cidades da Região Centro passa, como vector estratégico, pelo pleno aproveitamento da aglomeração no espaço urbano de actividades produtivas, comerciais, financeiras, científicas e de prestação de serviços especializados. Por outro lado, esse reforço assenta na capacidade de constituição de redes entre actores públicos e/ou privados para comunicação de informação e troca de experiências, seja de âmbito sub-regional, regional, nacional ou internacional. E passa, sobretudo, por serem Apoio à mobilidade urbana A estruturação das cidades e dos sistemas urbanos implica a melhoria da mobilidade intra e interurbana, de modo a assegurar a conciliação entre a vida familiar, pessoal e profissional. Incluise, assim, também neste Eixo a promoção de investimentos e iniciativas no domínio do transporte colectivo, da intermodalidade, dos percursos pedonais e ciclovias e da eliminação de barreiras físicas, incluindo-se ainda a construção de variantes a centros urbanos. criem inovação social e gerem dinamismos urbanos capazes de, desenvolvidos nas cidades factores diferenciadores que reforcem 12 adicionalmente, impulsionarem o emprego e a inserção das pessoas. o seu potencial de atracção de novas actividades e novos recursos e que afirmem a sua notoriedade. 13 Privilegiam-se, por isso, nesta área de intervenção operações A necessidade de ganhar massa crítica, de potenciar economias integradas de requalificação e reinserção urbanas, em detrimento de aglomeração e de estruturar os aglomerados populacionais no de projectos dispersos. Contam-se entre elas intervenções em contexto dos respectivos sistemas urbanos e espaços sub-regionais zonas de excelência (centros históricos, espaços públicos, zonas pressupõe a promoção de iniciativas conjuntas assumidas num valiosas do ponto de vista ambiental, patrimonial ou paisagístico), quadro de cooperação intermunicipal e a escalas mais amplas. em zonas críticas (periferias ou áreas degradadas ou desordenadas Além das associações de municípios, poderão emergir diferentes social ou fisicamente), assim como a recuperação e qualificação redes com múltiplos objectivos estratégicos e em função de lógicas ambiental, a refuncionalização de edifícios ou áreas urbanas ou e geografias variáveis (sub-regional, regional, nacional, ainda a criação de novas centralidades. internacional), de que são exemplos: redes para a programação cultural e a gestão comum de equipamentos colectivos; parcerias A conjugação das dimensões ambiental, física, económica e social para promover a mobilidade (urbana e intermunicipal); gestão da estruturação urbana, por um lado, e a mobilização de vários urbana e promoção de planos intermunicipais (de ordenamento

Consolidação e qualificação dos espaços sub-regionais Eixo 3

Apesar dos progressos conseguidos na Região Centro ao nível das redes de infra-estruturas e de equipamentos e serviços colectivos, persistem numa grande parte da Região situações deficitárias em matéria de factores de fixação da população, em especial nas zonas de mais baixa densidade demográfica, institucional e económica. A experiência mostra também que não é suficiente realizar nestes territórios intervenções públicas para promover a coesão e a inclusão, sem estimular paralelamente o investimento privado gerador de emprego e de riqueza. Noutros termos, a coesão só adquire consistência e sustentabilidade quando assenta no desenvolvimento económico e este passa, em maior ou menor escala, pela competitividade destes territórios. Incluem-se, assim, neste Eixo, dois tipos de intervenções. Por um lado, acções para fechar as redes de infra-estruturas, equipamentos primários, do acesso à consulta e cirurgia), à cultura (através da salvaguarda, valorização e animação do património cultural nacional), aos serviços de inclusão social, com especial atenção a grupos sociais ou etários específicos, designadamente crianças, idosos, pessoas portadoras de deficiência, imigrantes, ex-reclusos, jovens sujeitos a medidas tutelares educativas e cidadãos sujeitos a medidas penais executadas na comunidade, entre outros. Inclui-se ainda nas intervenções apoiadas no âmbito deste Eixo o financiamento de equipamentos desportivos de pequena dimensão e de proximidade, que sejam justificados e explicitamente enquadrados em estratégias integradas de desenvolvimento urbano e de promoção da competitividade das cidades, tendo em conta o seu potencial para o desenvolvimento desportivo regional, e tomando em consideração os efeitos e condicionantes económicos, territoriais e sociais. economias locais, designadamente as de natureza rural. É essencial que os projectos a apresentar procurem desenvolver lógicas de articulação de recursos e de objectivos, procurando impactos territoriais concertados. Por exemplo, combinando as intervenções no património ou na paisagem com a existência de factores de atractividade ligados à economia do turismo ou à geração de novas procuras residenciais em meios de baixa densidade, estimulando o uso das TIC e o desenvolvimento de formas de teletrabalho. Importa, assim, que as intervenções gerem novas dinâmicas (em particular, baseadas no empreendedorismo), alterem a tendência para o despovoamento, a desertificação e o estreitamento da base económica local, e se afirmem como criadoras de novos factores de excelência nos meios não-urbanos, fixando ou atraindo população e novas actividades. 16 e serviços colectivos, a fim de garantir as condições mínimas de bem-estar social actualmente requeridas. Por outro lado, acções Valorização de recursos específicos do território 17 de valorização económica dos recursos endógenos, destinadas Esta segunda linha de força compreende intervenções de a promover o investimento privado e, assim, assegurar condições desenvolvimento territorial a partir da base endógena - recursos para a criação local de emprego e de rendimento. específicos - e da geração de capacidades competitivas de nível Qualificação integrada de espaços sub-regionais Esta área de intervenção dirige-se aos investimentos em infraestruturas, equipamentos e serviços colectivos de proximidade. É necessário que estes investimentos sejam concebidos de um modo integrado e é desejável que sejam realizados através da concertação intermunicipal. Trata-se de assegurar, numa perspectiva de coesão, o acesso à educação (rede escolar do 1º ciclo do ensino básico e de educação pré-escolar), à saúde (requalificação dos serviços de urgência, dos cuidados de saúde local. Tem-se aqui em conta que a Região Centro dispõe de uma diversidade de recursos endógenos (naturais, culturais, patrimoniais, paisagísticos, gastronómicos, etc.) que, em grande parte, a diferenciam no contexto nacional e que, no seu conjunto, encerram um elevado potencial económico que é necessário valorizar. Privilegiam-se aqui os recursos que sejam a base de uma parte significativa da economia de um espaço sub-regional concreto, ou aqueles que sejam suporte de redes temáticas de promoção do desenvolvimento, ou ainda os que incentivem a emergência de actividades que superem as dependências tradicionais das

