ARRESTO E O NOVO CPC. Lucas Leite Marques I WORKSHOP DE DIREITO MARÍTIMO E PORTUÁRIO

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Transcrição:

ARRESTO E O NOVO CPC Lucas Leite Marques I WORKSHOP DE DIREITO MARÍTIMO E PORTUÁRIO 18 de Maio de 2016

FONTES 2 Fontes legais relacionadas ao arresto de embarcações no Brasil: - Código Comercial Brasileiro (1850) - Convenção de Bruxelas (1926) para a Unificação de Certas Regras Relativas aos Privilégios e Hipotecas Marítimos (Decreto nº 351/1935) - Código de Processo Civil (2015) Jurisprudência - busca pela uniformização e estabilização

CÓDIGO COMERCIAL 3 Art. 470 e segtes, do Código Comercial de 1850 No caso de venda voluntária, a propriedade da embarcação passa para o comprador com todos os seus encargos; salvo os direitos dos credores privilegiados que nela tiverem hipoteca tácita. Tais são: 1 - os salários devidos por serviços prestados ao navio, compreendidos os de salvados e pilotagem; 2 - todos os direitos de porto e impostos de navegação; 3 - os vencimentos de depositários e despesas necessárias feitas na guarda do navio, compreendido o aluguel dos armazéns de depósito dos aprestos e aparelhos do mesmo navio; 4 - todas as despesas do custeio do navio e seus pertences, que houverem sido feitas para sua guarda e conservação depois da última viagem e durante a sua estadia no porto da venda; 5 - as soldadas do capitão, oficiais e gente da tripulação, vencidas na última viagem; 6 - o principal e prêmio das letras de risco tomadas pelo capitão sobre o casco e aparelho ou sobre os fretes (artigo nº. 651) durante a última viagem, sendo o contrato celebrado e assinado antes do navio partir do porto onde tais obrigações forem contraídas; 7 - o principal e prêmio de letras de risco, tomadas sobre o casco e aparelhos, ou fretes, antes de começar a última viagem, no porto da carga (artigo nº. 515); 8 - as quantias emprestadas ao capitão, ou dívidas por ele contraídas para o conserto e custeio do navio, durante a última viagem, com os respectivos prêmios de seguro, quando em virtude de tais empréstimos o capitão houver evitado firmar letras de risco (artigo nº. 515); 9 - faltas na entrega da carga, prêmios de seguro sobre o navio ou fretes, e avarias ordinárias, e tudo o que respeitar à última viagem somente.

CÓDIGO COMERCIAL 4 Art. 472 - Os créditos provenientes das dívidas especificadas no artigo precedente, e nos nºs 4, 6, 7 e 8 do artigo nº. 470, só serão considerados como privilegiados quando tiverem sido lançados no Registro do Comércio em tempo útil (artigo nº. 10, nº 2) e as suas importâncias se acharem anotadas no registro da embarcação (artigo nº. 468). (...) Art. 479 - Enquanto durar a responsabilidade da embarcação por obrigações privilegiadas, pode esta ser embargada e detida, a requerimento de credores que apresentarem títulos legais (artigo nºs 470, 471 e 474), em qualquer porto do Império onde se achar, estando sem carga ou não tendo recebido a bordo mais da quarta parte da que corresponder à sua lotação; o embargo, porém, não será admissível achando-se a embarcação com os despachos necessários para poder ser declarada desimpedida, qualquer que seja o estado da carga; salvo se a dívida proceder de fornecimentos feitos no mesmo porto, e para a mesma viagem. (MC 21.042/SP, 2013 inaplicabilidade do artigo 479 Cod. Comercial) Art. 482 - Os navios estrangeiros surtos nos portos do Brasil não podem ser embargados nem detidos, ainda mesmo que se achem sem carga, por dívidas que não forem contraídas no território brasileiro em utilidade dos mesmos navios ou da sua carga; salvo provindo a dívida de letras de risco ou de câmbio sacadas em país estrangeiro no caso do artigo nº. 651, e vencidas em algum lugar do Império (STF, Guasca vs.san Lorenzo, Revista de Direito Civil, Com. e Criminal, Vol. VIII, Abril de 1908)

CONVENÇÃO DE BRUXELAS 5 DECRETO N. 351, DE 1 DE OUTUBRO DE 1935 - Promulga a Convenção Internacional, para a unificação de certas regras relativas aos privilegios e hypothecas maritimas Artigo 2º - São Privilegiados sobre o navio, sobre o frete da viagem durante a qual se origine o credito privilegiado e sobre os accessorios do navio e frete adquirido desde o inicio da viagem : 1 - As custas judiciaes devidas ao Estado e despesas feitas no interesse commum dos credores, para a conservação do navio ou para conseguir sua venda e bem assim a distribuição do respectivo preço; os direitos de tonelagem, de pharol ou de porto e outras taxas e impostos publicos da mesma especie; os gastos de pilotagem; as despesas de guarda e conservação desde a entrada do navio no ultimo porto; 2 - Os creditos resultantes do contracto de engajamento do capitão, da tripulação e de outras pessoas engajadas a bordo; 3 - As remunerações devidas pelo socorro e assistencia e a contribuição do navio ás avarias communs; 4 - As indemnizacões pela abordagem ou outros accidentes de navegação, assim como pelos dannos causados as obras de arte dos portos, docas e vias navegaveis; as indemnizações por lesões corporaes aos passageiros e aos tripulantes; as indemnizações por perdas ou avarias carregamento e bagagens; 5 - Os creditos provenientes de contractos lavrados ou de operações realizadas pelo capitão fóra do porto de registro, em virtude de seus poderes legaes, para as necessidades reaes da conservação do navio ou do proseguimento da viagem, sem levar em conta si o capitão é ou não, ao mesmo tempo, proprietario do navio e si o credito é seu ou dos fornecedores, dos reparadores, àos prestamistas ou de outros contractantes. Artigo 3º- As hypothecas, amortizações, cauções sobre navios previstas no artigo 1º são admittidas imediatamente depois dos creditos privilegiados, mencionados, no artigo precedente. As leis nacionaes podem conceder privilegio a outros creditos além dos previstos no dito artigo, sem modificar, porém, a categoria reservada aos creditos garantidos por hypotheca, amortização e caução e aos privilegios que sobre elles têm precedencia.

