Caixas Terminais para Cabo M.T. Instruções de Montagem Cabo Unipolar Seco de 7,2 KV a 36 KV Sem armadura
Índice 1. Introdução pág. 3 2. Equipamentos utilizados pág. 4 3. Procedimento de preparação das pontas pág. 5 3.1. Escolha do tipo de cabo consoante a tensão pág. 5 3.2. Corte da bainha exterior pág. 5 3.3. Retirar a camada semicondutora pág. 6 3.4. Limpeza pág. 7 3.5. Verificação de que a camada semicondutora foi devidamente removida pág. 7 3.6. Colocação do primeiro mástique vermelho pág. 8 3.7. Colocação da blindagem para baixo pág. 9 3.8. Ajuste para execução do nó na blindagem pág. 9 3.9. Execução da trança pág. 10 3.10. Acerto das pontas e colocação do terminal pág. 10 3.11. Corte da extremidade pág. 11 3.12. Remoção da camada semicondutora exterior pág. 11 3.13. Corte do Isolamento de PEX pág. 12 3.14. Cravação terminal bimetálica pág. 12 3.15. Limpeza pág. 13 3.16. Colocação de mástiques pág. 13 3.17. Colocação do tubo de controlo de campo pág. 13 3.18. Colocação do tubo vermelho de protecção exterior pág. 14 3.19. Colocação das saias pág. 14 2
01introdução As caixas terminais consistem na preparação do cabo de média tensão (MT) destinado a efectuar a ligação da cela de protecção ao transformador. Devido ao facto de estarmos perante uma ligação de média tensão, todo o processo de execução das pontas requer cuidados acrescidos. A preparação do cabo consiste em seguir um guia de instruções de montagem de forma a facilitar todo o seu processo de concretização. Fig. 1.1. Exemplo ligação dos cabos a um transformador. 3
02Equipamentos utilizados No processo de execução das caixas terminais para cabo, devido a sua montagem ser bastante rigorosa, os utensílios a utilizar são: Megaohmímetro Pano ou Papel de Limpeza Solventes Faca helicorte para remoção da camada semicondutora extrudida X-acto Alicate de corte Alicate de cravar terminais Prensa para cravar os terminais Fita métrica Kit caixas terminais 4
de preparação 03Procedimento das pontas 3.1. Escolha do tipo de cabo consoante a tensão Ao iniciar-se a preparação do cabo, e necessário ter em conta a tensão de serviço a que o cabo esta sujeito. Como exemplo, a Fig.3.1 mostra um quadro explicativo a ter em consideração para o corte da bainha exterior num cumprimento igual a L+K. Tensão Máxima (KV L Interior (mm) L Exterior (mm) K 7,2 150 200 12/17.5 230 300 24 270 350 36 370 500 Fig. 3.1.1- Quadro explicativo para o corte da bainha exterior. Profundidade do ligador +5mm NOTA: Este procedimento foi concebido para o cabo tipo LXHIOZ1(be) 8,7/15 KV com a utilização dos kit s RAYCHEM. No caso de outra marca, deve-se ajustar a montagem através das informações fornecidas pelo fabricante. 3.2. Corte da bainha exterior Com o auxílio do X-acto cortar a bainha exterior de cima para baixo e em seu redor. As medidas utilizadas para o corte, serão as que vêm indicadas no quadro da Fig.3.1.1. Fig. 3.2.1. Início do corte da bainha exterior. 5
03 Procedimento de preparação das pontas Cálculo de corte da bainha exterior: L 230 mm Trança 250 mm K 65 mm Total: 545 mm NOTA: este exemplo de cálculo aplica-se para o cabo 12\17,5 KV, sendo o valor da Trança e do K comuns em todos os casos. Fig. 3.2.2- Legenda do L e K. 3.3. Retirar a camada semicondutora Com o auxílio da faca helicorte, retirar os 100mm da camada semicondutora. Este passo só é necessário para cabos com camada semicondutora exterior: por exemplo LXHIOZ1(be) NOTA: ao medir os 100mm, acrescentar a medida da espessura da faca helicorte de forma a auxiliar a percepção da medida exacta a retirar no acto da utilização do utensilio de corte. Fig. 3.3.1. Cabo com a camada semicondutora a ser retirada. 6
3.4. Limpeza Para que a colocação dos mástiques adira, é necessário fazer uma limpeza cuidadosa da zona de aderência. Fig. 3.4.1. Zona de limpeza. 3.5. Verificação de que a camada semicondutora foi devidamente removida Para a realização desta verificação é necessário fazer dois anéis com um fio de cobre sobre a bainha exterior, um dos anéis a meio da zona onde se retirou o semicondutor e o outro sobre a camada semicondutora Fig.3.5.1. Fig. 3.5.1. Crocodilos ligados aos anéis de cobre. 7
03 Procedimento de preparação das pontas Em seguida com o auxílio de um medidor de isolamento, medir a resistência de isolamento entre estes dois anéis Fig.3.5.2. NOTA: quando se faz a leitura no medidor de isolamento, a resistência deve ser sempre superior ao limite máximo de leitura do aparelho. Fig. 3.5.2. Leitura no medidor de isolamento. 3.6. Colocação do primeiro mástique vermelho Enfitar com mástique (vermelho), esticando-o sobrepondo-o um pouco á volta do final da bainha exterior em 60mm. A colocação destes mástiques servem para garantir a estanquicidade entre o cabo e os tubos de protecção exterior. Fig. 3.6.1. Colocação do mástique vermelho. 8