Protecção e valorização ambiental Eixo 4

ambiental e criação de condições de fruição/visitação de áreas A Região Centro compreende um território vasto e diverso, do naturais integradas em Rede Natura 2000, instrumentos de Gestão ponto de vista das condições naturais, coexistindo espaços de áreas Naturais Sensíveis para a aplicação das orientações do ambientalmente bem preservados e protegidos com outros que apresentam sinais de degradação ou que se caracterizam por Plano Sectorial da Rede Natura 2000, criação de Parques Ambientais de génese local e Ecomuseus, bem como outras Governação uma especial vulnerabilidade e exposição a riscos. Estes espaços acções de conservação da natureza e da biodiversidade. ambientalmente sensíveis encerram, ao mesmo tempo, na sua maioria, um elevado potencial para o desenvolvimento de actividades de lazer, desporto e turismo. Dada a diversidade dos problemas visados, este Eixo desdobrase em várias áreas de intervenção. Prevenção e gestão de riscos naturais e tecnológicos Trata-se aqui de promover acções de classificação e de delimitação Valorização e Ordenamento da Orla Costeira Trata-se nesta área de intervenção de acções integradas de defesa e reabilitação costeira e prevenção de risco (envolvendo obras de defesa costeira, alimentação artificial de praias, protecção e recuperação de sistemas dunares e de arribas), retirada programada de ocupações em zonas de risco, reforço de cotas de zonas baixas ameaçadas pelas águas, assim como outras acções de valorização e ordenamento do litoral. e capacitação institucional Eixo 5 20 de zonas de risco, designadamente as ameaçadas pelas águas do mar ou de instabilidade de arribas litorais. São também consideradas as acções direccionadas para uma intervenção sistemática de prevenção, alerta e gestão de riscos e efeitos a eles associados. Estímulo à reciclagem e reutilização de resíduos Trata-se aqui do apoio a acções de educação e sensibilização ambientais, em especial campanhas que chamem a atenção para a importância da reutilização e da reciclagem de resíduos, como Gestão de recursos hídricos factores importantes da preservação dos recursos naturais. Incluem-se aqui obras de limpeza e regularização de cursos de Ciclo urbano da água água, prevenção da poluição em albufeiras e outros planos de água, assim como outras acções de gestão dos recursos hídricos da Região. Prevêem-se ainda neste Eixo intervenções no domínio do ciclo urbano da água, com vista a completar redes de abastecimento de água e de drenagem e tratamento de águas residuais. Trata- Gestão activa da Rede Natura e Biodiversidade se aqui, no entanto, apenas das intervenções autónomas em baixa. Incluem-se nesta área de intervenção acções de dinamização

Neste último Eixo operacional visa-se, por um lado, desenvolver o governo electrónico e melhorar a relação dos agentes económicos e dos cidadãos com a Administração pública a nível regional e local e, por outro, fazer a promoção institucional da Região. Governo electrónico regional e local A promoção do governo electrónico constitui, assim, uma das suas áreas de intervenção. Trata-se aqui, nomeadamente, de apoiar projectos relativos a cidades e regiões digitais e a conteúdos para a Internet. Promoção institucional da Região Trata-se nesta última área de intervenção operacional do programa de promover institucionalmente a Região, a fim de a projectar quer no plano nacional, quer a nível internacional. Esta intervenção exerce, ao mesmo tempo, uma função de enquadramento e de complementaridade em relação à promoção da economia da Região a realizar através das acções colectivas de desenvolvimento empresarial previstas no Eixo 1. Facilitar a relação das empresas e dos cidadãos com a administração desconcentrada e local 22 Esta segunda área de intervenção, relativa à melhoria do relacionamento das empresas e dos cidadãos com a Administração Pública, destina-se à modernização tecnológica e processual e inclui instrumentos de gestão e monitorização do território, das infra-estruturas e dos equipamentos colectivos. Adicionalmente, inclui uma componente física que consiste na criação/modernização de infra-estruturas conjuntas prestadoras de serviços públicos. Trata-se, no essencial, de replicar a bem sucedida experiência das lojas do cidadão, ainda que em formatos diversificados. Visa-se, deste modo, a disseminação, ao nível das autarquias locais, de balcões de atendimento e prestação de serviços públicos transversais e multi-serviços, que podem incluir serviços de Administração Local, Regional e Central.