CONVENÇÃO DE BRUXELAS 6 Art. 8º - Os CRÉDITOS PRIVILEGIADOS acompanham o navio qualquer que seja o seu detentor. Art. 11º - Salvo o previsto na presente convenção, os privilégios estabelecidos pelas disposições que precedem não ficam sujeitos a qualquer formalidade ou condição especial de prova. Esta disposição não afeta o direito de cada Estado manter em sua legislação disposições que exijam do capitão o preenchimento de formalidades especiais, tanto para certos empréstimos sobre o navio, como para a venda do carregamento.

PRIVILÉGIOS MARÍTIMOS 7 Ranking dos privilégios marítimos (Código Comercial + Conv. de Bruxelas 1926) 1. Impostos Federais; 2. Custas e honorários advocatícios; 3. Reclamações resultantes das relações empregatícias do Comandante, da tripulação e do pessoal do navio; 4. Indenizações devidas por salvamento; 5. Contribuições de Avaria Grossa; 6. Obrigações assumidas pelo Comandante fora de seu porto de registro para reais necessidades de manutenção ou para a continuação da viagem; 7. Indenizações resultantes de colisões ou de qualquer outro acidente marítimo; 8. Hipotecas; 9. Taxas portuárias que não impostos; 10. Pagamentos vencidos devidos a depositários, armazenagem e aluguel de armazéns, equipamento do navio; 11. Despesas para a manutenção do navio e seus pertences e venda; 12. Faltas e avarias da carga; 13. Dívidas decorrentes da construção do navio; 14. Despesas incorridas com o reparo do navio e de seus pertences

CLASSES DE ARRESTO 8 - In rem: crédito contra o navio. Baseado nos privilégios marítimos (liens) estipulados pelo Código Comercial e pela Convenção de Bruxelas de 1926. - In personam: crédito em face do Armador. Baseado nas regras do Código de Processo Civil.

CONVENÇÕES DE ARRESTO 9 O Brasil não ratificou as Convenções Internacionais de Arresto (1952 e 1999) Jurisdição para o arresto independe da jurisdição para a ação; (PL 1572/2011 ; PL 487/2013) Arresto de sistership; (PL 1572/2011 ; PL 487/2013) Arresto equivocado garantia para satisfação de prejuízos. (CPC 2015 art. 302 Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: I - a sentença lhe for desfavorável... )

O ARRESTO E A SISTEMÁTICA PROCESSUAL 10 CPC 1973 O arresto como uma medida cautelar específica. Restrições legais; prova literal da dívida; crédito líquido, certo e incontroverso; atos do devedor que geram comprometimento ao patrimônio. O arresto como uma medida cautelar não específica. Maior abrangência; discricionariedade do juiz baseada nos requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora CPC 2015 Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. (...) Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.

GARANTIAS 11 Possibilidade de exigir-se uma garantia da parte que requerer o arresto (art 300, 1º CPC 2015) Caução para empresa estrangeira (art 86 CPC 2015) Substituição do arresto por garantia pelo devedor (art 847 ss CPC 2015) Depósito judicial em espécie // carta de fiança bancária emitida por uma instituição financeira de primeira linha situada no Brasil // Cartas de Clube de P&I (LOU).

12 P&I CLUB - LOU

CUMPRIMENTO DA MEDIDA 13 EXECUÇÃO DA DECISÃO DE ARRESTO Necessidade de comunicação imediata e sob regime de urgência às Autoridades Marítimas, para impedimento da emissão do passe de saída da embarcação; Citação e intimação do Requerido, normalmente via agente marítimo ou Comandante do navio; Apreensão ficta do bem; Após o deferimento da ordem de arresto, será concedido prazo ao Requerente para aditar o pleito e incluir o pedido principal.

O NAVIO ARRESTADO PODE CONTINUAR NAVEGANDO? 14 Precedente do Poder Judiciário do Espírito Santo (art. 679 CPC 1973 art. 864 CPC 2015) Autorização para que embarcação arrestada navegasse até o próximo porto brasileiro de destino a fim de descarregar carga de fertilizantes cerca de R$ 30 Milhões; Pedido formulado pelos proprietários da carga, na qualidade de terceiros interessados; Prova de cobertura securitária Clube de P&I

WWW.KINCAID.COM.BR Obrigado. Lucas Leite Marques lucas@kincaid.com.br