3.7. Colocação da blindagem para baixo Retira-se a barreira de estanquidade longitudinal e a fita de cobre que envolve os fios, cortando-se ambas a face da bainha exterior de protecção. Com a blindagem a mostra, colocam-se para baixo todos os fios de cobre. Fig. 3.7.1. Blindagem para baixo. 3.8. Ajuste para execução do nó na blindagem Com o auxílio de um maço, bater bem a blindagem junto a barreira exterior de forma a que fique bem justo e preso no mástique. Com um fio de cobre retirado da blindagem, a meio da zona do mástique, dar umas voltas com o fio de cobre e fazer um nó que fique seguro. Fig. 3.8.1. Exemplo de nó. 9
03 Procedimento de preparação das pontas 3.9. Execução da trança Para a execução da trança, separam-se em três grupos os fios e entrelaça-se como o processo normal de realização desta. Fig. 3.9.1. e 3.9.2. Separação dos fios em grupos e resultado final da trança. 3.10. Acerto das pontas e colocação do terminal Com a trança feita e com a ajuda de um alicate de corte, cortar as pontas de forma a acerta-las. No final de termos as pontas acertadas, colocar um terminal e com o auxílio de um alicate de terminais, cravar o terminal. Fig. 3.10.1. e 3.10.2. Acerto das pontas e cravação do terminal. 10
3.11. Corte da extremidade Com o auxílio do alicate de corte de cabos, cortar a ponta com 250mm que foi deixada como sobra para fazer-se uma trança com maior comprimento, dandolhe assim uma maior margem de manobra para fazerse a ligação à terra. Fig. 3.11.1. Corte da extremidade de cabo. 3.12. Remoção da camada semicondutora exterior Medir 40mm da bainha exterior para a ponta e em seguida com o auxílio de um X-acto cortar a camada semicondutora exterior em volta e longitudinalmente. NOTA: Ao cortar é necessário ter atenção para não ferir o isolamento de PEX. Fig. 3.12.1. e 3.12.2. Remoção da camada semicondutora exterior e esquema explicativo. 11
03 Procedimento de preparação das pontas 3.13. Corte do Isolamento de PEX Para o corte do isolamento de PEX, mede-se da ponta do cabo 65mm mais a espessura da faca helicorte para auxiliar a visualização do corte de isolamento pretendido. No final temos de assegurar que temos os 65mm retirados para a cravação do terminal bimetálico. Fig. 3.13.1. Corte do isolamento com a faca helicorte. 3.14. Cravação terminal bimetálica Na ponta do condutor de alumínio redondo, multifilar, compactado, será cravado um terminal bimetálico. Para esta cravação utiliza-se uma prensa mecânica. Fig. 3.14.1. e 3.14.2. Terminal bimetálico e cravação do mesmo. 12
3.15. Limpeza Limpar bem o terminal e o isolamento para os mástiques aderirem com maior facilidade. 3.16. Colocação de mástiques Para começar a finalizar as caixas terminais para cabo, colocam-se os últimos mástiques. O primeiro mástique vermelho, é colocado exactamente por cima do já existente e da trança de cobre de ligação à terra. O segundo mástique vermelho será colocado em redor do terminal bimetálico até chegar ao isolamento de PEX. NOTA: Usar o restante mástique (vermelho), para preencher qualquer espaço entre o isolamento do cabo e o terminal bimetálico. Para finalizar, retirar os papéis de protecção da tira de mástique amarelo. Esticar este até metade da sua largura inicial. Enrolálo, cobrindo 20mm da zona semicondutora do cabo e terminando 10mm sobre o isolamento do condutor de modo a obter um acabamento suave. Fig. 3.16.1. Colocação dos mástiques. 3.17. Colocação do tubo de controlo de campo Colocar o tubo de controlo de campo (negro) a topo com o final da bainha exterior, e retrai-lo a partir desse extremo. Fig. 3.17.1. Bainha exterior negra. 13
03 Procedimento de preparação das pontas 3.18. Colocação do tubo vermelho de protecção exterior Colocar o tubo vermelho de protecção exterior, cobrindo as zonas antes enfitadas, quer sobre o cabo quer sobre o ligador. Retrair começando pela parte inferior do tubo. Cortar o tubo vermelho (se necessário), caso este venha a sobrepor o olhal do terminal bimetálico. NOTA: Para secções acima de 120mm2, aquecer o terminal bimetálico até aparecer mástique (vermelho) no topo do tubo vermelho. Caixa terminal para inferior finalizada para uma tensão ate 17,5 KV. Aguardar o arrefecimento da caixa terminal antes de aplicar esforços mecânicos. Fig. 3.18.1. Tubo vermelho de protecção exterior. 3.19. Colocação das saias Para caixas terminais de interior acima de 17,5 KV e todas as caixas terminais de exterior, colocar e retrair as saias na posição indicada na Fig.3.23. Interior Exterior Fig. 3.19.1. Quadro explicativo para a colocação das saias. 14
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